Argolas para prisão de cavalos
Uma argola pode ter a forma de um aro,
de um anel, não para usar nos dedos ou nas orelhas, como brincos, isto é, para
enfeitar ou ser sinal de algo, mas para prender ou suspender alguma coisa. Esta
argola pode ser de qualquer matéria, mas as argolas a que me quero referir são
de ferro, de alguma liga metálica, que aparecem em paredes nas entradas das
quintas ou nas portas de casa e que tinham antigamente uma função muito
importante, a de prender o cavalo. Por esta razão, as argolas foram conhecidas
por “argolas de amarrar cavalos”.
O cavalo era o animal que, para pastar,
era “apeado” com duas argolas, uma em cada pata traseira, presas uma à outra
por uma corrente, normalmente, também feita de pequenas argolas. Quando em
serviço e à espera fora de casa, o cavalo era preso pela embocadura a uma
argola que se encontrava num tranqueiro de uma porta ou à beira. O cavalo tem
muita força, mas o freio, o qual era preso à argola, magoava a qualquer força
que fizesse.
A argola funcionava como uma algema
através do freio, assim como para pastar e não fugir, o cavalo era algemado
pelas patas posteriores.
As argolas que aparecem são muitas e semelhantes,
mas foi em Espanha que vi as mais bonitas, uma artística cabeça de cavalo na
parede com a argola na boca a fazer de base, interessante e de bom gosto.
Para além destas argolas, há outras
que são utilizadas em ginásios, acrobacias, dependuradas para esticar os
braços.
Argola é também um topónimo, mas
porque se diz “meteste uma argolada?”. Uma argolada é uma gafe. Uma argolada
pode ser uma asneira, uma mentira, lei injusta e daí não faltarem argoladas na
vida pessoal e colectiva como nas políticas, nos governos, nos professores, nos
alunos, nos pais e nos filhos.
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