APONTAMENTOS E PROCURA DE SIGNICAÇÕES
BASEADA EM DICIONÁRIOS E LIVROS DA MINHA BIBLIOTECA.
NÂO É TRABALHO ACABADO, É APENAS UMA
PRIMEIRA ABORDAGEM JÁ EM TEMPOS QUE DEIXO À CONSIDERAÇÃO DOS QUE PUDEREM
ACRESCENTAREM OU MELHORAR ESTE TRABALHO SOBRE MAZAREFES.
Açafrão - Topónimo
Açafrão - Planta bulbosa dos Irídeos.
Do Ár. Az-za'afran.
O açafrão propriamente dito - crocus sativus L. - é uma
planta da Ásia Menor, vinda até nós através da Itália. Os estigmas filamentosos
da sua flor usam-se na culinária como condimento bastante apreciado.
Apresentam-se de cor alaranjada e esse produto dá um paladar muito apreciado e
de aroma característico. É evidente que se apresenta em pó.
Durante muito tempo, o açafrão só se adquiria nas farmácias;
hoje aparece em pequenos sacos de plástico em qualquer mini-mercado.
Talvez este topónimo tenha origem no cultivo desta planta
que seria utilizada nas caldeiradas de enguias, para lhes dar, além da cor
amarelada, o seu sabor característico. As enguias era peixe utilizado na
alimentação nesta terra. Junto da Lagoa e a Lagoa abaixo das Fontainhas.
Agra - Topónimo - 1598
Agra - campo, género de insectos. Brejo, pântano. É um
topónimo frequente em Portugal e Galiza. Fica entre o Passal e a Fábrica de
Serração.
Agrinhas - Topónimo
Agrinha - Topónimo em Braga, Sto. Tirso, V.N. de Famalicão,
Porto, Lugo e Galiza.
Situa-se nesta terra sobre o Termo, junto do limite com Vila
Franca. Junto de Lamas no caminho que vai da Regadia para Vila Franca.
Aguinha – Topónimo
Topónimo em Odemira
Alfatorra – Alcunha – 1711
Igual a cousa livre, do árabe Alhorra.
Aparece «o Alfatorra», como alcunha.
Alferes – Topónimo
Alferes - oficial do exército, alcunha, topónimo em
Belmonte, Elvas, Lisboa e Vila do Conde.
Do Ár. Al-faris
Entre nós significou, durante muito tempo, o porta-bandeira.
Actualmente, designa o oficial subalterno, de posto imediatamente inferior ao
de tenente.
Em sentido irónico usa-se na região de Coimbra dizendo-se de
um rapaz que começa a aproximar-se de uma rapariga, com atitudes de lhe pedir
namoro, fazendo “pé-de-alferes”.
Frei João de Sousa regista o termo, derivado do Ár. Alferes,
com o significado de oficial que leva o Estandarte, ou Bandeira. Junto das
Coutas.
Alto – Topónimo
Alto - elevação de terreno, poderoso nobre, importante.
Alto-topónimo frequente. Existe em V.N. Famalicão, Em
Mazarefes é bem alto em relação ao lugar do Ermígio.
Alto - alcunha, apelido.
Altozinho – Topónimo
Trata-se aqui de um nome topográfico, porque o local é um
alto, devido à elevação do terreno. Daí que não terá aqui a ver com nenhum
antroponímico como Aldozinho. Em português talvez correspondesse a Montezelo.
Alvorada – Topónimo
Alvorada - crepúsculo matutino, juventude, toque de
trombetas e tambores...
Topónimo no Brasil: Paraná. Conheci a Casa das Alvoradas,
perto do Ribeiro que deu o nome ao sítio das Alvoradas.
Ameal/Amial – Topónimo
Lugar plantado de amieiros. Topónimo frequente representado
na toponímia portuguesa; na Galiza, em Pontevedra -. Situa-se a caminho da
Veiga. Por baixo das Pereiras.
Amieiros – Topónimo
Amieiros - espécie de salgueiro, tamancos, socos.
Topónimo frequente na Galiza. Aparece em Góis, Oliveira de
Azemeis, S. Pedro do Sul. Na mesma zona do Amial.
Apruma – Alcunha
Altivo, pôr prumo, endireitar.
Areia Cega – Topónimo
Topónimo frequente em Portugal e Brasil.
"Areias" - muito representado na toponímia.
"Areia e areias" - aparecem como apelidos. Em Darque há o "lugar
da Areia" e o apelido "Areias".
Fica na Veiga, perto do sítio de Lisboa e dos Boldrões. Na
Ponte da Veiga, junto de Vila Franca.
Arjão/Arijão – Topónimo
Arjão - pau que ampara as videiras, ervilhas, os feijões,
etc...
Almeida Fernandes escreveu nos Cadernos Vianenses:
"Certamente o genitivo Ardilani ou Argilani sc. «villa de Ardila (ard+
suf. Ila) ou de Argila (arg «mau» ou harjis, e o mesmo sufixo). Só uma forma
antiga poderia vir a decidir entre um destes hipocorísticos masculinos. O i de
uma das formas é suarabáctico, e não etimológico".
Junto aos Areais. Por baixo do Capador.
Atafona – Topónimo
Existe este topónimo na região da Bairrada.
s.f. - Do
Ár. At-tahuna.
Moinho privado, existente em algumas casas de lavradores,
essencialmente montado em madeira de sobro e movido por força animal. Pela sua
constituição, tornava-se uma máquina bastante pesada e, por isso, chegou a ser
substituída pela atafona de peças de ferro, muito mais leve.
Também pode ser moinho movido por homens, ou por bestas.
Aterro – Topónimo
Aterro - processo utilizado para eliminar lixos cobertos;
porção de terra ou entulho destinada a nivelar ou altear um terreno. Junto ao
Altozinho, lugar onde se tirou terra e pedra para dar lugar à linha férrea e
que serviu para aterrar na zona de Lamas em Vila Fria e alterar o terreno para
a mesma linha férrea. Tem tantos anos como o Caminho de Ferro na Linha do
Minho.
Azenha – Topónimo
s.f. - Do Ár. As-sania.
Trata-se de um tipo de moinho de técnica mais ou menos
complexa, posto em movimento pelo aproveitamento da energia hidráulica, isto é,
pela água conduzida pelo rego, pela açude até cair nos copos da galga ou roda
grande.
Frei João de Sousa regista o vocábulo azenha, do Ár.
Assanha, que indica ser moinho de água que serve para trigo. Diz que há também
azenha para moer azeitona, e se chama lagar, afimando que, no foral concedido à
cidade de Coimbra, se encontra escrito, sem corrupção assania.
Alberto Sampaio, no I volume dos seus "Estudos
Económicos", informa-nos que o engenho introduzido pelos romanos foi o que
se chama moinho (turbina primitiva) que conserva a raiz latina (molinus, a,
um), enquanto a roda hidráulica nesta aplicação pelo menos, foi empregada muito
mais tarde, pois azenha, nome técnico, deriva do árabe.
Baba – Alcunha – 1649
Isabel Alves, a Baba
Baeta – Topónimo
João Rodrigues, o Baeta.
Baetas - pano felpudo de lã.
Baeta – no Brasil é apelido levado de Portugal. É top. no
Brasil e em Portugal.
Gonç. Rod. Filho de João Rodrigues, o Baeta e de M.ª Alves,
sepultada no adro da Igreja velha de Viana em 1669. Seu filho Antº R. Baeta, em
1670.
Baixo – Topónimo
Baixo - apelido e antiga alcunha. Entra na composição de
muitos topónimos de Portugal e do Brasil.
Baixo, isolado em Esposende, Melgaço, Ponte de Lima e
Valença... como aqui.
Baixo – Topónimo – 1605
Gonçalo Alves, de Baixo.
Bandulha – Alcunha – 1650
Maria Miranda, a Bandulha
Bargiela ou Barziela ou Varziela – Topónimo
Barziela - Topónimo em Braga. Varziela - pode estar derivado
de Várzia, Varze e Várzea. Varziela - Top. frequente no Norte, Arcos de
Valdevez, Ponte de Lima e Serra d'Arga... Na Conchada.
Barrolo – Apelido e alcunha – 1651
Domingos da Costa Barrolo - 1684
Domingos Pires, o Barrolo, marido de Maria Pires - em 1679.
Maria Rodrigues, a Barrola - em 1764
Bate-Estacas – Topónimo
Aparelho para cravar estacas. Situa-se na Conchada e refere
ainda a altura da construção da linha férrea.
No lugar da Conchada.
Beltram – Apelido
Beltram ou Beltran - apelido derivado do espanhol Beltran
equivalente ao português Beltrão.
Beltrão - hoje quase só usado como apelido. Corresponde ao
nortenho Bertrand com origem germânica, de "bert" (brilhante) e
"rand" (escudo).
Beltrão – top. na Covilhã.
Bernardas – Topónimo
Bernarda - revolta, motim. Bernarda – Topónimo, em Bragança
e outras localidades. Existe o topónimo Travessa das Bernardas em Lisboa. Aqui
vem da Bernarda, e das filhas? Junto ao Miguel Forte.
Bértola – Apelido – 1979
Bértolo - Redução pop. de Bartolomeu, apelido também em
feminino (Bértola). Topónimo em Freixo de Espada à Cinta.
Junto ao Caminho do Conde.
Betoca – Topónimo
Topónimo também em Freixo de Espada à Cinta. Junto ao limite
com Darque?
Bica – Alcunha – 1920
Apolinário Rodrigues, o Bica
Bicho/Bichos – Alcunha
Bicho - verme, insecto, pessoa feia...
Topónimo em Belmonte e Caldas da Rainha. No plural
"Bichos", topónimo em Almada e Lisboa... A Quinta do Bicho, no lugar
do Ermígio.
Bispa – Topónimo
Bispa - remote de calmo, variedade de fruta...
Topónimo muito frequente. Na Regadia.
Boas-Novas – Topónimo
Boa-Nova - borboleta branca.
Apelido. Top. frequente em Portugal e Brasil.
Em Vila do Conde. Em Mazarefes deve ter a ver com boa
notícia. Era usado epistolarmente nos testamentos e em registo de boas novas
como boas notícias. Não foi difícil passar este nome à Senhora dos Prazeres, no
Olival...
Boas Novas - Top. que tem origem na Senhora das Boas Novas.
Boavista – Topónimo
Boa Vista - Topónimo muito frequente em Portugal e Brasil.
Junto às «Boas Novas».
Bois – Topónimo
Boi - espécie de ruminante da família dos bovídeos,
alimentação do homem, instrumento musical, prostituta, marafona...
Do latim bos, bobis “boi”, que lhe seria aplicado por ser de
grandes proporções, ou por ser zona de pastagens dos bois.
Pode significar elevação no antigo europeu: bhou=inchar ou
crescer.
Bois - Topónimo com um caso em Alcobaça também chamado Monte
de Bois.
Almeida Fernandes diz que “Boi poderá ser também o próprio
nome pessoal Bonoi, cuja terminação -oy aparece em numerosos antropónimos de
origem germânica; mas não descubro o tema ou raiz bom - com esta origem (se bem
que o antropónimo deve bastar para a garantir). Pode também ser a alcunha
zoonímica documentada já no séc.XII”. (No CV tomo VI, pág. 289)
Finalmente, também explicaria este topónimo o genitivo Avoli
sc. «villa» de Avolus, que não creio de origem latina mas germânica (raiz av-
de que falo em Aboria), ou mesmo Avoy (aquela raiz e a terminação -oy muito
vulgar, a que há pouco me referi. Só a documentação antiga do topónimo poderia
decidir- o que apenas acontece com o caso das ff. Moreira - Santa Leocádia, no
séc. XVII Aboi.
Apesar da falta de documentação para os outros dois casos e
aparte a possibilidade da alcunha zoonímica, é de admitir também neles o nome
pessoal Avoy, a solução para os três mais natural. Na f. Sopo (C.V. N. de
Cerveira), temos também este topónimo 1258 Avoy IS 353: cp. 1258 Avoco IS 592,
outro topónimo antroponímico com a mesma raiz (av+suf. Oco), e 1258 Avel IS 343
(av + el
Boldrão – Topónimo
Aparece Goldrões e se esta é a escrita correcta, então terá
a ver com Goldres, apelido espanhol - Golderez. Junto à Areia Cega.
“A forma portuguesa de Beltrano. O topónimo não deve ser
anterior ao séc. XII. Creio ser seu plural Boldrões = Beltrões, nesta mesma
localidade”, ainda A. Fernandes.
Boldrões – Topónimo
Também se diz assim. Idem.
Bolha – Alcunha – 1761
Bolha - Vesícula sobre a pele, patetice, mania, pancada...
Bolhas - Topónimo na Lourinhã. Aqui trata-se de uma alcunha que desapareceu.
Bomburro – Alcunha – 1680
Manuel Rodrigues, pai do Padre Gonçalo Rodrigues, que
abandonou...
Borralheira – Topónimo
Borralha – Cinzas. Lugar onde se junta a borralha.
Topónimo frequente em Cabeceiras de Basto, Guimarães e
Galiza. Entre a Capela da Senhora das Boas Novas e a antiga casa dos Galhofas.
Borras – Topónimo – 1659
Maria, a Borras. Alcunha.
Borra - pequeno pássaro; soltura, diarreia, designação
vulgar e antiga de certos frades...
Existe o topónimo Borras na Anadia.
Borra - Apelido, alcunha e top. em Felgueiras, Torres Vedras
e Espanha.
Possivelmente, Borras no plural deve designar também sítio
para onde corriam os restos da lavagem do linho ou os resíduos, neste caso
menos provável, os desperdícios da fiação da seda.
Na zona das Lavandeiras.
Borre – Alcunha – 1662
Ana Rodrigues Borre – será Borra?
Bouças – Topónimo
Bouça - Apelido, Alcunha. Top. muito frequente em Portugal e
na Galiza.
Junto ao limite com Vila Fria.
Boucinha – Alcunha
Boucinha - Apelido, Alcunha. Diminuitivo de Bouça do
Espanhol Bouciña de origem topónimica Pontevedra e Corunha.
Branca – Topónimo – 1730
Abranca (Celta).
Breias – Topónimo
Breias - Breia (vreia?), veredas, antigos caminhos reais,
vias romanas.
Breias - Topónimo em Braga. Existe também como apelido.
Junto ao limite de Mazarefes com Darque. Estrada antiga entre Viana e Braga.
Brilhante – Alcunha
Era um cavalo de pelagem luzidia para Leite Vasconcelos.
Olhos brilhantes.
Broeira – Topónimo
Broeira - planta, pessoa que tem corcunda...
Broeiro - pessoa que vende broas.
Broeira – No Alentejo e aqui como topónimo. No lugar do
Monte.
Cabacinha – Topónimo – 1648
Ana Pires, viúva. Maria Rodrigues Cabacinha - em 1669.
Cabacinha - bolo de cera; brincos das orelhas...Topónimo. A
noroeste da Casa do falecido João Cunha.
Cabaço – Topónimo
Cabaço - nome de peixe, virgindade, faltar à promessa de
casamento, aprendiz de caixeiro...
Cabaço - Topónimo em Caldas da Rainha, Loures, Lourinhã,
Portimão e aqui.
Cabanos – Topónimo
Cabano - Boi cujas pontas são horizontais ou voltadas para
baixo, alpendre, telheiro...
Cabanos - Topónimo.
Cabecinha – Alcunha
Cabecinha - farinha que fica na peneira...
Apelido, Alcunha, topónimo frequente. Aqui aparece Cabacinha
e cabecinha (?).
Cabreiras – Topónimo
Cabreira - mulher que guarda cabras, planta leguminosa.
Kabreira, séc.XII.
Cabreiras - Top. em Guimarães. Na Regadia, junto ao limite
com Vila Franca e Vila Fria.
Cachada – Topónimo
Cabreira - mulher que guarda cabras, planta leguminosa.
Kabreira, séc.XII.
Cabreiras - Top. em Guimarães. Na Regadia, junto ao limite
com Vila Franca e Vila Fria.
Cachadinha – Topónimo
Cachadinha - Topónimo frequente no Norte (Minho). Alcunha de
família em Viana do Castelo. Apelido também.
Cachadinhas em Amarante, Barcelos e Galiza.
Cagão – Topónimo
Cagão - Topónimo em Évora. Alcunha tornada topónimo.
Caguelha – Alcunha – 1764
Maria Vaz, a Caguelha - 1764. Viúva de João Rodrigues Pisco.
Caipora – Alcunha
Caipora - De origem brasileira? Terá a ver com os povos
Cáporos, raça céltica na zona de Pontevedra.
"Ka'a pora" morador no mato, místico ou "Kai
pora" - o que tem fogo, o que queima.
Os Cáporos ou Capóros era um dos povos indígenas mais
poderosos na Galiza, em Lugo, possivelmente de origem Celta.
Calçada – Topónimo
Calçada - Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Calçada
–“ O topónimo é frequente em diversas terras”.
Calvário – Topónimo
Calvário – Topónimo frequente nas terras portuguesas. Aqui é
na Conchada.
Calvete – Topónimo
Topónimo também na Figueira da Foz.
Calvet - Apelido de origem francesa.
Junto aos Raindos.
Camelo – Alcunha
Camelo - Apelido, Alcunha.
Camilo – Apelido
Camilo - Topónimo em Vila Franca de Xira, apelido.
Campinho – Topónimo
Campinho - Topónimo frequente em Portugal e Brasil. Apelido,
alcunha. Também no plural. Junto às Moradas. Junto do Capador???
Campos – Topónimo – 1725
Isabel Rodrigues, viúva de Domingos Afonso Rato. Lugar dos
Campos. Apelido.
Cangosta – Topónimo
Cangosta - Terrenos lavradios, campos de milho e vinhas; mas
o mais interessante era ser caminho antigo, fundo, murado dos dois lados e
estreito.
Junto ao “Mira”, à Carniçaria, no Souto e nos Catrinos.
Capareiros – Alcunha – 1747
Boaventura Azevedo (Capareiros)
Maria de Miranda, dos Capareiros – em 1750
Capareiros – Topónimo em Viana do Castelo.
Capela – Topónimo
António Rodrigues, o Capela.
Capela - Topónimo muito frequente em Portugal e Brasil,
apelido... alcunha por viver junto à Capela.
Capelo – Alcunha – 1601
António Rodrigues, o Capelo. Francisco Rodrigues - 1654
Capa pequena (1355) e a meia capa de S. Martinho = Capela
que deu ermida.
Capota – Alcunha
Capota - Apelido, alcunha, topónimo. Também aparece Capote
(José Gonçalves, o Capote, no lugar do Souto, avós do Carriço).
Caraças
(Raça de boi, como o boi cabano...) ou como o boi
escarchado, isto é, com as hastes abertas.
Caramuja – Topónimo – 1740
Caramuja - Topónimo em Portugal e no Brasil. Existiu o
apelido Caramuja em Maria Rodrigues Caramuja, em princípio do séc. XVIII.
Molusco. Há Caramuja na Póvoa de Varzim.
Depois do Vermoim, não longe do Rio Lima.
Carapita – Alcunha – 1651
Maria Alves, a Carapita
Cardosa – Topónimo
Cardosa - Top. em Aveiro, Braga, Évora...
Cardosas - Aparece em
Alçácer do Sal, Arruda dos Vinhos, Beja...
“Junto dos Muros”.
Carnacuo – Alcunha – 1775
Martim Gonçalves, o Carnacuo
Carnaquo – Alcunha – 1670
Domingos Gonçalves, o Carnaquo – 1679.
Celta ou precelta Carn. Carr, Kar.
Karn = pedra / rochedo (Pré-indoeuropeu?)
Também daria Carreg = pedra em Celta. Carrasco = erva que
nasce nas pedras e panasco, terreno algado onde nasce erva. Karnacum = monte de
pedras - Lugar Sagrado?
Carnaque - Top. no Egipto - Aldeia no Egipto...
Carniçaria – Topónimo – 1530
Carniçaria – Topónimo em Lisboa. Razão.
Junto à Igreja.
Carniceiro – Alcunha – 1617
Pedro Francisco, o Carniceiro.
Carniceiro - Topónimo em Odemira.
Carnoto – Alcunha – 1746
Monte de Pedras (Celta)?
Carnoto - Tribo Gaulesa, Carnutos topónimo.
Bosque dos Carnutos - Centro Religioso de toda a Gália.
Celebravam aí os druidas as reuniões anuais. Terá sido construida a Catedral de
Chartre sobre o Santuário Céltico. Os Carnutos foram um povo gaulês, cuja a
capital era a actual cidade de Chartres.
Carrapato – Alcunha – 1735
Manuel Fernandes Carrapato, Maria Ribeiro, viúva, no lugar
do Souto. Deviam ser carpinteiros - agarrado à madeira.
Carrapato - Topónimo em Caminha e no Brasil.
Carraxel – Alcunha – 1759
Francisco Gomes, o Carraxel, lugar do Monte.
Carraxel – Carrascal/Carrasco – Topónimo de freguesia em
Portugal, Galiza e Brasil.
Carrega – 1689
Domingos Gonçalves, Carrega - 1698
Manuel Rodrigues Carrega, Lugar da Namorada - em 1737.
Carrega - Top. no Brasil (Carregas) Apelido em Fundão. Ver
Carnaquo.
Carriço – Topónimo
Carriço - Topónimo frequente em Viseu, apelido, alcunha. O
Carriço é erva dura e carrapatosa, do latim "macarrónico",
"carriceu", ou pássaro, carriça.
Carvalhais – Topónimo
Quinta dos Estivadas.
Casa do Forno
Casal – Topónimo
Casal - Topónimo frequente em Portugal e Galiza, apelido,
alcunha.
Casalia - Era o lugar dos casarii. Os casarii eram os
caseiros. Casalia toma, por vezes, o nome de casales. Fica quase sempre nos
extremos da freguesia. Junto à Mata.
Castelas – Topónimo
Castelas – Apelido.
Castela - Topónimo emigrado de Espanha?
Para aqui terá vindo do Castelo do Neiva. Junto à Estrada de
Cima.
Castelhana – Alcunha – 1663
Isabel Gonçalves – Castelhana
Castelhanos – Alcunha – 1761
No Tombo.
Catrinos – Alcunha
Catrino não sei a razão, mas Leite Vasconcelos diz que
alguém ficou com o nome Catrino por ter levantado nos cornos, ou galhos, uma
vendedeira de leite que se chamava Catarina.
Catruc – Alcunha
Séc. XIX. Alcunha dada pelo “Abade Velho”, Pe. Matos aos
“Catrinos”
Cavalo – Alcunha – 1720
Cavalo - Apelido - usava-se em 1258, hoje desconhecido...
Topónimo em Portugal e no Brasil.
Cavezinha – Topónimo
Estará por Cabecinha ...
Caxiones – Alcunha
Caraças. Ver Caraças.
Cebe
Cebes - gr. Rebés (nome do discípulo de Sócrates. Em 1978
publicou-se em Portugal "Cebes Thebeno - quadro da vida humana" ou
Tábora de Cebes Thebano, filósofo platónico).
Cerqueira – Topónimo
Cerqueira – Topónimo em Setúbal, Viana do Castelo, Galiza.
Apelido e Alcunha. Top. também no Brasil, na Baía e São Paulo. Na Conchada.
Cetra
Cetra - Arma particular dos antigos Lusitanos. Era um certo
género de broquel de ferro ou metal que tocando-se resultava um som marcial.
Almeida Fernandes diz:
“ como a expressão toponímica actual Bouça do Cetra (a que
se subordinou o antigo topónimo Cetre) pode, pois, sugerir coisa mais ou menos
fantasisosa (qualquer coisa a que se deve o artigo, como em tantos casos),
direi que será preciso, para eu abandonar a minha opinião, que se me prove essa
mesma coisa.
Enquanto não, eu entenderei em Cetra o mesmo que Cetre
anterior (com assimilação), ou seja, o genitivo Caeteri sc. «villa» de Caeterus
– do lat. Caeterus aplicado pessoalmente com intenção carinhosa: o último nado,
por exemplo. Isto numa hipótese genitiva: no final, exporei a não genitiva.
No que respeita à expressão actual «o Cetra» em complexo
toponímico, realçarei que não é raro que alguma coisa de indefinido paire na
imaginação de um ou outro dos utentes de um topónimo e o leve a aplicar a este
artigo, de harmonia com a ideia que lhe liga (vaga ou precisa, mas naturalmente
errónea), quando não mesmo a alterar-lhe a forma. Daí casos em que as leis
fonéticas dir-se-iam frustradas como tais.
Cetre (>Cetra) emparceira perfeitamente com o genitivo
Caeterini, de Caeterinus (o diminutivo de Caeterus), origem do topónimo Cedrim
(f. do c.Sever do Vouga,964 Ceterin DC 87, um «villa», de facto) e com o
topónimo romano, ou seja, muito anterior, da «villa» 1113 Cedriniana DP 460>
Caeteroniana villa, de Caeteronius (antropónimo ainda usado no séc. IX-X,
867-912 Cetronio DC 8), na região de Coimbra».
Chastre – Topónimo
Chastre - Apelido de origem toponímica do francês Chastres.
Referindo-se Almeida Fernandes a este topónimo diz:
“Como no caso de Belindra, deve existir um grupo
consonântico não originário, isto é, Chastre por, anteriormente, Chaste. O
topónimo não vigora, mas existia ainda no séc. XVII.
Creio poder admitir duas soluções antroponímicas genitivas:
uma, germânica, o genitivo Flaciti sc. «villa» de Flacitus (séc.III Flaccitheus
NG 20), gót. thlaqus, com síncope do -i- postónico que impedisse a sonorização
da consoante anterior (como no caso de Cetra); outra, latina, o genitivo
Placidi sc. «villa» de Placidus, também com o mesmo fenómeno de síncope (que
evitou a elisão do -d-, como seria normal: cp. 1059 Placia DC 420
Na Veiga, junto a Darque.
Chossas
Chouso – Topónimo – 1599
João Alves do Chouso - 19.03.1599
Chouso – Topónimo frequente Sousos, Chousos - o mesmo que
"tapada" ou ainda fechado (clausum) = (clausa) = (chousa).
Sousos,Chousos – O mesmo que “tapada” ou ainda fechado. Daí
que (clausum) = (clausa) = (chousa) (latim) deu o português arcaico chousa e chousos
que também apareceu nestas formas em documentos antigos nesta freguesia.
Normalmente são topónimos que podem significar um pomar fechado, ou ainda, com
significação semelhante a “cortinhas”.
Claras – Alcunha
Clara – Topónimo e apelido derivado do adj. Clara. Casa dos
Claras, na Conchada.
Codeçal ou Codessal – Topónimo
Codeçal - Terreno lavradio, seco e bastante rochoso; bom
para os codeços crescerem. Junto ao Barrolo. Codessal - Topónimo frequente no
Norte de Portugal e Galiza.
Coita – Topónimo – 1804
Coita – Topónimo em Viana. Na Conchada.
Coivindos – Topónimo – 1665
Ana Rodrigues de Coivindos e Gonçalo Rodrigues de Coivindos.
Junto ao acesso da IC 1.
Coixo – Alcunha
Maria Rodrigues, a Coxa, em 1804.
António Rodrigues Barbosa, o Coxo – em 1838.
Comendador – Topónimo
Comendador – feitor, provedor, director...
Comenda – Topónimo frequente, apelido, alcunha. Junto aos
Dias?
Comporta – Alcunha
Comporta – Topónimo em Alcácer do Sal, Grândola e no Brasil
– Paraíba. Apelido, Alcunha.
Conde – Alcunha – 1689
Francisco Dias do Monte, o Conde
José Dias Novo, falecido em 1888.
Conde – Topónimo frequente em Portugal e no Brasil.
Conde – Caminho
“Este topónimo deve atribuir-se ao Conde Telo Alvites, que
viveu na segunda metade do séc.X. Este mesmo prócer, deve ter sido também o
causador do topónimo Conde (f. Do c. Guimarães), inicialmente São Martinho 1009
DC 212 e já São Martinho de Conde em 1059 DC 420 (até que, hoje, apenas Conde):
São Martinho do Conde e Caminho do Conde são, pois, topónimos com origem na
mesma pessoa – e congéneres de muitos outros, que a outros magnates se devem
(Vila do Conde, Vale do Conde, Oliveira do Conde, etc.)”.
Sendo as terras de Mazarefes do Conde D. Telo de Alvites e
doadas por ele aos Monges de Santiago de Compostela em 985, é perfeitamente
aceitável. Localiza-se no lugar do Monte.
Cordas – Alcunha – 1699
Cordas – Apelido
Topónimo no Brasil, Guimarães, Sta. Catarina, São Paulo e na
Galiza.
Cordoeiro – Alcunha
Cordoeiro – Também apelido e topónimo. Uma alcunha como
muitas outras de origem profissional. Consta que viviam os cordoeiros de
negócio de cordas. Eles negociavam cordas trazidas por espanhóis de barco até
ao Poço trangerinho.
Cordoaria – top. no Porto.
Corgas – Topónimo
Corgas – apelido, alcunha, topónimo.
Corga – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Junto ao
Passal onde há uma sucata.
Cortinha – Topónimo
Cortinha – Terreno de cultivo, fértil, húmido, perto de
casa. Em frente à minha casa, por exemplo, mas geralmente, fica por baixo.
Topónimo frequente na Galiza: Lugo, Orense.
Cortinhais – Topónimo
Cortinhais – Topónimo nos Arcos de Valdevez, Barcelos,
Braga, Melgaço, Paredes de Coura, Mesão Frio, Ponte de Lima, V. N. De Cerveira,
etc... em frente à fábrica de serração.
Costenha – Topónimo
Costinha – apelido. Topónimo frequente em Portugal e Galiza
e no Brasil.
Couta – Topónimo – 1734
Maria Rodrigues, a Couta, viúva de António Barbosa. Na
Conchada.
Couta – “coutada” e couteiro; na Conchada.
Coutada
Coutada – Topónimo frequente na Galiza e Coutadas.
Covo – Topónimo
Covo – Topónimo frequente utilizado como adjectivo nos Arcos
de Valdevez e em Barcelos. Limite de Mazarefes com Darque. Localiza-se a poente
e junto à Veiga. Rio Covo.
Castra – Alcunha – 1659
Maria Rodrigues (Crasta)
Cu de Ceda
Cuca – Alcunha – 1632
Maria Alves, a Cuca. Se foi topónimo seria de origem Celta
com significado de monte ou elevação (Ken-K, de raiz).
Curta – Topónimo – 1771
Domingos Francisco Curto – Lugar da Fonte Branca, casado com
Catarina Rodrigues
Curta – “Apelido – alcunhas das melhores antes de chegar ao
apelido”.
D´Alem – Alcunha – 1670
Catarina Gonçalves, d’Além
Damarta – Topónimo
Campo. Em 1802 morreu em Mazarefes, Joana Rodrigues Damarta,
no lugar da Torre. Será este campo que se situa junto ao caminho de ferro e à
estrada camarária que liga a N 202? à N 203? conhecido por Damarta por causa
desta senhora.
Deiras
Devesa – Topónimo
Devesa – Apelido. Topónimo frequente no Minho.
Do Souto – Alcunha – 1647
Justa Rodrigues, viúva, do Souto.
Domingos Vaz
Junto à Camgosta dos Burros.
Donana – Topónimo
Domna – Topónimo em Melgaço, em 1258
Segundo A . F. no CV tomo VI, pág.296:
“O topónimo não vigora actualmente, mas usava-se ainda do
séc. XVII para o XVIII, de antiguidade. Isto provaria, só por si, nada ele
poder ter com Don’Anna (Dona Ana), pois que o uso deste nome hebreu é
pós-medievo, largamente.
Trata-se de um nome pessoal muito usado Donnanna (germânico,
certamente), que apresenta formas em –i e em –e, qualquer delas podendo Ter
originado o topónimo – isto é, ou imediatamente Donnanna, ou então Donnanne
(Donnanni) > Donanna: 927 Donnani DC 28 (978 Donani DC 124), ou 958 Donnane
DC 156, ou 1075 Donanam DC 530 (certamente mal lido).
Também se pode tratar de Domna Nanna: cp. Séc. X-XI «domna
Nanna», com haplologia: cp. 1258 Nana (Nanna)
IS 1470-1471”. CV tomo VI, pág.296
Eira – Topónimo
Eira – Topónimo frequente em Guimarães e Famalicão. Apelido.
Eira –Normalmente é terreno ajacente ou próximo de casa,
(eirinha e eirado) espaço destinado a malhar as espigas, a secar o milho, pátio
de serviço... Ainda espaço livre entre o quinteiro ou eido e o lavradio do
quintal, onde está o palheiro... Esta palavra vem do latim “area” = espaço
livre, lugar para trilhar, pátio, como eirado (areactu).
O sítio do Eirado e o lugar da Eira existiu noutros tempos
nesta freguesia e hoje há famílias que são conhecidas como d’Eira ou d’Eiras.
Localizar este topónimo lugar da Eira e Eirado não é assim tão fácil. É
possível, mas não será para agora. No entanto, é possível que este topónimo tenha
surgido no lugar das Penas, zona de pedra abundante. Algumas casas de habitação
estão até construídas sobre pedras megalíticas. É uma zona alta e soalheira
onde, em tempos recuados, haveria uma grande eira comum aos “Casales”,
“Casalia” ou “Casares” que também, por sua vez deram o topónimo “Casal”
existente em muitas terras. Os moradores junto deste topónimo receberam-no como
apelido e assim surgiram apelidos como “Casal” e “Eira”. Houve “Deira”,
apelido, vindo de Anha, mas já cá existia ao menos como alcunha «d’eiras». Eira
comum dos caseiros. Os agricultores das Vilas romanas.
Eirado
Eirado – Topónimo frequente na Galiza.
Há Eirados também em Monção.
Entre-Bouças
Ermígio – Topónimo
Ermígio – Topónimo em Guimarães, Sta. Marta de Penaguião e
aqui.
Ermígio – Ermigius ou Hermigius, antroponímico de origem
germânica. Antigo lugar de Mazarefes.
Escampado – Topónimo
Escampado – Descampado, campo vasto desimpedido de
vegetação.
Escampar – estiar. No escampado pode deitar-se o junco ou a
junça para secar e fazer as esteiras...
Topónimo nos Arcos de Valdevez, em Barcelos, Guimarães,
Monção e Pontevedra.
Espadanal – Topónimo
Espadanal – Topónimo frequente na Galiza (Lugo). Alcunha. Da
flora como Junqueira. Junto aos Ameais, a nascente.
Espadaneira – Podónimo
Espadaneira – Topónimo frequente, apelido, alcunha.
Espinhal – Alcunha
Espinhal – Apelido, alcunha, topónimo frequente na Galiza.
Significa elevação.
Espinhais em Reguengos de Monsaraz.
Estacada – Topónimo
Topónimo de campos alagados. Veiga com estacas. Na Veiga de
S. Simão.
Estacadinha – Topónimo
Estacadinha – Topónimo, diminuitivo de estacada. Veiga de S.
Simão.
Esteira – Topónimo
Esteira – Topónimo brasileiro. Sulco, resto, albarda de
junco, tecido de junco... Fica na Veiga.
Esteiradas – Topónimo
Porrada ou corpo deitado na esteira.
Estira – Alcunha
Estira – Topónimo em V. N. De Famalicão.
Destirar – esticar, dilatar, alongar..
Do grego Styra.
Estivadas – Topónimo
Estivadas – Topónimo nos Arcos, Ponte de Lima, Sto. Tirso,
Viana do Castelo e Galiza. Tem a ver com a
estiva.
A sul do Vermoim. Aparece em 1258 nas inquirições.
Estrada Velha – Topónimo
Por ter sido a estrada que ligava Viana a Braga. Também
conhecida por Caminho Velho ou ainda pelo Caminho Grande. Ainda em relação à
estrada nova, dos nossos dias.
Exposto – Topónimo – 1748
António, filho de António Araújo, o exposto
Faneira – Alcunha – 1647
Margarida Gonçalves, a Faneira
Fernande – Topónimo
C.V. tomo V, pág. 166
Nos dois casos, o genitivo Fredenandi sc. «villa» de
Fredenandus (fridus+nanths), esta em Anha, pois o outro deve referir-se ao
«porto».
Quanto ao primeiro, é corrente a transformação –e> -a do
genitivo, na toponímia; no que toca ao segundo, que hoje não vigora, notar-se-á
que era um local onde existia uma passagem do Lima (um «porto», que havia sido
(se já não era então) uma tão notável passagem no rio, que ficou agregado à
designação «portus» o n. Pessoal (certamente do proprietário ou do instituidor
do serviço de barcas), tal como 1086 «porto Ariulfi» DC 658, e tal como
acontecia (quanto ao antropónimo) com uma «villa», ou um prédio notável
análogo.
Ferrais – Topónimo
Ferrais – plural de adjectivo ferral, derivado de ferro.
Ferral – Topónimo em Montalegre, Marco de Canavezes, Vila Franca de Xira e
Pontevedra. Lugar da Freguesia.
Ferreiro – Alcunha – 1602
João Pires, o Ferreiro
Fontaínhas – Topónimo
Fontaínhas – Apelido, alcunha, topónimo.
Fontaínha – Topónimo frequente no norte e na Galiza. A norte
de Vermoim.
Fontam – Topónimo
Fontan – Apelido do espanhol Fontán, de origem toponímica
(Corunha, Pontevedra). Tem a ver com Fonte como Fontaínhas e Fontelas. Grande
volume de nascente de água. Junto às Cabreiras.
Fonte – Topónimo
Fonte – Topónimo muito frequente em formas simples e
compostas, apelido, alcunha.
Fonte Branca – Topónimo
O adjectivo é de origem germânica pelo latim alba (branca).
Poderá ser também de origem Celta, branca? Junto à Quinta do Bicho.
Fonte dos Anjinhos – Topónimo
Após a Fonte Branca, a também conhecida por Fonte do
Ermígio.
Fontela – Topónimo
Fontela, Fontinhas (Fontaínhas) – São lugares de fontes e
são diminutivos de Fontana. Ficam todos à margem esquerda e direita da estrada
nacional de Viana a Ponte de Lima. Fontão fica a Sul, no lugar de Redondelo.
Topónimo frequente no Norte e Galiza. A nascente do Vermoim
de Cima.
Fontela de Baixo – Topónimo
Idem, a norte, do lado do rio e depois da estrada nacional.
A nascente de Vermoim.
Fontela de Cima – Topónimo
Idem, a norte, do lado do rio e depois da estrada nacional.
A nascente de Vermoim.
Fontinhas – Topónimo
Fontinhas a norte e Fontão a Sul. Fontela.
A norte dos Vermoins.
Fontões – Topónimo
Fontão – Topónimo frequente no Norte e Galiza, apelido.
Significando pequeno riacho ou ribeira. Junto das Penas, fontes com grandes
jorros de água.
Formiga – Topónimo
Apelido, Alcunha, Topónimo frequente em Portugal, Brasil e
Galiza (Pontevedra).
Zona de cabras?
É dificil determinar se a alcunha deu o apelido, se o
apelido deu a alcunha e se o topónimo deu o apelido ou a alcunha, ou se estes
deram o topónimo, assim José Francisco Formiga está dada como apelido,
Francisco Martins, o Formiga é a alcunha e o que é certo é que como topónimo
também existe.
Quem foi o primeiro? No lugar do Monte
Formom – Topónimo
Formão – Topónimo em Amarante, Guimarães. Origem obscura.
Forneira – Topónimo
Forneira – Topónimo em Mafra, V. N. De Gaia e Ilha da
Madeira.
Frade – Alcunha – 1715
+1731, Manuel Martins Frade, viúvo de Ana Rodrigues.
Frade – Topónimo frequente em Portugal e Brasil, Galiza
(Pontevedra).
Fraldeca – Alcunha – 1662
Catarina Gonçalves, a Fraldeca
Franco – Alcunha
Franco – Apelido , alcunha, topónimo em Alandroal,
Cabeceiras de Basto, Estremoz, Figueira da Foz, Lousã, Mirandela, Penafiel,
Sto. Tirso; na Galiza: Corunha, Lugo; no Brasil: Amapé, Ceará, Minas Gerais,
Paraná, São Paulo. Francos.
Franjós – Topónimo
Franjoso – Topónimo Estremoz. Apelido, Alcunha.
Fritoza – Topónimo
Fritoso – Apelido, Alcunha, do verbo fritar.
Funfuns – Alcunha
Fura-Mundo – Alcunha – 1756
Domingos Martins – Lugar do Monte, o Fura- mundo, marido de
Maria Rodrigues.
Gabriel – Topónimo
Gabriel – latim “Arcanjo da Anunciação” significa “homem de
Deus”, “Varão de Deus”, Apelido, Topónimo em Alenquer, Lisboa, Odemira, Pinhel,
Salvaterra de Magos, no Brasil (Baía, S. Paulo...)
Gaia/Gaio – Alcunha – 1710
Domingas Gonçalves, a Gaia (+ 1739). Lugar das Boas-Novas.
Gaio – Topónimo e Apelido. Alegre, folgazão, fino.
Galante – Alcunha – 1685
Manuel Rodrigues, o Galante, de Anha, esposa Joana
Gonçalves, já viúva, 1747.
Galante – Apelido no Brasil e em Portugal. É de origem
italiana.
Galega/Galego – Alcunha – 1719
António Gonçalves, o Galego – em 1728
Galega – Topónimo fundado por Galegos.
Galego é alcunha, apelido e topónimo.
Galhofa – Apelido
Galhofa – Gracejo, risota, brincadeira, zombaria.
Galo – Alcunha – 1657
Francisco Miranda, o Galo
Gamela – Topónimo
Gamo (fauna). Configuração de uma gamela. O Poço da Gamela
na Veiga.
Ganhador – Alcunha – 1622
António Rodrigues, o Ganhador
Ganhão – Alcunha – 1635
António Rodrigues Ganhão
Ganhão – Alcunha – 1740
António Rodrigues Carvalho, o Ganhão.
O mesmo foi pastor. Pastor da Veiga?
1755 – Alcunha
Ginete – Apelido
Ginete – Topónimo brasileiro e nos Açores.
Gineto – animal carnívoro.
Ginete – apelido em linhas de Elvas, tipo de Carvalho,
combatente montado em Ginete.
Do Ár. Zanala
Trata-se de um cavalo pequeno, esbelto e ligeiro.
Todavia, na Bairrada existe esta palavra usada por alguns
para chamar aos filhos ainda pequenos, mas irrequietos.
Goldroins/Goldrões – Topónimo
Goldra (1258) – Topónimo em Faro, Loulé e na Galiza
(Pontevedra).
Goldora – No séc. XIV, Goldara, Guldres – 1090
Golderes, em 989.
Goldres – Topónimo em Barcelos.
Grande – Alcunha – 1724
Grande – Topónimo
Alcunha no séc. XV, quer dizer “Velho” em relação a moço.
Gregótios/Gregórias – Topónimo
Gregório – significa vigilante, acordado
982 – Gregoriuo – Gregorio – Grigório
1480 – Guerigorio Gomez – 1980 – Gregória
Apelido e topónimo no Brasil
Gregórios – Castro Verde, Pombal, Silves.
Grou – Topónimo
Relativo aos gróvios (povos de entre o Lima e Minho)
vizinhos dos límicos?
Topónimo em Alenquer, Anadia, Cantanhede, Cinfães, Leiria e
Pombal...
Séc. XVI – Domingos Luís Grou – 1575 (Apelido)
Fr. João Grou – 1633 e 1635. É um dos topónimos mais antigos.
É pré-romano.
Grou = muitos e gro = areia, na língua Celta.
Guingão – Alcunha – 1692
Guingão – tecido de algodão, borra da seda, excremento do
bicho da seda.
Homem – Alcunha – 1772
Horta – Topónimo
Horta – Cidade na Ilha do Faial, topónimo (Portugal e
Galiza), apelido.
Orta – 1066, 1086 e 1140.
Infesta – Topónimo – 1737
Vivia neste lugar Manuel Alves Xastre e Vitória Pereira.
Infesta – Topónimo em Amarante, Arouca, Arruda dos vinhos,
Esposende...
Há Enfesta na Corunha – 1258 e Infestas em Amarante e
Cinfães.
Junqueira – Topónimo – 1598
Topónimo frequente em Portugal e Galiza. 1220 – Pio da
Junqueira – 1258 Junqueiros (Galiza). Origem na flora. Zona de junco.
João Rodrigues, o Junqueira (1598). Há Junqueira como
topónimo junto ao Rio Covo, na Veiga a fazer limite com Darque. Zona de muito
junco.
Junqueirinha – Topónimo
Na Veiga por baixo das Cachadas. Prados e junco ainda assim
conhecido.
Labarda – Alcunha – 1632
Isabel Rodrigues, a Labarda
Lagoa – Topónimo
Lagoa – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. 1141 –
Lacona, 1090, 1037, 1057. 1141 – Lacunam Ouium. 1167 – Lacunam de Gonsalvo
Diaz. 1220 – Lagoa – apelido, alcunha.
Lamas – Topónimo
Topónimo frequente no Norte e Galiza. Ausente no Sul. Também
em 981 – 1050 – 1112, aparece como apelido e alcunha, 1745. Regadia.
Lameiro – Apelido
Lameiro – topónimo frequente Norte e Galiza
Lamario – 1258 e Lamedeiro e Lameiro.
Lameiros – frequente no Norte, Centro e Galiza (Corunha,
Lugo, Pontevedra).
Laranjal – Topónimo
Topónimo frequente no Brasil, sobretudo em Minas Gerais.
Laranjais aparece em Guimarães.
Lavandeiras – Topónimo
Lavandeira – o ofício da lavadeira, vem do conhecido latim
lavare “lavar”, do gerúndio lavandus. É zona de águas.
Topónimo frequente no Norte e Galiza. Também há labandeira
na Corunha e Orense. Alavandeira em Cinfães e Valpaços.
Lanuandeiran em 1008; Lavandaria em 1090; Lavandeira em 1220
e 1258; Levandaria – 1258.
Lavradio – Topónimo
Significa “terreno que se pode lavrar” topónimo de Algezur,
Barreiro, Caldas da Rainha, Pena Cova, Torres Vedras, na Galiza labradio
(Lugo). Também é apelido, alcunha. Na Veiga.
Leites – Apelido – 1613
Francisca Antónia Leites
Lenha – Alcunha – 1665
Ana Rodrigues, a Lenha
Lima – Apelido
Lima – Topónimo frequente em Portugal como nome de pátios,
quintas, moinhos.
Limia – 1081, 1114, 1124, 1125, 1129, 1130, 1132, 1136,
1140, 1141, 1258 e 1262.
Lima – apelido em 1258, está por Limia. Forma Castelhana e
Galega. Na mitologia é uma Divindade romana, feminina, que vigiava as soleiras
das portas.
Limão – Topónimo
Do Ár. Laimun, limun.
Assim se chama ao fruto do limoeiro. Esta palavra
relaciona-se com lima.
É um fruto muito ácido; por isso, bastante usado na
culinária, em refrescos e também para limpar objectos de cobre.
O sumo de limão substitui, com grande vantagem para a saúde
humana, o vinagre que contém ácido acético e que é prejudicial. No limite com
Darque, na zona da Conchada.
Limoeiro – Topónimo
Limoeiro – Topónimo em Coimbra, Fafe, Lisboa, Marco de
Canaveses, Ponte de Lima e no Brasil (Ceará, Pernambuco...)
1979 – apelido, alcunha. No lugar da Regadia.
Lisboa – Topónimo
Lisboa – Topónimo cidade de Portugal, origem pré-romana. Na
Veiga com o limite de V. Franca.
Madonas
Madona – Nossa Senhora, estatueta, imagem que a representa –
Do latim Meo Domna (Minha Senhora)
Modorra – prostração mórbida, sonolência, apatia,
indolência.
Magano – Alcunha
Maganão – Alcunha – 1590. De Magana do século XI. Maganos em
Guimarães. Magães em Marco de Canaveses. Maganus, nome pessoal, em Lugo, 947.
Magna – Alcunha – 1600
Maria Rodrigues, a Magna. Maria Rodrigues, casamento em
4.09.1596.
Magno – latim “magnus” (grande) – 1024 – 1047
Apelido, cognome de imperador, reis.
Mainarte – Alcunha – 1740/4
Lugar das penas e Lugar do Ribeiro
Manuel Gonçalves Mainarte (+ 1789).
Maldisposto – Alcunha – 1711
Malhada – Alcunha – 1722
Malhado – Alcunha
Malhado – Apelido – 1980. Alcunha, do adjectivo que tem
molhos ou monchos. Topónimo em Lisboa e Mafra.
Mamalina – Alcunha – 1657
Mangana – Alcunha
Mangana – alteração de Magana?
Mangoa – Alcunha – 1656
Justa Pires, Mangoa
Domingos Mangoa – em 1673
Maquário – Alcunha
Maquário por Macário (Macarius, de origem Grega (séc. IV),
feliz, bemaventurado. Sto. Macário foi Anacoreta.
Maqueiro – Alcunha – 1597
António Rodrigues, o Maqueiro, falecido em Castela.
Mariana – Topónimo
Inicialmente “relativo a Mário” depois “relativo a Maria” –
1805 apelido, topónimo em Beja e Lisboa.
Marinheiras – Alcunha
Topónimo em Arruda dos Vinhos, Castro Daire, Lisboa,
Oliveira do Hospital, nome de ave.
Marta
Nome da irmã de Lázaro e Maria Madalena, apelido – 1980,
topónimo em Lisboa e Santa Marta; é frequente em Portugal – 1109, 1148, 1180.
Martelo – Alcunha
Apelido frequente na Galiza.
Masmorra
s. f. – Do Ár. Matmura.
Trata-se de um cárcere ou de uma cadeia subterrâneos. Frei
João de Sousa regista o termo mazmorra, do Ár. Matsmora com voz africana e com
significado de casa, cova ou prisão subterrânea à maneira de uma grande cisterna,
sem ar, nem claridade, mais do que lhe entra pela porta ou boca, a qual se
fecha com um alçapão.
Mazarefes – Topónimo
Mazaral, Mazarel, Mazarefes – Topónimo
Maçarefes – topónimo em Viana do Castelo
Mazarefes – 1258. Nome da Freguesia.
Meal – Topónimo
Sob as Pereiras e sobre a Veiga de S. Simão
Meia-Cara – Alcunha
Melo – Topónimo
Topónimo. Merlo e Merloo em 1258, Melo em 1479, topónimo em
Alcácer do Sal, Campo Maior, Lisboa, Torres Novas... e aqui. Limite com Vila
Franca.
Menana – Alcunha
Menana – apelido de origem espanhola
Menona – deve estar relacionado com Menano
Miguel – Topónimo
Miguel – Topónimo em Alandroal, Beja, Celorico de Bastos,
Fafe, Guimarães e Rio Maior...
Formas antigas – Migael em 1047, Migahel em 1083, Micael em
1098, Miguel em 1265. Campo de Miguel, nas Boas Novas.
Milheira – Topónimo
Vendedeira de milho? Será de Milhão? Diz A.F. que «milhão»
designa o milho grosso.
Milheiros – Alcunha
Topónimo em Oeiras.
Moleca – Topónimo
Moleca – Moleque
Moleque – indivíduo sem palavra ou sem seriedade, canalha,
velhaco, patife...
Moninho – Topónimo
Topónimo em Celorico da Beira, Melgaço, Pampilhosa e S.
Pedro do Sul. Munniu em 985. Munnio em 1013. Monneo em 1037. Moneonis entre
850-866. Muneonis em 928. Moneoniz 985...
Monte – Topónimo
Topónimo frequente sobretudo no Norte e na Galiza. Entra em
Topónimo composto, alcunha muitas vezes “do Monte”. Lugar da Freguesia.
Montezelo – Topónimo
Montezelo – Topónimo em Barcelos, Braga, Castelo de Paiva,
Celorico de Basto, Penafiel, Ponte de Lima e V. N. de Famalicão.
Montezelos – Topónimo em Guimarães, Vila Real e na Galiza
(Corunha, Lugo e Pontevedra). Na Conchada.
Morada – Topónimo
Morada – Topónimo Barcelos, Lisboa, Miranda do Corvo,
Penacova, Vieira do Minho, Brasil (Morada Nova – Ceará, Minas Gerais).
Moradas – apelido, alcunha. Na Regadia.
Morta
Topónimo Alenquer, Montemor-o-Novo, Arga.
Mortos – Topónimo Cabeceiras de Basto.
Mouro – Topónimo
Mouro – Cognome romano hoje desaparecido. Apelido, alcunha. Topónimo
frequente, isolado e em compostos. Mouros – Topónimo Alcoutim, Almodôvar,
Arouca, Arraiolos, Cinfães, Penafiel, Lisboa, na Galiza: Corunha e Pontevedra.
C. V. Tomo V, pág. 204
Não incluo aqui topónimos como Fonte dos Mouros, etc., pois
significam apenas antiguidade (o modo popular de considerar esta
materialmente), pelas razões por que foram incluídos no capítulo arqueonímico.
Somente o caso da f. Alvarães, com o triplo complexo Alto da Moura, Calçada da
Moura e Pulho da Moura, referentes a locais diferentes de um mesmo sítio, o da
Moura, parece dever reconsiderar-se aqui à luz demonímica, e não arqueonímica.
Esta toponímia pode respeitar a estabelecimentos de Mouros,
se é que não mesmo de moçárabes ou cristãos arabizados (o contrário do anterior
topónimo, Moldes, os árabes cristianizados), podendo muito naturalmente ser
escravos, ou prisioneiros de guerra. Topónimos mais importantes que estes, como
1071 Villare de Mauris IC 494 (f Vilar de Mouros, c. Caminha) e 1057 Sancto
Martino de Mauris, é a tais populações que se referem. Na Veiga de S. Simão.
Mudo – Alcunha – 1632
Pedro Rodrigues, o Mudo
Muro – Topónimo
Topónimo frequente. Muros – Topónimo Alijó, S. João da
Pesqueira; Torres Novas. Mures = ribeiro. Mûr = areias, indo-europeu ou
iraniano? Almuro, olm = corrente de água. Alm + nuir = água parada (Celta). No
lugar de Ferrais.
Namorada – Topónimo – 1676
Francisco Alves, da Namorada
Isabel Alves, chamada a Namorada – 1683
Topónimo em Évora e Viana do Castelo
Namorados – Topónimo Castro Verde, Mértola, Santiago do
Cacém... Cantigas de Amigo? Antigo Lugar da Freguesia.
Novas – Topónimo
Nova – Topónimo Arronches, Arruda dos Vinhos, Cabeceiras de
Basto, Espinho, Lagos, Lisboa.
Novas – Apelido, alcunha
Novos – Topónimo em Alenquer, Elvas...= Notícias=Novidades?
Olival – Topónio – 1670
Topónimo frequente. Há na Regadia e na Conchada. Relativo à
existência de Oliveiras.
Paço – Topónimo
Palatiu (palácio), topónimo frequente em Portugal e Galiza.
Apelido inicialmente atribuído a pessoas que frequentavam ou exerciam funções
no Paço. A presença do Palatiu dos Pereiras e dos Azevedos deu o nome ao lugar.
Panasca – Alcunha – 1649
Isabel Alves, a Panasca
Paraca – Alcunha – 1786
Francisca, exposta, a Paraca. Paracha – Topónimo, alcunha
tornada top. Em Sousel – o Monte da Paracha...
Pascoal – Topónimo
Derivado do Latim Pasqualis (relativo à Páscoa). Topónimo em
Évora, Ponte de Lima e Viseu. Topónimo “Monte Pascoal” no Brasil. Na Veiga.
Passal – Topónimo
Topónimo frequente.
Passais – Feira, Paredes, Penafiel, V. N. de Famalicão em
1258.
Por cima da Veiga, a sul de S. Simão.
Passos Freitas
Patriarca – Alcunha – 1677
Pedro Gonçalves, o Patriarca
Paúlla – Alcunha – 1635
Ana Rodrigues, a Paúlla, irmã de António Rodrigues, o Ganhão
Pedrinha – Topónimo
Pedrinha – Topónimo em Braga, Melgaço, Póvoa de Varzim e
Galiza (Corunha, Lugo, Orense, Pedriña). Resulta do latim petrínea (pedra),
apelido, alcunha.
Pedrinhas – Também como topónimo em Amarante, Oliveira de
Azemeis e na Galiza.
Pelotes – Topónimo – 1258
Pelote – Topónimo em Castelo Branco. Apelido, alcunha em
1394.
Penas – Topónimo
Penas – Topónimo frequente Norte e Galiza, apelido, alcunha.
Penas – é um nome Celta (penn/pinn), de rocha, pedra. Antigo
lugar da freguesia.
Pereiras – Topónimo – 1656
Pereira – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Pera em
973, 978 e 1002, Pereira em 1115 e 1139.
Pereiras – Do latim Pirun, Pira, Pera, ligado ao fruto.
Péres – Topónimo
Peres – Topónimo em Évora, Lisboa, Melgaço, e na Galiza
(Corunha, Pontevedra). Apelido Peres ou Pires não foi uma evolução geral, mas
um tratamento especial incapaz de eliminar a forma Peres.
Pericas – Alcunha
Perico, para Leite Vasconcelos, era burro.
Perneira – Alcunha – 1647
Engrácia Rodrigues, viúva.
Pernica – Alcunha – 1647
Isabel Afonso, viúva
Perua – Topónimo
Peru – Topónimo - País da América do Sul. Topónimo em Torres
Novas. Perus – Topónimo em Lamego. Peruão – Topónimo em Elvas.
Pimpão – Alcunha
Pipeon em Galego, nas cantigas de Amigo, ou moeda pequena em
Castela. Pombo e bobo em Português (pifopionis).
Pinhais – Topónimo
Pinhal – Topónimo frequente no Brasil e Galiza (Pinel –
Pontevedra e Pinan em Lugo).
Pinhais – Existe em Leiria e Viana do Castelo.
Pintor – Alcunha – 1600
António Rodrigues, o Pintor
Pisca – Alcunha – 1789
Pisca – Topónimo em Guimarães, Lamego, Porto e Santarém.
Pisco – Alcunha
O “boi pisco” deve ter dado a alcunha.
Topónimo também em Perre.
Piza Barro – Alcunha – 1774
Manuel Gonçalves, o Piza Barro.
No lugar da Regadia existia a Casa da Piza, sinal de
trabalhos ligados ao barro para a costução de fornos, ou pequena fábrica
artesal de louça, ou ...?
Esta casa era de Manuel Alves Salgueiro e Andreza Rodrigues,
pelos fins do séc. XVIII.
Plotes … ver Pelotes – Topónimo
Plotas – Topónimo do Grego Plotai (ilhas flutuantes –
estrofodes), pelo latim plotos.
Poderoso – Alcunha – 1634
Maria Rodrigues, do Poderoso
Porta da Couta – Topónimo
Portos ver Fernande – Topónimo
Portos – Topónimo em Amarante, Celorico de Basto, Melgaço,
Miranda do Douro, Ponte de Lima, Viana e na Galiza (Lugo e Pontevedra).
Porthos, nome de um d’os três mosqueteiros tendo origem
obscura. Na Veiga, junto à Areia Cega.
Possa – Topónimo – 1667
Ana Miranda da “Possa”
Possa/Poça – Topónimo – 1679
Manuel Velho da Poça – 07/05/1679.
Poço – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Poços –
Topónimo frequente na Galiza (Pozos) em 1258, apelido, alcunha existente no
séc. XVIII. Possas – Apelido. Na Regadia.
Prado – Topónimo
Prado – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Prado em
959, 1220, 1258. Apelido, Alcunha em 1443 e 1533. No Ermígio.
Preguinho
Topónimo em Cinfães e S. Pedro do Sul. Está relacionado com
Preguin da Galiza (Corunha).
Prezas – Topónimo
Preze – apelido
Preso – Apelido, alcunha, topónimo frequente em Portugal e
Galiza, em 1258.
Pulgas – Alcunha – 1980
Pulga – Topónimo em Alijó, Évora e Seia.
Pulgas – Aparece em Évora e Setúbal.
Pusca – Alcunha – 1642
Justa Rodrigues, a Pusca
Queimada – Topónimo
Queimada – Topónimo frequente, existente no Brasil. Alcunha
de homem.
Topónimo em Alenquer, Grândola, Lisboa, Ilha da Madeira e no
Brasil (Baía, Paraíba).
Quinta – Topónimo
Quinta – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Quintia em
1132. Apelido, alcunha em 1681.
Raboja ou Ramboia – Alcunha – 1677
Manuel Miranda, o Raboja ou Ramboia
Tem a ver com raça de vacas.
Raindos – Topónimo
Raindos – Topónimo em Barcelos e na Galiza (Corunha). Origem
obscura. Rayindo em 1258. Será Galindus, povo godo do Báltico? Já vi escrito em
documento antigo Gavindos.
Raposeira – Topónimo
Raposeira – Topónimo frequente na Galiza (Corunha, Lugo e
Pontevedra). Deriva de raposa no sentido de lugar onde há raposas em 1238,
apelido, alcunha. Há em Lisboa. Na Veiga.
Rata – Alcunha – 1766
Joana Casada, a Rata, Lugar da Conchada.
Topónimo em Beja, Castelo de Paiva, Espinho, Maia, Melgaço,
Murça, Santarém, na Galiza (Corunha) e no Brasil. Para Leite Vasconcelos era
também uma mula de cor cinzento –
escuro.
Ratos – Topónimo (ilhote na Ria de Faro), alcunha, são os
alunos do 1º ano na gíria do Colégio Militar de Lisboa.
Rata molhada – Alcunha
Rato – Apelido – 1851
Manuel Gonçalves Rato, casou em 1851 em Mazarefes, era
sobrinho do Pe. Manuel Afonso Franco, natural de Sta. Marta, a irmã do Padre e
mãe do sobrinho era Inácia Alves Franco. Em 1863, filha de 81 anos morreu no
Lugar da Namorada.
Rato – Topónimo frequente na Galiza (Lugo). Pode derivar de
Reptus – Ralfts. Rrato em 1499.
Ratos – Topónimo em Pombal, Torre de Moncorvo, Torres Novas
e Viana do Castelo. Pode-se tratar de referência a pessoas de famílias locais
com o apelido Rato.
Redondelo – Topónimo
Ana Ribeiro – 1801
Manuel Rodrigues Carvalho e Maria Ribeiro em 1793.
Redondelo – Topónimo em Amares, Arcos de Valdevez, Caminha,
Chaves, Fafe, Guimarães, Ponte da Barca... e na Galiza.
Rotundelo em 1038 – Redondelo em 1093 e 1258. Pode derivar
deste Rondelo em 1258.
Redondelo – Prédios de lavradio e erva, húmidos e de
regadios. São autênticos prados. Ficam junto ao estremo com Vila-Franca e a
nordeste do Beco de José Liquito.
Regada – Topónimo
Regada – Topónimo frequente no Norte e Galiza, em 1208.
Apelido, Alcunha em 1979.
Ragadas – Topónimo frequente no Norte e Galiza, em 1220 e
1258. Junto aos Couvindos ?
Regadia – Topónimo
Regadia – Topónimo Carregal do Sal, Peso da Régua, Ponte de
Lima, Viana do Castelo, V. N. de Famalicão,
(de terra que é regada) em 1258. Lugar da Freguesia.
Renda (Bouça da…) – Topónimo
Renda – Topónimo frequente no Norte e Galiza (Pontevedra).
Talvez de origem germânica, apelido, alcunha, em 1884.
Rendilha – Alcunha – 1781
Maria Soares, a Rendilha, Lugar do Ermígio.
Renda – Render, tecido de malhas abertas, com textura
delicada, cujos fios entrelaçados formam desenhos.
Render – Entregar-se, retribuir, dar em troca. Latim rendere
(class. Reddere) com influência de prendere.
Repeidada – Topónimo – 1749
Manuel Dias – 1749; Bernarda – 1802; José Dias – 1810; Martins,
Meira, Conde.
O Francisco Dias era do Lugar do Monte (+1758).
O Domingos Dias do Souto era do Lugar do Monte – (1752).
Repiadade – Topónimo em Guimarães.
Revinhade – Topónimo em Felgueiras.
Este topónimo encontra-se extinto, mas vigorava do séc. XVII
para o XVIII.
Nada tem a ver com Ribadade = Riba de Aade (n. Comum «aade»
lat. Anate, n. Esse que era o de uma espécie de pato), tudo, em meu ver,
indicando o genitivo Reparati sc. «villa» de Reparatus. É n. Latino que se
repete na nossa toponímia (1220 Reparadi IS 31, e 1258 Reparadi IS 1427) e na
galega (1122 Reparadi DR 60)
A série fonética teria sido Reparati > Reparadi >
Repedade > Repeidade (simples assimilações e dissimilações).
Retorta – Topónimo
Retorta – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Em
relação com características das povoações ou aos caminhos ou cursos de água em
960, 1169, 1258. Apelido, alcunha em 973.
Arretorta – Topónimo sopal em Faro
Ribeiro – Topónimo
Ribeiro – Apelido, alcunha, topónimo frequente na Galiza:
Corunha, Lugo em 1220.
Ribeiros – Topónimo em Fafe, Figueira de Castelo Rodrigo,
Marco de Canavezes, Monforte, Oliveira do Hospital, Penafiel, Viana do Castelo,
Vila de Rei...
Rio Covo – Topónimo
Rio Covo Topónimo em Águeda, Barcelos, Mealhada, Monção
Pombal e Viana do Castelo, em 1220. Riocobo – Galiza (Corunha, Lugo) Riocovo –
Galiza (Lugo). No limite de Mazarefes e Darque.
Roi Orelhas – Alcunha
Roicacos – Alcunha
Roleira – Alcunha – 1659
Maria Alves, Roleira
Roleiro – Alcunha – 1626
António Araújo
Roncal – Topónimo
Ronca – Topónimo em Santiago do Cacém, Torres Vedras.
Apelido, Alcunha.
Ronco – Topónimo de Vila Nova de Gaia.
Ruça – Alcunha
??????, sobre loira.
S. Bento – Topónimo
Bento – divergente de Benedito, apelido, Topónimo em
Caminha, Chamusca, Coimbra, Leiria e Lisboa.
S. Bento – Topónimo frequente no Brasil (Maranhão). Junto à
Igreja Paroquial.
S. Joane – Topónimo
Veiga
S. Simão – Topónimo
Pela presença duma Igreja Antiga sob a invocação de S.
Simão.Veiga.
Safrões – Topónimo
Sanfrins – Topónimo em Paços de Ferreira
Safra – Topónimo em Guimarães, Marvão, Pampilhosa da Serra,
Portalegre. Em Espanha (Alicante, Badajoz, Cuenca, Orense).
Diz A. Fernandes:
“Creio que se trata de topónimo antroponímico arábico – nada
de surpreender em Mazarefes: certamente o plural de um n. Pessoal a que
corresponde o bem documentado n. De mulher 1059 Zahara DC 420, isto é, Çáfara:
907 «mancipias meas Mariamen et Sahema et Zafara» DC 16. Note-se que também
Mazarefes é um plural: não admira, pois, sê-lo Çafarões.”
Sapagal – Topónimo
Veiga
Saloa – Topónimo
Salo – Apelido de origem toponímica (região da Lombardia).
Saloia – Topónimo de Grândola. Saloio – Topónimo em Caldas da Rainha, Évora,
Óbidos, Salvaterra de Magos. Apelido, alcunha.
Sales – Topónimo Caldas da Rainha, Cartaxo, Espinho, Lisboa,
Montemor-o-Novo, Oeiras. Topónimo na região de Seia em 919.
C.V. tomo VI, pág. 315
Pode ser o feminino Sallõa da alcunha Sallom: 1258 Martino
Salom IS 344 é, por exemplo, um morador na f. Facha, não muito longe. Cp. Melõa
(f. Ucanha, c. Tarouca), feminino de Mellom.
Salta – Alcunha – 1693
Maria Rodrigues Salta, viúva de Tomé Rodrigues – 1741.
Salta – apelido, alcunha, topónimo, parece relacionar-se com
saltar.
Topónimo em Valongo e Viana do Castelo.
Santa Marta – Topónimo
Zona da Veiga onde os Santamartenses têm muitas propriedades
e a nordeste de S. Simão.
Santoínho – Topónimo
Na Conchada. Limite com Darque.
Sarda – Alcunha – 1651
Isabel Casada, a Sarda
Seixal – Topónimo
Topónimo frequente em 1514, apelido, alcunha de Seixal. Vem
de seixo, do latim saxum. Junto ao Calvete.
Senhora – Topónimo
Senhora – Topónimo em Baião, Barcelos, Lagos, Lousada e
Miranda do Corvo.
Aparece em muitos top. compostos a invocação de Nossa
Senhora. Nome dado à zona da Capela da Senhora dos Prazeres e depois da Senhora
das “Boas Novas”.
Senhorinha – Apelido
Semiorinus (senhorim) e Senhorinha de Semiorina.
Senhorinha – Topónimo
Santa Senhorinha do séc. X – religiosa sepultada na Igreja
de Basto.
Topónimo em Reguengos de Monserraz e Vila Franca de Xira.
Desaparecido aqui.
Senras – Topónimo
Senras em Arouca, Castelo de Paiva, Ponte de Lima e V. N. De
Famalicão.
Serra – Topónimo frequente no Norte e Galiza. Apelido, alcunha
em 933, 943. Junto das Lavandeiras.
Simoa – Alcunha?
Feminino de Simão (959 Simon DC 76). No entanto – embora
menos de crer -, pode tratar-se de uma forma «alongada» do próprio nome Simom
(forma arcaica de Simão), ou mesmo de 915 Sanmom DC ou até 928 Salomon DC 34.
Como topónimo nada poderemos estabelecer acerca da sua
antiguidade, mas é de crer seja medieval. Aqui parece ter sido alcunha duma
filha do Simão.
Sol – Topónimo
Sol – nome de estrela, divindade em várias religiões. Do
latim Sole. Cidade do Egipto, ilha perto de Taprobana. Topónimo em
Arruda-dos-Vinhos, Évora, Lisboa, Lousada, Monção, Ponte de Lima, Porto, Póvoa
de Lanhoso e Seia. Na Galiza (Corunha) e no Brasil (S. Luís do Maranhão).
Apelido em 1695. Existe agora o Bairro do Sol.
Sorrobada – Topónimo
Sousa – Alcunha – 1598
Maria de Sousa. Sousa, Topónimo frequente no Brasil. Apelido
também frequente.
Sousos – Topónimo
Souso – Topónimo de Pedrógão Grande. De Sousa, com mudança
de género, por se julgar fem. Apelido Sousa.
Souto – Topónimo – 1596
Francisco do Souto, em 16.11.1596 – o Gonçalo Rodrigues do
Souto, em 5.2.1679, Manuel Gonçalves do Souto – 1676.
Souto é topónimo frequente em Portugal e Galiza (Soto em
Lugo e Orense), Souto em 906, 950, 1014 e 1059. Solto em 1182, Souto em 1127, 1169.
Apelido, alcunha em 1279.
Soutos – Covilhã, Guarda e Guimarães.
Regadio de Soito em Viseu.
Souto D´Abade – Topónimo
Pomar ou zona de castanheiros cujo o seu proprietário seria
o Abade. Fica junto ao nó de acesso à IC1.
Souto Tapado – Topónimo
Na Regadia
Soutovado – Topónimo
Na Redadia
Sujo – Alcunha – 1655
Sebastião Rodrigres, o Sujo
Sula
Sul = teónimo (Celta)
Tagarela – Alcunha – 1617
Na Bairrada aparece este topónimo: Do Ar. Takallan.
Diz-se de uma pessoa que fala muito.
Tamanqueiro – Alcunha
Tamanqueiro – Alcunha, Apelido, Topónimo
Tapada – Topónimo
Tapada é topónimo frequente, assim como, Tapades. Aparece
tamabém como apelido e alcunha.
Técula – Topónimo
Ligado a uma família.
Teima – Topónimo
Campo
Teima – Alcunha
Teimão é apelido, alcunha, variedade de Timão.
Timão é topónimo na Ilha Graciosa.
Termo – Topónimo
Termo – limite, ponto final, fronteira, marco que assinala o
fim, o limite do território, remate.
Termo – do francês Terme, do latim Terminus (Deus dos marcos
dos limites). Topónimo em Braga, Guimarães, Peso da Régua e Ponte de Lima. Pode
ser Termio de 1258.
“Termos” é topónimo em Loulé, Odemira, Silves.
É no limite de Mazarefes com Vila Franca.
Terra – Topónimo
Terra – Planeta onde vivemos, Globo Terrestre, do latim
Terra (Divindade). Topónimo em Felgueiras, Marco de Canaveses entra em vários
compostos nacionais e estrangeiros. Apelido, alcunha.
Terra Velha – Alcunha – 1759
Antónia Ribeiro, a TerraVelha – em 1762.
Terra Velhaca – Alcunha – 1752
Testados – Topónimo
Testado é topónimo em Barcelos, Caminha e Ponte de Lima.
Tetos
Teto – Topónimo do latim Tetu (Rio Narbonense).
Tiro – Topónimo
Tiro – Latim Tyru ou tiro (nome da liberdade de Cícero). Do
Grego Tyro pelo latim Tyro (filho de Salmoneu). Topónimo cidade e ilha da
Fenícia.
Togueira – Alcunha – 1651
Justa Gonçalves, a Togueira (erro de escrita?)
Tojeira – Alcunha – 1677
Manuel Gonçalves, o Tojeira (erro de escrita?)
Tomé – Topónimo
Tomé – forma popular de Tomás. Topónimo em Barcelos, Tomar,
Viana do Alentejo. S. Tomé é freguesia em Vila Real e Santomé na Galiza. Sancti
Tome em 1050 e Santo Tome em 1081.
Tomom – Topónimo
Almeida Fernandes nos C.V. tomo V, pág. 194, diz:
(convém reparar que encontro na Galiza um «mons» 569 Timoni
LF 553, pré-romano, nome que evoluiria no nosso romanço em Timom, Temom, Tomom,
certamente; e o mesmo com Timom, nome de um santo de Corinto ou, portanto,
grego, celebrado a 19 de Abril, nome esse que ainda se usa entre nós no séc.
XIII, 1220 «Dom Timon» IS 17. No entanto, por mais conforme com a fonética que
os casos se nos apresentem, trata-se de mera paronímia a excluir in limine
perante o caso indubitável da nossa forma antroponímica local 1258 Toymundi IS 315).
Torre – Topónimo – 1623
Torre – Topónimo frequente em nomes simples e compostos em
Portugal e Galiza. Turre em 1062, Turrem em 1112 e Torre em 1112.
Também no plural. Pode significar ruina Castreja. Antigo
Lugar da Freguesia.
Torto – Alcunha – 1707
Torto é alcunha, “Vesgo”, tornada topónimo.
Torto – Apelido, Alcunha do adj. Torto (de pernas ou olhos)
em 1339. Topónimo Ribeiros, afluentes dos rios Degebe, Tejo, Mira, Douro...
Francisco Alves, o Torto (1707).
Toureiro – Alcunha – 1725
Domingos Casado, o Toureiro, do Lugar do Monte, morreu-lhe a
mulher Violante Pereira.
Travessa – Topónimo
Travessas – Topónimo frequente na Galiza (Corunha, Lugo,
Orense). Limite de Mazarefes com Vila Fria.
Tristeza – Alcunha – 1920
Regadia, veio de Vila Franca do Lima.
Troiano – Alcunha – 1751
Troiano – Latim Tardio Trojanu.
Troino – Alcunha – 1734
Ana Gonçalves, a Troina, viúva de Manuel Fernandes – 1769.
Troino – Topónimo de Setúbal, origem obscura liga a Troia.
Turesmas – Topónimo
Junto às Castelhanas.
Valadares – Topónimo
Valadares – Topónimo Abrantes, Monção, Viana do Castelo, V.
N. De Gaia em 1100. Apelido, alcunha em 1274. Na Galiza (Corunha, Lugo e
Pontevedra) e Valadares.
Veiga – Topónimo
Toda a zona baixa da margem esquerda de S. Simão.
Veiga de S. Simão – Topónimo
O nome vem da Capela erguida sobre as antigas ruinas da
Igreja de S. Simão que foi paroquial da freguesia de S. Simão da Junqueira de
Mazarefes.
Veigas – Topónimo
Veiga – Topónimo frequente no Norte e Galiza em formas
compostas e simples, Veige em 960, Veiga em 1059, Vaige em 1134 e Veyga em
1155.
Veigas – frequente no Norte e Galiza.
Velho – Apelido – 1597
Maria Velha – 18/XII/1597
Velho – Alcunha – 1674
Domingos Miranda Xastre, o Velho
Velho – Topónimo
Topónimo frequente no Centro e Sul em nomes simples e
compostos em 911.
Topónimo também em Belmonte, Chaves, Lagos, Monforte,
Óbidos, Ansião...
Velhos – Topónimo em Alcoutim, Lisboa, Monção. No Brasil é
rio (em Minas Gerais) em 1711.
Vendeiro – Alcunha
José Francisco, vendeiro, faleceu-lhe a mulher
Vermoim – Topónimo
Vermoim – Topónimo na Maia, Oliveira de Azemeis, Paredes de
Coura, Penafiel, Santo Tirso, V. N. De Famalicão. Vermui em 994, 1129, 1220.
Vermuy em 1258.
Bermoim – Paredes de Coura, na Galiza Bermuin (Corunha).
Almeida Fernandes explica:
Vermuim, com a escrita «oficial» mal orientada Vermoim (como
quase tudo o que é oficial, sobretudo na toponímia), é um topónimo bastante
frequente no Norte, o que concorda com a própria frequência do uso do respectivo
antropónimo.
Trata-se do genitivo Veremundi sc. «villa» de Veremundus
(baira + munths), nada tendo com um diminutivo Vermudinus, como do acento se
poderia julgar.
Notável que a documentação exposta, com inversão cronológica
que demonstra a oscilação que a evolução sofria ainda entre os séc. IX e o XI
(neste parece que concomitantemente com a própria evolução, já plenamente
romance, Vermuu > Vermuo), nos assevera as fases da evolução fonética:
Veremundi > Veremudi > Vermudi (> Vermui> Vermuim).
Vinha D´Agra – Topónimo
Vinha de Riba – Topónimo
Violeiro – Alcunha
Violeiro – Topónimo Évora. Alcunha tornada topónimo.
Xedas – Alcunha
Zabumda – Alcunha
Rosa Violante – nascida em 1804
Topónimo Chamusca. Apelido em 1868, alcunha
Zé das Vacas – Alcunha
Zinão – Alcunha
Zinão – fúria, Zina - fúria, Zenão - nome Grego (2
filósofos).
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