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domingo, 10 de setembro de 2017

As Chaves



As Chaves

Há chaves para todos os gostos e só uma, por princípio, pode abrir a fechadura. Chaves de móveis, de oratório, de baús, de arcas, de caixas de correio, de caixas de eletricidade, de armários, chaves de ferro ou metálicas, de prata ou de ouro, de tamanhos variados, cerca de 15mm a cerca de 300mm. Há portas pequenas, há portas maiores, há portas de alta segurança, há portas de edifícios privados ou públicos, portas de catedrais, de cofres grandes e pequenos, enfim… 
As chaves das cidades, dos quintais, das casas e das lojas, das adegas… Fechaduras de interiores, de pistão; outras conhecidas por 716, 717 e 720 (que eram usadas nos interiores). Das últimas tipo Yale, criadas na América, fechaduras de canhão normal e de segurança. Depois das 720, simples, houve as fechaduras de duas entradas, isto é , de dois espigões ou de duas línguas e de quatro entradas com ou sem trancas verticais e/ou horizontas, a fechadura primeiro de Maio, fechadura sofré (Sofer) de duas entradas, com as respectivas chaves. A fechadura de quatro entradas, chave de cruz, tudo tipo Yale. Depois apareceu a chave eletrónica e agora a chave computadorizada. A chave que regista a hora em pormenor e data, no computador, em que se abre uma porta, ou se encerra.
Nem sempre existiram as portas, nem necessidade de fechaduras. Quando em 1972 fui para a Serra d’Arga encontrava todas as portas abertas. As pessoas iam trabalhar para o campo e as portas ficavam semi-abertas ou fechadas, mas com a chave na porta. Nessa altura, na minha aldeia já não era assim, mas havia uma só chave para a família que tinha um pouso, esconderijo, onde só a família sabia e servia para toda a gente.
Hoje as portas existem e, cada pessoa da casa, tem a sua chave. Não é preciso nenhum esconderijo. As chaves tipo Yale até são pequenas, leves e andam bem nos bolsos. Pudessem ser assim as chaves da sabedoria, da justiça e do Amor!... Não para andarem nos bolsos, mas na mente e no coração dos Homens.













As fechaduras apareceram há cerca de 4.000 anos na antiga civilização egípcia. Com elas, naturalmente, as chaves e as fechaduras em relação à porta, umas eram de sobreposição, na parte anterior da mesma, outras mais de inclusão, integradas dentro da porta de madeira ou de ferro. Como disse, o uso das chaves apareceram como consequência da existência das fechaduras, mas os romanos para chave usavam duas argolas fechadas por um prego que se chamava “clavis”, daí a origem do nome que utilizamos “a chave”.
A chave é uma peça importante na sociedade. Tanto é importante que não há palavra im+porta+nte sem “porta” no meio. Uma porta tanto serve para entrar como para sair. A porta é um lugar de acesso a uma casa, a uma sala, a um quarto, a um cofre, a uma caixa, como a uma catedral. Quem tem chave tem poder, sabe os segredos. S. Pedro recebeu as chaves do Céu; às vezes entrega-se simbolicamente a chave da cidade. Ela presume posse e acesso onde nem todos o podem fazer, e talvez, ambicionada por muitos, como, por exemplo, a chave do euro milhões, assim como a chave dos segredos, a chave dos cintos de castidade…
Possuir uma chave de qualquer coisa é ter poder que, normalmente, se gosta, sobretudo quando se recebe a chave da sua nova morada. Os ladrões normalmente gostam de todas as chaves possíveis e imaginárias. Outras vezes com uma chave abrem todas as portas, será a chave “mixa” ou “Gazua” ou a chave mestra. Com ela conseguem abrir os pinos de qualquer canhão que pode ter 5 pinos, menos ou mais, mas suponhamos que têm 5 se pode ter 15 posições diferentes e com a altura diferente e das molas pode levar a centenas de posições diversificadas. A chave preparada para o efeito faz funcionar um canhão correcto, isto é, justo ao local na posição certa com os seus pinos sustentados por molas, aos pares e alinhados no interior, faz com que a chave cumpra as suas funções nas engrenagens para as quais foram feitas.
Antigamente, as fechaduras já foram de madeira e as chaves também. Chegaram aos nossos dias, conforme fotos minhas que mostro.
Uma porta tem de rodar. Ao longo dos tempos, a porta rodou de muitos modos. Primeiramente era apenas encostada com uma tranca de umbral que entrava nos diversos frisos nas ombreiras ou com uma tranca, fincada no chão e inclinada do chão à porta, como uma escora, ou de tranqueiro ao centro da porta espetada num anel.
Chave de oratório e as chaves das catedrais,há-as de cerca de 15mm a 300mm e mais…
Aloquete, etc...

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