As Chaves
As chaves das cidades, dos quintais, das casas e das lojas, das adegas… Fechaduras de interiores, de pistão; outras conhecidas por 716, 717 e 720 (que eram usadas nos interiores). Das últimas tipo Yale, criadas na América, fechaduras de canhão normal e de segurança. Depois das 720, simples, houve as fechaduras de duas entradas, isto é , de dois espigões ou de duas línguas e de quatro entradas com ou sem trancas verticais e/ou horizontas, a fechadura primeiro de Maio, fechadura sofré (Sofer) de duas entradas, com as respectivas chaves. A fechadura de quatro entradas, chave de cruz, tudo tipo Yale. Depois apareceu a chave eletrónica e agora a chave computadorizada. A chave que regista a hora em pormenor e data, no computador, em que se abre uma porta, ou se encerra.
Nem sempre existiram as portas, nem necessidade de fechaduras. Quando em 1972 fui para a Serra d’Arga encontrava todas as portas abertas. As pessoas iam trabalhar para o campo e as portas ficavam semi-abertas ou fechadas, mas com a chave na porta. Nessa altura, na minha aldeia já não era assim, mas havia uma só chave para a família que tinha um pouso, esconderijo, onde só a família sabia e servia para toda a gente.
Hoje as portas existem e, cada pessoa da casa, tem a sua chave. Não é preciso nenhum esconderijo. As chaves tipo Yale até são pequenas, leves e andam bem nos bolsos. Pudessem ser assim as chaves da sabedoria, da justiça e do Amor!... Não para andarem nos bolsos, mas na mente e no coração dos Homens.
As fechaduras apareceram há cerca de 4.000 anos na antiga civilização egípcia. Com elas, naturalmente, as chaves e as fechaduras em relação à porta, umas eram de sobreposição, na parte anterior da mesma, outras mais de inclusão, integradas dentro da porta de madeira ou de ferro. Como disse, o uso das chaves apareceram como consequência da existência das fechaduras, mas os romanos para chave usavam duas argolas fechadas por um prego que se chamava “clavis”, daí a origem do nome que utilizamos “a chave”.
A chave é uma peça importante na sociedade. Tanto é importante que não há palavra im+porta+nte sem “porta” no meio. Uma porta tanto serve para entrar como para sair. A porta é um lugar de acesso a uma casa, a uma sala, a um quarto, a um cofre, a uma caixa, como a uma catedral. Quem tem chave tem poder, sabe os segredos. S. Pedro recebeu as chaves do Céu; às vezes entrega-se simbolicamente a chave da cidade. Ela presume posse e acesso onde nem todos o podem fazer, e talvez, ambicionada por muitos, como, por exemplo, a chave do euro milhões, assim como a chave dos segredos, a chave dos cintos de castidade…
Possuir uma chave de qualquer coisa é ter poder que, normalmente, se gosta, sobretudo quando se recebe a chave da sua nova morada. Os ladrões normalmente gostam de todas as chaves possíveis e imaginárias. Outras vezes com uma chave abrem todas as portas, será a chave “mixa” ou “Gazua” ou a chave mestra. Com ela conseguem abrir os pinos de qualquer canhão que pode ter 5 pinos, menos ou mais, mas suponhamos que têm 5 se pode ter 15 posições diferentes e com a altura diferente e das molas pode levar a centenas de posições diversificadas. A chave preparada para o efeito faz funcionar um canhão correcto, isto é, justo ao local na posição certa com os seus pinos sustentados por molas, aos pares e alinhados no interior, faz com que a chave cumpra as suas funções nas engrenagens para as quais foram feitas.
Antigamente, as fechaduras já foram de madeira e as chaves também. Chegaram aos nossos dias, conforme fotos minhas que mostro.
Uma porta tem de rodar. Ao longo dos tempos, a porta rodou de muitos modos. Primeiramente era apenas encostada com uma tranca de umbral que entrava nos diversos frisos nas ombreiras ou com uma tranca, fincada no chão e inclinada do chão à porta, como uma escora, ou de tranqueiro ao centro da porta espetada num anel.
Chave de oratório e as chaves das catedrais,há-as de cerca de 15mm a 300mm e mais…
Aloquete, etc...
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