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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Fé conduz à Coesão Social e o livro do Sacristão-alfaias litúgicas- Páscoa 2004

Apresentação

Apenas para manter o costume, pois não estamos em tempo de outros investimentos para além da obra a que todos temos de dar algo de nós mesmos… continuamos, mas, este ano, limitámo-nos a um trabalho muito simples. Também faz jeito e fica bem a qualquer cristão conhecer mais um pouco através da informação e formação domiciliária pela Páscoa, como todos os anos...
É agradável como o Senhor Pe. Dr. António Belo, mês a mês, no Jornal tem desenvolvido este tema da liturgia e como já, por duas vezes, temos resduzido a brochura para estudo e reflexão em casa porque muitas vezes o jornal até se perde.Este livrinho é mais um complemento que fica bem a todo o cristão saber sobre a matéria.
Aproveito para lembrar a nossa grande obra social, catequética e até litúrgica que precisa de melhores condições físicas e materiais. Daí o nosso empenho firme e seguro da obra que estamos a realizar na antiga Quinta dos Espregueiras Mendes, à Rua Conde de Aurora e via entre Santos.
Com esta lembrança queria mais uma vez pedir aos nossos amigos que não esquecessem a sua colaboração tão necessária e tão urgente quanto possível porque já deveria ter sido feita. Já antes do Natal a Comissão Fabriqueira dirigiu uma carta a todos com os pormenores da maquete.
Com os votos de uma Páscoa Feliz para que a nossa vida seja uma vida nova, cheia de alegria e de amor porque Jesus curou todas as nossas feridas, se subscreve, o amigo e pároco,
Pe. Artur Coutinho

. O que é liturgia?

Falamos em liturgia e, se cada um frequenta a catequese ou se costuma ir à missa, com certeza, já deve ter ouvido falar muito dessa palavra.
No Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia, a palavra liturgia é empregada para designar o culto prestado a Deus pelos sacerdotes judeus. No começo, os primeiros cristãos não usavam muito essa palavra, para não serem confundidos com os hebreus, mas depois passaram a empregá-la para designar o culto prestado a Deus pela Igreja de Jesus Cristo.
Se cada um for procurar no dicionário o significado de liturgia, encontrará: conjunto de ritos realizados na igreja.


A . O Culto


O que é o culto? É justamente o conjunto de actos e atitudes espirituais que manifestam respeito, honra, veneração e adoração a Deus, como por exemplo a missa e a oração.


B. Os “sinais” litúrgicos


A liturgia é uma obra de Deus, manifestada por sinais. Vamos explicar agora o que isso quer dizer.
Quando cada um vai à igreja e observa uma celebração, como por exemplo a missa, logo nota uma série de sinais, isto é, de objectos, lugares e atitudes próprios daquela celebração:

Ø Objectos – cálice, patena, pala, manutérgio, corporal, sanguíneo, galhetas, missal, mesa da palavra (ambão).

Ø Símbolos – flores, pão, vinho, água, óleo, incenso, vela, livro da palavra, canto, música, mesa eucarística (altar), sacrário.


Veja alguns exemplos:


Ø Sinal da Cruz – não devemos fazê-lo mal e depressa, porque estaremos a demonstrar pouco respeito e, além disso, ele nada significará;

Ø Genuflexão (dobrar o joelho até o chão e levantar-se em seguida) – é um gesto de fé em Jesus que deve ser feito com calma e atenção; não se faz a genuflexão aos santos e a Nossa Senhora, mas somente a Jesus, presente no sacrário, ou no altar depois da consagração;

Ø Reverência – é um sinal de respeito às coisas sagradas; faz-se dobrando a cabeça e os ombros diante da cruz e da imagem dos santos;

Ø Beijo no altar – o altar representa Cristo, que se sacrificou ao Pai; ao beijar o altar, não se está a beijar uma toalha ou uma mesa, mas é uma saudação ao próprio Jesus.É por isso que o sacerdote beija o altar ao começar a Eucaristia;

Ø Objectos – os objectos litúrgicos (cálice, patena, galhetas, alva) devem estar sempre limpos e ser usados com cuidado durante as celebrações.

C. O ano litúrgico

Cada um já deve ter aprendido, na escola ou em casa, que há vários tipos de “anos”: o ano escolar (período do ano em que cada um vai à escola); o ano civil (o ano oficial, que começa em janeiro e termina em dezembro); o ano solar (período em que ocorrem os movimentos da Terra em torno do Sol) e outros.


D. Advento


O período do Advento abre o ano litúrgico. Advento significa vinda, chegada. É o tempo em que se espera o nascimento de Jesus, a vinda de Cristo. Tem início no fim de Novembro ou começo de Dezembro. Os quatro Domingos que antecedem o Natal chamam-se Domingos do Advento.
ADVENTO: tempo de preparação para o nascimento de Jesus. Inicia-se quatro Domingos antes do Natal e termina com a Festa do Natal (25 de Dezembro).
NATAL: Dia 25 de Dezembro: Nascimento de Jesus. Comemora-se até à Festa do Baptismo de Jesus, duas semanas depois mais ou menos.
TEMPO COMUM (1ª PARTE): Inicia-se na segunda-feira após a Festa do Baptismo de Jesus e termina na terça-feira de Cinzas.
É durante o Advento, no dia 8 de Dezembro, que a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora, a Imaculada Conceição.


E. Quaresma

Na Bíblia, o número quarenta é citado várias vezes, como por exemplo nos quarenta anos em que os hebreus permaneceram no deserto, nos quarenta dias em que Elias caminhou e nos quarenta dias e quarenta noites em que Jesus jejuou.
A Quaresma é um tempo muito especial para todos os cristãos. É um tempo de renovação espiritual, de arrependimento, de penitência, de perdão, de muita oração e principalmente de fraternidade. Por isso, durante a Quaresma, a Igreja convida os cristãos a viverem em orações, reflexão, jejum, abstinência e partilha, fraternidade. É Tempo de conversão e penitência. Inicia-se na quarta-feira de Cinzas e termina no Sábado, véspera do Domingo de Ramos.
Aproveite, portanto, esse tempo de graça e renovação e prepare-se o melhor possível para a celebração da Páscoa. Procure fazer tudo o que puder para ajudar as pessoas, principalmente as mais necessitadas.
Com o Domingo de Ramos inicia-se a Semana Santa.


F. SEMANA SANTA: Inicia-se no Domingo de Ramos (entrada triunfal de Jesus em Jerusalém) e termina no Sábado Santo (Festa da Vigília Pascal).


G. Tríduo Pascal


As celebrações mais importantes de todo o ano litúrgico são sem dúvida as do Tríduo Pascal. Tríduo quer dizer “três dias” e pascal significa “da Páscoa”. Inicia-se na Quinta-feira Santa e termina no Sábado Santo, com a Vigília Pascal.

Ø Quinta-feira Santa – Na tarde desse dia, comemora-se a última ceia de Jesus, ocasião em que ele tomou o pão e o vinho, abençoou-os e deu-os aos seus discípulos, dizendo tratar-se de seu corpo e de seu sangue: assim ele instituiu o sacramento da Eucaristia, estabelecendo com o povo a Nova Aliança, por meio do seu sacrifício. Foi também durante a última ceia que Jesus lavou os pés dos apóstolos, demonstrando humildade, serviço e amor ao próximo. A celebração na igreja é geralmente feita à noite.

Ø Sexta-feira Santa – Nesse dia a Igreja relembra a Paixão e Morte de Cristo, numa celebração muito especial, realizada à tarde, pois foi por volta das 15 horas que Jesus morreu. Na Sexta-feira Santa não há celebração de missas.

Ø Sábado Santo – Este é um dia de recolhimento, reflexão e muito silêncio: é o dia em que Jesus permaneceu em seu sepulcro. Na noite do Sábado Santo, renova-se a memória do acontecimento mais importante de nossa fé cristã: a Ressurreição. Há então em todas as igrejas uma celebração muito significativa, a mais importante de toda a liturgia, que é a Vigília Pascal.

Reunidos nas igrejas, os cristãos de todo o mundo comemoram a ressurreição de Jesus Cristo, triunfando sobre a morte. A cerimónia da Vigília Pascal divide-se em quatro partes:


a) liturgia da luz – acende-se uma grossa vela, chamada círio pascal, que simboliza a luz de Cristo que vence as trevas da morte;
b) liturgia da palavra – as pessoas relembram, por meio de leituras bíblicas, os factos importantes realizados por Deus ao longo da História;

c) liturgia baptismal – recordando que o Baptismo é a nossa Páscoa, ou seja, nossa “passagem” para a vida cristã, renovamos nessa noite as promessas feitas no nosso baptismo, confirmando a nossa vida em Cristo;

d) liturgia eucarística – celebra-se finalmente o sacrifício de Cristo, mas com grande alegria, porque Jesus está vivo e nos salvou.


H. Páscoa

Toda a gente sabe o que quer dizer “Páscoa”? Em hebraico, que é a língua em que foram escritas as primeiras versões da Bíblia, Páscoa significa “passagem”, rememorando a passagem de Moisés, com todo o povo hebreu, ao retirar-se do Egipto e libertar-se da escravidão. Também Jesus, ao ressuscitar, “passou” da morte para a vida, da escuridão à luz. E nós, na Páscoa, somos convidados a realizar essa mesma passagem, isto é, a ressuscitar com Jesus para o amor e para o serviço ao próximo.
A Páscoa é um longo período litúrgico: além dos oito dias iniciais (a oitava da Páscoa), prolonga-se por mais seis Domingos, até fazer 50 dias, terminando no dia do Pentecostes (Festa do Espírito Santo).


I. Tempo Comum

O Tempo Comum abrange quase o ano inteiro. São 34 Domingos, divididos em duas partes: a primeira compreende de seis a nove Domingos, iniciando-se logo depois do Tempo do Natal e terminando na Quaresma; a segunda começa após o Tempo Pascal e vai até o fim de Novembro, mais precisamente até à festa de Cristo Rei, que encerra também o ano litúrgico.

2. Solenidades, festas, memória


Entre estas celebrações, as mais importantes são as solenidades, como por exemplo a do Sagrado Coração de Jesus, a Anunciação do Senhor, a Assunção de Maria, Todos os Santos, São José, São Pedro e São Paulo e outras.
Vejamos datas:

Durante o ano litúrgico, a Igreja comemora as seguintes datas importantes:

NATAL: 25 Dezembro

EPIFANIA DO SENHOR: “Dia de Reis” – 6 de Janeiro.

CONVERSÃO DE SÃO PAULO: 25 de Janeiro

MÊS DE SÃO JOSÉ: 19 de Março – Dia do Pai

CEIA DO SENHOR: Quinta-feira Santa

PAIXÃO E MORTE DE JESUS: Sexta-feira Santa

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO: Domingo de Páscoa

PENTECOSTES: 50 dias após a Páscoa

MÊS DE MARIA: Maio

DIA DA MÃE: 1º Domingo de Maio

SANTÍSSIMA TRINDADE: 10º DOMINGO do Tempo Comum

CORPO DE DEUS – “CORPUS CHRISTI”: Quinta-feira após a Festa da Ssma. Trindade

SÃO JOÃO BAPTISTA: 24 DE Junho

SÃO PEDRO E SÃO PAULO: 29 de Junho

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA: 15 de Agosto

MÊS DO ROSÁRIO: Outubro

MÊS DAS ALMAS: Novembro

TODOS OS SANTOS: Dia 1 de Novembro

FIÉIS DEFUNTOS: 2 de Novembro

IMACULADA CONCEIÇÃO: 8 de Dezembro
CRISTO REI: Último domingo do Tempo Comum.


3. Um Pequeno Dicionário


Aqui estão relacionados alguns termos, funções, símbolos e objectos litúrgicos que fica bem a toda a gente conhecer e que se relacionam com as sua funções:

ALFAIAS: Toalhas e ornamentos do altar.

ALTAR: A mesa onde se celebra a Missa: o centro de toda a liturgia

ALVA: Veste branca, longa e por vezes com renda na barra ou alguma decoração. Traduz purificação, alegria, consagração ao serviço da Igreja.

ÂMBULA (ou CIBÓRIO): A vasilha (de diversos formatos e tamanhos e com tampa) que contém as Partículas (Hóstias Consagradas), no sacrário.

ANEL: O anel usado pelo Bispo indica a sua unidade com a Diocese.

ASPERGES: É a aspersão com água benta.

HISSOPE: É um instrumento (pequeno bastão) usado para aspergir os fiéis com água benta.

ASSEMBLEIA: Grupo de pessoas que se reúnem para rezar, meditar e celebrar.

ÁTRIO (ou NAVE): O espaço da Igreja onde ficam os fiéis em geral.

BACULÍFERO: Aquele que fica encarregado de “zelar” pelo Báculo durante as celebrações onde o bispo se faz presente, normalmente em visita oficial e para crismação numa Paróquia, ou quase sempre na Sé Catedral, imprimindo solenidade.

BÁCULO: Bastão episcopal; cajado, bordão que simboliza o serviço do “Pastor” e o Poder.

BATINA: Hábito eclesiástico que todos os sacerdotes utilizavam e ainda alguns utilizam.


BAPTISTÉRIO: Lugar da igreja apropriado para a celebração de baptizados, onde se encontra a “Pia Batismal”.

BASÍLICA: Apareceu no tempo de Constantino esta nomenclatura para os grandes monumentos civis cedidos para o culto.

BÍBLIA: É o conjunto dos Livros Sagrados, divididos em duas partes: Antigo Testamento (que contém 46 livros e narra a história sagrada antes da vinda de Cristo) e o Novo Testamento (que contém 27 livros e narra a história sagrada a partir de Cristo).

CALDEIRA DE ÁGUA-BENTA: A vasilha onde se coloca a água benta usada para aspergir os fiéis.
CÁLICE: A vasilha em forma de taça, usada para consagração do vinho(não confundir com cibório ou âmbula).

CASULA: Veste sacerdotal igual a uma pequena capa que é usada sobre a alva (túnica) durante as celebrações. A cor da casula varia de acordo com o tempo ou circunstância litúrgicos: branca, verde, vermelha ou roxa.

CASTIÇAL: Utensílio com bocal na parte superior para segurar velas de iluminação.

CERIFERÁRIO: A pessoa que é encarregada de conduzir as velas durante as cerimónias litúrgicas.

CERIMONIÁRIO: O clérigo que dirige as cerimónias litúrgicas (ou também chamado: Mestre de cerimónias).

CIBÓRIO: O mesmo que âmbula (não confundir com o cálice).

CÍRIO PASCAL: Vela grande de cera que simboliza o Cristo ressuscitado. Lembra o Sábado Santo.

COMUNGAR: Receber Cristo na Eucaristia.

COMUNIDADE: A associação das pessoas que têm um mesmo ideal ou mesma crença.

CONGREGAÇÃO: A associação religiosa, assembleia, reunião.

CONSAGRAÇÃO: O momento central da Santa Missa em que o pão e o vinho são transformados no Corpo e Sangue de Cristo.

CORPORAL: Pano de linho engomado, sobre o qual se colocam o “Corpo de Cristo” e o cálice com o seu “Sangue”, nas espécies de pão e vinho.

CREDÊNCIA: A mesinha onde ficam depositados os objectos sacros usados durante a missa e demais cerimónias

CRUZ PEITORAL: Os primeiros cristãos andavam de cruz ao peito. Em caso de perigo extremo até levavam sobre o peito a Santíssima Eucaristia. Desde o século XIII ficou reservada aos Bispos o uso da Cruz Peitoral.

CRUCIFERÁRIO: A pessoa que é encarregada de conduzir a cruz nas procissões ou celebrações litúrgicas.

CUSTÓDIA: O mesmo que ostensório.

ECLESIÁSTICO: Que pertence à Igreja: bispo, sacerdote, diácono.

EPÍSTOLA: Carta de algum apóstolo que a Igreja lê e medita, para melhor, vivência dos fiéis.

ESTOLA: Paramento usado pelo sacerdote e diácono, sobre os ombros, por cima da túnica, representando a dignidade sacerdotal e diaconal.
A cor da estola varia de acordo com o tempo e circunstância da liturgia (verde, branca, vermelha ou roxa). A Estola cruzada no peito, de um ombro para baixo do braço oposto é como a usa o diácono, permanente ou não.

EUCARISTIA: Sacramento em que o Corpo e Sangue de Cristo estão sob as aparências (espécies) do pão e do vinho.

EVANGELHO: A “Boa-Nova” – Doutrina de Cristo. Cada um dos quatro livros principais da Bíblia (Novo Testamento).

EVANGELIÁRIO: Livro que contém os Evangelhos, que pode ser conduzido em procissão na entrada da Missa e antes da proclamação do Evangelho.

GALHETAS: As vasilhas onde são guardadas a água e o vinho usados durante a celebração litúrgica.

GENUFLEXÃO: Acto de dobrar o joelho, ajoelhar-se.

GENUFLEXÓRIO: Banco com local próprio para ajoelhar-se.

HÓSTIA: Partícula de pão ázimo (sem fermento) que se consagra na Missa.

IGREJA: É o templo, o u edifício sagrado onde os cristãos se reúnem para celebrar o culto divino.

INCENSO: Resina aromática extraída de várias espécies de árvores, que se queimam durante determinadas celebrações. É uma tradição antiga da Igreja e simboliza a protecção e purificação.

LAVABO: Cerimónia da acção litúrgica sacrificial. Simboliza a purificação da comunidade, especialmente a do celebrante.

LECCIONÁRIO: Manual que contém apenas as leituras usadas nas missas.

LIBRÍFERO: A pessoa encarregada de conduzir e apresentar os Livros Sagrados (Bíblia, Missal, Leccionário, Evangeliário) usados durante as cerimónias litúrgicas.

LITURGIA: É a celebração do povo de Deus, reunido em nome de Jesus ressuscitado.

MANUTÉRGIO: Pequena toalha de linho usada pelo celebrante e ministros da Eucaristia para enxugar as mãos (ou os dedos).

MESA DA PALAVRA: O púlpito ou a tribuna, local apropriado para proclamar a Palavra de Deus, o Ambão.

MINISTRO DA ASSEMBLEIA: O padre, o diácono ou outro ministro que representam Cristo e o povo.

MINISTRO DA EUCARISTIA: Os leigos que auxiliam o sacerdote na distribuição da Comunhão aos fiéis.

MISSAL: Livro que contém as orações, as leituras e a fórmula das Missas para cada dia e cada Domingo do ano.

MITRA: Insígnia que os bispos, arcebispos e cardeais colocam na cabeça, simbolizando a dignidade episcopal.

MITRÍFERO: Aquele que fica encarregado de “zelar” pela mitra durante as celebrações em que o bispo se faz presente.

NAVE: Da porta principal até ao lugar do Presbitério.

NAVETA: Vasilha (formato de pequeno barco) usada para guardar o incenso que é colocado no turíbulo.

NAVETEIRO: A pessoa encarregada de conduzir e “zelar” pela naveta durante as cerimónias litúrgicas.

ÓLEO SANTO: Óleo sagrado pelo bispo, na Quinta-feira Santa, usado para ungir os fiéis em diversas cerimónias: Baptismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação sacerdotal e episcopal.

ORATÓRIO: São edifícios religiosos ao serviço duma comunidade, de uma família ou de uma pessoa. Há o Oratório público, destinado ao culto público, o Particular quando em casas particulares e o semi-público destinado a um grupo de pessoas (como seminários, colégios, hospitais, orfanatos, prisões, etc...).

ORAGO: Título dado a uma igreja para a sua bênção ou consagração. No nosso caso é Sta. Teresa.

OSTENSÓRIO: Objecto onde se ostenta a Hóstia Consagrada, por ocasião das procissões ou da adoração e das bênçãos do Santíssimo.

PADROEIRO: É o anjo ou santo sob cuja égide ou patrocínio se coloca uma região, freguesia, comunidade, paróquia. No nosso caso é a Senhora de Fátima.

PALA: Cartão, revestido de pano, usado para cobrir o cálice durante a celebração da Santa Missa.

PARTÍCULA: Hóstia.

PATENA: Vasilha, em forma de pratinho, onde se coloca a Hóstia da Santa Missa.

PRESBÍTERO: Padre, Sacerdote.

PRESBITÉRIO: Lugar da Igreja onde ficam os celebrantes e auxiliares (acólitos, cerimoniários) e a mesa do altar.

ROQUETE: Deriva da alva. É uma sobreliz com manga e usada sobretudo pelos Bispos ou cónegos.

SACRAMENTO: Actos de Cristo, repetidos pela Igreja, que simbolizam o que realizam.

SACRÁRIO: Espécie de tabernáculo, nicho fundado e fechado; lugar onde se guardam as coisas sagradas, principalmente as Hóstias Consagradas ou relíquias no cibório; o lugar do maior respeito nas igrejas.

SACRISTIA: Sala anexa à igreja, onde são guardados com zelo os paramentos e objectos religiosos.

SACRISTÃO/SACRISTÃ: Pessoa incumbida da guarda dos paramentos e objectos usados nas cerimónias religiosas. Pessoa que prepara os mesmos para as celebrações.

SACRO: Tudo o que é sagrado, venerável, santo.

SANGUINHO: Pano de linho, usado para purificar o cálice e o cibório (âmbula) e outros objectos litúrgicos.

SANTÍSSIMO: Hóstia Consagrada; o Corpo e Sangue de Cristo.

SANTOS ÓLEOS: O mesmo que Óleos Santos, benzidos na Sé Catedral pelo Bispo na 5ª feira Santa.

SANTUÁRIO: Confunde-se com o “Santo dos Santos”, a parte mais sagrada onde se guardava a Arca da Aliança. Hoje os Santuários normalmente, são lugares de peregrinações...

SINETA: Pequeno sino, usado pelo acólito, durante a consagração da missa e em outros momentos.

SOBREPELIZ: Veste branca usada sobre a túnica, pelo sacerdote, durante algumas cerimónias como, por exemplo, no baptismo e bênçãos. (usa-se pouco agora.É substituída pela Alva).

SOLIDÉU: Pequena boina, usada pelo papa, bispos, arcebispos e cardeais.

TABERNÀCULO: O mesmo que sacrário.

TECA (ou PÍXIDE): Pequeno invólucro de metal (estojo) usado para levar a Comunhão aos enfermos.

TÚNICA: Veste longa usada pelo celebrante e também pelos acólitos, por ocasião das celebrações.

TURÍBULO: Vaso em que se queima incenso sobre brasas, em cerimónias especiais. É o mesmo que incensário ou incensório.

TURIFERÁRIO: A pessoa encarregada de conduzir e “zelar” pelo turíbulo durante as cerimónias litúrgicas.

VELAS: Colocadas sobre o altar, simbolizam a fé e a luz (Cristo).

VÉU DE OMBROS: É um pequeno manto que o celebrante usa sobre os ombros por ocasião da bênção do Santíssimo ou da sua procissão solene.

VIÁTICO: O Sacramento da Eucaristia, administrado aos enfermos para indicar-lhes o caminho da fé e para confortá-los, quando estão impossibilitados de ir à igreja.


4. O Cristão e os Sacramentos

4.1. Baptismo

O Baptismo é o primeiro sacramento que o cristão deve receber. Pelo Baptismo somos chamados a ser filhos de Deus. É por isso que nos tornamos todos irmãos. O baptismo apaga em nós a mancha do pecado original e torna-nos membros da Igreja viva de Deus. Somos “selados” pelo amor de Deus e iniciados na fé cristã. Para provar o seu amor ao Pai e também a nós, Jesus também foi baptizado, por João, nas águas do rio Jordão.

“Aquele que crê e for baptizado será salvo”.
(Marcos 16, 16)

4.2. Confirmação ou Crisma

Geralmente, todo o cristão é baptizado ainda criança. Todos os “compromissos” baptismais são assumidos pelos pais e padrinhos. O sacramento da Confirmação ou Crisma, entretanto, não é apenas o de assumir os compromissos baptismais. Como sinal do amor de Deus, nós recebemos, através do sacramento da CONFIRMAÇÃO, os DONS DO ESPÍRITO SANTO, que são “presentes” que Deus distribui generosamente a todos os seus filhos, como no dia da Pentecostes.
Portanto, para receber o sacramento da Confirmação é necessário que o cristão esteja bastante preparado, maduro espiritualmente e consciente do “Dom” (presente) que irá receber.
Pela Confirmação, somos revestidos pela força do Espírito Santo. Assumimos o compromisso de viver e de testemunhar a fé cristã.
Conheço várias casos de jovens que esperam a maturidade, por vontade própria, para receber este sacramento.
Um deles era muito comprometido na Igreja e só quando cumpriu o serviço militar pediu o Crisma.

“O Espírito Santo descerá sobre vocês e d’Ele receberão forças para serem as minhas testemunhas”. (Actos 1, 8)


4.3. Eucaristia

Entre todos os sacramentos, podemos dizer que a Eucaristia é o Sacramento que nos une mais a Deus. Pela Eucaristia nos aproximamos mais de Deus, porque o sinal do amor de Deus é o seu próprio FILHO, JESUS CRISTO, que nos vem servir de alimento.
Sacramento tão sublime como a Eucaristia deve merecer especial atenção do cristão. É preciso estar compenetrado, consciente e muito preparado para ser digno de fazer, do próprio corpo, a morada de Jesus, porque é nele que Jesus quer morar.
A Eucaristia tem valor infinito.

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, vive em mim e Eu nele”.

(João 8, 56)

4.4. Reconciliação ou Confissão


Deus conhece cada um dos seus filhos, as suas qualidades e virtudes e também as suas fraquezas. Foi por isso que Jesus nos deixou o Sacramento da Reconciliação. É a oportunidade de reconhecer as nossas fraquezas e de poder voltar a participar novamente de sua mesa. Através do sacerdote, representante de Cristo, no nosso meio, podemos ter nossos pecados perdoados, para haver a nossa reconciliação com Deus.

A “confissão directa a Deus” é fugir a um encontro perceptível dum abraço, duma palavra de luz, de um caminho que se abre, de um perdão que se vê... É não acreditar no sacramento.

“Recebei o Espírito Santo! Os pecados daqueles que perdoardes serão perdoados, os pecados daqueles que não perdoardes não serão perdoados”. (João 20, 22)



4.5. Unção dos Enfermos

O sacramento da Unção dos Enfermos foi instituído para que todos os doentes possam ser confortados na hora dos seus sofrimentos. Enquanto o médico trata das doenças do corpo, o nosso espírito é revestido da força do Espírito Santo, pelo sacramento da Unção dos Enfermos.
Nós fazemos uma celebração comunitária deste sacramento na Quarta-feira Santa e sempre que alguém o peça. Há quem o peça pelo facto de se sujeitar apenas a uma operação cirúrgica. Nunca devemos ter este sacramento como “bilhete de partida”.

“Expulsavam muitos demónios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo”.
(Marcos 6, 13)

4.6. Ordem

O sacramento da Ordem não é apenas mais um sinal do amor de Deus, mas um chamamento, muito especial, que Ele faz àqueles que se entregarão totalmente ao serviço da sua Igreja: os diáconos, os padres e os bispos.
Todos sabemos que, para receber este sacramento, é preciso que se tenha uma vocação especial. Exige do vocacionado muitas renúncias e longos anos de estudo e preparação, para alcançar a graça de receber o Sacramento da Ordem. O sacramento da Ordem é dividido em três graus: Diaconado, Presbiterado (padres) e Episcopado (bispos).
A missão do sacerdote é a de ser o representante de Cristo no meio dos homens, de anunciar a doutrina cristã e ser o “pastor” que cuida do grande “rebanho”, o povo de Deus, sob a autoridade do Bispo que preside.
O diaconado permanente pode ser pedido por uma pessoa casada, com ou sem filhos, depois de se sujeitar a uma preparação adequada.
Só não pode confessar, nem celebrar a eucaristia.

“Todo sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens, nas coisas que se referem a Deus. Sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados”.

(Hebreus 5, 1)


4.7. Matrimónio
O sacramento do Matrimónio foi instituído para que o homem e a mulher pudessem selar uma aliança, ou seja, o sinal do amor de um para com o outro. Da mesma forma como Deus selou a aliança com o seu povo e foi fiel a esta aliança, assim também deve ser o Matrimónio, um compromisso de amor, de aceitação e de entrega mútua.
A família é a nossa primeira e mais importante instituição. Ela só produzirá bons frutos, se o matrimónio for concebido com responsabilidade, consciência, amor, fé e bênçãos divinas.
O C.P.M. é uma oportunidade para uma preparação mais eficaz deste sacramento.

“Por isso, um homem deixa o seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne”.

(Génesis 2, 24)

5. Os sacramentais

As acções sacramentais, ou simplesmente os sacramentais, não são sacramentos, como os sete que acabamos de enunciar. São acções litúrgicas que têm como finalidade lembrar os sacramentos e santificar alguns momentos de nossa vida.
Os mais importantes sacramentais são os seguintes:

Ø sinal da cruz com água benta;

Ø genuflexão diante do Santíssimo Sacramento;
Ø adoração eucarística;

Ø aspersão com água benta;

Ø bênção e procissão com velas;

Ø bênção de objectos: imagens, terços, casas...

Ø imposição das cinzas;

Ø lava-pés;

Ø reza comunitária do terço;

Ø procissões do círio e das festas.

Como se vê, são acções e gestos simbólicos que, como os sacramentos, produzem efeitos espirituais. Mas nunca se deve torná-los mais importantes do que os próprios sacramentos. Há pessoas que vão à igreja apenas para acender velas, beijar ou pôr a mão em imagens e fazer promessas sem sentido, que mais parecem um “acordo comercial” com Deus, algo assim como: se Deus me fizer tal graça, rezarei cinco pai-nossos e acenderei dez velas. Isso é um desrespeito para com Deus. Pode-se pedir a sua graça, mas que, acima de tudo, seja feita a vontade dele.



6. A Oração
Jesus, durante toda a sua vida, sempre fez muitas orações. Ele retirava-se para lugares silenciosos, isolados, para poder melhor comunicar-se com seu Pai. Com o tempo, seus discípulos perceberam que orar era algo muito importante e pediram a Jesus que lhes ensinasse a rezar. Foi então que ele lhes falou do pai-nosso.
Depois da morte de Jesus, os primeiros cristãos iam todos os dias ao templo para rezar salmos, hinos e cânticos. E assim continuou a igreja através dos séculos, sempre dando muita importância à oração.
Como já deve ter percebido, toda a liturgia é uma oração, porque nela ocorre um diálogo com Deus que, como dissemos, também se comunica com as pessoas por meio da oração.
Por isso, o cristão, que deseja servir a Deus com dedicação e respeito, deve saber rezar, conversar com o Pai.

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