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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Migrações e Paróquia PN 2004

A Paróquia e as Migrações
A Comunidade Paroquial não pode estar alheia aos problemas das Migrações. Esta Comunidade já teve um número razoável de emigrantes, como em todos os lados. Não tanto talvez como nas aldeias, porque na cidade sempre se abriam mais facilmente perspectivas aos necessitados de trabalho.
Quando para aqui entrei havia emigrantes talvez em número de umas trinta famílias. Algumas nunca voltaram a Portugal.
Hoje as contas são forçosamente outras não porque os que cá estavam, tivessem saído, mas porque muitos imigrantes de terras vizinhas aqui compraram um apartamento para viver, ou por motivos profissionais passam a semana de trabalho, ou para passar férias. Esses, em relação à comunidade, podemos considerá-los imigrantes.
Nós somos imigrantes no Brasil, na França, na Argentina, em Angola, em Moçambique e Cabo Verde, na Venezuela, África do Sul, etc. ...Sabemos o que custa ser imigrante por isso devíamos compreender a dificuldade daqueles que são hoje imigrantes na nossa terra.
Um problema novo que nos surge para reflexão e debate de carácter social, cultural, económico. A Paróquia tem de criar processos dinâmicos de integração do imigrante e para isso há esforços que têm de ser feitos mutuamente, os que acolhem e os que são acolhidos. Exige uma interactividade desde de igual para igual, caso contrário não conseguiremos a verdadeira integração dos que chegam porque só assim haverá afecto comum que conduzirá ao respeito mútuo.
Onde os direitos e os deveres, a precaridade e vulnerabilidade de empregadores sem escrúpulos, a equiparação dos salários aos nacionais, pois trabalho igual...
O facto do acesso à formação profissional...
Os imigrantes se chegam é porque fazem falta. Se houver ofertas de trabalho que não são preenchidas pelos nossos, devemo-nos sentir felizes porque há quem chegue e os imigrantes não só levam dinheiro a que têm direito para a terra deles, mas também deixam obra e dinheiro à nossa terra. Em 2001, segundo dados estatísticos deram um rendimento público de 65.000.000 de contos.
Daí que uma Comunidade Cristã deve acolher e defender às vezes fragilidades injustas, explorativas, há que potenciar e facilitar a comunicação e lutar contra a discriminação étnico-cultural.
Quando uns e outros puderem exercer a cidadania num país, isto é, exercerem direitos e deveres iguais, então temos uma integração social e cultural. Será mais fácil.
É importante que na Paróquia os movimentos ou as instituições participem num acolhimento claro e franco aos que chegam, como gostaríamos que os outros, noutros tempos ou, ainda hoje, nós gostamos de ser acolhidos para onde vamos.
A imigração é agora um problema para nós desde a legalidade à ilegalidade, desde aqueles que chegam com vontade de trabalhar e de fazer algo até àqueles que vêm apenas para manter vícios de pedincha, de roubo...
Da nossa porta deve existir a boa vontade em acolher bem, em saber qual concretamente o seu problema e ajudá-lo em primeiro lugar na sua legalização...se não estiver interessado, então só nos resta ajudá-lo a que regresse à sua terra...

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