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sábado, 14 de novembro de 2009

UM DE CADA VEZ -- ZAMITHS







Quando pensava no padre Zamith e na voluntária do Centro de Dia Maria Antonieta,sua familiar, soube do falecimento do José Inácio Pinto Zamith de Passos, um grande amigo com quem conversei muitas vezes.
Não quero ser exaustivo, mas o meu amigo deixou mais pobre esta geração da família Zamith em geral aos 86 anos de idade, entregando a sua alma a Deus em quem confiava plenamente. Encontrava-se nos últimos tempos a viver na casa da sua filha Delfina. Ouvi a idosos de outros tempos falar muito do Padre Zamith. Esta família era grande e o padre Zamiht e, alguns dos que conheçi e conheço, tinham e têm ainda aqui o seu centro, vindo nascer como a maioria dos Zamiths que para aqui vieram, suponho de Malta, em Santa Maria Maior, nesta zona da Bandeira.
A Ordem de Malta à qual inúmeros portugueses aderiram e para lá foram e ficaram, como para cá malteses vieram e aqui permaneceram. Hoje ir a Malta é interessante porque há muito portuguesismo. Encontramos força de nomes portugueses em Malta.
A rua da Bandeira era uma povoação dos Zamiths, com uma grande quinta entre a rua da Bandeira e rua de S. Bento e a Quinta dos Quesados e a Papanata, onde existiu uma fábrica de cortumes e por trás uma capela de que foi proprietária Maria Delfina Zamith que se reconhecia muito bem ainda em 1982,com sineira e de porta virada à Quelha paredes em pé, mas já se desconhecia em 1978 o santo da invocação.
Da família Zamith conheci a casa do falecido “Zé d’Anha”, hoje da filha Armanda e do Manuel Loureiro e transformada e ainda restos da fábrica de cortumes , onde foi o Nosso Café que foi mais tarde dos “Santinhos” por casamento de uma Zamith. A casa do Zé Azevedo ou Martins tenho ainda alguns documentos da sua originalidade com um tecto artisticamente belo em estuque e até possuo em arquivo os nomes dos seus autores que eram da Areosa e Carreço e o ano em que esse tecto foi feito.
José Inácio Pinto Zamith de Passos casou duas vezes. Da primeira vez casou com Maria Virgínia Arriscado Lacerda e Sá, de Stª Maria Maior, e com Maria das Dores Amorim, de V. Nova de Anha pela 2ª vez. No primeiro casamento houve um cacal de filhos: o José Manuel Sá Zamith Passos Eugénio, Engenheiro-técnico, industrial da hotelaria e piloto de velocidades, tendo recebido vários troféus, um deles o “troféu Toyota de velocidadres, nasceu em 1947 em Stª Maria Maior, casou com Maria Alice Aleixo, minha ex-colega como professora da Escola de Stª Maria Maior. Com ele relacionei-me várias vezes, mas há uns anos que não o vejo. É pai de Pedro Aleixo Zamith e de João Miguel Zamith e a Maria Antonieta, nascida a 15. XI de 1948, também em Stª Maria Maior, casada com Silvestre António Nogueira da Cruz , em Campanhã, Porto e mãe de: Virgínia, Silvestre Zamith Cruz, Lizete Zamith Cruz e Antonieta; e do segundo casamento o seu pai teve mais duas filhas: a Maria Delfina Zamith Passos, casada, com Nuno Felgueiras e com um filho também chamado Nuno e Maria da Conceição, solteira.
Era filho de José Marçal Zamith Passos e de Maria da Conceição Pinto, do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo era neto de Inácio José de Passos e de Maria Delfina Zamith de Passos. Prima dos Zamiths de Stªa Martinha, Stª Marta de Portuzelo.
Foi esta família prendada de muitas vocações religiosas, assim o foi João José Zamith, que seguiu a vida religiosa, bem como Frei João de stª Teresa, Carmelita Exgresso, natural de Stª Maria Maior e nascido a 27 – XII – 1797. Faleceu em 16 de Julho de 1893, dia de N. Srª do Carmo e, segundo consta, morreu quando o andor de Senhora do Carmo ia a passar em frente a sua casa.
Herdou ele de seu primo Pe.. Severino António Brandão Zamith uma importante biblioteca que a legou ao seu sobrinho, nascido em 8 de Abril de 1833. Foi para o Brasil, com outro primo com o mesmo nome José Luís Zamith que nasceu em 1867. Foi capelão do exército, foi condecorado e regressado foi coordenador de um Jornal “ O Comércio de Lima” em 1901, vindo a falecer onde estava como Capelão, no Hospital Velho dos Entrevados da Congregação de Nossa Srª da Caridade, na cidade de Viana.
O P.e Severino, foi padre do hábito de S. Pedro, isto é padre diocesano. Foi também senhor de um prazo em S. Martinho de Gandra, Ponte de Lima, de outro na Gemieira, também no mesmo concelho. No nascimento, foi exposto até à data de casamento dos pais. Deixou testamento e morreu em Monserrate, à Rua do Marquês, e sepultado na campa rasa do seu primo Frei João de Stª Teresa.












O P.e Severino “era muito instruído e de génio muito particular, doente, leccionando gramática Latina”. O seu sobrinho Frei João de Stª Teresa legou ao Pe. José Luis Zamith que, por sua vez, deixou à Congregação do Espírito Santo a referida biblioteca. Não só sacerdotes deu à Igreja, também muitas vocações femininas entre elas as seguintes:
Maria Virgínia Santos Megre Barbosa, Franciscana da Imaculada, nascida em 1943;
Maria Delfina Zamith Passos Silva, nascida em 1921 e falecida recentemente, no Carmelo de Viana;
Maria Carolina Passos da Silva, Missionária da Congregação das Irmãs do Espírito Santo, nascida em 1935;
Maria da Conceição Passos Silva, Carmelita do Mosteiro do Coração Imaculado de Maria, em Carval-hosa, Passos de Ferreira, nascida em 1938.
Esta família teve o seu epicentro em Viana do Castelo, em Stª Maria Maior, onde todos nasciam, na maioria. Foi família de certa nobreza, rica, muito bem classificada e colocada na sociedade, na vida pública: médicos, padres, freiras, juristas, professores, industriais, etc…
Ainda hoje se reúne a família, como aconteceu a 27 de Junho deste ano, em Braga, na Igreja dos Congregados, às 12 h. com missa e depois almoço e convívio no Fraião [casa da tia Maria (Via Falperra)] – Cf.- Bibliografia subsídio para a genelogia da família Zanith, ramo Maltês, de Luis Veloso Ferreira, 2005.Cf. Arquivo Alto Minho nº 1964 – A Patuleia. A.C.

1 comentário:

carlos disse...

O seu artigo ganhará alma com uma moonlight sonata, encantamento para amantes desavindos e anjos no espaço etéreo