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terça-feira, 13 de abril de 2010

Prémio Nobel do Paróquia Nova

Nem sempre o prémio é atribuído a quem mais o merece... e Irena Sendler é uma dessas. Uma senhora de 98 anos que já faleceu pouco tempo.


Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazis relativamente aos judeus (sendo alemã!) Irena trazia meninos escondidos no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de serapilheira, na parte de trás da sua camioneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da camioneta, um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saía do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer. Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim, os nazis apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas e os braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim. Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a familia. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adoptivos.

No ano passado foi proposta para receber o Prémio Nobel da Paz... mas não foi seleccionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns diapositivos sobre o Aquecimento Global. Não permitamos que alguma vez, esta senhora seja esquecida!!

Aqui fica o registo como Prémio Nobel do P.N., porque afinal nem sempre este é atribuído a quem talvez merecesse mais. Premiar ou avaliar é sempre uma balança com dois pratos e um fiel. Nem sempre o fiel é exacto porque um prato é de material fundido e o outro é imaterial, é AMOR para o qual não há medida, nem peso.

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