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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma Via Sacra por acabar- Todos os momentos podem ser via-sacra

Via Sacra















1ª Estação: Agonia de Jesus no Jardim.

A vocação – Agonia de Jesus no Horto



Princípio do Bem Comum

Segundo esta doutrina por bem comum entende-se: "O conjunto daquelas condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira a mais completa e desembaraçadamente a própria perfeição." [10].

O bem comum é de responsabilidade de todos. "O bem comum empenha todos os membros da sociedade: ninguém está escusado de colaborar, de acordo, com as próprias possibilidades, na sua busca e no seu desenvolvimento." (João XXIII, Mater et Magistra e Catecismo da Igreja Católica n. 1913). Mais, o bem comum é a razão de ser da autoridade política e para assegurá-lo o governo de cada País tem a tarefa específica de harmonizar com justiça os diversos interesses setoriais. O significado do bem comum vai além do simples bem-estar econômico e considera a finalização transcendente do ser humano.





2ª Estação: Jesus, atraiçoado por Judas, é preso.

A Nobreza/Dignidade – Jesus atraiçoado

Princípios e Valores

São princípios básicos em que se condensa a Doutrina Social da Igreja: 1) A dignidade da pessoa humana, como criatura à imagem de Deus e a igual dignidade de todas as pessoas; 2) respeito à vida humana, 3) princípio de associação, 4) princípio da participação, 5) opção preferencial pelos pobres, 6) princípio da solidariedade, 7)princípio da subsidiariedade, 8) princípio do bem comum, 9) princípio da destinação universal dos bens e o princípio da destinação universal dos bens.

Os princípios da dignidade da pessoa humana do bem comum, da subsidiariedade e o da solidariedade a Doutrina Social da Igreja - DSI os considera de caráter geral e fundamental, permanentes e universais. Esta doutrina indica, ainda, valores fundamentais que devem presidir a vida social. Estes valores são:

• Verdade: "O homem tende naturalmente para a verdade. É obrigado a honrá-la e testemunhá-la. É obrigado a aderir à verdade conhecida e a ordenar toda a vida segundo as exigências da verdade" [7]. A vida social exige transparência e honestidade e sem a confiança recíproca a vida em comunidade torna-se insuportável.

• Liberdade: "Toda pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável. Todos devem a cada um esta obrigação de respeito. O direito ao exercício da liberdade é uma





O Papa Pio XI publicou a encíclica Quadragesimo Anno

exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, sobretudo em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser reconhecido civilmente e protegido nos limites do bem comum e da ordem pública." [8] "O exercício da liberdade não implica o direito de dizer e fazer tudo. É falso pretender que o homem, sujeito da liberdade, se baste a si mesmo tendo por fim a satisfação de seu próprio interesse no gozo dos bens terrenos." [9].

Justiça: "Segundo São Tomás de Aquino consiste na vontade perpétua e constante de dar a cada um o que lhe é devido. A justiça, contudo, não é uma simples convenção humana, porque o que é justo não é originalmente determinado pela lei, mas pela identidade profunda do ser humano. Aqui reafirma o “direito natural” como sinônimo de respeito à dignidade da pessoa humana, sob uma ótica cristã de valores, como fundamento



3ª Estação: Jesus é condenado pelo Sinédrio.

A justiça no trabalho.

A encíclica Rerum Novarum, "sobre a questão operária", de Leão XIII, se constituiu na verdade na carta magna da atividade cristã no campo social, em busca de uma ordem social justa. "À vista dos problemas resultantes da revolução industrial que suscitaram o conflito entre capital e trabalho aquele documento enumera "os erros que provocam o mal social, exclui o socialismo como remédio e expõe de modo preciso e atualizado a doutrina católica sobre o trabalho, o direito de propriedade, o princípio da colaboração em contraposição à luta de classes, sobre o direito dos mais fracos, sobre a dignidade dos pobres e as obrigações dos ricos, o direito de associação e o aperfeiçoamento da justiça pela caridade." [5]





4ª Estação: Jesus renegado por Pedro.

O Desprezo – Jesus Renegado



A Economia

À luz da Revelação a atividade econômica deve ser vista como uma forma de co-participação do homem na Criação. É uma questão de justiça consigo mesmo e como próximo a adequada administração dos próprios dons e bens materiais. O progresso material e a atividade econômica deve ser colocada a serviço dos demais e da sociedade. As riquezas existem para ser partilhadas com os demais. "Quem tem as riquezas somente para si não é inocente; dar a quem tem necessidade significa pagar um débito." [19]

Há uma relação entre moral e economia, Pio XI na Encíclica Quadragesimo anno afirma que é um erro considerar que a atividade econômica está desvinculada dos princípios morais que regem a atividade humana. A riqueza, a economia não é um fim em si mesma e nem último fim e razão de ser da existência, ela se destina à produção, distribuição e consumo de bens e serviços, com vistas ao bem do homem e de toda a sociedade para a promoção de um desenvolvimento solidário da humanidade. As chamadas estruturas de pecado são construídas com muitos atos concretos e individuais de egoísmo humano.





A Caridade, virtude teologal, Igreja de N. Senhora, Trondheim, Noruega. A concórdia é fruto da virtude da caridade





5ª Estação: Jesus julgado por Pilatos.

O Direito ao Trabalho – Jesus Renegado



Iniciativa privada

Considera esta doutrina que liberdade da pessoa humana no campo econômico é um valor fundamental e um direito inalienável a ser promovido e tutelado. Por outro lado, A empresa não pode ser considerada apenas como uma "sociedade de capitais"; é simultaneamente uma "sociedade de pessoas", da qual fazem parte, de modo diverso e com específicas responsabilidades, quer aqueles que fornecem o capital necessário para a sua atividade, quer aqueles que colaboram com o seu trabalho. (João Paulo II) [20]

A doutrina social reconhece a justa função do lucro, mas o lucro por si só não indica que a empresa esteja servindo adequadamente à sociedade, não é lícito obter o lucro à custa da dignidade do trabalhador, da sua humilhação e da violação dos seus direitos. Mesmo nas relações internacionais a prática da usura permanece condenada e merecem reprovação os sistemas financeiros abusivos e usurários tanto no âmbito das economias nacionais como internacionais.

Os trabalhadores que atuam na empresa constituem o seu patrimônio mais precioso (Centesimus annus, 35), nas grandes decisões estratégicas e financeiras da empresa, de compra e venda, abertura e fechamento de filiais não é lícito decidir tendo por base apenas os interesses do "capital" sem olhar a dignidade dos que nela trabalham. Devem organizar a atividade na empresa de modo a favorecer e promover a família do trabalhador, especialmente as mães de família.







6ª Estação: Jesus flagelado e coroado de espinhos.

O Trabalho e a Família – Jesus flagelado e coroado de espinhos







7ª Estação: Jesus carrega a Cruz às costas.

O Trabalho como realização pessoal

O princípio da subsidiariedade é realçado na encíclica Quadragesimo anno de Pio XI. Por este princípio deve-se respeitar a liberdade e proteger a vitalidade dos corpos sociais intermédios, por exemplo, a família, grupos, associações, entidades culturais, econômicas, ONG's, e outras que são formadas espotaneamente no seio da sociedade. Não deve o estado interferir no corpo social e na sociedade civil além do necessário. Por outro lado deve o estado exercer atividade supletiva quando o corpo social, por si, não consegue ou não tem meios de promover determinada atividade, como também deve o estado intervir para evitar situações de desequilibrio e de injustiça social.





S. Tomás de Aquino, por Fra Angelico. A sua doutrina é um dos pilares da Doutrina Social católica

Este princípio se opõe às formas de centralização, burocratização, assistencialismo e de presença desnecessária e injustificada do Estado e do aparelho estatal no meio da sociedade civil. João Paulo II na Centesimus annus (48), afirmou: Ao intervir directamente, irresponsabilizando a sociedade, o Estado assistencial provoca a perda de energias humanas e o aumento exagerado do sector estatal, dominando mais por lógicas burocráticas do que pela preocupação de servir os usuários com um acréscimo enorme de despesas



8ª Estação: Jesus ajudado por Cireneu a levar a Cruz.

O Seguro e Apoio do Estado ao Trabalhador



Propriedade privada e função social

A Doutrina Social da Igreja sustenta que o direito à propriedade privada está subordinado ao princípio da destinação universal dos bens e não deve constituir um impedimento ao trabalho. Não é lícito possuir por possuir, ou possuir contra o trabalho. A propriedade, que se adquire com o fruto do trabalho, tem por dever servir ao trabalho. De tudo resulta que a propriedade particular é plenamente conforme a natureza, porque o seu fundamento está no trabalho humano ela é o fruto do trabalho. [15]

Esta doutrina considera indispensável uma reforma agrária, justa e eficiente, condena tanto o latifúndio porque expressão de um uso socialmente irresponsável do direito de propriedade como a propriedade estatal da terra, porque leva a uma despersonalização da sociedade civil, sugere que se favoreça largamente a empresa familiar proprietária da terra que a cultiva diretamente.





João Paulo II (1991, Brasil) deu ênfase à proteção dos valores cristãos da família e promoveu os encontros mundiais da família.





9ª Estação: Jesus fala às mulheres de Jerusalém.

O Trabalho feminino – Jesus fala às mulheres de Jerusalém



10ª Estação: Crucificação de Jesus

A roupa do Trabalho



Direitos do trabalhador

Os direitos do trabalhador se baseiam na natureza da pessoa humana e na sua dignidade. O Magistério da Igreja enumera dentre outros: a justa remuneração, direito ao repouso, trabalho em ambiente que não lese a sua saúde e a integridade moral, respeito à sua consciência, auxílios aos desempregados e suas famílias, direito a aposentadoria e pensão nos casos de doença, direito a auxílios e benefícios sociais no caso da maternidade, direito de reunião e associação.

O acordo entre patrão e empregado não é suficiente para legitimar o quantum da remuneração, ela deve ser suficiente para um sustento digno do trabalhador e da sua família, as leis de mercado não são suficientes para atender a esta condição de justiça, o direito natural antecede ao direito de contratar. Se for necessário, cabe ao Estado fixar um valor mínimo para as diversas circunstâncias em que a remuneração do trabalho é devida.

A greve é reconhecida pela doutrina social como instrumento legítimo, como último recurso e inevitável e até necessário em vista de um benefício proporcionado, desde que todos os outros recursos se tenham levado a efeito para evitar o conflito. A greve legítima, como justo instrumento de pressão contra os empregadores, contra o Estado e até como meio de pressionar a opinião pública, há de ser sempre pacífica, e perde a sua legitimidade se a ela é associada a violência ou quando lhe é atribuído outro fim que não as condições de trabalho ou contrários ao bem comum.

Os Sindicatos devem ser instrumentos de solidariedade entre os trabalhadores e são um fator construtivo da ordem social. A ação sindical deve ser voltada para o bem comum. Não se admite o ódio de classes e luta para a eliminação de outrem. Trabalho e Capital são indispensáveis para o processo de produção. A doutrina social não pensa que os sindicatos sejam somente o reflexo de uma estrutura de classe da sociedade, como não pensa que eles sejam o expoente de uma luta de classe, que invitavelmente governe a vida social. (Laborem exercens)





11ª Estação: Jesus promete o Seu Reino ao bom ladrão.

O Emigrante e o Imigrante

Direito de participação na vida social e política

A participação é um dever a ser conscientemente exercitado por todos, de modo responsável e em vista do bem comum ([11]). Toda democracia deve ser participativa. É fortemente criticada a negativa deste direito por uma organização do Estado de forma totalitária ou ditatorial, ainda que este direito venha a ser reconhecido formalmente mas na prática negado, como também a "elefantíase do estado" e do seu aparato burocrático são criticadas porque em razão deles pode vir a ser negado ao cidadão a possiblidade de participar da vida social e política do país e também o dia do nascimento deles.



12ª Estação: Jesus na Cruz, a Mãe e o discípulo.

O Trabalho Doméstico

Família e trabalho

O trabalho doméstico, em especial o da mãe de família, deve ser valorizado e deve merecer do Estado e da sociedade uma remuneração pelo menos igual à dos outros, com os auxílios e benefícios sociais e previdenciários respectivos, devem ser eliminados os obstáculos que constrangem a mulher a não realizar plenamente as suas funções maternas.

A família tem direito a um salário para que possa viver dignamente. "Tal salário deve permitir a realização de uma poupança que favoreça a aquisição de uma certa propriedade, como garantia da liberdade: o direito à propriedade é estreitamente ligado à existência das famílias, que se põem ao abrigo da necessidade também graças à poupança e à constituição de uma propriedade familiar.(Rerum novarum)





13ª Estação: Jesus morre na Cruz.

Segurança no Trabalho

Princípio da Solidariedade


Como fruto da globalização crescente da sociedade e de uma crescente interdependência entre os homens crescem as possiblidades de relacionamento entre os homens. Este princípio, sintetiza-o bem João Paulo II, na encíclica Solicitudo Rei Socialis (38):





João XXIII convocou o Concílio Vaticano II.

..."a solidariedade, portanto, não é um sentimento de compaixão vaga ou de enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas, próximas ou distantes. pelo contrário, é a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum; ou seja, pelo bem de todos e de cada um, porque todos nós somos veradeiramente responsáveis por todos. Esta determinação está fundada na firme convicção de que as causas que entravam o desenvolvimento integral são aquela avidez do lucro e aquela sede do poder de que se falou. Estas atitudes e estas "estruturas de pecado" só poderão ser vencidas - pressupondo o auxílio da graça dvidina com uma atitude diametralmente oposta: a aplicação em prol do bem do próximo, com disponibilidade, em sentido envagélico, para "perder-se" em benefício do próximo em vez de o expolorar, e "para servi-lo" em vez de o oprimir para proveito próprio" ...

"A prática da solidariedade no interior de cada sociedade é valida quando os seus membros se reconhecem uns aos outros como pessoas. Aqueles que contam mais, dispondo de uma parate maior de bens e de serviços comuns, hão de sentir-se responsáveis pelos mais fracos e estar dispostos a compartlhar com eles o que possuem. Por seu lado, os mais fracos, na mesma linha de solidariedade não devem adotar um atitude meramente passiva ou destrutiva do tecido social; mas, embora defendendo os seus direitos legítimos, fazer o que lhes compete para o bem de todos. Os grupos intemédios, por sua vez, não deveriam insistir egoìsticamente nos seus próprios interesses, mas respeitar os interesses dos outros."





14ª Estação: Jesus é encerrado no sepulcro.

Eficácia do Trabalho

Família

Ver artigo principal: Família na Doutrina Social da Igreja

Pela Doutrina Social da Igreja a família é importante para a pessoa humana e para sociedade. É vista como a célula primeira e vital da sociedade. A família é considerada a primeira sociedade natural, titular de direitos próprios e originários, é colocada no âmago da vida social e nasce da íntima comunhão de vida e de amor fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher. [12].

[editar] Trabalho humano

O homem, segundo esta doutrina, foi criado ut operaretur - “para trabalhar”. As realidades criadas, são boas em si mesmas, existem em função do homem. O trabalho portanto, pertence à condição originária própria do homem, é anterior à queda do pecado original, não pode por isto ser entendido nem como punição e nem como sendo uma maldição ou castigo. É um instrumento eficaz contra a pobreza e deve ser sempre honrado, é essencial, mas não é o fim último da razão de ser da existência do homem, este não deve esquecer que a última razão da sua existência é Deus.

O trabalho representa uma dimensão fundamental do homem como participante da criação e da redenção. O trabalho é meio de santificação. Ninguém pode se sentir no direito de não trabalhar e de viver à custa dos outros. O trabalho é também uma obrigação, vale dizer, um dever do homem. Constitui uma obrigação para consigo, para com a família, a sociedade e a nação.

A pessoa é o parâmetro da dignidade do trabalho: “Não há dúvida nenhuma, realmente, de que o trabalho humano tem seu valor ético, o qual, sem meios-termos, permanece diretamente ligado ao fato de aquele que o realiza ser uma pessoa.” (Laborens exercens). Isto é, o valor do trabalho está não no que é feito mas está em quem o faz: a pessoa humana. O trabalho humano tem também a sua dimensão social: o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho.

O trabalho é um direito fundamental, tem um valor de dignidade e é também uma necessidade para o homem e para este formar e manter uma família, para ter direito à propriedade e para contribuir para o bem comum. Com efeito “se pode afirmar, com toda a verdade, que o trabalho é o meio universal de prover às necessidades da vida, quer ele se exerça num terreno próprio, quer em alguma arte lucrativa cuja remuneração, apenas, sai dos produtos múltiplos da terra, com os quais se ela comuta." [13]





15ª Estação:

A Reforma

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