Dr. Pimenta de Castro - pneumatologista-P.N. 2007

Na comunicação social lêem-se boas reportagens, como o faz o “Aurora do Lima” sobre os homens da nossa terra. No entanto, nem todos o fazem, quer jornais nacionais, quer das regiões; quer imprensa falada, quer imprensa escrita, que parecem não valorizar as coisas boas. O mau, o negativo é o que sobe às ribaltas, como se esses fossem os valores positivos a destacar hoje para o mundo.
Isto vem a propósito de muitas outras situações, mas desta vez vou buscar uma porque nos toca na pele. Trata-se de um nosso paroquiano que presidiu à Cruz Vermelha, delegação distrital de Viana do Castelo, que deu muito do seu tempo com o coração e com a alma. Foi o Dr. António Alvano Pimenta de Castro, nascido em 13 de Junho de 1952 em Monção, filho de José Tomás Pimenta de Castro, economista na Câmara de Monção e um grande vicentino (que conheci ainda era eu seminarista) e de Maria Augusta Fontaínha Pimenta de Castro, neta dos Fontaínhas de Afife. Assim ouvia eu dizer na altura que trabalhava como vicentino no Seminário. Para além disso, o seu pai foi o primeiro cursilhista de Monção ainda do tempo da Arquidiocese de Braga. Era uma família de “sangue azul” brasonada...
O Dr. Pimenta de Castro, estudou até ao 5ºano no colégio da Diocese em Monção, depois fez o 7º ano em Braga e a seguir em Coimbra, mas licenciou-se em medicina em Lisboa e especializou-se em doenças pulmonares. Casou com Maria Luísa Malheiro de Araújo, médica e especialista, como o marido, em doenças pulmonares. É madeirense.
Estiveram em Portalegre. Foi aí que nasceu o primeiro filho, o Filipe que hoje é economista. Depois teve mais duas meninas a Maria Inês que já é farmacêutica e a Mafalda que estuda, ainda, medicina.


O Dr. Pimenta de Castro, gostou muito da experiência que fez e não deu por perdido o tempo que disponibilizou generosamente à Cruz Vermelha, onde teve de tudo, horas de alegria e mais difíceis, como existem em todo o lado. Teve “muitos e bons colaboradores”. “Trabalhou-se muito, e bem”, só que chegou a hora de se sentirem um pouco cansados... e darem o lugar a outros para criarem mais e melhores outras iniciativas necessárias para as quais já não se sentiam com a garra de há 20 anos atrás.
Enquanto lá esteve este Presidente com os mais directos colaboradores, apesar de lutar, nos serviços, mais com a falta de recursos financeiros, desenvolveu e criou núcleos onde não os havia: nos Arcos, Piães, S. Romão, Melgaço, Valença, com vários serviços, algumas unidades muito completas com apoios e serviços à terceira idade, etc. Criou ainda estruturas que faziam falta aqui, em Viana, para as 13 ambulâncias numa primeira fase. Tem cerca de 7 dezenas de voluntários quase o dobro do que tinha quando tomou posse de um quadro de 13 pessoas assalariados. Os serviços de Viana cobrem a medicina, a enfermagem, transporte de doentes, emergência,apoio social, apoio sanitário e apoios desportivos...
Resta-lhe a consolação de que a saída foi bem substituída por boa equipa, de consenso, presidida pelo Dr. Cândido Morais, Sociólogo, aposentado e que irá trabalhar mesmo, em Viana, outras áreas necessárias.
Quanto ao voluntariado o Dr. Pimenta de Castro referiu que com esses recursos humanos nunca teve grandes problemas e, sobretudo, eram os mais jovens, os mais generosos.
Sente-se hoje um homem feliz e felizes sentem-se os vianenses por terem tido um bom presidente da Cruz Vermelha que muita honra e mérito merece e deve ser digno de registo.
Não se esperava outra coisa do Dr. Pimenta de Castro. É que a sua nobreza não está na pedra à porta da sua casa, mas no coração quente e esponjoso sempre pronto para dar cada vez mais e melhor. É uma figura que a nossa terra acolhe desde 1952, não nos fugiu e precisamos dele porque tem muito para nos dar.
Continua a trabalhar na sua especialidade e feito bem a muita gente.
Não é vicentino, mas já fez muita obra!...
E quem sabe o dia de amanhã?