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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A maçã de Adão

A Maçã de Adão?...
A maçã (maza) fruto da macieira de origem europeia e asiática, amplamente cultivada devido ao seu sabor e valor nutritivo,com formas diferentes de cultura são de uma espécie da família das rosáceas. Hoje, existem centenas de variedades de maçã, agrupadas conforme o sabor, a forma ou a cor. Frutos de polpa suculenta e comestível, seu sabor é variável, podendo ser ácida, doce, suculenta ou farinhosa. De grande valor nutritivo, são ricas em vitaminas B e C, e em açúcares e pectina, que têm grande poder de absorção. Os frutos são consumidos crus, em compota e doces, geleias, vinhos, licores e vinagres.Especialistas no uso da maçã e dos outros frutos na confecção de doces, a meu ver, são os alemães.
A maçã tem uma história. Se formos consultar a Bíblia, encontramos as razões da simbologia da maçã, do jardim do Paraíso onde o homem foi colocado. Foi significado de pecado, de mal. Até os pintores a pintam na mão de Eva a oferecê-la a Adão, mas na Idade Média também aparecem pinturas com a maçã na mão da Virgem com o Menino ao colo com outro fruto como sinal de que, por Maria, veio Jesus apagar todo a maldade simbolizada na maçã.
Na mitologia céltica a maçã simbolizava a magia do conhecimento e da imortalidade.Outro símbolo está associado à arvore e à maçã, como orgão central do corpo humano.
Seja como for, e sem ir à Praia das Maçãs que curiosamente não sei qual a razão deste nome dado àquela praia... uma dentada numa maçã logo vem um sabor sempre agradável, aroma muito ocutilante, intenso, agradável “polpa branca”, doce, com boa qualidade.
Não haja dúvida que a maçã é uma das frutas mais conhecidas do mundo, não só por ser protagonista de muitas lendas, histórias e simbologias, mas também pelo bem que ela faz à saúde. Já para não falar do “caroço” que ficou na garganta do homem, embora também o tenha a mulher mais reduzido por uma questão hormonal apenas e só na diferença entre um e outro. Não existe por engasgo do pecado original. Deus assim criou a Humanidade. Localiza-se na parte posterior da glândula tiróide e sob a “maçã de Adão”.
Recordo que, antigamente, na aldeia o lavrador punha as maçãs de madureiro em casa, junto do tecto,ou cimalha ou espécie de cornija em madeira e o aroma da maçã dava à casa um certo bem estar, um ambiente especial e quando, nos quartos de dormir elas eram postas com a ideia que o seu odor era um bom indutor do sono, portanto, sonoríferas, o que cientificamente está comprovado.
Conheci a maçã reineta muito utilizada pelos diabéticos (não sei qual a razão, mas faz lembrar,menos doce; a maçã camoesa semelhante à maçã golden, uma maçã mais dura; a maçã canela abóbadada, rajada e muito saborosa (não sei qual o motivo desta nome), mas já me serviram num hotel de categoria superior de turismo, num país oriental, rodelas de maçãs com canela; a maçã focinho de burro comprida e amarelada; a maçã de três ao prato que era parda redonda e larga; a maçã azeitada que de facto na sua polpa viam-se pequenos sinais da cor do azeite( parece-me que esta é a que, popularmente, lhe chamavam também “focinho de burro”; maçã âncora, talvez por ser maçã do cedo; a maçã da porta da loja, aquela que durava muito tempo. Era posta muitas vezes no meio do milho contra o gorgulho ou em madeira em casa para um bom aroma doméstico e durava quase um ano sem apodrecer e, quanto mais velhinha, mais doce, gostosa e saborosa. Havia ainda outras, como a Vitória e a Gale que vagamente me lembram, mas eram as maçãs da região que deixaram extiguir. O que é pena, pois os agricultores deveriam desenvolver este produto e ,se fosse o caso, classificá-lo como produto regional.
Havia ainda um outro fruto que não se comia. Era o bogalho, fruto dos Carvalhos, as “cocas” ou também chamada a maçã cuca ( bola esponjosa dos carvalhos) ou maçacuca”, bolinhas esponjosas que se criam nos galhos dessas árvores, onde se depositavam os ovos que davam origem às moscas.
Em Portugal, talvez desde os celtas existe a estátua do “homem da maçã”. Esta escultura foi enterrada até aos joelhos, atinge a altura de uma pessoa, faltam-lhe os dois antebraços, mostra mutilações nos olhos, nariz e boca, e ao lado, no seu sopé. Há quem veja nesta escultura a figura de um antigo guerreiro lusitano uma vez que a vestidura, o cinturão, as joelheiras e uma couraça era semelhante ao uso dos lusitanos que era um povo guerreiro que deu muito trabalho aos romanos, não se deixando vencer com facilidade, mas com muita dificuldade. Os romanos tiveram de arranjar várias estratégias e mesmo sendo muito humilhados conseguiram vencer... só muito tarde.
Esta estátua e o Amato (Amatus), divindade mitológica grega, é que talvez estejam ligados à origem de Matosinhos.
A Macieira (Malus spp: Rosacae) produz uma fruta chamada maçã, rica em vitaminas e em pectimina que estimulam as funções orgânicas desintoxicando e fortalecendo os órgãos.
Uma maçã ajuda a digestão, cortando o colesterol, previne alergias, evita a formação do colesterol, limpa o sangue e previne o cancro digestivo...
Quando antigamente se comiam as maçãs da nossa região, mesmo com bichinhas eram um bom remédio. Hoje como comemos quase sempre o mesmo tipo de maçãs bonitas e saborosas, mas sem bichinhas, talvez contaminadas com produtos químicos que neutralizam os verdadeiros efeitos da maçã ou trazem outros efeitos secundários que nos vão destruindo, vamos andando nesta bela vida distraídos de coisas do passado muito boas também.

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