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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os movimentos numa diocese em Sínodo-PN2003

Os Movimentos duma Paróquia podem ser de origem paroquial e devem ter a aprovação do Bispo, ou podem ser organismos ou movimentos que têm aprovação da Igreja Universal e são reconhecidos pelo Bispo da Diocese. Esses têm, normalmente, uma hierarquia própria através de Sedes Diocesanas,Nacionais, Internacionais... e são representados por Secretariados, Direcções, Delegações, Centros próprios, conforme a estrutura estatutária ou as orientações de cada Bispo na sua Diocese.
Há variadíssimos movimentos ou organismos, serviços e obras, conforme a diversidade de carismas existentes na Igreja. Não vou apontá-los porque seria uma lista intermanável, mas não resisto em falar daqueles que melhor conhecemos porque até trabalhamos com eles na Paróquia.
Na Comunidade de N. Srª. de Fátima, existe o Movimento dos Cursos de Cristandade , a Legião de Maria, a Sociedade de S. Vicente de Paulo, o Apostolado de Oração, o MEV (Movimento Esperança e Vida, os Cruzados de Fátima, o Coral Litúrgico, o Coral Juvenil, o Coral de Música Clássica, o dos Leitores, o dos Ostiários, o da P. da Família, o da Catequese, o do Escutismo, o dos Acólitos, o dos Ministros Ext. da Comunhão, o do Acolhimento, o dos Zeladores; o Serviço de Comunicações Sociais (Luz Dominical e “Paróquia Nova”) o Centro Social Paroquial com as valências ( o Centro de Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco - vulgo Berço, o Jardim Infantil, o Centro de Deficientes (Samaritanos), o Centro de Cegos e Ambelíopes, o Centro de Dia, o Centro de Convívio, o de Assistência ao Domicílio Integrado, o do Serviço de Apoio ao Domicílio, o Refeitório Social ( para passantes, vagos, ex-toxicodependentes, indigentes, sem-abrigo,) a Escola de Música, o Ozanan- Centro de Juventude (assistência aos tempos livres de crianças e jovens), o Cecan-rd ou Centro Comunitário de Apoio aos Necessitados- Recolha e Distribuição; a Comissão Fabriqueira, o Concelho Pastoral Paroquial. Na área da Paróquia, ainda existe um Seminário da Ordem do Carmo-Carmelitas Descalços, com alunos e com uma obra social de reintegração de pessoas de várias carências sociais (desde a indigência aos ex-toxicodepentes) e dirige ainda um Gabinete de Apoio à Família com o Projecto Casinha para as crianças das famílias que acolhe, Projecto “Viana sem Fronteiras” ao serviço dos imigrantes sobretudo do Leste, Rotas de Intervenção, Estrada com Horizontes em relação a pessoas da rua , Ecos (Prevenção Primária da Toxicodependência), Casa Abrigo, Casa de Acolhimento a mulheres vítimas de maus tratos ou vítimas da violência doméstica, assim como os seus filhos.
A Diocese é composta de tudo isto... e muito mais. Se se está em Sínodo, quer dizer que todos nós estamos envolvidos nesta tarefa da Igreja, como tempo de reflexão, de mudança. Quando digo nós, digo, os que estão ou não comprometidos em movimentos ou grupos, sejam de carácter diocesano, sejam de carácter paroquial ou sejam simples cristãos empenhados em tarefas temporais. Como nos partidos políticos, nos sindicatos, nas comissões de trabalhadores ou ainda sem nenhum compromisso oficial. Todos os baptizados devem sentir este movimento sinodal, movimento de conversão, de mudança, numa Igreja corresponsável, onde o Bispo sozinho não tem razão de existir, como sem o Bispo não há baptizados, não há expressão laical e corresponsabilidade. A Igreja faz-se desta comunhão não só com Deus, mas com os irmãos, com aqueles que se cruzam também connosco no trabalho, na rua, no café, ou dormem debaixo do mesmo tecto, com aqueles que se sentam à mesma mesa, em família.
Sendo assim, não se compreende que, nesta altura, um movimento paroquial ou não, desde que a trabalhar na Diocese, viva de costas voltadas ao trabalho do Sínodo, ou que este não seja motivo de discussão, de debate, de estudo nas respectivas reuniões e quem diz um grupo, diz um cristão isolado ou dedicado a obras temporais que devem ser sempre iluminadas com o espírito do Evangelho.
Ainda há pouco, celebrámos a Páscoa e a Páscoa foi celebrada depois de uma Sexta-feira Santa onde a Cruz foi a bandeira da glória para o crente e do fracasso para o malfeitor.
Nós celebrámos a Páscoa, somos crentes...Não podemos esquecer que se queremos permanecer em Páscoa, teimosamente temos que amar sem explorar o outro, sem lhe faltar ao respeito, sem lhe querer tirar o lugar mas, pelo contrário, partilhar, dar amor, para que o ressuscitado continue vivo no coração dos humanos, no coração da Diocese, em todos possa brilhar o testemunho d’Aquele que O descobrimos vivo e dinâmico. Quem sabe se, “desanimadamente”, Ele no irmão que está ao nosso lado, não venha a exclamar: “não valeu a pena”, “ continua tudo igual”, “se ao menos Deus me levasse...” ou não é verdade que ouvimos muitas vezes isto a muitos sofredores...
Que Ele possa brilhar em todos...

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