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sábado, 26 de dezembro de 2009

UMA CARTA DE UMA NAMORADA DE 1964


"Vila Fria 15/04/1964
Manuel
Que esta te encontre de perfeita saúde na agradável companhia de todos aqueles que são queridos, são os meus mais sinceros desejos pois eu sinto-me bem de saúde graças a Deus.
Manuel, começo por dizer que recebi uma carta à dias. Hoje resolvo responder dizendo o que sinto no meu coração, pois li a carta de tudo compreendi e fiquei satisfeita à maneira que me escreveu. Pede me desculpa por não ter respondido sim quando o trabalho é muito calha assim, bem havendo saudinha tudo correndo bem é quando se pode. Agora já sei a idade que tem, pois eu tenho menos des. Realmente esta na hora de casar nem por muitos novos nem com muita idade isto o casamento por vezes não é quando se pensa e quando calha ainda não é certo. Poder vir cá este ano eu para o ano que bem sim bem quando poder ou pensa em resolver o casamento por uma procuração. Manuel não me fale nisso eu não concordo eu vou lhe dizer a razão porque julgo que já deve-o saber escrevi seis anos para um rapaz que foi para a África que é da Velheira que o deve conhecer filho mais velho do Sr. José Domingos Viana então alfim desse tempo de nos escrevermos resolveu fazer o casamento por uma procuração cá que não podia vir aprezentou-me todas as dificuldades e desculpas não era da minha vontade mas enfim resolveu-se assim ele que era. Joaquim muito satisfeito pos o casamento em andamento e de momento resolveu desestir por isso não penso mais resolver casar por uma procuração por isso digolhe que não meresse apenas estar a escrever como tem muito trabalho dale muito massada e a mim também porque eu de dia não tenho tempo só de noite assim como hoje escrever a passar parte da noite por isso digo que não me escreva mais que nos se tivermos ser um para o outro somos quando cá e bem ter comigo conversarmos e se quizer então resolvemos casar eu e como lhe disse não tenho paciensia para escrever nem estou com essa disposição.
Com isto vou terminar enviando-lhe muitas felicidades um aperto de mão até quando poder vir cá desculpe se em alguma fraze ofendi."
A.M.C.

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