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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Padre Cecílio ,Carmelita-PN 2007

Quem se lembra do Padre Cecílio, religioso, que esteve aqui no Seminário do Carmo? De Baptismo é Félix Astoande Gostazar, nascido em 1915 em Ceanari, Biscaia, filho de lavradores do “Casario de Oertea”.
A foto talvez diga alguma coisa. Aos 11 anos ingressou no Seminário em Amorevieta, perto de Bilbau, deixando os pais e mais cinco irmãos. Ele era o mais velho. Quatro ainda estão vivos.
O Cecílio, nome de religioso carmelita descalço, professo desde 1932. Interrompeu os estudos por causa da guerra civil de Espanha, dedicando-se a ofícios sanitários, entre eles, de carteiro, cicerone turístico e, como estudante de Filosofia, fez uma experiência religiosa na comunidade de Mónaco em Teolina. No convento de Markina continuou a Teologia. Estudou na Irlanda aprendendo o Inglês! Foi ordenado em Markina . Esteve depois 2 anos em Navarra, no Convento de Vila Franca. Em 1944 veio para Aveiro.




Em 1951 começou a construir-se o Seminário de Viana, orientado pelo Padre Eládio Zaboleta, de Azeoitia, perto de St.º Inácio de Loyola, mas depressa foi para a Madeira, tendo falecido muito novo.Em 1954 o Padre Cecílio vem para Viana , onde foi professor de 120 alunos dos 2 anos de preparatório até 1960 de Francês, Inglês, Música, entre outras disciplinas até 1960. Depois desse ano no Seminário começou a levar os alunos até ao 7ºano ao Liceu, onde Frei Tiago Gonçalves, já falecido, também era professor.
O Padre Cecílio entretanto, passa pelo Marco, por Paço d’Arcos e mais tarde foi parar à Madeira, onde ainda se encontra todo jovial, apesar dos seus 92 anos, activo e organista dinâmico quer em Música profana, quer em Música Religiosa, conhecendo bem as fontes mais complicadas quer da Música Clássica quer do Gregoriano..., mas não é só isso, faz uma boa companhia, gosta de conversar, de ler, de ver televisão e não foge ao trabalho de ouvir as confissões dos fiéis que o procuram, de preparar uma boa homilia e de celebrar com entusiasmo como que os anos nada lhe pesem no seu corpo franzino.
Quando está só lá vai muitas vezes cantando em voz surdina e as suas cordas vocais parecem, nessa altura, cordas de violino. Engana bem!...
O segredo deste frade para manter esta jovialialidade parece ser a de saber escutar. Nunca diz uma palavra a mais, só necessária e com o seu bom Humor! O gesto é tudo... e um sorriso, uma palavra... o seu olhar... mas é suficiente para se perceber que basta.
Por aqui ficamos porque pelo pouco que conheço e pelo muito que ouço a vida deste nosso irmão frade dá uma história que nos enleva e levaria a escrever vários livros...

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