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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma Pastoral diferente

Quem muito fala, muito erra, diz o povo. O mesmo se pode dizer que quem muito escreve muito erra. Erra porque sem querer pode falsear ou tornar a verdade pouco clara até pela má colocação de uma vírgula, ou ainda escrever com erros ortográficos.


Esta é só mais uma reflexão há muito interpelada por mim. Enquanto não for feito um estudo sociólogo-pastoral sobre a pastoral da diocese, será complicado definir zonas de pastoral, divisão de arciprestados, união de paróquias ou de Comunidades.

Estou há 32 anos na Paróquia e nunca foi possível até hoje criar-se na cidade uma pastoral global, nem os párocos da cidade se reunem mês a mês, e não são muitos, mas só quando há vontade...

As iniciativas tomadas por nós têm sido mais ou menos goradas. A “formação Cristã de Adultos” a decorrer em Carreço e no Socorro esteve previsto fazer-se na cidade, seguindo o mesmo método, mas...cala...meche com algumas transformações nos leigos e nos padres...

Quantas paróquias da diocese têm Conselho Paroquial de Pastoral, de onde devia sair um Conselho Pastoral Diocesano?...

Criar e nomear grupos coordenadores ou globalizadores é fácil. Os fiéis leigos estão preparados para isso?

Alguns até estão sempre prontos a protagonizar...mas com um fundamentalismo intragável nesta civilização; quando a nossa missão é serviço. Cada vez parece haver mais prosélitos a impedir a nova evagelização ou a querer impor não uma pastoral para o povo , mas para os amigos...

Há, em primeiro, lugar necessidade de estudo sociológico-pastoral em toda a diocese que tem a ver com a cultura de cada zona, de cada região e de cada Paróquia, caso contrário, é como chegar ao Brasil e acabar com as comunidades de base, onde nasceram. É por isso que alguns dizem não fazer falta padres, mas o que eu creio é que faltam Sacerdotes, como falta corresponsabilidade eclesial entre leigos e padres e padres e leigos.

O mundo é grande e nós queremo-nos limitar ao nosso cantinho... “A Messe é cada vez maior e os operários são cada vez menos!...

Todos somos baptizados em Cristo, imergidos em Cristo e os sacerdotes vêm das interpelações de Deus aos baptizados para se entregarem a uma doação maior, presidindo às comunidades de fiéis, sejam presbíteros ou diáconos.

O Papa interpelou à reflexão da globalização pastoral, se assim posso afirmar, mas não mandou apressar as coisas, passando por cima de todos e de um modo particular com a área mais frágil que é aqueles que se sentem simples fiéis que não são ouvidos, nem achados, nem nunca o foram, mesmo depois do Vaticano II, a não ser para dar esmolas.

Há urgência que cresçam o número de paróquias com os Conselhos Pastorais activos e tempo para experimentar ou amadurecer. Essas terão um estatuto próprio e o Conselho Pastoral Diocesano será mais eficaz nas tomadas de decisões mais corresponsáveis, caso contrário, é afastar ou levar a todos que ainda têm um pé na Igreja que se ponham de fora a ver a marcha a passar.

Ao mesmo tempo para uma mudança mais rápida de mentalidades é preciso que o clero seja também rejuvenescido,pois mais facilmente tentará avivar a juventude e com esta chegar-se mais facilmente àquilo que é desejável.

Para tudo, é preciso escutar a voz do Espírito. Sem que cada um de nós se alimente com a força da oração e da escuta da palavra e do Espírito, não pode imprimir vida nova e bela à nossa própria vida e muito menos seremos testemunhos autênticos de um Cristo vivo. Não seremos nada dinâmicos, nem criativos, vivendo ao ritmo da rotina, do relógio, do calendário a passar tempo!...

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