AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Acto de Contrição ouvido de uma senhora com 91 anos de idade

Acto de Contrição
















Senhor,

meu Jesus Cristo,

Deus

e Homem verdadeiro,

criador e redentor

meu por seres Vós Senhor

quem sois; sumamente bom,

digno de ser amado sobre

todas as coisas,

porque vos amo e estimo

de todo o meu coração,

pesa-me por vos ter ofendido,

mas proponho nunca mais

vos tornar a ofender.

Peço e espero o perdão

das minhas culpas

pela vossa infinita

misericórdia.

Amén.

domingo, 29 de maio de 2011

O Novo Acordo Ortográfico - Paróquia de Nª Sª de Fátima - Viana do Castelo

O Novo

Acordo

Ortográfico



A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, atenta às necessidades e desafios do contexto social e cultural do seu meio, leva a efeito, através do seu Departamento de Formação, um conjunto de duas sessões de esclarecimento sobre o novo Acordo Ortográfico.

A primeira destas sessões realizou-se já na quarta-feira, dia 25, com início às 21 horas, no Humanitus Forum, à rua da Bandeira n.º 504, Viana do Castelo, seguindo-se a próxima nesta  semana, dia 1 de Junho, à mesma hora e local. As sessões terão como orador o Dr. Albino Ramalho, professor aposentado de Português do ensino secundário.

Dada a iminente entrada em vigor das novas regras que afectam a escrita do idioma em que todos nos expressamos, pretende a Paróquia com esta iniciativa contribuir para um melhor conhecimento e aplicação do novo Acordo, assim ajudando a todos à correcta ortografia da nossa língua comum. O encontro destina-se a todos os que queiram e trata-se de entrada livre.





Os jornais exploraram bem este assunto e a Lusa não foi parca na informação, por isso, na primeira sessão esteve cá a RTP que gravou, filmou e entrevistou vários dos presentes.














Dr. Albino Ramalho, o professor formado em románicas

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Alfaias litúrgicas antigas da Capela de Nosso Senhor do Alívio- Senhor da Cruz das Barras-Abelheira- Viana



casula branca (frente) e manípulo



casula branca (verso) e manípulo









Casula vermelha f. e manípulo














estolas




véu do cálice




toalha com rica renda




Idem




alba




alba





toalha




naperons





corporal





manuster




toalha   



toalha




várias rendas




corporal




pala





síngulos

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Santa Beatriz da Silva-Capela do Senhor do Alívio-Relíquias-Documentos

Documentos achados

na Capela

 do Senhor do Alívio

















Santa Beatriz da Silva

De facto encontraram-se estes docomentos históricos recentes através dos cuidados da Maria de Lourdes Ramos Lima e sua irmã Maria da Agonia quando faziam limpesa numa cómoda velha que existe na sacristia e que tinha escapado quando a C. Culto tinha feito o inventário porque também nessa altura não se andou atrás das coisas escondidas.

















Para além disso o certificadodo Vaticano em latim com data de MDCCCXXXII, apareceram mais 5 pequenos papéis dobrados em quadradinhos e redobrados ou redobradinhos sobre si e muito bem:1.Um deles tem terra.; 2. Tecido do hábito de seu hábito de 0,5m2; 3. Outro com 1cm2 de tecido; 4. Também apareceram duas folhas de alfarroba com cerca de 3 a 4 cm2; 5.Por fim um raminho com uma flor e fruto que não não identifiquei até agora, mas deve ser uma rel´quia de Santa Teresa do Menino Jesus. 6 Um pequeno envelope de cartão pessoal onde naturalmente era portador de uma hóstia com estes dizeres:”Ostia tocada a las religiosas de la venerable D. ª Beatriz da Silva.M. Ch. D. Juão Moralados la regala a la Exma Sra Delfina Rosa da Oliveira Cardoso Belleiro.Puede tomarse con un poco de agua y encomendarse a la venerable”.

















Tradução do Latim:D. PLÁCIDO ZURLA, ORDEM BENEDITINA DA CONGREGAÇÃO CAMALDULENSE, TITULAR DA SANTA CRUZ DE JERUSALÉM E CARDEAL PRESBÍTERO, VIGÁRIO GERAL DE NOSSO SENHOR SUA SANTIDADE O PAPA, JUIZ ORDINÁRIO DA CÚRIA ROMANA E DO SEUS DISTRITOS, ETC.                                          (Brasão Cardinalício)


A todos aqueles que irão ver esta carta asseguramos e atestamos, para a maior glória de Deus Omnipotente e veneração dos Seus Santos, que reconhecemos as sagradas partículas das vestes da Beata Maria, as quais foram retiradas dos locais autênticos, e colocámos num recipiente metálico arredondado adornado com vidro, cuidadosamente fechada e atada com uma fita de seda vermelha, marcada com o nosso selo; e damos a permissão de guardá-la, enviá-la para fora da cidade, expô-la publicamente para veneração dos fiéis em Igreja ou capela.


Em testemunho de tal ordenámos estas cartas de reconhecimento, assinadas por nós e carimbadas com o nosso selo e assinadas pelo Custódio das Sagradas Relíquias.


Em Roma, no nosso palácio, 7 de Fevereiro de 1832                                           T. do Catequista L. Pinto

João Martins Arezes, avô pelo lado da mãe de Maria Arezes Carvalhido, da Rosa, do José e do Domingos foi o doador de um grande Oratório à Capela do Senhor do Alívio que, em 1978 já só havia uma cruz muito antiga talvez do séc. XVIII, com o crucifixo feito de pano e massa, oco e de que agora suponho haver pequenos bocados porque se desfez todo, por fragilidade e velhice em que se encontrava. Encontra-se agora na Igreja Paroquial a Cruz com um Cristo oferecido pelo Pe. Manuel Costa e usado na Sexta feira Santa, depois de reconstruído.




Não se sabe a origem do Oratório, apenas se sabe que a casa era de duas senhoras irmãs (conhecidas por rabujanas) que lá viviam e o João Martins Arezes cuidou delas e deu-lhes depois a casa.

Foi neste dia que descobrimos talvez algo que veio dentro do Oratório com a ajuda de uma limpeza feita pela Maria de Lurdes Ramos Lima ou sua irmã Maria da Agonia que logo me chamaram.

Trata-se de um documento dos princípios do séc. XVIII de Roma, em latim a confirmar que as relíquias eram verdadeiras e as relíquias da altura ainda da Beata Maria Beatriz da Silva, portuguesa, que foi canonizada em 3 de Outubro de 1976, pelo Papa Paulo VI.

Os pais de Maria Arezes e dos seus irmãos eram o José Carvalhido Pinheiro, nascido na Casa da Quinta de Baixo, onde hoje é o Berço e de Maria Martins Arezes que vivia ali junto à casa que o seu avô herdou. A mãe da Maria falou-me dessas senhoras e tenho uma vaga impressão que elas tinham ou tiveram um padre na família, eram sobrinhas, talvez. Não é apenas uma vaga ideia, mas já quis confirmar e ninguém soube falar do padre e muito da relação familiar do padre com as respectivas mulheres que ainda se lembram.Mais fui descobrir testemunhos condizentes como este “Rabujanas” era alcunha de origem de rabujo ou rabujento, a casa das rabujanas era habitada pela Clara e pela Teresa, pessoas ricas e de bem.




Toda a casa e terreno vinha ter á capela da Senhora das Necessidades e de costas dava com o Cerqueira. A riqueza veio de Macau e do Brasil.

A Olímpia da Conceição era irmã da Clara e da Teresa e casou três vezes. Só teve filhos do 1.º casamento, nascida talvez em 1869, muito próximo de 1832, e dizia coisas muito engraçadas sobre a casa e a capela do Senhor do Alívio, diz a neta Teresa Casanova. Teria sido assaltada depois de inaugurada, mas algumas coisas foram recuperadas e falava no oratório e nas riquezas interiores do oratório que existia na casa onde viviam as irmãs. Além disso, ela afirmava que junto à capela e cruzeiro com alpendre que era conhecido pelo Senhor da Cruz Barros e que chegou ali o mar. Isto é velho na tradição da Abelheira sobre o mar.

A Olímpia teve do 1.º casamento a Ana Rodrigues Casanova que foi mãe da Teresa Casanova, do largo antigo do Souto, hoje, Rua Francisco Sá Noronha, a Rosa que foi criada no Soajo e o José que morreu numa fábrica de pirotecnia, em Bertiandos, tendo deixado geração. A Olímpia da Conceição devia ter falecido em 1954.




Quem era Beatriz da Silva que foi canonizada?

Nasceu em Portugal em 1424, como Beatriz da Silva Menezes, filha do Conde de Viana, e tinha 20 anos quando acompanhou a princesa Isabel de Portugal, para a corte espanhola. Pouco tempo depois, Beatriz tomou o véu do convento Cisterciano de São Domingos de Silos em Toledo, Espanha. Mais tarde Santa Beatriz fundou a Congregação da Imaculada Conceição, séculos antes da confirmação da definição da Perpétua Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria. Tempos depois, o Cardeal Cisneros concedeu a Congregação, a regra de Santa Clara de Assis (Clarissas Pobres).

Por isto é conhecida também como Santa Beatriz dos Pobres.




A Ordem da Imaculada Conceição a que este Mosteiro é incorporado, foi fundada por Santa Beatriz em 1489. A Ordem é totalmente de vida contemplativa. Vive o mistério de Cristo a partir da fé, da oração constante, da disponibilidade e do ocultamento silencioso. A clausura é um modo de unir-se mais profundamente à Paixão de Cristo e de participar de um modo especial do mistério pascal. Além de sinal de separação do mundo, essencial à vida contemplativa, a clausura constitui uma opção de solidão e de recolhimento vivendo como num deserto em despojamento e em amor a Cristo crucificado. Na sabedoria da Cruz manifesta-se o ocultamento da vida com Cristo em Deus. Este clima de recolhimento e de silêncio, facilita a oração, a ordem, a paz e a unidade da pessoa ao encontro com Deus, passando a ser sacrifício de louvor oferecido ao Pai em nome dos homens e mensagem de amor, de paz e de alegria que Deus oferece ao mundo.Santa Beatriz morreu em 9 de Agosto de 1492. Seu culto foi confirmado em 1926, e foi canonizada pelo Papa Paulo VI em 3 de outubro de 1976.

sábado, 21 de maio de 2011

Festa das bem-aventuranças- Comunhão Solene - 7º ano da Catequese- Irrequietudes desportivas-Ciclismo,Ballet,Karaté,Kikboxis, dança, Golfe, Baseball,pesurf,remo,futebol,andebol, surf ,Rugby,remo,judo,

Os adolescentes da C. Solene

da Festa das bem-aventuraças

são jovens cheios de vitalidade

e com muitas actividades,

 para além do estudo escolar,

 muitos exercem mais

que uma actividade desportiva:

Ciclismo,Ballet,Karaté,Kikboxis,

dança, Golfe, Baseball,

pesurf,remo,

futebol,andebol, surf ,

Rugby,remo,judo,

voley,etc...















sábado, 14 de maio de 2011

O PECADO

O pecado


É uma dificuldade que tenho verificado que as pessoas hoje perderam, na maioria, a lógica do pecado, e o que é mais grave, é a sua repercussão individual e social. Esquecem gestos nobres da História em que o pecado foi sempre um mal e superado com alguma lógica radical como a da gratuidade e do perdão. S.Paulo foi explícito nesta matéria a propósito do corpo místico de Cristo.



Um gesto recente deixou-nos João Paulo II quando abraçou o Ali Agca, que o queria matar. Apesar desta nobreza de estar de um Papa, parece que hoje já não há filhos pródigos, estes são bons e têm direitos e os pais, esses, são sempre os que se devem retirar que nada têm a fazer, que não têm direitos. Os pais não têm razão. As leis que se criaram estão a prejudicar o conceito clássico de família. Até se despreza a família com leis impostas e se retiram à família os filhos com muita facilidade.

Ora, o pecado cria no homem uma prisão quando este descobre que o mal foi permitido por si, ou foi a causa de maior mal por falta de perdão, muito egoísmo e pouca humildade que se conserva, muitas vezes, como arma de arremesso. Deste modo libertação não existe porque falta amor, que levaria à harmonia e à paz interior, que se manifesta, depois, no nosso modo de estar e agir.

Cristo deu-nos exemplo do contrário. “Deus é amor”, segundo S. João, e que Bento XVI sublinha na sua primeira carta ao Povo de Deus. Cristo é para nós um ponto de referência que nos é transmitido pela palavra, pelos gestos, pelas atitudes até ao alto da Cruz, onde pede perdão ao Pai por aqueles que o tratam mal justificando: “pois não sabem o que fazem”.


Cristo sabia o que eles faziam e conhecia bem as razões mais profundas das suas almas. Como Homem e, como Deus, reunindo as duas naturezas divina e humana, Ele tinha poder para que nada acontecesse…

Como reconhecerão hoje alguns apóstotas da fé quando nos pedem que sejamos justos, tolerantes e pacientes mesmo com os inimigos e saibamos serenar no meio da turbulência, para podermos dialogar mais e melhor?

“É que Cristo não tinha cometido pecado, mas Deus, para nosso bem, considerou-O pecador, para que nós, em missão com Ele, pudéssemos ser bem aceites por Deus (II Co 5, 21)”. Mas quem é esse que pode libertar com o seu perdão? Só quem for capaz de se envolver neste Mistério de Amor é que dará seriedade e aprofundará esta articulação como Cristão: a cruz e a ressurreição. “Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos à união fraterna, à fracção do pão e à oração. Viviam unidos e punham tudo em comum. Conf.Actos dos Apóstolos.

Hoje a educação que se pretende dar ou deixar passar para os mais novos é algo sem os sofrimentos do Messias, mas os prazeres de uma vida fácil.

É com estas coisas que vamos ter paciência para deixar correr?!... Deus é amor e o desafio do Papa Bento XVI aponta para uma vivência política plena de perdão e reconciliação.

Vamos fazer justiça. Com o diálogo vamos fazer passar, com gestos de perdão e de reconciliação entre Humanidade e entre esta e Deus que é possível aquilo em que não acreditam. Só o perdão é capaz de trazer uma mudança positiva, é que só o perdão é a atitude que é capaz de libertar quem perdoa e quem é perdoado.



João Paulo II, não só na sua exortação Apostólica Reconciliati et Paenitentia, de 1984, é bem claro e não só o disse como já o tinha feito. A sociedade precisava, já nessa altura, de libertar a pessoa da escravidão e reforça mais tarde: salvar a ecologia humana, na Encíclica Catessimus Annus (1991).

O pecado do Mundo arrasta consigo fracturas sociais. Só à luz duma entrega total de Cristo na Cruz, poderá ser possível retirar o Mundo das trevas, para o trazer para a Luz, para uma nova esperança e força, para superar todas as rupturas que o Mundo criou.

No entanto, embora haja hoje muitas conversões, ainda há muita gente que se diz crente para quem se não passa nada à sua volta e em nome da “Fé” é capaz de fazer tudo contra ela, não só na criação de leis, mas também no “modo de estar” entre os humanos.

Bem falta fazem conversões autênticas que possam hoje dizer às crianças, aos jovens o mesmo que S. Paulo em Cor. 15, 3-5.

É que os nossos pecados destroem a obra de Deus e foi essa a causa por que Cristo deu a sua vida na Cruz.

O pecado não pode ser só um mal que resulta das contingências da natureza, ele é fruto da ruptura entre o que é lei natural e uma natureza frágil. Claro que na estrutura do pecado ou do mal é preciso ter em conta o conhecimento pleno, vontade e liberdade, para que seja ruptura, mas existem problemas psicológicos, culturais, fisiológicos, ou até de ignorância que são capazes de influenciar a consciência moral do nosso irmão. É por isso que o pecado extravaza, quando se trata de frontar a vontade de Deus, a própria pessoa e atinge toda a comunidade, toda a Humanidade. Como sói dizer-se, uma maçã podre no meio das boas pode apodrecer as outras. Há necessidade de criar uma atmosfera espiritual, cultural onde se respire o perfume e as cores belas do divino, redima e retire as trevas ao coração.É com estas coisas que vamos ter paciência e deixar correr?!... Deus é amor e o desafio do Papa Bento XVI aponta para uma vivência política plena de perdão e reconciliação.                                                                                                                       A.C.

Rua Pe. Américo, no Bairro Jardim,Paróquia de Nª Sª de Fátima, antiga Abelheira

Rua Pe. Américo


Estou a lembrar-me de famílias que em 1978 viviam à Rua Pe. Américo. Ora vamos ver se consigo sem falhar ninguém, a começar pelo lado poente o António Inácio Maciel, João Leão, Henrique Leão, Carlos Machado, Manuel Bastos, família Nogueira, a de Júlio Vinagre Freire, Jorge Roriz, Cardoso Dias, Licínio Barreto, Alfredo Rocha, Eugénio Alves, António Durães, José Guedes, Ricardo Silva, Manuel Veiga Oliveira, o Guerra Ribeiro Domingues, Armando Felgueiras, Delfina Santos, Armando Nogueira, Belmira Sobreira, o Ferraz, o “Mandarinha”, Luís Valença, Torres Lima, Manuel Passos Bastos e o Dr. José Coruchinho. Do lado nascente : O Alheira, o Rodrigues, o Mário, o Ferros, Armindo Lima, o Castro,o Sebastião, João Freitas, Filipe Silva, Isabel, Agostinho, Bento Martins.


Gostaria que alguma sugestão me pudesse melhorar a memória ou esta informação. A Rua Padre Américo tinha e tem duas faces, do lado do poente e a do nascente. Assim era em 1978, não é verdade?

A do lado nascente era constituída com casas à moda do Bairro Jardim em tipo escadinha porque a rua sobe de sul para norte e, normalmente, essas casas eram de gente humilde, de gente boa e honrada, alguns viviam com certas dificuldades. Quanto ao lado poente os prédios cresceram até ao 2º piso no princípio e fim da rua e 3º piso ao meio da rua. É também de gente humilde, mas com melhores rendimentos talvez, melhores posses na maioria. Uma rua pacata que hoje se vai transformando e, na maioria, com as migalhas dos herdeiros… e todos os que habitam esta rua à Sombra do Espírito do Pe. Américo, um Espírito aberto, social no amor ao próximo ao mesmo tempo santificador.

Conceição Penteado Bizarro esperava a minha visita

Conceição Penteado Bizarro


Até que enfim chegou, depois de uns anos, visitar a Professora Maria da Conceição de Queiroz Penteado Bizarro, nascida em Viana filha de José Fernandes Penteado, da PSP (subchefe) e de Maria Emília Queiroz, ele da Guilheta, em São Paio de Antas e ela de Vila Nova de Cerveira.

Nasceu na Papanata, nº33 e frequentou a escola da Avenida, depois o Colégio de São José e depois o Liceu, a Escola Normal, depois chamada escola de Magistério Primário, onde hoje funciona o Tribunal de Trabalho.

A Conceição começou a dar aulas e ganhar cerca de 1.200$00, depois passou para 1.200$40 acabando por lhe serem tirados os 40 centavos. Começou em Santa Leocádia, passou a Vila França, Vitorino de Piães e Monserrate onde se reformou.

Entrou aos 18 anos no P. C. P. que, clandestinamente se reunia nas casas uns dos outros e o Dr. Ribeiro da Silva era o mestre. Passou por essa experiência e foi no P. C. P. que conheceu o Amadeu Bizarro, hoje o presidente da Junta de freguesia de Santa Maria Maior por vários mandatos.

O Amadeu Bizarro foi ao funeral do Dr. Lacerda, administrador do ENVC o que aconteceu no dia em que o Sporting deu ao Benfica uma chuva de 7 golos.

O casal tem apenas um filhol que é fisioterapeuta e colabora com os idosos dos centros de dia da Paróquia.

A Conceição foi vítima em 2001 de um AVC que a limitou muito. Recuperou, mas em 2004 caiu. Praticamente não sai de casa, a não ser numa cadeira de rodas para a fisioterapia ou a passear pelo café, mas sempre tem sido sujeita a várias intervenções cirúrgicas motivadas pela própria doença ainda agravada pela debilidade coronária.

Fiquei muito feliz porque há muito tempo pensava repetir a visita e lá fui no 25 de Abril onde encontrei o seu “anjo da guarda” Amadeu Bizarro que não casou para se divorciar, mas para se entregar na vida e nas tribulações à sua esposa, aliás como ela o faria se tivesse acontecido o contrário, mesmo sem terem casado pela igreja.

É que o Amadeu não a deixa sozinha tempo nenhum.                                                                            A.C.

Monsenhor Reis Ribeiro - Chanceler da Cúria de Viana

Monsenhor Reis Ribeiro


Alvarães é uma freguesia do concelho de Viana do Castelo, onde em 25 de Outubro nasceu um varão a quem lhe foi dado o nome de José Maria da Costa Reis Ribeiro.

Depois da passagem pela escola primária ingressou no Seminário de Braga e foi ordenado a 13 de Julho de 1958, no Seminário Conciliar por D. António Bento Martins Júnior. Intelectual invulgar foi logo para Roma estudar e regressou para leccionar no Externato Liceal de Monção em 5 de Janeiro de 1962.

É aquela freguesia uma das freguesias de Viana do Castelo com pessoas não só de “terras e haveres”, mas também de pessoas notáveis pela sua cultura e formação, uma terra rica e de muito civismo e de vocações sacerdotais e religiosas.

Sempre foi um aficionado pela criação da Diocese de Viana do Castelo. Enquanto seminarista algumas dificuldades teria sentido de se manifestar porque o seu pároco era o Cónego Cepa e Arcipreste de Viana mas muito bracarense e fiel ao Arcebispo de Braga.

Colaborou e ajudou-nos na organização da celabração do 40º aniversário da Colónia Vianense, em 1971, quando eu exercia as funções estatutárias de “Bispo” da Colónia e fui ameaçado que não me ordenaria de presbítero, se levasse as comemorações por diante e quem nos valeu, a mim e ao próximo diácono José Maria Pereira do Vale, foi Mons. Daniel Machado que assumiu por nós a responsabilidade do programa.

Portanto, é natural que o jovem Reis Ribeiro se contivesse nas suas manifestações a favor da criação da Diocese de Viana do Castelo, enquanto seminarista.


No entanto, e talvez também por esse motivo deixasse o colégio de Valença para seguir depois do cardeal Patriarca D. António Ribeiro para Lisboa para Dirigir a LUC (Liga Universitária Católica). Para além de vários cargos a nível do Patriarcado, ele sempre foi um leal amigo, um sacerdote com profundidade intelectual e espiritual e fez-se um especialista em Doutrina Social da Igreja, além da licenciatura de Filosofia e diplomado em Sociologia em Roma e formado em espiritualidade no Instituto internacional dos PP. Carmelitas Descalços.

O 25 de Abril, dia do nascimento da democracia, o Monsenhor Reis Ribeiro estava no patriarcado e informações dessa altura, parece-me que soube ser um bom leitor e conselheiro para os Bispos não só do patriarcado, mas também de fora.

Não admira, foi com formação sociológica e ligado às Comunicações Sociais, não era de esperar outra postura dele junto do Senhor Patriarca e dos colegas.

Viveu intensamente a causa política junto da Igreja na harmonia e nos cautelosos e prudentes conselhos como só ele sabe dar.

A vida de Reis Ribeiro dava para fazer um livro, mas é uma pessoa muito discreta, faz mais do que diz e procura ultrapassar problemas difíceis.

Criada a Diocese de Viana do Castelo, logo pensou acompanhar D. Júlio Tavares Rebimbas, o que fez um ano antes de D. Júlio ir para o Porto, ainda ficando ligado às Comunicações Sociais da Igreja a nível nacional, em Lisboa, até que acabados os seus trabalhos em Lisboa se dedicou só à Diocese de Viana o que ainda o faz com muita alegria e satisfação, pois também era uma questão de coerência.Tinha feito parte da sua fundação, contra  muitos que estando em Braga não o fizeram, acomadados alguns aos seus benefícios.


Ter a veleidade de escrever sobre Monsenhor Reis Ribeiro seria um absurdo porque sempre se ficaria àquem do que se possa dizer. Remeto os meus amigos para blog “porfirio.home.sapo.pt/partilhas.hotmail”, aí encontrará pormenores do seu currículo que ficará pasmado e o muito que falta é só por causa da sua descrição e ir mais longe porque pode sentir-se mal. Eu o conheço suficientemete e sei que desta croniqueta só se vai rir...e que a sua missão não é andar nos jornais...é outra coisa mais importante... voltado para os pobres!...

Sempre foi um bom colaborador da Paróquia de Nª Sª de Fátima, sobretudo na formação social e no Centro de Formação Paroquial.

                                                                                                                                                            A.C.