Paróquia Nossa Senhora de Fátima -
Formação de Adultos
Dia: 5 de Março 2016 – 15:00horas
Local – Igreja da Sagrada Família
(Abelheira) - 6ª Sessão
Ano Jubilar da Misericórdia
Tema: “Vai e faz tu também o mesmo”
(Lc. 10, 37)
(Gestos do Quotidiano)
1
– Objectivos:
1.1 – Sentir a eterna Misericórdia de
Deus;
1.2 – Caminhar com gestos de
Misericórdia;
1.3 – Reconhecer que a Misericórdia de
Deus transforma o coração do Homem;
1.4 – Recordar que a nossa Fé se traduz
em actos concretos e quotidianos (ajudando o próximo);
1.5 – Sair da própria alienação
existencial, graças à escuta da Palavra de Deus e às Obras de Misericórdia;
1.6 – Compreender: “Prefiro a
Misericórdia ao Sacrifício (Mt. 9, 13);
1.7 – Construir “Novo estilo de Vida com
a Misericórdia”.
2 – Textos:
2.1 – Sagrada Escritura
Parábola do bom
samaritano na Bíblia
Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a
Jesus: “E quem é o meu próximo?”. Tomando a palavra, Jesus respondeu:
"Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu
nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o
abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidencia, descia por aquele caminho
um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, tambem um levita
passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele
e, vendo-o, encheuse de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando
nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem
e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro,
dizendo-lhe: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.
"Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele
homem que caiu nas mãos dos salteadores?"
Respondeu: "O que usou da Misericórdia para com ele.".
Jesus retorquiu: "Vai e faz tu também o mesmo". (Lucas 10, 29-37)
2.2 – Juízo
definitivo
"Quando
o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de
sentar-se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele
separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O
Rei dirá, então, aos da sua direita: "Vinde, benditos de meu Pai! Recebei
em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive
fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes
ter comigo."
Então,
os justos vão responder-lhe: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e
te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e
te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e
fomos visitar-te?" E o rei vai dizer-lhes, em resposta: "Em verdade
vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a
mim mesmo o fizestes." (Mateus 25, 31-40)
2.3 – O Cristianismo
é a Religião do fazer, não do dizer – afirma o Papa Francisco
Cidade do Vaticano
(RV) – Depois da viagem ao México, o Papa Francisco retomou esta terça-feira
(23/02) a celebração da Missa na Casa Santa Marta.
Comentando a
liturgia do dia, Francisco afirmou em sua homilia que a vida cristã é concreta, não uma
religião feita de hipocrisia e vaidade. “Deus é concreto”,
mas são muitos os cristãos “de aparência”, que fazem da pertença à Igreja um
adorno sem compromisso, uma ocasião de prestígio, ao invés de uma experiência
de serviço aos mais pobres.
O Papa entrelaça o trecho litúrgico do profeta Isaías com a passagem do
Evangelho de Mateus para explicar mais uma vez a “dialética evangélica entre o
dizer e o fazer”. A ênfase de Francisco recai sobre as palavras de Jesus, que
desmarcara a hipocrisia dos escribas e fariseus, convidando os discípulos e a
multidão a observarem aquilo que eles ensinam, mas não a se comportarem como
eles:
"Religião do dizer"
“O Senhor nos ensina o caminho do fazer. E quantas vezes encontramos
pessoas – também nós, eh! – na Igreja: 'Oh, sou muito católico!'. 'Mas o que
você faz?' Quantos pais se dizem católicos, mas nunca têm tempo para falar com
os próprios filhos, para brincar com eles, para ouvi-los. Talvez seus pais
estejam num asilo, mas estão sempre ocupados e não podem ir visitá-los e os
abandonam. ‘Mas sou muito católico, eh! Eu pertenço àquela associação’. Esta é
a religião do dizer: eu digo que sou assim, mas faço mundanidade”.
O “dizer e não fazer”, afirmou o Papa, “é uma enganação”. As palavras de
Isaías, destacou, indicam o que Deus prefere: “Deixai de fazer o mal, aprendei
a fazer o bem”. “Socorrei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa
da viúva”. E demonstram também a infinita misericórdia de Deus, que diz à
humanidade: “Vinde, debatamos. Ainda que vossos pecados sejam como púrpura,
tornar-se-ão brancos como a neve”:
Fazer a vontade de Deus
“A misericórdia do Senhor vai ao encontro daqueles que têm a coragem de
discutir com Ele, mas discutir sobre a verdade, sobre as coisas que fazem ou
não fazem, só para corrigir. E este é o grande amor do Senhor, nesta dialética
entre o dizer e o fazer. Ser cristão significa fazer: fazer a vontade de Deus.
E, no último dia – porque todos nós teremos um, né? – naquele dia, o que o
Senhor nos pedirá? Dirá: 'O que disseram de mim?'. Não! Ele nos perguntará
sobre as coisas que fizemos”.
A este ponto, o Papa mencionou o capítulo do Evangelho de Mateus sobre o
juízo final, quando Deus pedirá contas ao homem sobre o que fez em relação aos
famintos, sedentos, encarcerados, estrangeiros. “Esta – exclama Francisco – é a
vida cristã. Dizer, somente, nos leva à vaidade, a fazer de conta de ser
cristão. Mas não, não se é cristão assim”.
“Que o Senhor nos dê esta sabedoria de entender bem aonde está a diferença
entre dizer e fazer e nos ensine o caminho do fazer e nos ajude a percorrê-lo,
porque o caminho do dizer nos leva ao lugar aonde estavam os doutores da lei,
os clérigos a quem gostava se vestir e ser como majestades, não? E esta não é a
realidade do Evangelho! Que o Senhor nos ensine este caminho”. (BF/CM)
2
– Prática Cristã no Quotidiano
3.1 – Comece em casa
O pão da vida, pão da unidade,
faz-nos família, na caridade.
Comece em casa a cultivar o amor cristão
e a alegria invadirá seu coração.
Comece em casa a aceitar seu semelhante,
comece a ser compreensivo e confiante.
Comece em casa a crer no outro, cada dia,
e deus será a sua fonte de alegria.
Comece em casa a ser bondoso e paciente,
não arrogante, mas humilde e diligente.
Comece em casa a perdoar de coração,
a ter coragem de também pedir perdão.
Comece em casa a esquecer-se de você;
só o amor que é de graça faz crescer.
Comece em casa a se alegrar com a verdade,
A desculpar, crer e esperar, na caridade.
Comece em casa a construir fraternidade;
será semente de uma nova humanidade.
Comece em casa a ser misericordioso;
construa a paz, seja leal e generoso.
Comece em casa a lutar pela justiça,
a libertar-se do egoísmo e da preguiça.
Comece em casa ser alguém que muda a História
e seu viver revelará o deus da glória.
Publicado 4 weeks ago – Fraternitas Movimento
Campanha da Fraternidade - 1977
3.2 – Gestos do Quotidiano
Para
a Quaresma, o Papa Francisco propõe 15
actos de caridade, que ele menciona como manifestações concretas de amor:
1.
Sorrir.
Um cristão é sempre alegre!
2.
Agradecer
(embora não seja preciso fazê-lo).
3.
Lembrar
ao outro o quanto o amamos.
4.
Cumprimentar
com alegria as pessoas que vemos todos os dias.
5.
Ouvir
a história do outro, sem julgamento, com amor.
6.
Parar
para ajudar. Estar atento a quem precisa de nós.
7.
Animar
alguém.
8.
Reconhecer
os sucessos e qualidades do outro.
9.
Separar
o que não usamos e dar a quem precisa.
10.
Ajudar
a alguém para que possa descansar.
11.
Corrigir
com amor; não calar por medo.
12.
Ter
delicadezas com os que estão perto de nós.
13.
Limpar
o que sujamos, onde quer que estejamos.
14.
Ajudar
os outros a superar os obstáculos.
15.
Telefonar
aos pais.
E
diz que o melhor jejum é:
.
Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
.
Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
.
Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
.
Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e optimismo.
.
Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
.
Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
.
Jejum de tensões e encher-se de orações.
.
Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
.
Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
.
Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
.
Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.
4– Reza, Ajuda e Proclama!
4.1
– Reza com o Coração/Alma;
4.2
– Reza pela Família;
4.3
– Reza pelos mais fracos;
4.4
– Reza pelos que te ofenderam;
4.5
– Ajuda a Criança;
4.6
– Ajuda os Idosos;
4.7
– Ajuda o vizinho doente;
4.8
– Ajuda com o bom conselho;
4.9
– Acolhe a todos (os da periferia);
4.10
– Proclama: “Deus é eternamente fiel à Sua Palavra; salva os oprimidos, dá pão aos
que têm fome; o Senhor liberta os prisioneiros” (Salmo 146, 7)
5 – Para reflectir:
5.1
– Vivo com Humanidade?
5.2
– Pratico a Amabilidade?
5.3
– Respeito o bom nome dos outros?
5.4
– Tenho capacidade de dádiva?
5.5
– Pratico a Compaixão?
5.6
– Quando foi a última vez que pratiquei a Misericórdia?
5.7
– Equilibro a Oração e a prática da Caridade?
5.8
– Quando participo na Eucaristia trago “boas acções” para ofertar?
5.9
– Considero a Misericórdia mais sublime do que os ritos?
5.10
– Pratico a Proximidade?
5.11
– Exercito “Olhar para o interior de mim mesmo”?
5.12
– Como caminho para a Celebração Pascal?
6 – Oração
Cantarei eternamente
As Misericórdias do Senhor!
Vós dissestes: “A Bondade está
estabelecida para sempre”.
Com Humildade te peço, Senhor!
Ilumina o meu coração,
Para ter coragem de seguir a recomendação:
“Sede misericordiosos,
Como o vosso Pai é Misericordioso (Lc. 6, 36)
Ámen.
Relator:
José Rodrigues Lima
Telefone:
938583275 / 258829612