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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Casa dos Claras

Casa dos Claras
Apontamentos que completam ou vão completar outros em relação ao cruzamento de famílias –                                                por actualizar em 2017

Foi conhecida pela Casa da Clara, a única mulher de nome Clara ao seu tempo a única residente na terra e na casa onde nasceu, e deu origem aos Araújos Amorins, motivo pelo qual deu o nome à Casa.
Depois, tendo casado e de ter sido mãe de três filhos varões e de uma filha , surgiu o nome no plural, “A Casa dos Claras”, como hoje é conhecida.



Esta casa situa-se à Rua Manuel Vaz Coutinho, um antigo caminho que unia a Conchada, o Montezelo e a Repeidade  à igreja paroquial, Boas-Novas, à Regadia, ao Redondelo e também a Vila Franca até à cruz de pau. A primitiva casa ficava mais dentro do terreno e deveria ter surgido nos finais do séc. XVIII. Era inicialmente muito pequena e térrea mas, no tempo de infância da Clara (nascida em 1882) foi erguida no actual local, tendo para isso contribuído, ainda, o trabalho infantil da Clara, à frente dos bois, para arrastar do Monte a pedra necessária à sua construção. 
A Clara casou com António Pereira, de Vila Fria, agricultor e construtor de vinhas com arame. Este casal teve 5 filhos, como vem descrito no capítulo “Casa dos Araújos Amorins”.
Este casal teve 5 filhos: o José que foi o primeiro e morreu criança; depois outro José que veio para o lugar do primeiro, solteiro, e morreu já com boa idade, mas de acidente caindo de uma meda; o António que casou com Maria Vaz Coutinho, conhecida pela “Russa” , alcunha que herdou da mãe, e pais de uma filha chamada Rosa que por sua vez casou com Vasco Bandeira e deram ao mundo dois filhos, o António Alberto e o José Rui; a Maria que casou com o José da Cunha Forte e foi mãe da Deolinda casada com José (de Alvarães) e mãe de um casal de filhos; e o Manuel que casou com Maria Barreto e não tem filhos.



A casa dos da Vila

A casa dos da Vila
Apontamentos que completam ou vão completar outros em relação ao cruzamento de famílias – por actualizar em 2017
O “José da Vila” foi a pessoa mais antiga que conheci da família do lado que, para além de serem vizinhos, são ainda familiares. Vamos todos entroncar em António Francisco dos Reis, casado em 1756, vindo de Alvarães casar em Mazarefes com Maria Rodrigues, de Gavindos, junto do Vermoim de Baixo e Coibindos.
O José da Vila, de nome José Francisco Ferreira dos Reis, casado com Joana Fernandes Oliveira de Stª Marta, a 29 de Outubro de 1885, era filho de Manuel Francisco Ferreira dos Reis, natural de Viana do Castelo, de Stª Mª Maior, onde foi baptizado, neto de João Francisco dos Reis e Maria das Dores, moradores em Viana, ao lado da Doca, junto ao armazém do Cerqueira, e junto à garagem da SINCA-Cordoeiros. A sua mãe era Ana Ribeiro que casou para a casa do bisavô do marido António Francisco Reis e avô, Manuel Francisco Reis. Ela era natural de Mazarefes e filha de José Pereira Pinto, que veio a falecer em 1900 e de Teresa Ribeiro. A Ana Ribeiro morreu com 37 anos, em 23 de Maio de 1890 depois de ter casado aos 32 anos, em 16 de Julho de 1884, pelo que esteve casada apenas 5 anos. Morreu ao dar à luz a filha Maria.
O Manuel trouxe o pai de Viana para Mazarefes e aí nasceu a casa dos da Vila para a distinguir da casa dos Brasileiros.



Do casamento nasceram 2 filhos: o Zé, conhecido pelo Zé da Vila e a Maria, nascida a 17 de Abril de 1890, conhecida por Maria Russa que casou com José Rodrigues Vaz Coutinho.
O João Francisco dos Reis era filho de Manuel Francisco dos Reis e Maria Rodrigues dos Reis. O pai do Zé da Vila era primo do Miguel Francisco dos Reis e bisneto, pelo lado do Pai do António Francisco dos Reis, dono duma casa Térrea na esquina do lugar, (3) e de Maria Rodrigues da Rocha (1). Os pais eram primos carnais pelo lado da mãe, era neto de João Gonçalves Rato e de Maria Rodrigues dos Reis. Tinha um irmão com o mesmo nome do pai. Era ainda bis-sobrinho  de Manuel Francisco da Rocha, o Brasileiro, proprietário da casa grande.
O “Zé da Vila” e a “Maria Russa” ficaram órfãos de mãe antes dos 4 anos, de modo que o tio, pai do Miguel, Manuel Francisco dos Reis que esteve no Brasil com o tio Manuel Francisco da Rocha, deve ter tomado conta do sobrinho, pois a sobrinha Maria, foi educada pela Tia Freirinha, ou ajudado o pai a criar os filhos. As casas tinham ligação interna e ficavam as cozinhas apenas separadas por uma parede com porta de passagem no local da mesma do lado da casa dos brasileiros existe um armário embutido. O saleiro servia as duas casas separado apenas por uma fina pedra que ainda conheci em criança.
A “Maria Russa” casou com o José Rodrigues Vaz Coutinho, (irmão do António que casou com a prima do cordoeiro da capela e veio para a casa dos brasileiros) e foi mãe de Emilia (casada e mãe de duas filhas), Maria (casada e mãe de uma filha), Rosa casada e mãe de um filho, (Deolinda casada, mas faleceu sem geração), Manuel (Sacerdote com a dignidade de Monsenhor), Madalena (casada e mãe de um filho), Abel (faleceu solteiro de acidente no Brasil, José (casado e mãe de uma filha); e o único irmão, o José, casou com Joana Oliveira, de Stª Marta que também conheci, e foi pai de Manuel casado para Santa Marta e pai de um casal de filhos, José casado com a prima Madalena e pai de um filho, o António casado para Vila Fria e pai de 2 filhos, a Rosa casada para as Neves e mãe de uma filha e filhos e o Avelino casado também com uma prima e pai de José Avelino, João, Manuel, todos casados e com geração e Abel que faleceu de acidente. Voltando atrás o primo Miguel, da casa do lado norte, estava solteiro. O Miguel resolveu casar aos 52 anos, com Maria Pereira da Cunha que, pelo que consta, a mulher não levava boa vida, ou sofria de depressões e deitou-se afogar no poço da casa, um dia em que havia uma feira em Vila Verde para onde estava o primo Zé da Vila e o marido, Miguel Francisco dos Reis, de bicicleta. A notícia do seu afogamento deu-se no fim da missa de Domingo. Toda a gente soube, pois era Domingo e havia muita gente na igreja.
O Miguel teve com ele o sobrinho de quem era tutor, o José Pitta Reis que era órfão de mãe, filho de Manuel Francisco Reis Júnior, seu irmão, casado em Darque com Rosa Pitta Bezerra; queria ele que este sobrinho casasse com a sobrinha Maria, filha da irmã Ana Ribeiro da Silva e seu marido António Rodrigues de Araújo Coutinho, o Cordoeiro, da Casa das Boas Novas. Foram infrutíferos os esforços feitos pelo tio Miguel com esse projecto e o sobrinho não teve outra solução senão abandonar o tio quando pôde para ir para Mato Grosso, no Brasil, e vir depois a casar com quem pretendia que era a Rosa Sá Freitas Lima, de Darque.
Por outro lado, o Zé do Cordoeiro, louvado de profissão, estava interessado em casar o filho João com a referida Maria, sua sobrinha em continuação com o pai dela e seu irmão, o António, o tio Miguel não estava muito pelos ajustes e como estava pesado de anos e queria alguém que lhe fizesse companhia procurou então o casamento da sobrinha Maria com o primo, António Rodrigues Vaz Coutinho, filho dum irmão do pai, do Alexandre, tio também da referida sobrinha e os dois foram viver com ele. No entanto, ele morreu pouco depois, em 19 de Agosto de 1922. O Miguel fez testamento a favor de A. R. V. Coutinho e Maria Ribeiro da Silva Coutinho. Foram testemunhas o pai do Zé da Vila e o Zé da Vila.
1- O Manuel Francisco dos Reis faleceu cedo. A mãe, Maria Rodrigues, isto é, a esposa fez testamento, em 1856, a favor dos 4 filhos ainda vivos o Manuel, o António, a Maria e o João. Ficaram 50 missas pelo filho Pe. Jerónimo e 10 missas pelo tio Manuel Francisco da Rocha.
O Manuel, casado e em sua companhia, o António casado nesta freguesia, a Maria casada para Vila de Punhe com José da Silva Quintas e João Francisco dos Reis, casado para Viana, e como avó do Jerónimo que foi casar em Vila Franca e andava a estudar para Padre, deixou-lhe um campo para o património. Faleceu a 29 de Outubro em 1863, neste lugar da Namorada, com 81 anos. O João ficou tutor do irmão Jerónimo (o que foi para Vila Franca) quando morreu o pai, pois tinha apenas 17 anos.
2- O Manuel Francisco da Rocha, solteiro, fez testamento a favor dos filhos da irmã, casada com António Francisco dos Reis, apenas excluindo o sobrinho José, ausente na Galiza, por ser um sobrinho muito rebelde e ingrato e àqueles sobrinhos que se opusessem a esta condição. Deixou as casas em que vive e o dinheiro dividido por todos.
À vizinha Maria Rodrigues, mulher de José Afonso Forte deixou 50.000 reis de esmola, à Maria Miranda, mulher de João Ribeiro Gomes, 30.000 reis, à Criada, Senhorinha Rodrigues à conta da soldada 130.000 reis, à Criada Maria Gomes, 70.000 reis e uma leira da "Virinha", no lugar de Ferrais com obrigação de dar 1.200 reis à Senhora do Terço, da Capela do Espírito Santo, de Barcelos. No testamento exige que lhe sejam celebradas 615 missas e um ofício de 50 padres (1818).
3- O António Francisco dos Reis exigiu por testamento 3 ofícios de 7 padres, no funeral, no 30º dia e no ano e 228 missas: por sua alma (150), pela mulher Maria Rodrigues, sogra Maria Rodrigues, cunhada Joana Rodrigues, tia Joana, e tia Teresa Rodrigues, os pais - Gaspar Francisco dos Reis e Teresa Lourença e o terço ao filho Manuel Francisco dos Reis que vivia com uma demente. (1816).
4- O Miguel casou aos 52 anos com Maria Pereira Cunha, em 1912.
A Maria Rodrigues dos Reis nasceu em 1782, faleceu em 1863, com 81 anos, filha de João Gonçalves Rato e de Maria Rodrigues dos Reis, moradora no lugar da Namorada, a nossa casa.
O Manuel Francisco dos Reis compra uma casa pequena a José Barbosa e Joana Alves Correia que possuía na esquina do lugar por 18.000 reis.
O Miguel comprou o Souto d'Abade em 1910.   



sábado, 25 de fevereiro de 2017

A CASA DOS CORDOEIROS --------Apontamentos de há alguns anos


A CASA DOS CORDOEIROS
                                                                                         Apontamentos de há alguns anos
A Casa dos Cordoeiros foi sempre conhecida como uma grande casa da terra. Os Cordoeiros eram muito conhecidos, uma casa forte e rica.
Dizem que tinha a ver com uma cordoaria, mas também consta que esta família recebeu o nome de “Cordoeiros” por se dedicar ao contrabando de cordas espanholas que vinham de barco pelo mar, subindo o Rio Lima até ao poço Tranquinho, onde a mercadoria era desembarcada e depois negociada...
O Cordoeiro deveria ter nascido em 1699, na casa onde hoje vive o Francisco do Cordoeiro. Aí viveu o Manuel Alves Cordas e só em fins do séc. XVIII, os Coutinhos chegaram a Mazarefes. Seria alcunha? Deixando a alcunha “Cordoeiros”, naturalmente ligada ao negócio de cordas, vindas ou não de Espanha, de contrabando ou não, o que é certo é que esta casa é a Casa dos Coutinhos e os Coutinhos chegaram a Mazarefes vindos de Alvarães, de Vila de Punhe, de Vila Fria e de Darque. No entanto, os actuais Coutinhos são todos Cordoeiros, na sua origem de Alvarães…




A Casa dos Cordoeiros da Capela apareceu depois, ou porque desenvolveram o negócio e se fizeram mais ricos ou por outro motivo que se desconhece.
O negócio das cordas foi anterior e veio de outras famílias. Já referi o Manuel Alves Cordas, e outro, é o Manuel Luís Gandra, o Cordoeiro, que casou em Mazarefes, em 1838 com Rosa, filha de José de Araújo Coutinho.
Os Coutinhos que hoje existem vão todos entroncar no casamento de Domingos de Araújo Coutinho, de Vila de Punhe, com Josefa Soares, de Darque. O filho deste casal, José de Araújo Coutinho, foi o “Cordoeiro” por excelência, pois possuía uma Cordoaria em Viana, tendo grande sucesso neste negócio. Casou em 1802, com Maria Rodrigues, filha de Francisco Rodrigues de Carvalho e Teresa Rodrigues, das Boas Novas. Deste matrimónio nasceram 9 filhos, a Maria (1804), o Manuel (1807) foi abade de Tenões, em Braga, e um benfeitor da Caridade e do Lar de Santa Teresa, em Viana, o Francisco (1810), Alexandre (1813), a Ana (1815), Rosa (1816), Ana (1820), Inês (1822) e José Rodrigues de Araújo Coutinho (1826).

O Francisco casou com Teresa Rodrigues, filha de Francisco António de Matos e Teresa Rodrigues. Foi pai de 7 filhos: O José de Araújo Coutinho (1835), o Manuel (1835), a Maria, a Ana (1840), a Inês (1842), a Teresa (1844) e a Rosa (1847).. O José foi Padre. Foi ao Brasil, celebrava na Capela das Boas Novas, tendo sido autor da reconstrução da Capela de S. Simão, no Lugar da antiga igreja paroquial. Foi Pároco de Mazarefes, tendo falecido em 1892.

O José ficou em casa e casou com Maria Rodrigues do Rego (de Anha). Este José Rodrigues de Araújo Coutinho não era negociante de cordas, nem fabricante delas. Era negociante de milho e fornecia Viana. Fazia os seus negócios nos Concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima. O transporte era feito em barco. Morreu muito novo, aos 35 anos, depois de uma coça que lhe deram nos Arcos. Morreu em casa, em Mazarefes e deixou viúva a Maria Pinta, de Anha (Maria Rodrigues do Rego).
Esta viúva foi madrinha do padre José Gonçalves Damião, seu bissobrinho, neto  materno de Rosa que casou para Darque com José Alves de Araújo e filho de uma Ana. O José e a “Maria Pinta” tiveram 5 filhos: o António (1866) que casou com Ana Ribeiro da Silva, da Casa dos Brasileiros e que ficou em casa; o Alexandre (1855) que casou para a Conchada com Maria Rodrigues da Torre, o José (1856), escrivão de direito, que casou com Maria das Dores, em 1880, filha de João Francisco dos Reis,da casa dos brasileiros que casou em Viana com Maria das Dores Araújo; o Manuel (1849) que era lavrador e casou com Rosa Ribeiro, filha de José Pereira Pinto e Teresa Ribeiro, em 8 de Dezembro de 1871, para a Casa da Castela de Cima ou Castela da Estrada.
A Inês casou em 1851, com Manuel Maciel, de Forjães, filho de Manuel Maciel e de Joana Rodrigues Lima. Foi mãe de dois filhos, tendo um deles sido padre (deixou geração!).


ALEXANDRE
Era lavrador e teve 10 filhos, de sua mulher, Maria Rodrigues da Torre, a Morgada, muito rica, (dos Piscos do Monte, primos dos da Regadia, daí o apelido “Vaz”), a saber:
1 - JOSÉ (1886)  -   casou com a irmã do Zé da Vila, sua prima carnal, e foi pai de 8 filhos:
Manuel - Padre com a dignidade de Monsenhor.
Madalena -  casou com o primo, filho da Casa da Vila e deixou um filho (Manuel).
Emília -  casou com Casimiro Araújo e é mãe de duas filhas (Mª Clara e Cecília).
Maria -  casou com António Alves Pereira, mãe de uma filha Rosa, conhecida pela “Rosinha”.
Deolinda - casou com o José Pitta e morreu nova sem filhos.
Rosa -  casou com o José Pitta, viúvo, seu cunhado. É mãe de um filho (José).
José -  casado com Eulália, de Sta. Marta e pai de uma filha  (Rosa). A Rosa casou com Manuel Coutinho de Araújo e é mãe de de Bruno e Carina.
Alexandre – emigrou para o Brasil, onde estudou medicina. Morreu no Recife, esmagado, quando, de moto, ultrapassou um carro.
O José foi Presidente da Junta e Presidente da Casa do Povo.

2 - MANUEL (1888)  -  emigrou para o Brasil onde casou com uma alemã de nome Elisabeth. Não tiveram filhos.

3 - PRIMO (1891)  -  morreu em criança.

4 - DEOLINDA (1893)  -   casou com o primo carnal José de Araújo Coutinho, tio do actual Francisco do Cordoeiro. Teve os seguintes filhos:
Rosinda -   casou com Manuel Sampaio de Anha e foi mãe de duas filhas (Florinda e Fátima). A Florinda casou com José Faria e é mãe de Nádia, José Miguel, Raquel e Cristina; a Fátima é casada com Armindo Silva e é mãe de Rosa, Armindo e Ana  Rita. É a Fatima que vive na casa  que foi de seus avós.
Rosa   -  casou com o Manuel Vaz Rodrigues de Araújo (Catrino) da Regadia, e é mãe de 5 filhos  (Artur Claudino, Abel, Maria da Conceição, José,  Manuel, e Maria Olívia). O Artur casou com Maria Helena Rocha e é pai de Filipa: o Abel casou com Maria de Fátima Pinto e é pai de Abel Filipe; a Mª da Conceição casou com Manuel Costa e é mãe de Paulo e de Diogo; o José casou com Rosalina Maltez e é pai de Ricardo e Patrícia; o Manuel com Rosa Coutinho e é pai de Bruno e Catarina; e a Maria Olívia faleceu em 10/04/1969.
José  -  casado no Brasil com Isaura Henriques e pai duma filha, de nome Jussara.
Maria -  casada com José Vaz e mãe de 2 filhos  (Ana Maria e José)
António   -   casado com a Conceição de Anha e com 5 filhos
Abel  -   O Abel foi viver para a Casa da Maria das Dores, casada em Vila Franca e sem filhos. Ele casou com Mª Olívia Rocha, de Santa Marta, é pai de Alberto, solteiro; de  Maria de Fátima, casada com Filipe Pires e mãe de Pedro e Sara.
Manuel   -  casado com Conceição Araújo, da Regadia. Não tem filhos

5 - ANTONIO (1896) -  casou com a prima carnal Maria Ribeiro da Silva, e foram para a Casa dos Brasileiros herdar os bens do tio Miguel Francisco dos Reis, irmão da mãe da Maria. Foram pais de 2 filhos:
Manuel  -   casou com a Deolinda do Monte e foi pai de 3 filhos: o Artur  (padre), o Abel (engenheiro mecânico) e a Maria do Céu (doméstica).
Maria de Jesus  -  casou com 18 anos com Abel de Sá Portela, de Barroselas, para onde foi viver. Não tiveram filhos.
6 - ABEL (1898)  -   morreu jovem depois de ter lido a Bíblia e com perturbações por não compreender alguns dos seus textos.
7 - MARIA (1902)  -  casou para Anha e morreu sem filhos
8 - ROSA (1904)   -   morreu solteira e sem filhos.
9 - MARTA (1906)  -   casou com Joaquim Alves Coutinho, de Alvarães, tio do Pe. Dr. Jorge Peixoto Coutinho. A casa onde viveu era do chefe e fundador da Banda do Carvalho. Num ano, em 25 de Julho, quando regia a banda na festa de S. Silvestre, em Cardielos, viu a sua casa de Mazarefes a arder, pelo que desanimou, vendendo-a a alguém a quem o Alexandre (pai da Marta)  a comprou. A Marta  foi mãe de 5 filhos:
Deolinda -  casada com o Joaquim Araújo de Anha, pais de 2 filhas (Mª Isabel e Mª Deolinda).
Manuel  -  casado com Rosa Rocha Alves, de Deão, a viver em Vila Franca e com 8 filhos (Elsa, Maria da Conceição, Ana Margarida, Duarte, José Alberto, Hernani Manuel, Maria Emília e Maria do Sameiro).
Maria  -  casada para Alvarães e mãe de 3 filhos (Mª Conceição, Mª Manuela e Manuel)
Cândida  -  casada com Manuel Rodrigues, de Durrães e sem filhos
 Augusta  -   casada com Joaquim Lourenço e com 2 filhos.

10 - CONCEIÇÃO (1909)  -  casou para Vila Fria com Alfredo Lima, dos Caroças e foi a última dos irmãos a falecer, em 1999. Foi mãe de 4 filhos:
Alexandre - Coronel de Cavalaria, casado com Isabel Ribeiro e com 2 filhos (Mª Alexandra e Gonçalo)
Augusta -  Casou com António Rego e tem 2 filhos (Anabela e Carlos)
Cecília  -   casada com  Eugénio Rocha, de Vila Franca e com 1 filho (Rui)
Manuel   -   casou com Mª Júlia  Arriscado, e Portela Suzã, e teve 4 filhos (Carlos, Vítor, Alfredo e Mª Isabel). 


ANTONIO
 O António era lavrador tendo casado com Ana Ribeiro da Silva, da Casa dos Brasileiros. Ficou na casa paterna e teve também 10 filhos, a saber:
1 - ANTÓNIO (1890) – morreu criança
2 - ANTÓNIA (1890) – Morreu criança
3 - MARIA (1891)  -   casou com o primo carnal António e foi para a casa do tio Miguel, da Casa dos Brasileiros.
4 – ANTONIO (1894)  -  morreu criança.
5 - ROSA (1896)  -  ficou em casa até à morte da mãe tendo casado António Correia. Foi mãe de:
Elvira  -  casada com Floriano de Vila Franca e mãe de 3 filhos (Alfredo, António e Sara). O Alfredo casou com  Anabela Miranda e tem uma filha chamada Carolina. O António casou com  Ana Paula Talina e é pai de duas meninas: Ana Francisca e Maria; a Sara casou com Manuel Joaquim Piedade e é mãe de Sara Beatriz.
Maria -   casada com Constantino Liquito e mãe de 3 filhos  (Luís António, Cecilia Mª e Carlos - falecido de acidente, em 1985).
Idalina  -   casada com  António Coutinho de Carvalho e mãe de 3 filhos (Mª Manuela, Anabela e José António) A Manuela casou com José Páris; a Anabela casou com João Carlos Martins.
    6 - JOSE (1898)  -  Ficou inicialmente em casa, mas morreu muito novo, com uma pneumonia, talvez provocada por excessos de zelo e trabalho com o moinho que foi do Santa Marinha.  Este moinho é hoje de Albina Carvalho, viúva de José da Silva de Oliveira Reis, e conhecido pelo nome “Fonte dos Anjinhos”. Como acima se refere, o José morreu cedo, mas ainda foi pai de 4 filhos:
António  -  casado com Olívia, de Vila Franca. Não teve filhos mas herdou a Casa  de seu avô António.
Manuel  -  casado e com 2 filhos: O José e a Ana Maria. Faleceu em 2000, na África do Sul. O seu filho José tinha morrido já  fulminado por uma faísca.  Laurinda -   casada com Bernardino Jácome, de Vila Franca, e mãe de 2 filhas: a Elvira e a Albertina. A Elvira casou com o Agostinho Manso e tem 2 filhos: o Fábio e o Adolfo. A Maria Albertina casou com Adolfo Azevedo e foi mãe de 2 filhas (a Sílvia, jovem estudante que morreu de um acidente de carro e deixou um testemunho religioso muito forte e a Ariana)
Elvira  -  casada com Bernardino Pequeno e com 4 filhos: . Augusto, Manuel, Maria do Céu e Emídio.
7 - LAURA (1902)  -  casou para Anha, com António Silva, e teve 5 filhos
Rosa  -  casou com  Manuel Faria,  sendo mãe de 3 filhos  (Alzira, Judite e António Manuel)
Manuel  -   Emigrou para França, tendo casado com Maria Pintado, de quem teve dois filhos (Filipe e Isabel). Mais tarde enviuvou tendo casado segunda vez com Anie, de nacionalidade
Maria  -  ficou solteira
António  -  Tirou o curso do Magistério Primário mas acabou por emigrar para França, onde casou.  Além de um filho deste casamento, tem uma  filha em Portugal, que vive em Anha  (Mª da Luz).  
Lucinda  -   casada com José Marinho e mãe de 3 filhas (Rosa Maria, Lúcia e Mª Helena).
8 - ANTONIA (1903)  -   morreu criança,
9 - ALBINA (1904)  -   morreu cedo.
 10 - ALEXANDRE (1905)  -  morreu cedo.
 11 - ANA (1907)  -   casou com Alfredo Correia, irmão do cunhado António Correia. Teve uma filha, de nome Maria, casada e com dois filhos. Vivem no Barreiro.

MANUEL
Casou com Rosa Ribeiro, em 1871. Teve 4 filhos.
1 - FRANCISCO - casou com Teresa Maciel de Matos, de Castelo de Neiva, filha de Francisco António de Matos e de Antónia da Piedade de Passos Pereira Maciel e madrinha da Antónia Rodrigues de Araújo (Catrina), vindo para a Casa da Castela de Baixo.
2 - JOSE - foi Padre e Prior de Anha, imprimindo ao seu trabalho tal carácter e dignidade que ainda hoje se fala com saudade do velho Prior d’Anha. Consta deste prior que, na República, celebrava missa com a pistola sobre o altar!... Em 1950 celebrou as Bodas de Ouro Sacerdotais, pois tinha sido ordenado em 25.03.1900.
3 - ROSA (1885) - casou em 1910 com um irmão do Abade Francisco António de Matos e ficou na Casa da Castela da Estrada. O marido chamava-se António Francisco de Matos e foram pais de 4 filhas: Maria, Cecília, Ermelinda e Emília.
Maria  -   casada com António Cunha e mãe de 4 filhos: Marina, José Maria, Cecília e Manuel.
Cecília  -  casada com Cândido Carriço e sem filhos
Emília  -  casada com o Avelino Pita indo residir  em Vila Fria e mãe de 4 filhos
Ermelinda  - casada com Torcato Coutinho, em Anha foi mãe de uma filha.
4 - DOMINGOS  -  O Domingos, conhecido por Domingos do Pinto (da Igreja), por ser irmão do Prior d’Anha e era também  “Pinto” por ser neto do José P. Pinto. Casou com a Emília, que era irmã do Padre João Matos, de Vila Franca, e do Dr. João de Matos (o homem do Estádio Vianense).

JOSÉ
O José foi Louvado, Juíz de Paz e escrivão de direito. Casado com Maria das Dores Araújo (irmã do Manuel da Vila, pai do Zé da Vila e avô do Avelino da Vila), de Viana, filha de João F. dos Reis e Maria das Dores Araújo. Do casamento resultaram os seguintes filhos: a Maria (1881), a Rosa (1883), o João e o José (1888), o João (1890), a Ana (1893), a Emília (1897), o Manuel (1901)
Maria  -  casou para Vila Franca e não teve filhos.
Rosa  -   casou com Manuel Rodrigues de Araújo (Catrino) e foi viver para a casa junto do Cruzeiro. Foi mãe de 3 filhos (Maria, Manuel e José). O Manuel que ficou solteiro; o José que casou na Argentina com Helena, uma Portuguesa e teve dois filhos, um falecido e o Sérgio; a Maria, conhecida pela Quinhas dos Catrinos que morreu cancerosa e relativamente nova, casada com um primo, o Francisco Coutinho de Carvalho e mãe de Fernanda, Avelino, António,  Manuel, Sara e Elisabete que faleceu com 3 meses. A Fernanda casou com João Manuel Gonçalves e é mãe de Bruno e Hugo; o Avelino com Olívia de Barros e é pai de Raquel e Ana; o António Alberto é solteiro; a Sara casou com Manuel Jorge e é mãe de Marta; o Manuel António gémeo casou com Rosa e sem filhos.
João  -   morreu de doença.
José  -   casou com a prima Deolinda, filha do tio Alexandre da Conchada e viveram na casa conhecida pela “Casa da Tia Deolinda”,  por a ter recebido do pai que a tinha comprado ao irmão Francisco, falecido na Maia.
João  -   casou com a Emília das Deiras, irmã de João Rodrigues Carvalho, ou seja, com uma cunhada da irmã Emília. Tiveram 8 filhos (Francisco, João, Dores, Emília, Ana, Gracinda, Maria e José).
O Francisco ficou em casa, casando com uma Alice Taborda Jácome de Vila Franca e é pai de: João, Albertina, Maria das Dores, Maria de Lurdes e Fernanda). O João casou com Fátima Afonso de Fafe e tem 3 filhos: João, Patric e Filipe; a Albertina casou com Joaquim Barreto e é pai de David; a Maria das Dores com Manuel Costa, de Barcelos e  é mãe de Michel e Filipe; a Maria de Lurdes com José Augusto Ribeiro e é mãe de Sofia e Paulina; e a Fernanda, casada com Carlos Vieira de Valença, é mãe de Susana e Daniela.
 a Dores  casou com Manuel Rocha, mãe de Avelino e José Jorge);
o João  casou para Vila Fria com a prima Lurdes de Deão é pai de Nazaré, Maria, José João);
a Emília casou para Vila Franca,
 a Ana  casou com José Liquito e é mãe de Isabel e José;
 a Gracinda casou com Graciano Forte e é mãe de Manuel e Maria Olívia.
 a Maria morreu sem filhos depois de ter casado com Luís Viana de Sabariz ( o Judas),
o José com Deolinda do Rego de Anha para onde foi viver e é pai de José, António, Maria Luísa, Maria Olívia.
Ana - casou para Deão com João Alves Pedra. Deste casamento nasceram 7 filhos: Manuel, Maria, Emília, Ana Francisco, João e Lurdes. A Maria – Casou com Eugénio Silva, Major, e foi mãe de 5 filhos: Isídro, Eugénio, Odete, Marília, e Elisabete. A Emília casou com Adriano Carvalho  e é mãe de 5 filhos: Ana, João, Joel, Jandira e Zulima. A Ana casou com José Rocha e é mãe de 5 filhos: Eugénio, Agostinho, Ana Maria, Agonia e Leonel que casou com Isabel Fernandes e já tem uma filha – a Síntia. O Francisco casou com Maria do Céu Ramos, de Vila Flor,e tem 2 filhos: A Marisa e a Denise. O João casou com Rosa Carneiro e não tem filhos. A Lurdes casou com João Coutinho e é mãe de 3 filhos: Maria, Nazaré e José.

Emília  -  casou com o primo João Rodrigues de Carvalho, conhecido por “João Deira”, e foi mãe de 4 filhos (Francisco, Luzia,  António e João). O Francisco vai para os Catrinos e tem filhos; o António para os Cordoeiros por casamento com a Idalina, neta de Ana Ribeiro da Silva, da Casa dos Brasileiros e tem 3 filhos:  e a Luzia casa com Avelino Reis da antiga  Casa dos Brasileiros, conhecido pelo Avelino da Vila e é pai de 4 filhos. O João ficou na casa e casou com Maria Dias e é pai de 2 filhos: Paulo e Carlos.
Manuel  -  Emigrou para França. 
 e o Francisco (1852) que fez teologia no seminário e tendo abandonado os estudos casou com uma fidalga Alpoim, de Vila Fria. Foi morar para o Porto, pois era chefe de finanças em Rio Tinto, onde faleceu, em 1906. (?)

FRANCISCO
Foi conhecido por “O estudante” porque estudou para Padre. Chegou a Teologia. Não acabou os estudos e fez-se escrivão de direito. Casou com Rosa Cândida Alpoim da Silva Menezes, fidalga de Vila Fria, em 23/11/1882. Faleceu em Rio Tinto em 1906 com de um casal de filhos Vila de Barreiros da Maia. A filha, segundo dizia Monsenhor Vaz Coutinho, teria casado em Inglaterra com um na filho de D. Carlos. Na altura era Chefe da Repartição de Finanças, sendo tão bem conceituado que todo o comércio da Vila fechou na hora do seu funeral. Qual o nome da filha  não descobri. Um filho de nome António foi baptizado em Mazarefes no ano de 1884. Foi o Francisco que construiu a casa onde depois habitaram os sobrinhos: Deolinda, filha do irmão Alexandre e o José, filho do irmão José, que se haviam consorciado. A referida casa passou para eles depois de ali ter funcionado uma Escola e de ter sido comprada pelo irmão Alexandre. Foi o irmão Alexandre que comprou a casa para a dar à filha. Hoje habita nela a Fátima, neta da Deolinda e filha da Rosinda, portanto bissobrinnha do Francisco.
Os Cordoeiros nunca tiveram entre os irmãos as melhores relações. O José, Louvado, casou com uma irmã do Manuel da Vila, o António casou com uma irmã do Tio Miguel Brasileiro, o Alexandre casou com a “Pisquinha”, Maria Rodrigues da Torre, filha do Zé do Pisco do Monte, José Rodrigues Vaz, era a Morgada...para não haver “colheres a partir” ficava tudo na casa.
Assim já tinha sido com os seus antepassados e assim continuava... e os Cordoeiros recolhidos no seu orgulho de serem quem eram, ricos... o Alexandre, por ter casado com a Morgada, a mais poderosa em teres e haveres, nunca “passou cartão” aos outros irmãos. Tudo bem, mas...havia sempre um senão...que alguns percebiam como “não passar cartão”, por isso nem os irmãos, nem os primos se davam lá muito bem...
As coisas agravaram-se com o casamento do António, filho do Alexandre com a Maria, filha do António Cordoeiro porque o pai da Maria e o irmão José procuravam outro casamento para engordar riqueza reunida na casa dos Brasileiros, mas o Alexandre, isolado e perspicaz, conseguiu que o filho vencesse na conquista da amada, sua prima carnal, retirando-a ao primo João do Cordoeiro, desfazendo os projectos dos Tios José e António.
O Bisavô António do Cordoeiro não gostou nada e nunca mais o tio-sogro e o sobrinho-genro se deram bem… Aí as zangas foram mais manifestas e talvez o equilíbrio estivesse na atitude do Louvado, o José do Cordoeiro, que não ligou grande importância, ou pelo menos, não o manifestou.
Todos os Cordoeiros sempre foram homens de dinheiro e o Bisavô António manteve também essa hegemonia. Nunca deixou a chave por mão alheia e, hoje, a casa já não está na mão da família. É da viúva do “António da Capela” seu filho, que não deixou geração. Esta casa é a nova porque para mim os Cordoeiros velhos eram da casa mais acima, a casa onde hoje vive o Francisco do Cordoeiro, a Casa do Alambique.