AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

terça-feira, 26 de junho de 2018

Alberto Fernandes Dias


Alberto Fernandes Dias
 
Alberto Fernandes Dias a partir de 22 de Agosto de 1938, em Santa Marta de Portuzelo, filho de Manuel Ribeiro Dias e Luiza Fernandes Gomes, irmão de mais 5, mas nesta data, só 4 estão vivos, todos casados e com geração.
O Alberto na Escola primária de Santa Marta, fez a 4ª classe. A partir dai partira para a Arte de trolha. Trabalhou e gostava muito de trabalhar em estuque.
Deixou trabalhos feitos em Mazarefes, Viana do Castelo, França, Itália … por esse mundo fora, dizia.







Saíu de casa aos 16 anos e começou a namorar em Viana com a criada do Silva, fogueteiro. Casou na Meadela com 21 anos com Estela Rebolo de quem teve 4 filhos: Avelino Alberto, Conceição, Maria Luísa e o Rui, todos casados e com filhos, alguns dois já com netos.
Faleceu-lhe a esposa em 1957 e vive com Lina Manso.

Maria Etelvina de Araújo Sampaio


Maria Etelvina de Araújo Sampaio

Maria Etelvina de Araújo Sampaio desde 24-04-1955, filha de António Figueiredo Sampaio e de Maria Luísa Araújo Tinoco, nascida em Monserrate. Frequentou a Escola da Avenida e fez a 4ª classe. Aos 13 anos foi trabalhar na Fábrica dos Tapetes, na “Areosa”, na Somartis. Eram 20 irmãos e a mãe chegou a ir ao Presidente da República, a Lisboa para receber um prémio devido a ser uma família numerosa. Dois irmãos já faleceram e dois gémeos morreram ao nascer. 
Na fábrica o que ganhava dava à mãe, era dos irmãos, a mais velha. 





Conheceu o marido, pescador, quando trabalhou na fábrica, com quem namorou e casou. Ele chamava-se José Luciano Passos Araújo e dele teve três filhos: José Manuel, António Manuel e Marco Paulo; todos casados e com geração. Tem seis netos.
Ao casar deixou a Somartis e o marido quis que tomasse conta dos filhos. No entanto, devido ao falecimento do marido com 51 anos e os filhos ainda eram menores lançou-se a procurar trabalhos no peixe e em limpezas. Passou muito, mas graças a Deus, tudo ultrapassou e os filhos estão bem na vida, têm o suficiente e tem uma neta na universidade.
Apesar de tudo, ainda teve coragem para receber uma menina com 10 meses de uma família desestruturada que a tem como filha. Hoje tem 31 anos, casada e com um casal de filhos. Nunca recebeu ajuda do estado para a educar, alimentar e dar-lhe o aspeto próprio de uma mãe. Ela chamava-lhe mãe e, de facto, a teve como filha. Também os filhos a têm como irmã, como as cunhadas. Ainda hoje é assim.
Viveu sempre na Ribeira até há catorze anos. Veio para a Bandeira, onde o filho mais velho lhe arranjou a casa.
Foi sujeita a uma cirurgia e começou a frequentar o Centro de Dia.
E apesar de tudo é muito feliz com a família que tem em casa e no Centro de Dia.

Maria Filomena Gonçalves Leite

Maria Filomena Gonçalves Leite

Maria Filomena Gonçalves Leite nascida em Santa Leocádia a 10 de janeiro de 1939, faz parte do Centro de Dia. Fez a terceira classe na escola da terra natal. Era filha de João Leite Lima e de Rosa Gonçalves Lima. Tinha 8 irmãos, mas uma morreu ainda pequena, em 1950. Todos os irmãos casaram, mas dois já faleceram; só um irmão não teve filhos. Depois de sair da escola andou com o gado, e também à soga dos bois apostos ao carro. Como o pai era pedreiro, ia a pedreira buscar pedra para fazer muros e casas até aos 23 anos, quando se casou com o José Gonçalves Torres.
É mãe de três filhos: Amadeu, Assunção e Frenando, todos casados e com filhos. É avô de 7 netos e já tem 3 bisnetos, mas um deles faleceu num dos hospitais do Porto, onde nasceu e foi batizado.












Sempre trabalhou, depois de casada, na agricultura. Arriscava tudo como qualquer homem de trabalho.
Hoje passa o tempo no Centro de dia de Nossa Senhora de Fátima, participando nas atividades com os colaboradores, lendo jornal, a Bíblia e conversando com os colegas, mas como ouve um pouco mal, às vezes evita conversar. Gosta muito de sair nos passeios do centro, da convivência em geral dos colaboradores, assim como da alimentação que, nem sempre sai igual, como acontece nas nossas casas. Come dieta porque se encontra doente e já fez 10 cirurgias gerais.
No entanto, confessa que é feliz com os filhos e com os netos, de um modo particular com a filha que é com quem vive diariamente.


Sempre foi uma mulher feliz mesmo sem o marido há 17 anos. Os males de saúde vai-os vencendo um vez melhor, outra vez pior.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

VIAGENS E PEREGRINAÇÕES


VIAGENS E PEREGRINAÇÕES


*Complementar a formação que é ministrada a nível Paroquial no CPF e noutros espaços criados para debate ou formação da consciência crítica sobre a problemática doutrinal e tecnológica do mundo actual.
*Promover a cultura material e espiritual dos paroquianos, em geral, e dos amigos.
*Criar espaços de relação e inter-relação entre as pessoas, de descontração e de elevação ao transcendente, que conduza ao diálogo e à paz entre culturas e civilizações diferentes.
*As viagens e as Peregrinações têm sempre como objectivo a promoção da perspectiva cristã do nosso trabalho e para além do enriquecimento cultural, também visam fomentar a aproximação de pessoas, levando-as a relacionarem-se fraternalmente e ao enraizamento de amizades, ponto que tem sido muito valorizado a nível pastoral.

Quanto às peregrinações S. Paulo dizia:
“Desejo partir para estar com Cristo”  (Fil. “ 23) - esta ansiedade de S. Paulo, convertido à fé, deve ser agora a nossa ansiedade. O nosso coração crente é um coração sereno e inquieto porque embora seja Cristo que vive em nós, é preciso partir para o encontro pleno com Ele é...
            Esse encontro devia realizar-se num santuário. Claro que não em nenhum santuário deste mundo, mas no santuário celeste, o da “Jerusalém Celeste”. Só esse Santuário é o fim, o verdadeiro ómega de todos os santuários.
            Nesse sentido, todos temos que partir e, ao mesmo tempo, deixar que Cristo “permaneça na carne”, para que nesta caminhada de peregrinos de Cristo, Cristo apareça pelo testemunho da nossa vida.
            Somos, por natureza, um povo peregrino e é rico peregrinar... Por isso, em todas as religiões se fizeram e fazem peregrinações. Desde Abraão a Jesus Cristo, desde Jesus Cristo até à parusia, peregrinamos com a virgem Etéria.
            Como oportunidades fortes de espírito peregrino, organizamos viagens aos Santuários deste mundo, mas não como meta final, pois caso contrário estaríamos a negar o que Cristo disse à Samaritana :
“...vai chegar a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai... Os verdadeiros adoradores hão-se adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja” (Jo 4-19s).
            Nesta experiência de peregrinação organizada aos santuários deste mundo, à procura de serenidade, de paz e de um encontro cada vez mais íntimo e forte com Cristo, temos ido a vários lados : Fátima, Lourdes, Covadonga, Macarena, Sta. Teresa de Ávila, Lisieux, Roma, Assis, Terra Santa, Sinai, Grécia, etc, repetindo a maior parte delas, sobretudo Fátima, Covadonga, Lourdes e Roma, onde temos ido todos os anos.
            Nelas procura-se dar ao Homem o sentido do seu próprio viver, o porquê da sua caminhada, a descoberta do sentido genuíno de todos os valores humanos sobrenaturais, a descoberta do carácter passageiro de tudo quanto é terreno, sobrepondo o espiritual ao material, dando vida àquilo que parece sufocar o espírito da alegria, da paz, da esperança, do profundo sentido de caminhar. 
            É assim que muitos conseguem em peregrinações encontrar-se com o homem novo, nascido do baptismo, através da oração individual e comunitária, de recolhimento, da audição e meditação da Palavra de Jesus, na celebração verdadeiramente digna da Eucaristia, na recepção pessoal do Sacramento da Penitência e nas relações fraternais com outros povos, outras gentes mais ricas ou mais pobres de outras dioceses ou paróquias, nas oportunidades que se oferece de interajuda.
            É claro que, como diz S. Gregório de Nissa por experiência própria, as peregrinações não são necessárias para a Salvação, nem foram preceituadas por Jesus Cristo, mas uma coisa é certa : podem ajudar nesta descoberta total de Jesus Cristo. Quantas pessoas vivem desagregadas de si mesmas e através de um encontro num lugar diferente, sereno e calmo, onde tudo inspira ao alto, desaparece a desagregação pelo encontro feliz consigo mesmas e com Deus.
Nestas actividades juntavam-se pessoas pessoas desde empregadas domésticas a professores universitários, médicos, arqueólogos, empresários, oficiais do exército, advogados e juízes. No fim muitos desconhecidos passavam a amigos como uma família se tratasse, e ainda hoje convivem. De uma comunidade heterogenia acabava-se numa grande homonageada.
            Alguma gente não acredita em milagres, e pelo sentido que lhes dão, também eu não. Mas, milagres há-os todos os dias. Para vê-los é preciso abrir os olhos de fé e o coração do amor.
            Nas nossas peregrinações têm sido notórios alguns “milagres”, pessoas que não praticavam que começaram a praticar. Alguns que, antes de chegar ao destino se preparavam para confessar e os resultados viam-se a partir daí e a partir do resto da vida.  Tantos o testemunharam e um deles foi o Rosa Araújo. Alguns já partiram, outros são vivos e há quem não se importe de testemunhar.

















Alemanha,15; Argentina,3; Bruges,1; Bruxelas,10; Brasil, 7; Ceuta,6; Chile,1; Cuba,2; Egipto,4; Escócia,5; EspAanha,29; Bélgica,Holanda,Alemanha,4; Suécia, 3; Dinamarca,3; Estónia,2; Évora,13; Fátima,46; Filândia,3; Noruega,2; França,17;Goa e Bombaim,1; Grécia,8; Holanda,10; Hungria,9; INDIA,2; India, Hong Kong, Macau e Cantão (China),2; Israel e Egipto,12; Italia com Roma, 39; Jugoslávia,6; Letónia, Lituana, Estónia 2; Licheinstein,4; Lituânia,2; Londres,10; Londres e Escócia,3; Lurdes e Andorra,25; Luxemburgo,11;  Macarena, Ávila e Sevilha,4; Macau,2; Madeira,4 ; Madrid, Salamanca, Tordesilhas e Ávila,13; Malásia,1; Malta,2; Marrocos,4; México,2; Mónaco,5; Mosteiro de Lorvão,2; Noruega,2;  Nossa Senhora de Fátima 42; Panamá,1; Paraguay,1; Pequim, Xangai, Nepa, 1; Perú,1; Polónia,2; Portalegre,3; Praga,7; Reino Unido,7; Roménia com Transilvânia,1; Roménia e Bulgária,1; Rússia,3; S.João de Arga,21; Salamanca,5; Santiago de Compostela,19; Serra da Estrela,37; Singapura,1; Malásia,1; Síria,1; Suécia,8; Suíça,9; Tailândia,2; Terra Santa,10; Trás-os-Montes,35; Tunísia,3; Turquia,11; Ukrânia,2; Uruguai,4; Venezuela,1; Várias viagens a todas as cidades e muitas vilas do País e de Espanha.


quinta-feira, 21 de junho de 2018

OS PORTUGUESES NA INDONÉSIA

OS PORTUGUESES NA INDONÉSIA

Francisco Serrão e António de Abreu, navegadores portugueses , em 1511 chegaram as ilhas Molucas, mas o poder militar dos holandeses que, desistindo de Timor, vieram no século XVII a dominar os nativos. O pouco tempo que os portugueses tentaram comercializar, foi o suficiente para deixar na língua Indonésia a sua influência em mais de um cento de palavras, sobretudo em Aceh e em Lamno, algumas palavras como: Kemeja (camisa),Noda (nódoa), Bendera (bandeira), Jendela(janela), Garpu (garfo), Keju (Queijo), Meja (mesa), Boneka (boneca), entre muitas outras. Dá-me muita satisfação ver que os portugueses por onde passaram deixaram marcas. Aqui na Indonésia constituíram família e dando origem aos indonésios de olhos azuis em Lamno e Aceh onde havia uma população de 500 descendentes de portugueses, assim se mantendo casando sempre dentro do mesmo bairro, ficando com o Tsumani reduzida a uma população de menos de 1/5.










Vi a indonésia de longe, da Malásia e de Singapura.
Na Malásia ainda existe um bairro de descendentes portugueses onde almocei com um grande grupo uma punheta de bacalhau que deve corresponder à origem dos portugueses quando lá chegaram.


Para além disso nas poucas igrejas cristãs onde encontrei encontrei nomes de portugueses e de origem portuguesa.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

29 anos de CEntro de Dia para a Rosa Reguengo


Rosa Rodrigues Reguengo







Rosa Rodrigues Reguengo nascida em 1936, filha de Avelino Fernandes Reguengo e Laura Rodrigues Maduro, na Abelheira.
Quando era pequena ainda via e foi perdendo lentamente a visão. É mão de um só filho, o Manuel casado, e avó de uma neta.
Faz 29 anos como utente do Centro de Dia, no qual ainda se mantém. Foi sempre uma pessoa activa apesar das dificuldades visuais, mesmo no centro de dia, com a idade e como é natural algumas limitações mais vão aparecendo, mas continua no Centro de Dia onde se encontra muito bem.
Os problemas que por ventura tenham aparecido nesta vivência de 29 anos considera-os como acontece em qualquer família, por isso “não lhe da relevo!”.
Gosta muito de cantar seja canções antigas do povo, sejam cânticos da igreja, onde já vimos quando participa em cerimónias religiosas e em cânticos particulares no Centro de Dia.
Por vezes, exaspera-se um pouco devido às suas limitações, parece cansada deste mundo, “mas Deus tem-me dado coragem para enfrentar a vida.
Gosta sempre da harmonia e paz entre os utentes do Centro de Dia e os colaboradores. Encontra-se em família e aqui passa o tempo. Já não é como era, mas como pode ser.

sábado, 9 de junho de 2018

MEMÓRIAS DA GRATIDÃO PARA ALÉM DOS 40 ANOS



MEMÓRIAS DA GRATIDÃO PARA ALÉM DOS 40 ANOS

Bispos nascidos em Viana do Castelo ou na região vianense foram muito mais que estes, pois a norte do Rio Lima, sabe-se pouco por ter sido território de outra diocese.

O território correspondente à Diocese de Viana do Castelo já fez parte da Diocese de Tui, de Ceuta e, por fim, de Braga.
Em Viana conservamos os restos mortais do Beato Frei-Bartolomeu dos Mártires e os restos mortais do primeiro bispo desta diocese, D. Júlio Tavares Rebimbas.
Temos dois bispos eméritos: D. Abílio Rbas e  D. Jose Augusto.
É difícil saber em pormenor porque muitos foram Bispos, a partir dos missionários, ordenados  também fora e faltam registo sobre a naturalidade.
Fiz uma pesquisa e cheguei aqui...mas prometo continuar, a não ser que alguém com mais tempo e mestria que o faça ou apareça a público, entretanto chego a esta conclusão:
Tentei apurar quais os  filhos desta região tivessem sido Bispos, segundo, Salgado Matos, dá conhecimento de 16, acrescentando o D. Manuel Carvalho, natural de Subportela e Bispo dos Açores, já falecido; o D. Joaquim Rodrigues Lima, da família “Novo” de Vila Nova de Anha, Bispo de Bombaim; D. Carlos Pinheiro, de Vila Praia de Âncora, já falecido; D. Abílio Ribas, natural de Soajo e Bispo emérito de S. Tomé e Príncipe; D. José Augusto Pedreira, nascido em Valença e Bispo emérito de Viana; D. Antonino Dias, natural de Monção e Bispo de Portalegre; e agora D. Pio Alves, natural de Lanheses - Viana do Castelo e nomeado Bispo Auxiliar do Porto, D. António Mendes de Carvalho, Ferreira - P. Coura, Bispo de  Elvas; António Mendes de Carvalho, Ferreira-P. Coura , Bispo de Elvas; D. António José de Sousa Barroso – Viana, Bispo na Índia e no Porto; D. Pedro, Conde de Viana , Bispo de Évora; D. Bernardo Ribeiro Seixas, V. N. Cerveira, Bragança; D. Baltazar do Rego, Viana do Castelo, Bispo em Angola; D. João Ribeiro Gaio, Viana do Castelo, Bispo de Malaca; D. Pedro, Viana do Castelo, Bispo de Faro e Porto; D. Frei António do Desterro, Viana do Castelo, Bispo de Rio de Janeiro; D. Vasco, Viana do Castelo, Bispo no Porto e Faro.

D. Antonino Eugénio Fernandes Dias, nascido em Monção, Bispo eleito para auxiliar de Braga em 21 de Janeiro de 2000 de Portalegre e Castelo Branco e nomeado titular das dioceses de Portalegre e Castelo Branco, por sua Santidade o Papa Bento de XVI em 8 de Setembro de 2008.








Com base em todos os clérigos e leigos de outros tempos se foi construindo esta Diocese a celebrar os 40 anos sob o tema da Gratidão.
A Gratidão dos vianenses chega a todos estes nomes referidos que construíram Igreja.
Para além do nosso actual Bispo, os Vigários Gerais que foram desta diocese: “Padre Daniel Machado de coração”, Cónego Carlos Pinheiro que foi nomeado Bispo auxiliar de Braga e o actual V. G. Padre Sebastião Pires Ferreira.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

António Fernandes Ribeiro



António Fernandes Ribeiro


António Fernandes Ribeiro desde o dia 11 de Dezembro de 

1931 frequentou a Escola de Barroselas, onde nasceu. Veio

 para Viana depois da 4ª classe para as Oficinas de Luciano 

Gaião, à Rua dos Manjovos e assim aprendeu a arte de 

serralheiro. Aos 14 anos matriculou-se na Escola Industrial,

 no Jardim D. Fernando, até ao 3º ano. Não acabou por 

causa de uma brincadeira de rapazes que não foi 

compreendida. Aos 17 anos foi para os Estaleiros. Começou 

a ganhar. No Luciano Gaião recebia 1$00 ao dia que hoje 

seria menos que um cêntimo.


Quando saiu do Gaião foi para o Começanha, à Rua do

 Poço, a ganhar 7$00 por dia, pouco mais de 3 cêntimos

 actuais.

Nos estaleiros ganhavam 14$00 por dia era menos que os

 actuais 7 cêntimos.

Morou sempre à Rua dos Manjovos até ao casamento com

 Júlia Jesus de Araújo, de Monserrate. Já se conheciam

 desde os 14 anos de brincarem na rua, rapazes e raparigas,

 à Maria escura, por exemplo.

Tinha 22 anos quando casou em Monserrate com a Júlia que

 tinha 20 anos.

Quando fizeram 50 anos de casados organizaram uma

 grande festa na Igreja de S. Domingos. Convidou a família

 toda e amigos.

A esposa só fez a terceira classe e frequentou a 4ª classe,

 mas não fez exame porque desistiu. O António Ribeiro foi 

para a França durante oito anos. Veio de França através de 

uma empresa “Ponticel”. E já não voltou, ficou em Portugal 

na empresa como sócio Mectube, mas falhou a sociedade.

 Na altura deixou e com um sócio e os filhos montaram a 

empresa Norimonte – mecânica, estruturas metálicas e

 tubagens industriais para fábricas, até à reforma aos 67 

anos.

A sua esposa era doméstica e deu-lhe 9 filhos: Isabel,

 Gorete, Rita, António (Tony) falecido com 48 anos, Walter, 

Ana Teresa falecida com 7 meses, Jorge e as gémeas Maria

 José e Diánia. Sendo a Júlia doméstica bem precisou do

 tempo para cuidar dos filhos, do marido e da casa.
..
 Ele e a esposa têm agora 11 netos e 4 bisnetos. “Graças a

 Deus que tenho a minha Júlia comigo”, disse ele estando a

 sua esposa ao lado.

“Encontro-me um pouco fragilizado por causa de uma gripe.”

 Assim reconheci na casualidade de uma visita de

 passagem. Uma grande família, uma grande nau, mas com

 a doçura de uma vida cumprida como pais e com a 

esperança de que nada faltará.


terça-feira, 5 de junho de 2018

Somos diocese que agradece Memórias da gratidão (corrigido)


Somos diocese que agradece

Memórias da gratidão

No dia 8 de Janeiro de 1978 D. Júlio Tavares Rebimbas, nomeado pelo Beato Paul VI que criou esta comunidade de Viana do Castelo, assumiu a Diocese de Viana do Castelo. Nesse dia de sol veio da igreja da Caridade acompanhado do Núncio, do Cardeal, bispos e sacerdotes, com uma multidão que se apinhava na passagem até engrossar junto à Sé Catedral. Foi o primeiro Bispo que pôs a Diocese a andar! Dizia ele: Isto vai!...





A repartição de bens materiais entre Braga e Viana do Castelo e os seus respectivos registos e também vieram para Viana. Pastoralmente começou a tomar iniciativas e a acompanhar o clero e os fiéis da Igreja de Viana, o que já foi um trabalho merecedor de que todos nós necessitávamos. A gratidão do povo deste distrito, que na celebração dos 40 anos o Bispo atual e os responsáveis da Diocese quiseram recebê-lo, já cadáver desde 1987 na nossa Sé Catedral como homenagem de gratidão. Foi o primeiro Bispo largamente experimentado como pastor do Algarve, e auxiliar de Lisboa de onde veio.
Sempre o admirei. Num dos Domingos seguintes à sua entrada em 15 ou 22 de janeiro, não posso precisar, em conversa com ele lhe fiz uma proposta; sem pensar em qualquer outra coisa, a não ser a celebrar as minhas missas na Serra D`Arga. Aceitou imediatamente. Lá foi ele com o Pe. Vergílio, estando em Dem às 7.30h para celebrar a missa das 8h e às 9.00h estava em Arga de S. João a celebrar para a Paróquia mais pequena da serra, assim continuou para celebrar às 10h em Arga de Baixo e acabar em Arga de cima às 11h. No final exclamou: “Isto é pesado!...”
O povo não estava preparado, mas foi calorosamente acolhido dentro da igreja por todos…É nosso dever, é nossa salvação dar graças a Deus Pai.
D. Júlio tinha uma a particularidade singular: ser mais próximo dos fiéis em gestos e linguagem.
Dêmos graças ao senhor, nosso Deus, por tão grande dom que nos concedeu, a Diocese e um primeiro Bispo.

Em 1982 entra D Armindo Lopes Coelho, por o nosso Bispo, o Arcebispo-bispo de Mitilene ter sido enviado para a Diocese do Porto, como que não bastando as 3 diversas experiência de Bispo.



D. Armindo Lopes Coelho também era próximo dos seus fiéis e dos seus padres, mas poucos se aperceberam da sua proximidade muito clara, sobretudo, fora do templo e em convívio com as pessoas. Usava até uma, fina e perspicaz piada e todos se riam, a bom rir, com ele.
Também com ele tive uma outra experiência que não mais  a esquecerei. Estava ao seu serviço de carro e a pé num dia do ano 1986 e em determinada ocasião senti a sua dor de alma, quando o vi emocionado e com lágrimas nos olhos. Pedi para se sentar e aí estivemos a descontrair até que começasse, de novo, a rir.
Embora na linguagem na liturgia fosse muito intelectual, extenso e menos acessível à maioria dos fiéis, mais dogmático e fiel ao evangelho, mas o que queria era que todos venerássemos os frutos da redenção divina e que todos sentissem a gratidão para com o nosso Deus. 
Em 1997 faleceu D Júlio no Porto. E de Viana para o Porto foi, D. Armindo Lopes Coelho.

Sendo este substituído com o regresso de D. José Augusto Fernandes Pedreira que tinha sido nomeado Bispo auxiliar do Porto, regressou à sua diocese natal para assumir as funções de bispo titular. 



Foi ele o terceiro Bispo de Viana. Talvez tivesse julgado que Viana não tinha mudado nada, durante a sua ausência no Porto e isso talvez não o tenha ajudado a começar uma pastoral como quando era o “Pe. Pedreira”, zeloso, hábil e dinâmico. Foi um Bispo muito voltado sobre si mesmo, na sua fidelidade ao poder episcopal, mas procurava e lutou pela unidade e pela paz vivida à volta da eucaristia e testemunhada no dia-a-dia. Graças te damos, ó Senhor, pelo padre que tendo sido consagrado Bispo e natural desta diocese foi auxiliar do Porto, regressando à sua terra. Em Viana as pessoas, muitas vezes, lhe chamavam Padre Pedreira, não por abuso de confiança, mas pelas memórias de relações sociais anteriores. Quando chegou à idade de resignação e, depois de concedida, esperava-se a nomeação do 4º Bispo de Viana. E veio.

Em 2007 veio D Anacleto Cordeiro de Oliveira, que de auxiliar de Lisboa veio para titular de Viana do Castelo. Desde a primeira hora se manifestou um Bispo muito trabalhador no pastoreio, nas suas funções, sempre atento e ativo sem nada recusar às necessidades do clero e dos fiéis, às vezes dá tudo.



Ao celebrar os quarenta anos de Diocese fez uma carta pastoral, onde explorou e inspirou os seus diocesanos à gratidão.
SOMOS IGREJA QUE AGRADECE - “É NOSSO DEVER”
“Com as palavras em epígrafe, iniciamos a resposta ao convite “Demos graças ao Senhor nosso Deus”, que introduz a grande acção de graças, dominante na segunda parte da Santa Missa. É tal o domínio, que deu origem ao nome por que talvez seja mais conhecida — não só esta parte, mas toda a celebração: “Eucaristia”, uma transliteração da palavra grega significativa de “acção de graças”.
Agradecer a Deus é, pois, um dever, tanto na Eucaristia como no resto da nossa vida.
Dai graças em todas circunstâncias — pede-nos S. Paulo — pois é esta a vontade de Deus a vosso respeito em Jesus Cristo (1 Ts 5, 18). E ainda: Vivei em acção de graças. (...)
 E tudo o que fizerdes por palavras e obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus Cristo, dando graças, por Ele, a Deus Pai. (Col 3, 15.17)”.
PC