Vamos ao Campo Santo?
atureza, nossos antepassados?
É o Campo porque nas suas entranhas se encontram as relíquias
de quem foi obra de Deus que procurou fazer caminhada como nós a querermos
fazer o bem e, às vezes, fazemos o que não devíamos, mas acreditamos que só
Deus Santo.
Ele é Santo e três vezes santo: Santo, Santo, Santo. Diz D.
António Couto que a palavra hebraica que significa santo, mas “cujo significado
mais consistente é separado”. Não quer dizer que esteja separado da Criação,
nem de nós que tudo vê com beleza e bondade, (…) e conhece-nos e acompanha-nos porque
sendo Ele o “Santo” isto é só “separado de si mesmo e esta é a “surpreendente
identidade de Deus!” Separado de si mesmo também não quer dizer que seja cioso
da sua nobreza e superioridade agarrado ao seu ser divino. Pelo contrário, “o nosso Deus é um Deus que sai de si
mesmo por amor, para, por amor vir ao nosso encontro” Esta realidade sobressai
em textos do Antigo Testamento e do Novo na pessoa do anunciado “Jesus que se
esvaziou de si mesmo, recebendo a forma de escravo”. Sendo rico fez-se pobre
por nossa causa, para nos enriquecer com a sua pobreza. Vamos pois ao “campo
santo”, pelo jardim iluminado e colorido pelas obras boas de quem partiu, sem
olharmos aos fracassos porque o nosso Deus é Misericordioso, ( não somos nós
quem podemos julgar os mais e os menos pecadores, mas só ao Santo Deus que vê
os corações de todos ), mas às obras boas de todos e cada um. Se não formos,
mesmo de longe, ou de perto, podemos e devemos contemplar os santos que estão
canonizados e tantos ou mais que não estando oficialmente conhecidos…percebemos
como os que nos precederam tiveram um projecto de vida de despojo, abandono de
muitas coisas boas, família, amigos, diariamente neste mundo para se entregarem
de alma e coração aos seus irmãos…demos
graças a Deus, neste Domingo, ao Deus Santo que nos santifica.
Diz ainda D. A. Couto: “Só um Deus assim pode e sabe felicitar os
pobres. Com um tom carregado de felicidade, não restritivo, mas alargado a toda
a humanidade, as «Felicitações» do Rei novo atingem todas as pessoas, chegando
às franjas da sociedade, às periferias existenciais, onde estão os pobres de
verdade.” Tudo bem claro e declarado nas Bem-aventuranças.