AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Os Condes de MAZAREFES

Os Condes
de
MAZAREFES

Não apareceu Duque, Marquês, nem alguma razão à primeira vista para haver um Conde. Não teria nada a ver com o "Rei Turco", alcunha dos séculos XVII e XVIII de João Dias. Por "Conde" era conhecido o José Dias do Monte. Era o Zé Dias, o "Conde Velho das barbas" e nasceu na “Casa do Conde”, assim dizia António Dias, seu neto. Ora o Zé Dias do Monte era “Conde” porque nasceu na “Casa do Conde”. Pelo visto o nome veio-lhe da casa. Não faltam topónimos "Conde", mas não se sabe a que Conde é referido em "Vila do Conde". No nosso caso aqui tratar-se-ia duma alcunha, outra como o "Rei Turco"!...?
O que chegou até nós é que o conde era o referido homem, figura vulgar, avermelhado de cara, gordo, de barbas grandes, pelo peito, que casou com uma irmã da "Xica da Capela", a Teresa Vaz.
Foi regedor (juiz de paz ). Morreu de uma congestão de congro. O seu único filho, José Dias do Monte Júnior, casou com a Maria "Marinheira" conhecida pela alcunha "Paustiça" de quem teve dois filhos: o “Zé do Conde”, assim conhecido hoje em Vila Franca, o José Barbosa Dias do Monte, para onde casou, e Maria Teresa que casou para Darque, onde morreu.
Outra filha da mulher, ao que parece, já não era do matrimónio. O filho do velho conde, José Júnior foi para o Brasil e vendeu a fortuna toda ao ponto de reduzir tudo à pobreza extrema. E desapareceu no Brasil. A mulher "abandalhou-se" e teve mais uma filha que morreu afogada e com filhos, a Margarida.
Aliás, o José Júnior só acabou com a fortuna porque seguiu as pisadas do conde velho, seu pai, pois começou também por vender a Quinta por 12 contos ao Mandarim de Anha.
O José Dias do Monte veio de Vila Fria e casou com uma mulher viúva, a Rosa Dias, rica de lavoura, cheia de campos, e de propriedades. E tinha até uma grande adega de vinho bom, "vinho para paridas ", assim se dizia porque era usado para dar às mulheres depois de dar à luz para depressa se robustecerem.
Quando foi para o Brasil, o Júnior, em 1925, deixou um procurador que se bastou bem, o "Buxo" de Vila de Punhe. Levou o dinheiro toda à mulher, Maria Teresa da Silva Barbosa, das Marinheiras, e nunca mais veio do Brasil, nem se soube mais dele, enquanto o filho José "bateu o fado" pela tropa. Andou a servir, passando os pecados da vida e o "sobe e desce" de sachola na mão.


figura ilustrativa apenas

Conta-se:
O conde andava um dia na feira de Barroselas e prejudicou o negocio de uma junta de bois em que também estava envolvido o homem da Rosa da Castela, o Francisco do Castela.
Alguns que se sentiram prejudicados e deram-lhe uma grande coça. Veio a pé de Barroselas ainda directamente falar com o Abade António Francisco de Matos, dizendo-lhe: olhe Abade como os seus amigos me puseram.
-         E tu o que queres agora daqui?
-         Eu queria receber um conselho do amigo.
-         Olha, então, vai para casa e não te metas noutra, senão levas mais...
O conde, viúvo, foi morrer à casa da sobrinha Bernarda Dias, irmã do António Fernandes da Rocha, teve um filho que casou com uma marinheira de Subportela, da família dos Canelas. Recebia só à conta dela, doze carros de pão de pensões que os caseiros lhe pagavam, era a “Paustiça” que acabou a vida paupérrima, ainda do nosso tempo.


Tudo isto ouvi a pessoas, por isso, não faço mais que deixar escrita uma tradição oral que não deixa de seguir  às vezes o que sói dizer: Quem conta um conto, aumenta-lhe um ponto.

A Carniçaria

                        
A Carniçaria

            O topónimo Carniçaria tem dado origem a falsas interpretações sobre a origem de Mazarefes, confundindo Mazarefes com Magarefe. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.
            O topónimo Carniçaria nasceu no século XVI. Mazarefes aparece em documentos do século X. Há uma diferença muito grande.
            O sítio da Carniçaria a meio da Avenida entre a igreja e a Rua Manuel Vaz Coutinho, teve este nome devido à morte inocente de um escravo do fidalgo Rui Pereira.
            Rui Pereira era um fidalgo da casa de Mazarefes não correspondido nos amores por Isabel da Silva, dos fidalgos de Vila Fria. Resolveu um dia vingar-se dela e, armado com os amigos de Mazarefes, fez um assalto ao Paço da freguesia vizinha. Conseguiram entrar no Paço. Espancaram a mãe da referida Isabel, já viúva, e à menina cortaram-lhe o nariz, como era costume, nesse tempo, cortar orelhas e narizes como castigo infligido pelos justiceiros.
            Passou-se essa noite, mas no dia seguinte já Rui Pereira teria desaparecido, talvez a caminho da Índia, onde viria a morrer mais tarde no cabo da Boa Esperança. E foi precisamente no dia seguinte, naturalmente no mesmo mês e do ano de 1550 que os de Vila Fria vieram a Mazarefes tirar a desforra e vingar-se do que tinha acontecido, castigando o criminoso Rui Pereira. Mas, não o encontraram, valeram-se de um escravo seu trazido da Índia que usaram como alternativa.
            Não ficou por aqui, pois em Barcelos, no tribunal, foi condenado Rui Pereira e queimaram uma esfinge numa das suas praças enquanto Rui Pereira naufragava no regresso da sua terceira viagem à Índia.

            Também não podemos confundir com o carniceiro Pedro Gonçalves, matador e vendedor de carnes verdes que existia na zona dos Castelhanos, muito perto da Carniçaria em princípios do século XVII.
           Quando era pequeno, sempre conheci ali um carreiro que dividia ao que me parece um terreno e ligava numa mata bastante calva a avenida da igreja ao largo dos castelhanos. à face da avenida da igreja já assim se chamava um velho tronco de Carvalho já com poucos rebentos, quase seco, onde por tradição constava que tinha sido havido ali uma morte, que ali tinham enforcado um criado por causa do patrão.

Não descobri  fotos da época e encontrei uma foto de um carvalho que me pareceu semelhante, mas noutro local, pois não havia ali aquele declive. Sei que o carreiro era tortuoso, mas fácil de passar por ele e que muitas vezes o fiz. Também lhe chamavam a carreira...
               Por aquilo que ouvi na altura de criança, esse carvalho tenho-o muito presente na minha memória. E era um carvalho isolado, mas com a configuração deste, com rebentos para oeste...

PADRE NOSSO


Padre Nosso Pequenino
Quando Jesus era Menino
Pôs o pezinho no Altar
O Sanguinho a pingar
Tem-te, tem-te Madalena
Não o deixar a limpar (alimpar)
São as cinco chagas do Senhor
Que por aqui hão-de passar



Custódia Lima – 94 anos

A Rodilha


A Rodilha

A Rodilha é um pano, um trapo ou farrapo de limpeza e como sempre andava na mão para limpar isto e aquilo na cozinha, por isso, é que não é bom ser rodilha, isto é, andar de mão em mão, de “caco para o caquinho”, em pleno rodopio e pode ter um significado pejorativo.
No entanto, a palavra Rodilha é o nome dado a uma peça de artesanato importante, para o equilíbrio do transporte de algo sobre a cabeça: um cântaro, um tabuleiro como os 700 tabuleiros na festa de Tomar.
A Rodilha já não se usa muito a não ser em aldeias do interior. Ela era feita rapidamente de um lenço de cabeça de senhora ou de outro pano que rodava à volta de uma mão e entrelaçado era posto sobre a cabeça para transportar um cesto, cestas de merenda, um saco pesado, um cântaro, por exemplo, o cântaro da água da fonte ou do poço para dentro de casa ou com um caneco de leite ou vinho cerca de vinte litros, mas carregavam aquilo que podiam até 50kg ou mais!...
Recordo que em outros tempos de vida dura o transporte de materiais à cabeça era normal. Em Mazarefes, uma moça de 18 anos, no século XIX, subiu a torre da Capela de Nª Senhora das Boas Novas com um sino à cabeça. O Arezes da Abelheira a que já uma vez referi e fiz o seu funeral descarregava sobre o dorso cinco sacos de cimento de 50 kg cada, do Barco para os Armazéns da Cuf (?), era só atravessar a rua, mas descia do casco para subir e descarregar no armazém.






O pai de João Martins que foi o marido da Edite da Rua da Bandeira e um dos antigos maduros da Abelheira eram o0s senhores que sozinhos carregavam uma pipa de vinho, sempre superior a 500 kg, pois cada pipa levava 500 litros de vinho, mais o casco!...








A propósito de rodilha havia também a rodilha do traje como as que mostro nesta foto. Quando saí da Serra d’Arga uma das paróquias ofereceu-me estas duas rodilhas e vai há 39 anos a fazer em 29 de Agosto.
Não sei a razão, mas às rodilhas também lhes chamavam “sogras” quando podiam mais elegantemente chamar-lhes almofadinhas da cabeça, pois elas eram o apoio dos objectos pesados e traumatizantes na cabeça das mulheres porque os homens, esses usavam mais os ombros ou o dorso. Eu não gostaria de ser rodilha, nem almofadinha, mas quem quiser: “Quem pode com o pote, que pegue na rodilha”, assim vem sendo este provérbio que no século XVIII apareceu: “Quem não pode com o pote não pegue na rodilha”, ou o contrário “Quem pode com o pote pegue na rodilha”.

A Rodilha deve ter origem com a humanidade, pois quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? A Rodilha devia ser uma invenção natural para transportar algo à cabeça. Hoje em desuso porque nada deve fazer pesar na cabeça que traumatiza a cervical e a coluna vertebral. Assim como nós temos o coração em local próprio para o nosso corpo, também o coração dos nossos pés está no chão porque se andarem no ar até incham, também a nossa cabeça não deve ter sobre ela peso físico ou moral. Essa é que tem de andar no ar e sobre os ombros com todo o equilíbrio e com erguida.
O transporte era utilizada nos tabuleiros “gamelas” das tripas de porco para serem lavadas no rio servia na região Guarda para as transportar.
Ora isto pode vir do ano 7000 a.C., ano que se supõe ter sido domesticado o porco, segundo ccapelaarraiana.pt/tag/porco/
Houve o jogo da rodilha e a palavra rodilha foi topónimo, alcunha e apelido.

A Samaritana junto do poço tinha a bilha e a rodilha segundo os quadros mais primitivos que aparecem. Portanto quanto ao nascimento do uso da rodilha pergunte quem nasceu primeiro: a luz ou a escuridão?...

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Festa de Nª Sª das Necessidades

Festa de Nª Sª das Necessidades
A Senhora das Necessidades leva-nos a prestar-lhe o nosso preito, a nossa homenagem no dia da Natividade da Virgem Maria.
Ela representa as necessidades de toda a obra criada porque é a Rainha do Céu e da Terra, é a Rainha da Natureza, do Homem e bem merece a nossa honra porque ela é a nossa Glória como Mãe de Deus, da Natureza e tudo o que foi  criado no Universo.




A Senhora das Necessidades aparece agora associada ao nascimento de uma nova igreja, a Igreja da Sagrada Família, também em pleno pulmão demográfico de um lugar a que se chama Abelheira, onde moravam os senhores das Quintas de Viana, mas também os serviçais lavradores e caseiros, os carreteiros, os ferreiros e as lavadeiras que forneciam a cidade de Viana do Castelo. A nossa cidade, cuja história não se faz sem este burgo, nascido no Castro do monte de Santa Luzia, como nasceram os moradores de Átrio, Figueiredo, e os da Vinha.
Senhora das Necessidades, nossa Rainha, tu que és a “Mãe de todos os homens”, dá-nos a capacidade de criar à nossa volta um ambiente saudável em que a nossa cultura de fé seja cada vez mais enriquecida e viva na coesão dos Homens e de tudo o que vivemos à face da Terra sirva para uma maior Comunhão e Glória do Pai do Céu.
Que esta festa de nascimento de um novo lugar de Culto dedicado à Sagrada Família faça de todos nós com a natureza e representada na gruta do presépio, dos seres viventes representados nos animais do estábulo de Jesus, Maria e José faça de nós cristãos destemidos e ao mesmo tempo acolhedores e compreensivos das necessidades dos homens e no respeito pelas culturas.
A Senhora das Necessidades quer de nós um coração mais chamejante de amor, paz e harmonia com Deus, com os outros, connosco e com a natureza unidos na defesa da cultura, do ambiente, do rosto, da vida e da alma, e que a visão redutora por causa de interesses económicos não destrua a identidade de um povo nem despreze quem vive coberto pelo manto da Senhora das Necessidades e seus auspícios.

                                                                                                                                      Pe. Artur Coutinho

Servir, Servir, Servir…

Servir, Servir, Servir…

Como Presbítero, não deixo de ser servo da sabedoria que vem do Alto, da vivência que incuto à minha vida, da minha formação, estudo permanente e da minha comunhão sacerdotal, com os colegas e leigos com o dever de ensinar.
O ensino é sempre relativo porque, mesmo acreditando muito na acção do Espírito Santo sobre o meu sacerdócio, considero que não conseguirei vencer as minhas limitações para fazer chegar ao outro com eficácia uma mensagem através da vida, das obras, da pastoral, do gesto.
~


Parece-me que a luta, o sofrimento e a dor que pode causar a nossa necessidade de nos encontrarmos com Deus, Deus que é Pai de Misericórdia e se aproxima de nós todos, como sacerdotes do ministério se aproxima de nós, todos nós, como sacerdotes do Ministério da Ordem ou do Ministério Baptismal, entraremos de algum modo na intimidade com o transcendente, o absoluto que nos dará força e alento para ensinarmos, santificármo-nos a nós mesmos e a governar as coisas que são de Deus para Deus e o que é de Deus é da Comunidade. Não é meu nem teu porque é fruto do Amor de Deus para bem de todos.

A Maria Alice Mendes Salgado Simon

A Maria Alice Mendes Salgado Simon

A Maria Alice Mendes Salgado Simon continua em convalescença, agora por motivos de mobilidade reduzida a 80%, pelo que observei e possa entender, não sai de casa e aguarda uma quinta cirurgia.
A Alice Simon como era conhecida na Paróquia onde foi catequista mais de 40 anos. Deixou aos 80 anos por motivos de saúde que vinham a crescer, mas pessoa muito querida pelas crianças e adolescentes que a respeitavam e ajudavam.
O que ela gostava mais era de dar catequese e disse que as crianças ou os adolescentes compreendiam quando a catequista estava a trabalhar por amor e desfrutava a generosidade delas que se excediam em atenção e solidariedade, que as elas mesmas  mais tarde dizem – no: Tudo o que tenho sobre a vivência da minha fé, devo-a à catequista.
Ela percebeu bem e aprendia mais com elas do que ela ensinava. Até aprendia a rezar melhor com as crianças.
O que mais lhe custou foi deixar a catequese, o que mais amava…As crianças são uns anjos!...
A Alice era irmã de mais 9 irmãos e quatro são vivos. Entre os irmãos tinha duas irmãs que eram consagradas nas Franciscanas Missionárias do Coração de Maria.
Referiu-se ainda às origens da sua família. Tinha tios de bens, mas os pais eram pobres para educar tantos filhos, o pai era trabalhador de uma fábrica de cutelaria em S Martinho de Sande, Guimarães. A mãe era moleira. “Eramos pobres, mas felizes!”
Ela foi costureira, fez muitos paramentos para Paróquias, foi empregada de António Oliveira Salazar, em S Bento de onde saiu para Alcoitão. Veio para Braga e trabalhou na função publica durante 38 anos tendo-se reformado de auxiliar de acção educativa no antigo Liceu de Viana do Castelo, depois Escola Secundária de Santa Maria Maior.




Casou aos 32 anos com José Sanchez Simon, de Chantada, Lugo, empresário em Espanha que agora é continuado o  trabalho pelo filho Paulo casado com uma filho adoptado e foi  do Berço. Agora tem mais um filho. A Ana Maria casada e é mãe de um jovem já de 18 anos é a que vive aqui mais perto dos pais e a que mais ajuda. Viveu na Rua da Bandeira mais de 30 anos e está quase há 20 anos na Meadela, aqui perto pelo que não deixou a catequese e de fazer a prática religiosa com as amigas e amigos que tinha aqui na Paróquia. Em 11/07/1992 o seu marido esteve muito doente e mostrou-me o que naquela data lhe foi oferecido pelo Pároco, lembrança essa que agora a ajuda a viver as suas limitações depois de não poder fazer nada e ter de ser o seu marido e a filha a fazerem-lhe tudo.
Entretanto o marido mantinha-se calmo e sereno ajudando-a a aceitar as suas limitações.
Sempre gostou de fazer algo para ver alguém feliz e agora não pode fazer nada, diz ela.
Só pode rezar e nada mais.

Espera que após a cirurgia que vai fazer brevemente, agora aos 82 anos, ainda vá poder fazer bem e celebrar os 50 anos de casada em 2018.



Manuel de Passos Oliveira Cambão

Manuel de Passos Oliveira Cambão




É um dos nascidos na Abelheira que vive fora, mas com coração da Abelheira. Nasceu em 1947 filho de Cândido Rodrigues Cambão e de Conceição Oliveira Viana.
O seu pai era padeiro na Abelheira e chegou a ter um depósito de pão na Rua da Bandeira onde o “Hilário” veio depois a fazer o seu trabalho de sapateiro. O Hilário que eu conheci muito bem. O Manuel é irmão de mais três: A Conceição, o Carlos Alberto e o João Luís, casados e com filhos.
O seu pai morreu cedo, mas já tinha abandonado a Padaria e entrado na restauração, precisamente, o Restaurante Cambão, hoje do Manuel Cambão, casado com Maria Clara da Silva Évora Cambão que a conheceu em Moçambique quando lá fez a tropa e é mãe dos seus dois filhos casados e tem quatro netos.
Disse-me o Manuel Oliveira Cambão que os da Abelheira raramente iam à Matriz, só para as grandes festas. A sua primeira comunhão foi feita em 19.03.1956, quase com 10 anos na Igreja da Caridade com o padre Domingos, muito velhinho. Parece que esta data o marcou profundamente porque a disse tão depressa que não é muito vulgar dizer sem esperar que lhe perguntasse,   
Depois fez a Comunhão Solene com o Monsenhor Corucho e foi tal o aproveitamento dele que recebeu um prémio, um missal que agora o ofereceu a uma neta por ser catequista na sua Paróquia.
Nem ele nem os irmãos vivem nesta Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, mas sempre desde que estou aqui na Paróquia de N.ª de Fátima, que faz este ano 50 anos de existência a participar em tudo o que pode. É muito sensível a tudo o que é religioso. A data da primeira comunhão a disse de memória com facilidade como se fosse hoje.
Tem muita fé, reza e quando toca a ajudar, ajuda. Vive em Stª Maria Maior e está a assumir encargos na organização de procissões, coisa que não é fácil, porque a juventude não colabora muito e só os antigos e alguns já não podem mesmo recorrendo mesmo aos moradores antigos da Abelheira.
Quando em 1978 se criou a Paróquia ele era jovem e cantou num grupo de jovens que animava a Missa, fez a festa do Menino na Abelheira e foi mordomo da Senhora das Necessidades, mas desde que começaram a ir para a tropa se desfez o grupo que muito colaborava com o primeiro pároco, Padre António da Costa Neiva.
Sempre tem colaborado nas coisas da igreja e muito gosta quando faz falta…

Agora explora o Restaurante como sempre, mas é difícil. Antigamente fazia-se muito ao balcão ou à mesa fora das horas da refeição, agora é só à refeição e enquanto antigamente fechava às 11.00H da noite, fecha às 19.00H e ninguém anda na rua.




Solidariedade com o Berço

Solidariedade com o Berço
A pizzaria Dolce Vianna, em Viana do Castelo, ensinou crianças dos 06 aos 12 anos a confeccionar pizzas, iniciativa de caracter solidário a favor do centro de acolhimento temporário de bebés e crianças em Risco, “O Berço”.
O evento “A minha Primeira Pizza”, destinada a todas as crianças dos 06 aos 12 anos. Foi no dia 10 de junho, entre as 16:00 e as 18:00, na praça da Erva, junto à Pizzaria Dolce Vianna.
No local foi montada uma estrutura para que os pequenos pizzaiollos pudessem confecionar as pizzas, desde o momento do alisamento da massa até à colocação da pizza no forno, montado especialmente para este evento e sempre acompanhado pelos pizzaiollos da Pizzaria.
As inscrições foram limitadas e tiveram um custo simbólico de cinco euros, valor que reverteu inteiramente para o “O Berço”.





Paulino Queirós, pizzaiollo que integra a seleção italiana e que venceu o prémio de Melhor Pizza no Campeonato de Portugal explicou que o objetivo do evento é satisfazer a curiosidade das crianças.
“No restaurante, é frequente os mais pequenos observarem-nos a fazermos as pizzas. Notamos que têm vontade de meter a mão na massa. Assim, e porque a nossa casa está aberta há 35 anos e já recebeu muitas gerações que nos visitam regularmente, vamos proporcionar aos nossos mais pequenos clientes a possibilidade de fazerem a sua primeira pizza”, explicou.


*VISITA PASTORAL DO SENHOR BISPO D. ANACLETO DE OLIVEIRA*

*VISITA PASTORAL DO SENHOR BISPO D. ANACLETO DE OLIVEIRA*

ARMANDO SOBREIRO – 
armandosobreiro.66@gmail.com
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima está em festa, pois comemora este ano
os seus 50 anos de paróquia. Integrada nestas comemorações, decorreu de 2 a
7 de maio a visita pastoral do nosso Bispo, D. Anacleto de Oliveira,
tornando esta semana memorável para toda a comunidade paroquial. Uma visita
pastoral é sempre um acontecimento singular e de grande importância
espiritual e religiosa. Nesse sentido, o Senhor Bispo da Diocese, enquanto
pastor da igreja e representante de Jesus Cristo na diocese, veio ao
encontro das suas ovelhas com a finalidade de conhecer, conviver, dialogar,
passar algumas mensagens de fé, e de ministrar alguns sacramentos.
O programa teve início no dia 2 de maio, sendo a recepção ao Sr. Bispo
assegurada por vários representantes de alguns dos movimentos da paróquia:
Comissão Fabriqueira; Centro Social; Escuteiros; Vicentinos; CECAN/RD;
Escola de Pintura. Por motivos de força maior, o pároco Padre Artur
Coutinho, esteve ausente por se encontar hospitalizado devido a um acidente
ocorrido na véspera. Mesmo sem o pároco, a visita foi assegurada pela
coordenação de leigos e decorreu normalmente conforme o planeado aos vários
movimentos, instituições e património da paróquia. Visitou os doentes (um
em particular, o pároco que se encontrava internado no Hopital de Santa
Luzia); obras em curso (Lavandaria Social, Salas de Formação e Refeitório
Social); visitou a feira de semanal; reuniu com os sacerdotes que colaboram
com a paróquia; presidiu ao Conselho Paroquial de Pastoral, onde aproveitou
para deixar alguns conselhos aos paroquianos e seus responsáveis bem como
reconhecer o muito de bom que se faz nesta paróquia em termos de pastoral e
de ação social; reuniu com os jovens, catequistas, acólitos, mensageiros de
fátima, vicentinos, idosos dos centros de dia, crianças do infantário e do
berço, escuteiros, voluntários, escola de música, RSI, OZANAN, e grupo de
crismandos; presidiu em várias celebrações litúrgicas; e concluiu a visita
no dia 7 com a Celebração do Sacramento do Crisma que coincidiu com o dia
do Bom Pastor e dia da Mãe.
Por se tratar de um momento de “festa”, a visita pastoral terminou com um
almoço-convívio, onde crismados e seus familiares, paroquianos e vários
colaboradores e voluntários marcaram presença. Os representantes dos vários
movimentos e instituições paroquiais deixaram a vontade e o convite de num
futuro próximo, voltar a receber o Senhor Bispo para presidir ás cerimónias
de encerramento dos 50 anos do nascimento desta paróquia.

Bispo de Viana preocupa-se com o Berço

O Bispo de Viana preocupa-se com as crianças vítimas de qualquer tipo de violência e, nesse sentido aquando da visita pastoral visitou o Berço onde se inteirou da necessidade desta resposta muito difícil, mas necessária. Depois de estar com as crianças mais pequeninas, pois as outras estavam no infantário ou na escola,e de conhecer o edifício falou com os responsáveis voluntários e técnicos e registou o que mais importante lhe interessou.





quarta-feira, 26 de julho de 2017

VICENTINOS EM FRENTE


VICENTINOS EM FRENTE

No dia 3 de Junho os vicentinos da diocese reuniram-se em Assembleia Geral do ano de 2017. Depois das orações iniciais e uma  breve reflexão espiritual feta pelo Padre Renato Oliveira, em representação do Conselheiro Diocesano,  seguiu-se a ordem de trabalhos e, da agenda, constava um número especial: A eleição do novo Presidente do Conselho Central Vicentino da Diocese, órgão máximo a nível de Viana do Castelo. Da eleição de uma única lista com 2 votos nulos, dois votos brancos e 1 voto contra a lista apresentada teve 80% dos votos favoráveis ficando como presidente Maria Isabel Lopes Marques Ramalhosa, de Lanhelas e todos os da lista constituída por vice-presidente José Martins Esteves, de Perre, secretária Maria Alexandrina Pereira Lima, da Meadela, tesoureiro José Soares da Costa, de Arcozelo, mais os vices por inerência do cargo José Belo, de Nª Sª de Fátima, Jaime Barbosa, de Darque, Armindo Lago, de Freixo, e os vogais: Fernando Silva (Barroselas), Manuel Rocha (Vila Franca), Amadeu Pereira (Areosa), Ana Mina (Perre),Manuel Coelho (Perre) que, de imediato, tomaram posse dada pelo Vice-presidente do Conselho Nacional para a Juventude, Ricardo Tavares que para o efeito se deslocou a Viana.














terça-feira, 25 de julho de 2017

CELEBRAÇÕES


CELEBRAÇÕES


O NOSSO JARDIM


O NOSSO JARDIM



BPI SOLIDÁRIO



BPI SOLIDÁRIO

Deu 25.000€ para o Refeitório





FESTAS E FESTAS NA PARÓQUIA


BODAS DE OURO




                                                  BODAS DE OURO



O senhor Vigário Geral, Monsenhor Sebastião Pires Ferreira, celebrou 50 anos de sacerdócio em Mazarefes no dia 9 de Julho, às 9.30H. e às 15.30H na Senhora do Minho, assim como na sua terra natal, Riba de Ãncora, no próximo dia 30 de Julho às 15.30H.. Há muitos sacerdotes na Diocese a celebrar 50 anos, e menos a celebrar os 60 e outros a celebrar os 25 anos.Estão todos de parabéns e estamos todos a celebrar, com eles, muito felizes.

SEGURANÇA ANTIGA



SEGURANÇA ANTIGA




A segurança de uma casa do séc XVIII. Vejam as setas. A da esquerda aponta um buraco bastante inclinado na parede para atirar fogo a quem chegasse à porta da casa. A segunda aponta uma outra com menos inclinação que era para fazer o mesmo a quem chegasse por mal ao ao portão do caminho, mais longe.


INAUGURAÇÃO DO NOVO REFEITÓRIO SOCIAL

INAUGURAÇÃO DO NOVO 

REFEITÓRIO SOCIAL







Senhoras e Senhores:

A direção do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima teve sempre a preocupação de responder aos sinais dos tempos e às dificuldades vividas pelo homem hodierno, praticando e atualizando o legado deixado por Jesus de Nazaré, expresso no Sermão da Mantanha (Mt. 5-7), nas bem-aventuranças, onde nos é revelado o rosto de misericórdia do Senhor, que nos move a fazer opção preferencial pelas pessoas que vivem, atualmente nas fronteiras da vida, como sublinhouu o Papa Francisco, na homilia de tomada de posse do seu pontificado.





Assim:
Em 1993, começamos a servir 6-8 refeições a pessoas com dificuldades socioeconómicas e financeiras. Após dois anos, depois da sua abertura o número de pessoas com um elevado grau de necessidades duplicou, passando para cerca de 15 refeições servidas, diariamente em contexto desta resposta social. Nessa altura, a direção do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, implementou diligências junto do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social, celebrando o primeiro protocolo de cooperação desta resposta social de Refeitório Social, para nos ajudar apoiar 12 utentes, uma vez que dispúnhamos de instalações com um espaço reduzido, para atender ao número cada vez mais crescente de utentes com multi-pliri-dificuldades e famílias com vivências quotidianas a viver em situações multidesafiadas, que nos batem à porta a solicitar a toma de uma refeição quente.








Cada vez mais gente acorre a este serviço social, recomendada e encaminhada pela Segurança Social e Instituições que intervêm e prestam serviços de apoio social, na comunidade local a pessoas desfavorecidas e excluídas, tais como: Câmara, Junta, RSI, RELIS, Cáritas,…Vicentinos e assim se foi triplicando.
Em 2011 a direcção do Centro Social e a Segurança Social então admitem o óbvio, celebrando um acordo de cooperação para 36 utentes, servindo neste espaço reduzido, em três tempos, a refeição a 36 utentes ao meio dia, 12 utentes de cada vez. Este acordo agora também contempla o serviço da refeição do jantar para 36 utentes, sendo servidos 12 utentes de cada vez. Isto foi uma bola de neve. Nós servimos normalmente entre 70 a 80 refeições tanto ao meio dia, como à noite. Quem paga?

Os resultados financeiros do Centro Social e Paroquial começaram a ultrapassar a linha vermelha, consequentemente a bater no fundo. No ano transato a Câmara Municipal estabeleceu um acordo para nos abater à dívida do Refeitório Social com 5000 euros por mês. E acabamos a ano com as contas equilibradas.

Alguns são capazes de pensar que nós servimos a antiga “sopa para os pobres” ou os restos de comida de alguém, dos nossos utentes, por exemplo. No entanto, o nosso orgulho está precisamente em que os desfavorecidos são servidos sempre com a refeição preparada na ocasião e a mesma que é servida a todos os outros utentes, aos que pagam mais, aos que pagam menos, aos trabalhadores, colaboradores, voluntários e diretores; sem fazermos excepção nos 365 dias do ano, por isso incluímos feriados e Domingos, Páscoa e Natal, porque, intuímos que “quem tem fome à semana também tem fome” ao Domingo, pelo Natal e Páscoa, ou feriado… E essa fome pode ser maior...
Do espaço que tínhamos destinado para refeitório incluindo a minha garagem que abandonei nunca se queixaram, se alguém se queixou podia ter sido da comida porque não porque a comida fosse má, mas porque não seria comida que queria, mas talvez de uma bebida.

Hoje, ao celebrarmos os 35 anos de Centro Social Paroquial, estamos aqui a inaugurar este novo espaço porque reconhecíamos que o espaço não era o mais próprio, embora para os utentes o que interessava era comer.
Então apostámos por uma cozinha comum às respostas sociais e a um refeitório mais digno para os utentes.
Graças ao apoio dado no ano passado pela Câmara Municipal e este ano com mais 25.000,00 para ajuda do equipamento desta casa, embora não seja o suficiente para o equilíbrio financeiro nos custos com os serviços a cerca de 70 utentes como aconteceu nos anos anteriores. Esperamos aumentar, para o ano, o acordo com a Segurança Social. Refira-se que esta obra teve o apoio de mais 25,000.00 do BPI-Solidário. O resto são frutos de donativos que as pessoas de boa-vontade vão partilhando connosco e parte de uma doação feita pela Linda Martins…

Amigas e amigos: Temos muita obra para fazer, no Pólo de Atividades da Abelheira para além da dívida a pagar, mas não é isso que nos vai demover, de praticar as obras de misericórdia: “de dar de comer a quem tem fome, higiene em balneários ou de umas roupas lavadas a quem precisa; vestir de lavado os que precisam; de acolher os passantes/peregrinos …”

A missão da pastoral sócio caritativa da Igreja Católica não pode alhear-se do sofrimento dos irmãos, do seu próximo, de cumprir os mandamentos. Se faz o contrário, não é humano, quanto mais cristão!

O CSPNSFÁTIMA nunca apostou em obras que lhe dessem dinheiro, pois uma análise à nossa contabilidade verifica-se que se não fossem os donativos não poderíamos subsistir, pois maiores seriam os resultados negativos.
As crianças do Berço não nos podem dar nada a não ser alegria de as vermos crescer verdadeiramente felizes e integradas na sociedade; O Jardim tem dado também respostas a crianças de cariz social que nada nos dão a não ser a alegria de as ver crescer como as outras; com os idosos em carreira de fim de vida com pensões baixas, ficamos também a sofrer e no SAD não fugimos às nossas responsabilidades servindo as refeições quentes e na hora, quatro vezes ao dia e por pessoal próprio. Assim como outro pessoal preparado para higiene pessoal ou domiciliária com carrinhas homologadas para quaisquer um dos efeitos. Tudo isto tem custos acrescidos.

Estamos muito alegres e felizes porque se concretizam obras boas de assistência, de cultura, de formação, de promoção não só às crianças, aos jovens e idosos, mas a todos os que por opções de vida, para nós podem ser mal feitas, continuam a ter ainda a garantia de que não são abandonados, desprezados e esquecidos por todos.
Nesse aspecto alguns animais têm mais sorte…
Alguém se lembra que essa gente que apesar de tudo nos podem mostrar um rosto de Deus a precisar de carinho, de afecto, de Amor?
Este é um dos nossos objectivos fundamentais: procurar construir  e inovar respostas para integração e promoção social das famílias.
Aqui estamos todos juntos nesta obra de bem-fazer… Bem-haja!...

A vossa presença é um grande estímulo a ajudarmos a quem precisa. OBRIGADO…

Encontro Nacional de Liturgia


Encontro Nacional de Liturgia


Esta semana realiza-se o encontro Nacional de Liturgia do qual também é responsável o nosso Bispo D. Anacleto. Este encontro tem um paroquiano que participa nele desde 1981 desde o primeiro ao último dia, correspondendo a 34 semanas de estudo teologia litúrgica porque falhou a duas: uma por motivo profissional e outra por motivo de saúde. 






Lá está mais uma vez esta semana o Sr. Joaquim Martins Gomes, orientador do Coral Litúrgico desta Paróquia, a suas expensas, que leva muito a peito até aos pormenores .Cada ano tem o seu livro de apontamentos nos quais mostro dois e num deles consta no roda pé de uma página escrita à mão o seguinte: «“A Liturgia só se entende quando se celebra” do Padre José Leão Cordeiro, Fátima em 15-09-1982»