AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Padres naturais de Mazarefes

 Arco da Missa Nova, em 1944, de Monsenhor Vaz Coutinho, um sacerdote distinto como tal e como ecónomo da Arquidiocese de Braga e do Diário do Minho e exímio professor de matemática nos Seminários. Elevado à dignidade de Monsenhor parece nunca ter aceitado, embora colegas e leigos era o Monsenhor Manuel Vaz Coutinho, primo de meu pai Aparecem imagens da Minha Missa Nova dos serventes e do Álvaro Lavarinhas. Ocorreu em 1972 e em 1979 participou nesta Paróquia do Marcos 9,37, já mais convencido em dar um salto. É hoje um sacerdote cheio de vida e cheio de amor à Ordem do de S. João de Deus. Aqui neste album o vemos na festa dos 25 anos de sacerdote e nos meus 50 anos de padre.

 











 

NOTAS SOBRE MAZAREFES

ALGUNS PADRES NATURAIS DE MAZAREFES DESDE 1689

Nota: Entre parêntesis indico o século em que nasceu.

Pe. Brás Dias – do habito de S. Pedro. (séc. XVII)
Pe. António de Novais – (séc. XVII)
Pe. André de Barros – (séc. XVII)
Pe. Cristóvão Gonçalves Ribeiro – do lugar do Monte. (séc. XVII)
Pe. Manuel Fernandes – faleceu em Braga e foi sepultado nos claustros da Sé. (séc. XVII)
Pe. Tomás Barbosa de Almeida – foi abade de Vilar Sêco da Lomba, bispado de Bragança. (séc. XVIII)
Pe. Manuel Rodrigues de Carvalho – (séc. XVIII)

Pe. Francisco Gomes do Rego, faleceu no Brasil. (Séc, XVIII)
Pe. João Alves Calheiros – Foi pároco em S. Salvador da Torre e morreu afogado em Cardielos no rio Lima. (séc. XVIII)
Pe. Manuel Martins Carvalho – viveu na casa que mais tarde foi do Pe. Ant. Francisco de Matos e, agora, actual residência. Esteve no Brasil e em 1805, quando voltou, ampliou a capela das Boas-Novas. (séc. XVIII)
Pe. Manuel de Araújo Coutinho – foi abade de Tenões e presidente da Confraria do Bom-Jesus do Monte. Distribuiu a sua fortuna pela confraria, pelo Asilo de Velhos de N.ª Sr.ª da Caridade de Viana, Asilo das Meninas Órfãos e Desampartadas ( Lar de Santa Teresa) e em St.ª Luzia (Viana). (Séc. XVIII)
Pe. Jerónimo Francisco dos Reis – viveu com a Família numa casa muito pobre e que hoje é propriedade de António Rodrigues Vaz Coutinho. (séc. XIX)
Pe. José de Araújo Coutinho – pastoreou a terra natal durante duas épocas. Foi o principal impulsionador da obra da capela de S. Simão da Junqueira, sobre os escombros da antiga igreja paroquial, em 1860. Morreu em Braga na rua de S. Victor. (séx.XIX)
Pe. António Francisco de Matos – foi pároco de Mazarefes durante 54 anos. Nasceu a 9 de Junho de 1860. Seus pais eram lavradores e chamavam-se: Francisco António de Matos e Antónia da Piedade de Passos Pereira Maciel, natural de Castelo do Neiva.
Frequentou, já tarde, os estudos eclesiásticos e ordenou-se no dia de S. Félix de Valois- 20 de Novembro de 1887 – com 27 anos. (refere-se-lhe o Serão n.º 100).
Recebeu as ordens sacras do D. António José de Freitas Honorato, arcebispo de Braga. Era poeta e historiador. Pessoa muito culta a apelidada pelo povo de «sábio». Organizou uma monografia sobre Mazarefes. Foi um padre de vida sacerdotal fecunda. Comemorou as bodas de ouro sacerdotais em 20 de Novembro de 1937.
Em testamento deixou à freguesia a actual residência e cerca de 20.000m2 de terreno que faz parte do passal. Morreu em 7 de Março de 1947.
Pe. Manuel Fernandes Barbosa – paroquiou Darque (séc. XIX)
Pe. Manuel Pereira Polónia – Conhecido por Pe. Boavista. Nunca paroquiou e viveu na casa e Quinta da Boavista. (séc. XIX)
Pe. José Pereira Polónia – Pastoreou S. Romão do Neiva. (séc. XIX)
Pe. José Pereira da Silva Pinto – Foi pároco de Vila Fria. (séc. XIX)
Pe. José Rodrigues de Araújo Coutinho – Foi pároco em Anha. (séc. XIX)
Pe. Manuel António da Cunha – Pastoreou Vila Fria. (séc. XIX)
Pe. José Martins – Foi pároco de Castelo do Neiva (séc. XIX)
Pe. Francisco da Costa Dias – Foi pároco de Carreço. (séc. XIX)
Pe. Manuel da Costa Dias – paroquiou Verdoejo e Sanfins. (séc, XX)
Pe. Albino Maciel de Miranda, sobrinho do abade Ant. F. de Matos. Ordenou-se em 1928. Foi prefeito no Seminário de Nossa Senhora da Conceição, Seminário Conciliar, Vice-Reitor do Seminário de Cucujães, pároco de Barbudo, Mazarefes, Meadela, Capelão da Caridade e faleceu em 1970.
Também descende de família natural e residente em Mazarefes o Monsenhor Manuel Vaz Coutinho, ordenado em 1944 e falecido em Outubro de 2003.
Pe. Artur Coutinho, autor destas linhas, foi ordenado em 1972. É de Mazarefes.
O Padre da Ordem de S. João de Deus, frei padre Álvaro Lavarinhas, ordenado em 1998, Também é de Mazarefes.

terça-feira, 23 de julho de 2024

Apntamentos do Paço de Mazarefes

 Alguns apontamentos do Paço de Mazarefes do meu tempo de estudos

 






terça-feira, 16 de julho de 2024

CRUCIFIXO É SINAL DE CONFIANÇA

 CRUCIFIXO É SINAL DE CONFIANÇA

Já aqui falámos de oratórios que existiam em cada casa. Alguns ainda existem em casas antigas e são verdadeiras obras de arte.
Consta que o Senhor do


Alívio fazia parte de um oratório duma família antiga da Abelheira que o doou à Capela, depois do cruzeiro que lá existia com alpendre se ter transformado numa pequena capela cuja bênção foi em 20 de Outubro 1916, concedida autorização por D. Manuel Vieira de Matos, arcebispo de Braga.
Hoje o crucifixo é pouco visível nas casas novas, nos apartamentos e não sei se ao peito das pessoas.
Nunca devia ser usado como amuleto, como acontece com alguns. Trazem o crucifixo e outras coisas mais à mistura que perturba a mente de qualquer “semelhante” sensível à gerência e à fé esclarecida.
O crucifixo é um objecto que deve inspirar-nos confiança. É bom contemplá-lo nas nossas casas, igrejas domésticas. É bom que cada um se fizesse acompanhar ao peito ou bolso essa imagem de um Deus feito Homem que, como tal depois de nos comunicar a mensagem do Pai Eterno, expira pregado a uma cruz com a cabeça coroada de espinhos e inclinada sobre o seu peito, com olhos vidrados, face sofredora cheia de sangue precioso coagulado. Contemplar os pés e as mãos trespassadas e as chagas dos algozes...
Tudo isso por mim, por ti, por nós...
Como é tão fraca a nossa fidelidade ao seu grande amor. Como nós devíamos ser uns para com os outros retribuindo assim tão grande afecto de Cristo misericordioso que tem uma paciência tão grande para tolerar as nossas fraquezas, ódios, orgulhos e vaidades...
Antigamente nas escolas existia uma cruz nas salas de aula. Foram retiradas e, talvez por uma questão de liberdade religiosa, tinha o seu sentido, mas nesta terra onde a maioria ainda é cristã...talvez não viesse mal ao mundo por isso. Seja como for, também já nem se fala de Deus ou de Jesus às crianças...Os pais pedem o baptismo para os filhos, mandam à catequese, mas a oração ou simplesmente falar de Jesus, de Deus que nos Ama e que nos pede para todos sermos bons, amando os outros, isso está esquecido e em casa não há tempo para nada.
O dinheiro, as coisas materiais, cómodas da vida, o cartão de crédito, o pedido de crédito bancário...etc...é a maior preocupação.
Depois os catequistas são uns exigentes. A Paróquia não tem catequese à semana e devia ter. “Vou para onde me der mais jeito”. Ao fim de semana é para descansar e passear e ir aos shoppings, não há tempo para a oração, para a missa, para a catequese, nem num lado, nem no outro.
À conta que vão à terra dos avós, ao fim de semana, acabam por não fazerem prática religiosa em lado nenhum, nem os pais, nem as crianças.
“Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”. “Tudo é possível àquele que crê”.
A confiança em Deus é uma esperança que Ele não nos faltará com nada. Ele será a nossa luz e a nossa salvação e nos protege. Ele há-de nos ajudar nas nossas necessidades materiais e não nos preocuparemos com o futuro.
Se somos culpados, não tenhamos medo do Salvador; não foi para nós, especialmente, que Ele desceu à terra?
Jesus perdoou a Madalena, à 3ª negação de Pedro, a Zaqueu e abriu o céu ao bom ladrão.
Oh vós, que andais para aí... depressivos com problemas de vida, da vida de família, da vida conjugal, que casastes em segundas núpcias, com o estigma de condenados ou pecadores, Jesus continua a dizer-vos: “Vinde a Mim que sou manso e humilde de coração”. Continuai a rezar, a confiar em quem tudo pode. O nosso Deus é grande em Misericórdia, na Bondade, no Amor, na justiça.
Ele nos há-de salvar.
Amigo, se me lês não te esqueças que este é um valor a defender. Se a tua fé é grande, será igual à tua esperança e seremos todos felizes porque, na tranquilidade e serenidade, este objecto vivo nos inspira para uma vida eterna, afastará de nós todos os medos e com este sinal da cruz, venceremos todos os males!... P. Coutinho


 

CATEQUESE DE 88/89

 

 Cerca de 50 catequistas de 88/89 na Paróquia com perto de 1000 crianças. Nesta altura preparava-se um novo Conselho Pastoral

 


FORNOS NA CIDADE DE VIANA DO MEU TEMPO DE CRIANÇA

 

Utilização dos fornos da cidade

Há trinta ou quarenta anos atrás a D. Augusta  Soares, cujo  marido era pescador,  como  outras pessoas da cidade, utilizavam o forno de  Lenha  do “Serafim do Forno”, situado na Rua do  Espírito Santo, ao pé da Capela das Malheiras.

As  filhas da D. Augusta pelas épocas festivas  levavam de casa um alguidar com a farinha,  os ovos, e o açúcar . Chegadas lá batiam os bolos, e nas formas, lá  iam ao forno do pão, que era aquecido com “gravalha “.

Outro  uso e costume  era o de ir cozer a Broa  de milho ao  forno da “Ritinha “ na Ribeira .

A D. Augusta amassava a broa em casa, levava a massa numa “gamela de madeira “ própria para a massa do pão, tapada com uma toalha branca.

No local do forno, na padaria, fazia as broas, que se polvilhavam com farinha, mas antes de irem ao forno, fazia – lhes a sua marca, o “Bolisco“, para depois de cozido identificar as suas broas.

Como iam mais pessoas cozer o pão ao mesmo tempo, cada uma fazia a sua marca que era diferente da dos outros.

Conta ainda a D. Augusta que outra prática corrente consistia em antes de fazer as broas, tirar uma pequena porção da massa, e, enquanto se metia o pão de milho para cozer, faziam – se umas “Filhoses”, ou seja, faziam-se pequenas bolas  com a massa que eram achatadas  com a pá do forno pelo padeiro ,  para ficarem muito finas, e iam ao forno. Retiravam – se essas “Filhoses“ antes de fechar o forno, e, comiam-se logo ali quentinhas. Ia – se então para casa e voltava – se mais tarde para buscar o pão já cozido, que iria durar para alguns dias, dependendo do tamanho da fornada e da família a alimentar.