AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

domingo, 9 de agosto de 2009

António Fernandes- Carreteiro e dador de sangue-2007

Fechou os olhos para a vida deste mundo, no dia 29 de Julho do ano corrente, António de Passos Fernandes, nascido em 28 de Novembro de 1925, na Abelheira. Era filho de Manuel de Passos e de Rosa Martins Cabanelas.
Foi estivador e carreteiro. Casou em 1959 com Rosa Arantes Felgueiras, de Cossourado, Barcelos, que lhe deu quatro filhos: o António Felgueiras Passos Fernandes, casado com Maria de Fátima, escriturária contabilista; o Manuel, serralheiro, casado com Ana Fernandes, a trabalhar no Continente; a Rosa Maria, comerciante, casada com António Farinhas, comercial da P.T. e o João, serralheiro, casado com Alexandrina Fernandes, doméstica. Todos com filhos. Só o mais velho é que vive em Perre, os outros três mais novos vivem na zona da Paróquia.
O António Fernandes, mais conhecido pelo António Maduro, era irmão do José, do João, do Manuel, do Domingos, da Rosa e da Maria.
Era um homem muito alegre, com uma personalidade muito forte, um homem com muita fé, bom conversador e bom amigo, mas cuidado... não lhe calcassem os calos! Embora fosse um homem de “ferro”, tinha ao mesmo tempo um coração de mel, fácil de derreter e esquecer... perdoar!...
A sua doença, alzeihmer e parkinson, levou-o a acamar há cerca de um ano. Sempre esteve em casa e com cuidados de 5 estrelas, melhor que em qualquer hospital público ou privado, sempre tratado pela esposa, filha, genro e neta, com tanto carinho como é raro ver-se.





Aos domingos a família, como antes e até agora, visitavam-no e conviviam pelas tardes. Durante a semana os filhos mais os vizinhos ajudavam o que podiam.
Sempre se manifestou homem forte, rijo e um grande dador de sangue. Foi dador 40 vezes, e algumas vezes deu-o directamente, parando apenas quando o médico o proibiu, por limite de idade. Era, por isso, um homem generoso, e fez parte, durante vários anos, da Comissão de Culto da Senhora das Necessidades, e enquanto jovem, foi da Comissão do Menino e cumpriu também com o seu mandato de Mordomo da Cruz da Abelheira, onde todos os anos levava o estandarte da Senhora da Agonia, na Procissão.
Era um cristão praticante, fervoroso devoto da Senhora das Necessidades, da Senhora de Fátima, onde ia todos os anos, e de Sta. Marta, dia em que Deus o chamou a si.
Dizia “homem alegre”, e acrescento bom dançarino, leve nas voltas do vira e nos passos da dança romântica... Apreciado e sempre o primeiro a começar e a sair para a zona do baile. Viesse a música, lá estava ele e não faltava logo quem o acompanhasse...
Depois de tantas dádivas de sangue, não deu grande trabalho à saúde pública, apenas os últimos 7 dias da sua vida passou-os internados no Hospital do Alto Minho. Este foi o prémio público que levou da Saúde de Portugal.
P.C.

Sem comentários: