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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Direitos e deveres,

DIREITOS E DEVERES (I)
As relações cliente/servidor nem sempre são as melhores. Os conflitos que surgem são devidos à falta de formação e educação de uns e de outros.
Reporto-me essencialmente ao sector da restauração e serviços afins onde se nota mais esta disfunção tendo por base os dois parâmetros essenciais a um bom relacionamento:- a educação e formação.
O servidor deve prestar ao cliente um serviço eficaz, tendo sempre presente que o cliente não é uma pessoa qualquer, mas sim um “amigo” que deu preferência ao seu estabelecimento, por isso merece atenção especial, dentro dos limites de educação e respeito mútuos.É ele quem pede e paga o serviço, por isso tem direito a exigir que esse mesmo serviço lhe seja prestado com eficiência e correcção.
O cliente, sendo aquele que paga, tem o direito de exigir e reclamar, dentro dos princípios da boa educação.
Existem três tipos de clientes:-os intolerantes; os tolerantes e os indiferentes.
Os intolerantes são aqueles que nada desculpam e que são assertivos, agem no acto, chamando à atenção do servidor.
Os tolerantes são aqueles que vão desculpando gradualmente as faltas do servidor; vão “enchendo o saco” até que um dia rebenta. Pertencem ao grupo no qual me incluo.
Os indiferentes, como o próprio nome indica são aqueles que tudo desculpam e que não agem.
Quanto aos servidores, a classificação baseia-se nos dois parâmetros referidos atrás, educação e formação. Assim temos:-os que têm educação e formação; os que têm educação mas não tem formação; os que tem formação mas não têm educação e, por último, os que não têm nem uma coisa nem outra.
Os primeiros, que deviam ser a maioria, são raros. Encontram-se essencialmente em serviços que primam pela qualidade, os bons hotéis e restaurantes de luxo em que o grau de exigência é maior e a selecção mais apurada. Notam-se pela apresentação, pelo trato, pela discrição e bom senso.
Os segundos, têm a seu favor uma qualidade que é fundamental em todo o ser humano-a educação. São normalmente humildes, pedem desculpa por tudo, agradecem, mas falta-lhes o complemento da formação necessária ao desempenho do ofício. São em maioria, encontramo-los nos restaurantes, hotéis, bares, duma forma geral. Pena que não tenham recebido formação adequada.
Os terceiros, são normalmente eficientes, sabem do ofício porque tiveram formação imprescindível para exercerem o lugar, mas falta-lhes a educação que é o sustentáculo sólido do ser humano. Normalmente são arrogantes, boçais e inconvenientes, algumas vezes bajuladores. Nem sempre estes defeitos se encontram juntos, mas quando isso acontece é fugir deles.
Quanto aos últimos, não têm nada que os valorize. São uma minoria porque o meio os rejeita naturalmente em pouco tempo e não sobrevivem. Encontrámo-los às vezes nos restaurantes, casas de dormidas e cafés dalgumas vilas e aldeias, onde normalmente são proprietários ou familiares e onde o lucro é o único objectivo. A imprensa diária, por vezes, relata casos de agressões verbais e físicas desses donos ou familiares a clientes.
Se cada um de nós souber dar-se ao respeito e respeitar os outros,atendendo aos deveres e direitos de cada um, está a contribuir para a preservação da liberdade individual e a contribuir para a construção da democracia e ... da paz! A.Alves

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