AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mar de Viana

Sobre este tema "Mar de Viana" do meu amigo Martins é importante uma consulta a este blog "Mar de Viana", pois tem imagens belas e importantes para um investigador e com conteúdo em textos importantes, conforme abusivamente talvez esteja a transcrever. Faço-o apenas para os meus amigos que gostem de pesquisar, foi por isso que não Transcrfevi as fotos.
Mar de Viana
Blog que retrata os acontecimentos do mar e porto de Viana e arredores, nos bons e maus momentos, dos pequenos aos grandes senhores.
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19
Out 09
SANTA MARIA E AS VIAGENS PARA A AMÉRICA DO SUL


Encontrei este cartaz numa feira de antiguidades e chamou-me à atenção por se tratar de um navio em que estive para embarcar, mas também por se tratar de publicidade em espanhol a uma companhia de navegação portuguesa - a Companhia Colonial de Navegação e do paquete Santa Maria que já tive ocasião de referir anteriormente (vide post "Assalto ao Santa Maria"-30-05-2008).
publicado por dolphin às 22:41
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14
Out 09
CONSTRUÇÃO NAVAL EM CIMENTO ARMADO
No princípio do Século passado, Viana do Castelo foi pioneira na construção naval em cimento armado num dos cinco estaleiros então existentes - O Estaleiro da Moderna Construtora Naval, Lda. - sito a montante da Ponte Eiffel.
O Estaleiro da Moderna Construtora Naval, Lda., foi criado por escritura pública lavrada no escritório do Dr. João Caetano da Silva Campos, à Praça da República no dia 28 de Agosto de 1919, tendo como sócios Bernardo Pinto Abrunhosa (tio-avô do cantor Pedro Abrunhosa), casado, industrial e proprietário, natural de Vila Nova de Gaia mas a residir em Viana do Castelo, Dom Cipriano Salvatierra Y Iriarte, solteiro, maior, engenheiro, natural de Pamplona e Dom Afonso Peña Boeuf, também solteiro, maior, engenheiro, da cidade de Madrid, tendo como objecto "a exploração e fabrico de barcos, pontões, barcaças e construções navais flutuantes de toda a espécie em cimento armado ".
O primeiro pontão ou armazém flutuante construído por este estaleiro ocorreu em 28/10/1920 e foi-lhe dado o nome de "GIGANTE" devido ao seu tamanho e tonelagem.
A Aurora do Lima descreve desta forma o lançamento à água:"O barco, pelas 2 1/2 horas da tarde deslisou rapidamente pela carreira, movendo-se aquella enorme móle com uma facilidade admiravel. Ao entrar na agua levantou uma grande ondulação e depois, com o impulso adquirido e com a direcção que o leme lhe imprimiu seguiu um pouco rio acima, sendo então rebocado até a jusante do caes de S.Lourenço,..."
Foi o primeiro deste género construído em estaleiros portugueses e mesmo em toda a península.
Depois de vistoriado na baixa-mar, entrou na doca para aprestamentos (mastro e outros equipamentos), seguiu para a Ria de Vigo conduzido por um rebocador portuense.

publicado por dolphin às 23:00
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04
Out 09
ENTRADA DE UM NAVIO
Manhã fumada de Outubro. Começaram as neblinas do Outono. Já não apetece a caminhada no molhe. O chiparraço da maresia estatela-se contra os doles e cobre de limo o passadiço cimentado, tornando-o escorregadio.
Sem muita vontade, avanço cauteloso na esperança que a neblina se esfume e o sol brilhe. Abstraído com os meus pensamentos, só perto do farolim da ponta do molhe, reparo que a neblina está a dissipar-se. Já se vê a praia do Cabedelo e um rebocador "Monte Xisto" junto à bóia de entrada ou de espera.

Rebocador "Monte Xisto"
Está um navio para entrar, penso eu, arreigado ainda ao hábito de muitos anos naquelas andanças.
Saco da máquina fotográfica, minha companheira inseparável e vai de fotografar a cena, apesar das condições de luminosidade não serem as ideais.
O nevoeiro ainda se mantinha por fora, do lado do mar quero eu dizer (sempre à baila os termos profissionais!). Enquanto isso vou fotografando as gaivotas, eternas companheiras do homem do mar em todos os mares!


Gaivotas,eternas companheiras!...
O nevoeiro vai limpando e começa-se a divisar a silhueta dum navio que demanda a barra, devagar, como mandam as regras, na calma silenciosa do mar debaixo de neblina.

Silhueta do navio...
Uma traineira, vinda do Norte, avança para a barra, apressada para vender a sardinha na lota.


A traineira
A lancha dos pilotos, a velhinha "Quebramar" que há muitos anos (mais de 25) fui buscar a Aveiro, ainda no tempo do velho piloto Agostinho, cumprida a sua missão de levar o piloto a bordo, passa célere em direcção ao cais.

A lancha "QUEBRAMAR"
O navio-tanque NEPHELI, com carregamento de asfalto, está dentro da barra. O reboque acompanha-o, aguardando ordens do piloto da barra para, em caso de necessidade, auxiliar na manobra de atracar ao cais.

O navio "NEPHELI"
Missão cumprida. Esta é uma das tarefas do piloto da barra, conduzir o navio com segurança ao cais ou levá-lo com segurança até fora da barra. Tarefa árdua e de responsabilidade que passa despercebida à maioria das pessoas, mas que é bom lembrar que existem e que são importantes na actividade portuária.

publicado por dolphin às 13:27
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02
Out 09
ABEL MATUTES


Chegou assim como se pode ver na fotografia. Atracou no cais do Bugio, aguardando vaga na doca-seca n.º 1 dos ENVC.



Pouco a pouco foi ganhando cor



Deram-lhe um nome, Abel Matutes e lavaram-lhe a cara



Na doca de aprestamento dos ENVC recebe os últimos acabamentos



De proa virada para o mar prepara-se para sair brevemente para a 1.ª viagem


publicado por dolphin às 23:56
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26
Set 09
PILOTAGEM E TREINO DE VELA
Do meu posto de vigia - esplanada da praia do Coral - presencio e relembro as manobras de entrada e/ou saída dos poucos navios que ainda demandam o porto de Viana do Castelo, nesta época de crise económico-financeira, que se repercute em todos os sectores de actividade, em que o dos transportes marítimos, é um barómetro importante na determinação desta crise.


Regata frente à Estação de Pilotos

Hoje, fui testemunha de um acontecimento, à primeira vista de menor importância ou mesmo nenhuma, para a maioria das pessoas que não estão ligadas à actividade marítima, especialmente às manobras de entrada e/ou saída de navios em porto - à pilotagem.
Este facto fez-me lembrar outros em que fui interveniente directo e por isso não posso deixar de referir as consequências que daí podem advir, prevenindo e tomando medidas que evitem tais situações.
Antes de relatar o que se passou quero deixar bem claro que esta menção não me foi encomendada, nem tão pouco os meus colegas pilotos da barra têem conhecimento que a escrevi.


Navio a sair a barra

Na análise que faço (sempre fiz) dos factos, procuro isenção e independência, colocando-me dos dois lados da "barricada" como é costume dizer-se.
Gosto imenso da actividade desportiva da vela e tenho pena do meu filho não a ter praticado enquanto jovem, precisamente consequência dum caso análogo ao que hoje aconteceu e que vou relatar.


Aproximação do barco-instrutor

Estamos em finais de Setembro (26). Está um dia espectacular em temperatura, vento,ondulação e visibilidade. Sento-me na esplanada e deleito-me a olhar o mar e costa adjacente na direcção do Sul, percorrendo com o olhar a Amorosa com o seu casario policromático, o Castelo do Neiva com o paredão escuro do portinho de pesca bem visível no horizonte de mar, Ofir com os edifícios em altura dos hotéis, A-Ver-o-Mar igualmente visível em dias límpidos, devido à altura dos "mamarrachos" que aí foram erigidos consequência duma construção àvida de dinheiro e sem controle nem planificação.
Em primeiro plano, um grupo de "optimists" que vogam ao sabor da aragem branda que escoa de terra, completam o quadro maravilhoso que me delicia o olhar e me enche de prazer.


Embarcações a desviarem-se da barra depois das ordens do monitor

Saboreava o meu café, sem açucar, para não fazer tão mal, quando sou aturdido pelo som rouco e familiar da busina de um navio que saía a barra, escoltado por dois rebocadores, conforme é determinado pela legislação portuária, em função do tamanho. Trata-se portanto, para aqueles que não percebem, dum navio que necessita, para ser manobrado em segurança, do apoio de meios auxiliares de manobra para se poder movimentar sem risco em águas restritas, como é a entrada e/ou saída da barra.
O apito do navio é para avisar as pequenas embarcações de vela (optimists), tripuladas por jovens com idades a rondar os 10 anos que se devem desviar do caminho do navio.
Acompanhei atentamente a manobra, como se estivesse em funções e verifiquei que as embarcações, embora movendo-se para sul, não se desviavam do enfiamento da barra, local por onde o navio devia passar, por isso o navio emitiu um segundo apito.
Imediatamente me veio à mente o que por diversas vezes se passou comigo, anos atrás, quando me vi confrontado com um panorama análogo.


Barra livre de embarcações no enfiamento do canal de entrada

A tensão sobe, a pressão aumenta perante a dupla responsabilidade de pilotar o navio em segurança e evitar abalroar as pequenas e frágeis embarcações tripuladas por crianças com pouca experiência. Ponho-me no lugar da criança que, ao avistar o "monstro" que se aproxima na sua direcção, cada vez maior e mais próximo, não sabe como agir e se defender, dispondo apenas de um leme, vela e vento cuja força cessará quando o navio servir de "parede" e a instabilidade da ondulação provocada pelo deslocamento do navio a obrigar a balouçar descontroladamente, porque neste como noutros casos não tem alguém responsável, um instrutor ou monitor que lhe dê instrucções para agir em conformidade.
Parece que estou a ver o "filme" de há anos atrás e que originou a não inscrição do meu filho na escola de remo e vela. O barco com o instrutor veio a toda a velocidade, no último minuto, sem consciência do que é a responsabilidade do piloto que tem de agir com tempo para evitar o pior e o que é mais grave, o abandono e perigo a que são expostas as crianças.


Embarcações com instrutor

No fim da manobra, depois do navio ter saído em segurança, porque essa é a missão do piloto da barra, dei instrucções ao mestre da lancha de pilotos para abordar a embarcação do clube de vela e enérgicamente chamei à atenção do monitor, para a negligência de deixar crianças de tenra idade, indefesas, em frágeis embarcações abandonadas perante um perigo daquela natureza e da responsabilidade que é pôr um navio em perigo.


Embarcações rebocadas pelo barco instrutor

Fui maltratado pelo monitor e decidi que o meu filho não estaria sujeito a tamanha irresponsabilidade. Se o deixasse frequentar tal clube seria tão ou mais irresponsável que o pretenso "monitor", que me ofendeu em vez de pedir desculpa, pela incúria em deixar abandonados e expostos ao perigo crianças tão inaptas.
Tal como acabo de relatar, hoje sucedeu o mesmo com o barco da escola de vela que rio abaixo ultrapassou o navio e foi ao encontro dos optimists dando instrucções para se desviarem para barlavento, deixando assim o caminho livre ao navio.


Barra "tapada" com embarcações à vela

É possivel coabitarem todos no mesmo espaço, é necessário regras e especialmente comunicação entre os intervenientes. Defendo e sempre sugeri e apresentei soluções para que tal viesse a ser regularizado. É muito simples, basta um mero telefonema do clube de vela para a estação de pilotos a perguntar se vai haver movimento no período que pretendem efectuar os treinos ou regatas e nunca, em circunstância alguma deixar sózinhas as frágeis embarcações.
Esperemos não ter que lamentar um dia uma catástrofe que a ninguém interessa, para depois agir e tomar medidas à posteriori.

publicado por dolphin às 17:52
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26
Ago 09
MALABAR
Segundo o Grande Dicionário Enciclopédico, MALABAR refere-se à costa ocidental da Índia, que em finais do Século XVII, se estendia desde o cabo Camorim, a sul, até ao monte Deli, segundo o cronista Fernão Lopes de Castanheda.
Dos reinos do MALABAR, o mais poderoso era o de Calecute, que frequentemente tentava afastar os portugueses dessa costa.
A frota de Vasco da Gama chegou aquelas paragens em 1498 quando da descoberta do caminho marítimo para a Índia. Desde logo o samorim de Calecute tentou afastar os portugueses, mas o Vice-Rei da Índia Duarte Pacheco Pereira ao derrotar os exércitos do samorim de Calecute, possibilitou a permanência lusa no Malabar.
Afonso de Albuquerque arrasou o comércio de Calecute, conseguindo em 1513 estabelecer pazes favoráveis e construir no local uma importante fortaleza-feitoria.
Foi curta a permanência dos portugueses em Calecute, sendo a primeira possessão que os portugueses perderam na Índia em 1525, tendo mais tarde, no Século XVII os ingleses edificado uma feitoria no local.
Actualmente faz parte do território da União Indiana. A principal riqueza do malabar assentava na pimenta, e menos no gengibre e na canela.
Malabarismo, (de malabar). s. m. Prática de jogos malabares. Também se diz quando queremos referir-nos a coisas difíceis e engenhosas ou a manigâncias ou manobras.
O MALABAR foi um vaso de guerra francês que efectuou uma visita de cortesia ao porto de Viana do Castelo e região do Alto Minho em 25, 26 e 27 de Julho de 1986, a convite do Cônsul Honorário de França nesta cidade o sr. José Augusto Lima de Matos.
Tive ensejo de lhe dar entrada para o cais do novo Porto Comercial, na margem esquerda do rio Lima, e saída para o mar com destino a França.
Era um rebocador moderno com 51 metros de comprimento, sob o comando do Capitão de Fragata Mr. Benoit, com uma tripulação de 40 Oficiais, 15 sargentos e 15 marinheiros.
A exemplo de visitas anteriores de outros navios da Marinha de Guerra Francesa, foi proporcionado ao comandante e tripulação, um vasto e bem elaborado programa, delineado pelo sr. José Lima de Matos, com visitas aos concelhos dos vales do Lima e Minho.
O comandante e oficiais, retribuíram com um cocktail a bordo do Malabar, às autoridades civis e militares.
Na saída para o mar o comandante Benoit teve a amabilidade de me oferecer um porta chaves do navio, em prata, que guardo como recordação.

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