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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PARTOS NATURAIS


Partos Naturais- Experiências indescritíveis!!!...

Paróquia Nova pediu por escrito e ouviu outras senhoras sobre partos naturais. Deste modo transcrevemos testmunhos de vida de algumas mães.
*“Não existem palavras para descrever o sentimento de uma mãe que acaba de ter um filho.
Tinha 29 anos quando o meu rebento nasceu.
Este foi um marco muito importante na minha vida e no da família que é inesquecível...
Tudo começou 2 dias antes, no domingo, dia 21. Depois de uma espera de 9 meses e da ansiedade crescente pela curiosidade em saber como ele seria e com quem se pareceria, eis que os primeiros sinais de que este acontecimento está próximo a acontecer surgem.
Inicialmente não passavam de simples cólicas muito espaçadas no tempo. Gradualmente os sinais foram-se intensificando tornando-se as “dores” mais fortes e com intervalos mais curtos no tempo. No entanto, na segunda-feira, em vez de ficar em casa à espera do que pudesse acontecer fui passear. Quando as cólicas aumentavam tinha que parar para que passassem. Esta situação foi-se prolongando mais dois dias, quando pelas 12.30 horas finalmente digo ao meu marido que temos de ir para a maternidade.
Lá fomos nós na expectativa do que iria acontecer.
Depois de examinada fui internada, já com 4 cm de dilatação. Neste momento as contracções já tinham começado a regularizar acontecendo, aproximadamente, de 5 em 5 minutos. Os intervalos foram encurtando e as dores aumentando, no entanto a bolsa de água não rebentou, tendo que ser rebentada pela enfermeira parteira. Pode dizer-se que este é um momento delicado pelo desconforto que causa à mulher.
Depois de a enfermeira dizer que o meu filho estava pronto para nascer, demorou 10 longos minutos até ele ser colocado nos meus braços. Foi dos momentos mais felizes porque já passei, todo o sofrimento anterior desapareceu como que por magia. Ficou simplesmente a felicidade de, finalmente ser mãe, de dar um filho ao meu marido e vermos o fruto do nosso amor, um projecto de toda a vida, e este amor que, prodigiosamente, cresce todos os dias.” A.R. - técnica superior do Serviço Social
*“Tive uma filha e único parto natural. Sempre vivi para ela. Não há maior alegria do que quando depois de ter dado à luz ter visto a filha. Parece que meu coração já não queria mais nada, o resto passou. “ M. M 90 anos
*“Empregada de limpeza”. Só tive um filho que custou muito. Foi tirado a ferros naquela altura, mas logo que o vi desapareceram todas as dores e por ele daria mais.” M. A. 84 Anos
*“Tive sete filhos sendo todos de parto natural. Um quase o tinha no monte. Era caseira. Foi para Fragoso onde teve parto natural. Morreu com 18 dias com a meningite. Isso é que foi pior, mas já estava baptizado. Teve sempre muita sorte apesar de nunca ter tido parteira para os 7 partos. Casada a 23 de Maio de 1943. Só um foi nascer à misericórdia, mesmo assim foi natural. Teve todos em casa sozinha com a sogra que era fofinha embora pequinha. Sempre vivi com muita alegria e sempre com muita sorte na vida”.
“Hoje as mulheres são mais fracas, ou têm medo de qualquer coisa que possa acontecer ou é o médico que as assusta. É tão natural que no meu tempo nem se ia ao médico ... , mas agora são todas assistidas e querem parto sem dor!...” F. M. com 80 anos
*“Tive quatro filhos. Com o primeiro não sabia o que aquilo era. As dores não eram normais e por pouco morria eu e o meu filho. As dores eram por trás. Passados 2 a 3 dias chegava a parteira e se não viesse tão depressa morreríamos os dois. Foi um momento de enorme alegria mas um senão: quando o vi pareceu-me defeituoso, mas não era. No segundo já sabia. “Em sua casa nasceram os dois primeiros e duas outras na maternidade. De imediato, esqueceu o que sofreu, pois no Hospital da Misericórdia teve melhor qualidade. Foi assistida por uma Irmã franciscana, a Irmã Stº Espírito”. Embora dissessem mal dela, nada tenho a dizer. Em casa não estava tão á vontade na família mas tinha más condições. F. V. 83 Anos
Um dia especial. “Em 31 de Janeiro de 1999, estava um dia lindo, quando acabei de almoçar. Era por volta das duas da tarde, saí para dar um passeio, quando senti uma ligeira dor no fundo da barriga, senti que o meu menino ia nascer, logo de seguida as águas arrebentaram, não disse nada para não ir logo para o hospital, sabia que o parto podia demorar e não me apetecia ficar tanto tempo na maternidade. Só por volta das 17 horas é que disse ao meu marido que tinha de ir a casa buscar as coisas para ir para o hospital, que o menino ia nascer. Ele não me deixou ir a casa levou-me logo para o hospital. Entrei, fui examinada por uma enfermeira, que mandou logo alguém ir a casa buscar o saco que eu já não saía dali. Estava muito calma, o momento mais feliz da minha vida estava a chegar, tinha consciência que não ia ser fácil que tinha que sofrer muito, mas tinha fé que tudo correria bem e, em breve, o meu filho estaria nos meus braços. Assim foi , cerca de meia hora depois já tinha fortes contracções, uma das enfermeiras perguntou se queria a epidural , logo respondi que não. Queria um parto natural. Estava na mesma sala uma senhora que gritava muito com dores e já estava lá desde manhã, ela admirou a minha calma. Por volta das 18.15 senti o meu filho a querer nascer, comecei a senti-lo a descer, chamei a enfermeira que me examinou, e gritou este já vai sair, vamos para a sala de partos. Levantei-me e fui pelo meu próprio pé, quando entrei naquela sala só pedi a Deus que me desse força para que o meu filho nascesse rápido para nenhum dos dois sofrer muito tempo. Sabia que quanto mais depressa ele nascesse, quanto melhor colaborasse com as enfermeiras mais fácil seria. Não tinha tido qualquer preparação para o parto, mas isso não me preocupava, só pensava em abraçar o meu menino, senti-o pouco depois a sair, levantei-me para assistir àquele momento maravilhoso de o ver nascer, foi uma alegria tão grande que não dá para explicar ver o meu filho ali, ver que era um menino perfeito. Colocaram-no nos meus braços para lhe cortar o cordão. A felicidade era tão grande que nem sentia dor, tudo tinha passado, é uma sensação de felicidade tão grande que não dá para explicar, um momento na nossa vida que é mágico, inesquecível, mas foi só por segundos. A minha aflição começou quando a enfermeira gritou por um pediatra com urgência. Foi tudo tão rápido que fiquei assustada, ali sim, fiquei com medo, não sabia o que tinha acontecido ao menino, toda aquela alegria e felicidade desapareceu, pois não me explicaram o que tinha acontecido, retiraram o menino daquela sala e deixaram-me sozinha ali à espera que um médico viesse para acabar o serviço. Naqueles breves minutos fiquei com muito medo porque me tinha parecido que o menino tinha o cordão à volta do pescoço ao nascer. Então entrou a pediatra com ele no colo, colocou-o novamente em cima de mim e disse que o tinha que levar para cima para examinar, mas que não era nada grave, era só por precaução, por eu ter tido uma pneumonia quinze dias antas dele nascer. Chamaram o pai para subir com ele, colocaram-no nos braços do pai durante a viagem até ao 8º andar, depois tiraram-mo dos braços, e entraram mandando-o esperar cá fora, só duas horas depois é que disseram ao meu marido para se ir embora que estava tudo bem, mas que tinha que passar 24 horas na incubadora. Foram as horas mais longas e angustiantes da minha vida, não ter o meu filho ali comigo e, pior, não saber o que se estava a passar. A outra senhora estava ali ao meu lado com a sua menina que nasceu quinze minutos depois do meu, feliz ao olhar para a filha a dar-lhe o peito e eu não tinha o meu. Foram horríveis aquelas horas. Depois, no Domingo, à noite deixaram-me ir lá cima buscá-lo para a minha beira, jurei que nunca mais o ia deixar. Já tem dez anos e nunca mais o deixei, só peço a Deus que me dê saúde para o criar que é a coisa mais bela que tenho na vida, por ele dava a minha própria vida.”M. G. , 38anos,escriturária.
P.N.

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