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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um timorense entre nós


Um Timorense
Enquanto enganava a fome, foi-me apresentado um timorense chamado Gaspar que se vê na foto pelo António Oliveira Pinto, paroquiano, casado com Filomena. Depois de ter estado lá na tropa, o Pinto jamais pensou em outra coisa a não ser voltar a Timor para ajudar, para trabalhar, para viver melhor a sua fé. Entretanto casou, trabalhou aqui em Viana e, aquando da independência de Timor, para lá foi missionar, ajudar os leigos, os padres e os bispos. A filha, Cláudia Pinto, para lá foi também, para ser professora primária, onde está há seis anos. Hoje está de férias. Lá ela e seus pais têm sido catequistas e feito trabalhos de missão com os Jesuítas. A Cláudia está na foto ao lado de quem me acabou de ser apresentado pelo pai, o Gaspar da Silva Xavier, timorense casado com Celestina Rodrigues, doméstica e agricultora. O Gaspar é alfaiate em Baucau, na alfaiataria Roma Taillor de que é proprietário, em Utulete, Vila Nova, Baucau, Timor-Leste.
A presença da Indonésia lançou-o na vida e se fez patrão de dez funcionários, mas nesse tempo tinha muito poder económico e muitos inimigos.
A independência fez com que fosse reduzido a patrão de um só funcionário e com menos dinheiro, mas com mais alegria e mais paz. Acabaram-se os inimigos.
Agora, com a ajuda dos pais da Cláudia e da própria Cláudia, que ajudou a preparar-lhe os documentos necessários, está entre nós a passar dois meses de férias. Fala bem português, mas melhor o Téturn. Esteve proibido de falar o português de que tanto gosta pelos indonésios.
Está imensamente feliz por vir a Portugal de que sabe bem a história do país do que a maioria dos Portugueses e até brinca, mas também chora e emociona-se quando entra no Mosteiro da Batalha, um dos monumentos que mais marcaram a história dos portugueses.
Fiquei a saber que não há distribuição de correio em Timor Leste e que os professores vivem em casas feitas junto da embaixada portuguesa.

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