Saco, Manuel
É apelido e o nome de um colunista de um dos jornais espanhóis, Manuel Saco, em algo que me parece apenas de mau gosto “in fogo Amigo” quando fala da Bíblia como um “ livro de disparates”.
Ao falar-se tanto de mais formação para os sacerdotes, actualização e o mesmo se diga para os leigos em geral, mas de um modo particular para os que estão comprometidos em acções da Igreja, ele talvez tenha razão. Ele seria o primeiro a estudar e escrever com sensatez sobre algo tâo sério que seria fuzilado se assim falasse do Alcorâo. As Sagradas Escrituras, a Bíblia não é coisa que ele saiba para dizer que a Bíblia é um livro de disparates que é a cultura da morte, uma justiça divina da morte quando Rocco Cardeal apela a que os juristas católicos não devem legislar contra a lei de Deus.
Agarra-se a argumentos do Antigo Testamento para provar a justiça divina da morte. Naturalmente só sabe ler o que lá está, mas interpretar é para os outros. Para ler o Antigo Testamento, na maioria dos casos, é necessária formação bem aprofundada sobre a história do tempo em que foi escrito o livro, é preciso saber o contexto religioso, espiritual, económico, politico, as costumes e a civilização da época, os conceitos filosóficos, etc… Só assim se poderá fazer uma leitura eficaz do Antigo Testamento, autor por autor. É por isso que eu raro aconselho à leitura das escrituras antes de Jesus Cristo, só quando me apercebo que a pessoa tem formação capaz de, se não entender, se interrogar-se e pedir esclarecimentos a quem sabe.
Jesus Cristo veio trazer, clarificar a verdadeira lei de Deus. No A.T. também lá está, mas as infidelidades, as divisões e as culturas das escrituras de que Deus se serviu ao longo dos tempos sem lhes retirar a sua própria personalidade, têm de ser compreendidas como marco de uma civilização. Não são as citações que faz Manuel Saco com que quer provar algo descontextualizado com medo que o Código Penal espanhol venha mesclado de leis farisaicas, um grupo de judeus que Cristo lhes chamou “hipócritas” e “sepulcros caiados de branco”.
Apelo a que não se digam disparates por ignorância supina. Assim está provado que, de facto, é preciso muita formação dos nossos cristãos, dos católicos para poderem cada vez mais ouvir ignorantes a falar ou a escrever.
Diz-se em português quando alguém não sabe “Manuel,mete a viola no saco.”, ou também poderia dizer põe a caneta para marcares figura como homem letrado, mas não escrevas que não sabes o que fazes.
Não era assim quando algum queria mostrar que sabia escrever, trazia canetas no bolso superior esquerdo do casaco?
Alguns dos nossos cristãos ainda vão aí, só não o fazem por vergonha, sabem escrever e ler, mas não acompanham a evolução das coisas, ainda se encontram nos bancos da catequese antiga e, por aí se ficam... como meros espectadores, sem qualquer espírito crítico sério.
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