“Somos
Igreja que acolhe”
Este
é o tema da carta pastoral do nosso Bispo que se encontra à venda e também
temos nos nossos serviços, custa uma ninharia…
Depois
de Evangelizar e agradecer, vem o Acolher…
Não
sei se deveríamos ter começado ao contrário porque nada na nossa vida deve
começar sem um acolhimento adequado a cada ser porque depois de bem acolhido
mais facilmente acredita na evangelização e sente-se obrigado a agradecer.
Antes
de tudo o que é mais importante é acolher, precisamos de saber acolher. No
acolhimento que significa dar colo, colinho, isto é, colar e não dividir ou
encolher. É activo e não passivo. É o regaço da mãe é o colo da Virgem Maria
com seu filho descido da Cruz morto e o colo de Deus sempre activo, positivo,
querido e amado. É difícil dar colo ou regaço a um adulto, à primeira vista,
mas se fizermos uns aos outros aquilo que Deus quer, isto é, ver o Outro com os
olhos de Deus e já arranjamos um regaço quando fizer falta, seja criança ou
adulto e qualquer que precise e sem preconceitos.
Abrigar
alguém, recolher, agasalhar, amparar, proteger, amparar é acolher. Acolher é um
abraço forte que confirma paz, confiança, amor, carinho e segurança. É mais
forte que o dar a mão, qualquer palavra ou gesto, mas o conjunto é possível ser
sinal de um bom acolhimento.
Acolher
é dar. “Há mais felicidade em dar que em receber (Act 20,35)”
Ao
longo da vida todos precisamos de colo porque o contrário podemos criar rotura
e pode não dar, mas também nunca receber. Todos estamos preparados para
acolher? “Somos Igreja que acolhe” porque dar colo é fortalecer as relações
entre os familiares e entre os humanos, entre qualquer um da Comunidade
diocesana e abertos aos que chegam de fora, sejam de que raça for, política ou
credo, pobre ou rico. Se alguém precisa, cada um de nós é chamado a Acolher… “Alegrai-vos com os que estão
alegres, chorai com os que choram (Rm 12,15)”
Dar
colo é ajudar a dormir a criança, o idoso ou o doente, a minimizar a solidão e
a aflição dos que sofrem.
Todos
nós somos dependentes e precisamos de estímulos, ou então, as pessoas serão
resignadas e infelizes. Deus não quer ninguém infeliz.
A
vida começa para todos assim no colo, no regaço, entre o joelhos e a cintura,
no colo, entre a cintura e o peito e pode acabar do mesmo modo…
Aqui
na Paróquia existe o Berço, onde se dá colo…Ele existe para dar colo uma vez
que bebés e crianças não têm colo da mãe natural. Nós temos de tomar o lugar da
mãe, ou dum pai para o seu crescimento normal de qualquer humano, filho de
Deus.
O
Refeitório Social onde se come e se faz higiene como pessoas nossas irmãs em
aposentos normais. Não é a sopa dos pobres, mas o pão, a sopa, o prato normal,
a sobremesa, quantas vezes um afago, um conselho ou um dar a mão sem olhar a
quem. “Não pagueis o mal com o mal, mas preocupai-vos em praticar o bem para
com todos os homens; se for possível, quanto de vós dependa, vivei em paz com
todos (Rm 12,14) ”
Agradecemos a Deus esta
dádiva de Amor de muitos dados a estas crianças abandonadas, maltratadas, de
famílias desestruturadas, vítimas de violência de todas as espécies. Este
louvor é “A acção de graças: Parte da «visão espiritual, de fé profunda, que
reconhece aquilo que o próprio Deus faz» pela evangelização «e simultaneamente,
(…) brota de um coração solícito pelos outros.”
Sentimo-nos gratíssimos pelas oportunidades que Deus nos
vai dando para amar derramando sacrifício, ascese, oração, esforço, cansaço,
renúncia e até a própria vida porque a felicidade e autenticidade da vida
dá-nos alegria e o prazer do dever cumprido e a leveza de consciência para
dormirmos melhor e alcançarmos o bem pelo qual lutamos. Se permanecerdes em mim
e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e
acontecer-vos-á. S. Paulo recomendou: “Sede alegres na esperança, pacientes na
tribulação, perseverantes na oração (Rm 12,12)”
Padre Coutinho
Sem comentários:
Enviar um comentário