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terça-feira, 15 de junho de 2010

Ano Sacerdotal encerrou, mas qundo encerra,normalmente algo de novo começa

A minha preocupação, como padre, foi e é procurar fazer tudo para a todos levar a Cristo. Digo-o com a convicção de que é para isso que eu trabalho e nada mais...


Não sou padre de esquerda, de centro ou da direita. Procuro abrir os braços e ter um coração aberto a todos os de boa vontade.

Nem sempre consigo porque, nem sempre sou tão profundo porque me falta a coragem ou qualquer coisa que não me deixa os meus olhos e o coração chegar tanto ao Alto quando rezo, nem ao Fundo do inesgotável Amor de Deus tanto quando como faço algo.

“Deixe-me ser padre da rua” , disse um dia a alguém, e passo agora a nem sequer isso poder. A minha postura de trabalho mudou muito. Estava em todos os lados, agora trabalho na mesma, mas sempre no mesmo sítio com algum prejuizo pastoral.

Deus é Amor, assim definiu S. João e o Papa Bento XVI. Numa era conturbada na Igreja, lança como base da sua acção esta encíclica "Deus é Amor" e é assim que começou o seu pontificado.

Nem sempre nos convencemos disso. Acreditamos, e na prática, esquecemo-nos…

Até parece que estamos cheios de ouvir: Jesus disse, o Apóstolo disse, o Papa João Paulo II dizia, Bento XVI veio a Portugal e disse, mas é raro ouvir-se dizer que alguém trouxe uma boa mensagem e agora... eu estou a tentar vivê-la, a transformar-me nela. Eu também não consigo aquela transformação que desejo ardentemente, pelo que sinto ansiedade, mais e mais… Fico aquém do muito que gostaria de estar mais próximo de todos, por mais que lute por me aproximar dos demais, seja no café, na rua, na oficina, no escritório, na missa, no confissionário, em casa ou na Igreja, em passeio ou reuniões, entre os pobres e os ricos, entre as flores do jardim e os frutos dos perfeitos amores.

Sou Padre, tenho um nome e a minha missão só acabará quando Deus quiser. O melhor é abandonar-me nas mãos de quem tudo pode na luta pelo bem de todos os irmãos.

Não é tarefa fácil, mas também só somos obrigados a ir até aonde pudermos e, se algo fazemos de bem, a Ele o devemos, que nos vai dando alento, coragem, força e o seu Espírito nos acompanha em todos os momentos e nos ilumina para não vivermos de rotinas, de calendários, de dias e horas marcadas...

Este nosso Deus é digno de toda a Honra, Glória e Louvor porque tem um coração maior do que o mundo e onde todos podem lá estar, e eu ficar de fora!... Quem sabe?... Deus me perdoe, mas eu não sei tudo sobre mim porque cada dia que corre descubro coisas em mim que desconhecia boas e más...e dos outros, do que se passa nos seus corações, não sei mesmo nada.

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