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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

A Falar Viana


A Falar Viana

Para falar de Viana é preciso apreciá-la e contemplá-la! Exaltar a criação de uma paisagem única onde o Mar e o Rio Lima, de mãos dadas beijam esta terra e entre si se casam, animados pelas ninfas inspiradoras de poetas, prosadores, cantadores e músicos, assim como a nostalgia de trabalhadores que trabalham na faina da terra, do rio e do mar.
É, nesta simbiose de entendimento, que subindo o monte de Santa Luzia, observamos o mar desde a linha do horizonte, até às povoações que vislumbramos a norte e a sul a quem o mesmo mar beija, bem como como as terras e as colinas que ao mesmo tempo e ao longo do Rio se apresentam depois de uma grande planura.
Ao tomarmos um barco e dirigirmo-nos para a barra, Logo, temos uma sensação de sermos esmagados por uma beleza impar entre a água e a terra, entre os barcos, o castelo, as casas,  monumentos, a encosta da cidade até Santa Luzia com o seu templo ao Sagrado Coração de Jesus que nos faz abrir os olhos o mais que se pode e alegrar o coração e a mente por tão doce cereja sobre o topo do bolo, isto é, o poder da criação e as suas gentes, os seus abrigos de habitação, de lazer e de trabalho… Assim chegados “Tabor” de Viana emerge a vontade de dirigir o nosso olhar para o Céu e dar graças Deus pelas maravilhas que criou para nós.
Se no mesmo barco formos por aí acima vamos descobrindo as margens batidas e escavadas pelas águas das marés grandes e basta chegar até ao Barco do Porto.
Do Barco ou do monte de Santa Luzia vemos as diferenças de há 60 anos até esta data como se fossem tufos naturais, frutos do desenvolvimento que ao longo dos tempos menos desenvolvidos foram agora desabrochando… Continua nestes últimos anos com novos pacotes de semente urbana tão diferenciada que fazem, na diversidade, esta terra, com esta nobre gente uma nova linguagem: Viana é sempre bonita.
Podemos observar ainda as colinas do Galeão, Santo Amaro, Senhora do Crasto, de S. Silvestre, e ao longe, muito longe, a Senhora do Minho, como castelos defensores desta nossa terra onde nascemos e aprendemos a amá-la; como a terra da Senhora da Agonia, montanha sagrada, a da Serra d’Arga, orgulho de todos nós “limicorum”, das gentes da cidade e arredores, ao perto e ao longe.
Onde mulheres de pescadores recorrem à Senhora da Agonia, ao Senhor da Prisão, à Senhora da Boas Novas, ou à Senhora das Areias em romeiros a cantar e a rezar, chorando, pedindo com clemência para acabar as tempestades no mar, ou para que o marido ou filho que sai, volte são e salvo, onde já não importa o produto do trabalho, mas a sobrevivência e a defesa da vida.
De Santa Luzia vemos prontamente as freguesias de Darque, Anha, Chafé, Mazarefes, e Vila Fria, e os montados de Vila de Punhe, Alvarães, Deocriste, Santa Maria de Geraz de Lima, Santa Leocádia, Sabariz, Cardielos, Serreleis, mais ao longe Barroselas e Carvoeiro, longe terras, assim também os montados de Areosa, Afife, Carreço, Perre e Outeiro.
A C 2017

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