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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Acolher deve ser um dos frutos da espiritualidade

Acolher deve ser um dos frutos da espiritualidade
Acolher é amor. Só o humilde é capaz de acolher quem chega, seja quem for, pois pode ser aquela pessoa que precisa mais de mim, e sem saber que um dia ela poderá dar mais do que eu lhe dei. Seja quem for ainda que por mal, pois já nós, e não só, sentimos a dor de uma arma caçadeira apontada a 5 metros, de uma pistola pousada sobre uma secretária, ou de uma arma dentro de um saco, ameaçadora, do tudo ou nada, à nossa frente.
Só pode acolher bem quem for humilde. Só o humilde é capaz de amansar o violento, o degradado, o esfomeado de sede e justiça, sem quebrar o diálogo. São muitas experiências pela qual o gesto pode passar na vida, mas acabamos por sentir felicidade, descobrimos uma espiritualidade grande. Despertamos que a vida só tem sentido dentro da fraternidade, como filhos do nosso pai, ou de algo absoluto, transcendente, oculto que não vemos, mas acreditamos. Esta espiritualidade leva-nos a aliviar o sofrimento e a compreender que as nossas dores não são só nossas, são de todos, da humanidade.
Eis o grande desafio à espiritualidade, e apesar de tudo, continuar a acreditar.
Esta é a espiritualidade alicerçada na fé sem deixarmos cair os braços ou pôr de lado o resto e esperar pelo fim. Deus dá-nos sempre com as duas mãos e com o seu amor o que precisamos para conseguir os objetivos que pretendemos e a crença de que não estamos aqui para sempre, mas, de passagem para um além muito melhor e superior desde que, nos momentos das horas do dia-a-dia, de mês a mês, de ano a ano queiramos voar. Deus facilmente esquece as nossas fraquezas. Se ficarmos envolvidos nos nossos rancores, aí está o pecado.
A espiritualidade é ter consciência que somos a parte de um todo que é Amor! Que somos Obra de Deus!...
O mundo em que vivemos nos últimos tempos é um mundo da materialidade, da técnicociência maravilhosa que dispomos mas, com inteligência, com a crença de que só haverá tragédia se formos orgulhosos e não investirmos na oração e no uso justo da liberdade.
Caso contrário, vasta olhar para os noticiários que nos deixam tristes e podem-nos levar á tentação de um mundo de loucos.
Com a espiritualidade procuramos compreender e encher o nosso peito, não para o desânimo, mas para a nobreza, de uma alma com dignidade próxima do divino. É infeliz a autoridade que recusa ser discípulo e o discípulo que recusa ser autoridade.
Amigo é, no espírito, em que está toda a verdadeira grandeza. A simplicidade do espírito é visível na nobreza e ela cresce com o retiro de nós mesmos.
Não poderemos ter uma alegria espiritual em pleno se não formos justos e fizermos crescer a virtude da humanidade na nossa vida. É verdade porque quanto mais nós nos despirmos do nosso orgulho, da nossa vaidade, mais resplandece a luz do nosso espírito. É na nossa pequenez que podemos trazer o céu a todas as almas.
Com o nosso orgulho, rancor e vaidade repelimos os outros, até o próprio céu. Estes sentimentos são gestos do diabo que devemos lutar para o afastar para longe de nós.
A grandeza de uma alma não está na grandeza intelectual, mas na grandeza espiritual, sem esperar um prémio porque a sua recompensa virá depois com a alegria própria de um justo.
O “Caminho” de Mons. Escrivão, já canonizado, é muito rico de princípios para uma vida espiritual.
A alegria espiritual só pode vir não da fisiologia, mas do sobrenatural, aquela que procede do abandono de nós mesmos nos braços do nosso Pai comum.
Quando a dor te abate é porque a recebes com cobardia.
Não podemos distinguir “pelo tamanho das sementes que darão ervas normais das que vão produzir árvores centenárias”.
O “Caminho” de S. José Maria Escrivã pode ser um grande livro de cabeceira ao lado da Bíblia.
A espiritualidade conduz-nos ao acolhimento, à tolerância, à liberdade, ao respeito, à solidariedade, ao compromisso.

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