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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sou Padre... Aleluia!...

Não sou padre de Aldeia, mas não sou mais por ser padre da cidade.


Um e outro trabalhamos para o mesmo Mestre, para aquele que nos enviou. Ambos somos sacerdotes, participantes todos do Sacramento da Ordem, na qual o Bispo o é em plenitude, como sucessor dos Apóstolos.

Todos estamos ao serviço da fé que nos faz alegres porque nos damos, Naquele que tudo pode, aos outros, criamos proximidade, harmonias, unidades, coesões, solidariedades, comunhões e tudo, para com justiça, chegarmos à Paz, à Salvação que Jesus Cristo nos trouxe.

Sou padre com letra pequena porque não tenho dignidade para o ser de letra grande, mas isso também me faz alegre porque, às vezes, não é o bater o tacão ou o fazer continência dando à pala pela frente. Não, ,não é esse o caminho que me conduz a bom porto e não gosto de pasmaceira de uma falsa espiritualidade a bater com a mão no peito e a continuar cego nas omissões…O trabalho feito com amor, também é oração...

Sempre alegre porque sempre me entendo com quem trabalha, com quem se dá na oração e nas obras, quem faz mais que próximo, outro Cristo de mãos dadas a dar testemunho do ressuscitado.

Alegre estou pelas boas companhias que, para além da minha família, tive ao meu lado, como o Pe. José de Jesus Soares Ribeiro que me levou, contrariado, (não gostei de 4 dias de exame de admissão longe da família) para o Seminário; pelo Pe. Eusébio Esteves Baptista que me acompanhou em Filosofia e pelo Pe. Sebastião Pires Ferreira, hoje, Monsenhor e Vigário Geral de Viana. O meu irmão casou com uma prima carnal dele. Estes foram os meus párocos que me deram alegrias e me entusiasmaram.

Sempre vi o Padre Sebastião como um padre dinâmico, um pregador famoso, muito procurado, um estudioso e um devoto de Maria. Também ele me trouxe muitas alegrias no fim dos meus estudos e me deu muita coragem, entusiasmando-me, assim como seus pais, sobretudo, a sua mãe "a tia Palmira", uma "santa" mulher, mãe e esposa.

Outros sacerdotes que contribuíram na minha educação foram o Pe. António Quesado que me baptizou, prior de Vila Franca; o Pe. Alípio Torres, pároco de Vila Fria; o Pe. Joaquim Peixoto, de Barroselas (Boticas); entre muitos, a contar com os professores superiores e colegas do Seminário que ainda hoje são meus amigos e até já me ajudaram, já na construção da Igreja Nova. Podia juntar alguns rosários de colegas, ainda hoje estive com o Padre Fraga,





 mais novo, pároco em Darque, assim como o Prof.Manuel Domingues que colaborou comigo em trabalhos de Legião de Maria nos últimos anos, lembrou-me o Padre Fraga...conterrâneos e amigos que me ajudaram a envolveram num grande espírito de solidariedade e a ver os outros com olhos de ver...

As alegrias de um padre estão, sobretudo, na relação de pastor, deintimidade na aproximação do Espírito de Deus com o homem, e no homem, porque o Espírito de Deus é só alegre, felicidade, paz, serenidade e comunhão, onde todos vivem uma só alegria com um grito eterno de aleluia, aleluia, aleluia!

Amigo da Eucaristia, da oração, do trabalho para os outros, sempre contando com as fragilidades que eu padre e todos os padres, como todos homens, estamos sujeitos.

Há pessoas que pensam que os padres são santos. Podem estar enganadas, mas sou feliz mesmo quando me querem amputar a esperança, como ”bons profetas” da desgraça. O papa Bento XVI diz que a nossa tarefa é difícil, mas é necessário progredir...Todos os baptizados têm os potenciais necessários para serem santos, mas a Igreja não canoniza os vivos, só os mortos que morreram com odores de santidade e com motivos para tal. De resto, enquanto vivos, todos somos feitos de barro, isto é, somos fracos e vencidos muitas vezes pelo orgulho, vaidade, ambição desmedida do poder e do ter, em vez do ser Santo na construção da alegria dentro de si e a contagiar os outros, de sermos servidores uns dos outros.

Ou temos fé ou não! Se a temos, em nada nos podemos deixar fragilizar... ou se isso acontecer há que retomar as aleluias da ressurreição… depois de passar por momentos de humildade e de arrependimento que restabelece o equilíbrio espiritual e traz saúde para a alma e também para o corpo.

Sou padre alegrando-me com todos os que fazem festa e solidarizando-me com todos os que sofrem apontando um caminho de esperança que conduz à alegria!...

Esta esperança ninguém ma pode roubar porque me traz a felicidade de ser alegre para os outros e fazer os outros felizes. Nem sempre o consigo, mas a minha luta é sempre a mesma....Aleluia!...

P. A.Coutinho

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