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sábado, 18 de junho de 2011

A ESpiga e a Ascensão

O dia da Espiga era celebrado normalmente em todo o país com rituais profanos, supersticiosos e religiosos, ligando o dia da Espiga na maioria das regiões, ao dia mais santo do ano que era o dia da Ascensão do Senhor ao Céu. As tradições foram variadas e religiosamente o dia da Ascensão era na quinta-feira antes do 7º Dia da Páscoa.


Consistia normalmente e, fundamentalmente, na procura de espigas de plantas, centeio, trigo ou outros e flores com as quais faziam um ramo a que lhe chamavam espiga.

Foi também conhecido pelo dia da hora, a do meio-dia. A essa hora, só se podia fazer a espiga em algumas terras porque as águas das ribeiras paravam, embora o leite coalhava, o pão não levedava…

A Espiga lembra também o pão, as flores silvestres que se colocavam na espiga que significa a riqueza; a papoila, o amor e a vida; a oliveira, o azeite, a paz e a luz; a videira, o vinho a alegria, a saúde e a força.

Neste dia na minha terra, e não só, mas recordo que a esta hora, eram 12 horas, era celebrada a festa litúrgica da Ascensão.

Na igreja os homens ficavam à frente, como o costume, mas naquela hora até iam menos para deixar as mulheres à vontade neste dia, pois em muitos lados em todas as igrejas naquela altura, as mães que amamentavam ou tivessem crianças a quem davam leite ficavam atrás sentadas no chão e davam o biberão ao bebé ou até davam de mamar. Recordo das mães da minha terra fazerem isso. Eu assisti e vi com meus olhos, talvez com a crendice que não fosse o leite secar.

A data do dia da Ascensão era uma festa móvel, como a Páscoa.

No entanto, numa terra ou noutra tinham uma data fixa para a “festa da Espiga” sem estar completamente ligada à festa do “dia mais santo do ano” para os cristãos.

Para além disso, o ramo, ou seja a espiga, na minha terra, Mazarefes, era colocado por trás da porta de entrada da casa e ali permanecia até ao ano seguinte, a não ser que fosse gasta a pouco e pouco para queimar e afugentar o mal das trovoadas.

Depois reconheci em Braga o lançamento de Pétalas que caíam ou eram lançadas do teto da Sé durante a bênção do Santíssimo Sacramento.

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