A CASA DOS CORDOEIROS
--------Apontamentos de há alguns anos
A CASA DOS CORDOEIROS
Apontamentos de há alguns anos
A Casa dos Cordoeiros foi sempre conhecida como uma grande casa da terra.
Os Cordoeiros eram muito conhecidos, uma casa forte e rica.
Dizem que tinha a ver com uma cordoaria, mas também consta que esta família
recebeu o nome de “Cordoeiros” por se dedicar ao contrabando de cordas
espanholas que vinham de barco pelo mar, subindo o Rio Lima até ao poço
Tranquinho, onde a mercadoria era desembarcada e depois negociada...
O Cordoeiro deveria ter nascido em 1699, na casa onde hoje vive o Francisco
do Cordoeiro. Aí viveu o Manuel Alves Cordas e só em fins do séc. XVIII, os
Coutinhos chegaram a Mazarefes. Seria alcunha? Deixando a alcunha “Cordoeiros”,
naturalmente ligada ao negócio de cordas, vindas ou não de Espanha, de
contrabando ou não, o que é certo é que esta casa é a Casa dos Coutinhos e os
Coutinhos chegaram a Mazarefes vindos de Alvarães, de Vila de Punhe, de Vila
Fria e de Darque. No entanto, os actuais Coutinhos são todos Cordoeiros, na sua
origem de Alvarães…
A Casa dos Cordoeiros da Capela apareceu depois, ou porque desenvolveram o
negócio e se fizeram mais ricos ou por outro motivo que se desconhece.
O negócio das cordas foi anterior e veio de outras famílias. Já referi o
Manuel Alves Cordas, e outro, é o Manuel Luís Gandra, o Cordoeiro, que casou em
Mazarefes, em 1838 com Rosa, filha de José de Araújo Coutinho.
Os Coutinhos que hoje existem vão todos entroncar no casamento de Domingos
de Araújo Coutinho, de Vila de Punhe, com Josefa Soares, de Darque. O filho
deste casal, José de Araújo Coutinho, foi o “Cordoeiro” por excelência, pois
possuía uma Cordoaria em Viana, tendo grande sucesso neste negócio. Casou em
1802, com Maria Rodrigues, filha de Francisco Rodrigues de Carvalho e Teresa
Rodrigues, das Boas Novas. Deste matrimónio nasceram 9 filhos, a Maria (1804),
o Manuel (1807) foi abade de Tenões, em Braga, e um benfeitor da Caridade e do
Lar de Santa Teresa, em Viana, o Francisco (1810), Alexandre (1813), a Ana
(1815), Rosa (1816), Ana (1820), Inês (1822) e José Rodrigues de Araújo
Coutinho (1826).
O Francisco casou com Teresa Rodrigues, filha de Francisco António de Matos e
Teresa Rodrigues. Foi pai de 7 filhos: O José de Araújo Coutinho (1835), o
Manuel (1835), a Maria, a Ana (1840), a Inês (1842), a Teresa (1844) e a Rosa
(1847).. O José foi Padre. Foi ao Brasil, celebrava na Capela das Boas Novas,
tendo sido autor da reconstrução da Capela de S. Simão, no Lugar da antiga
igreja paroquial. Foi Pároco de Mazarefes, tendo falecido em 1892.
O José ficou em casa e casou com Maria Rodrigues do Rego (de Anha). Este
José Rodrigues de Araújo Coutinho não era negociante de cordas, nem fabricante
delas. Era negociante de milho e fornecia Viana. Fazia os seus negócios nos
Concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima. O transporte
era feito em barco. Morreu muito novo, aos 35 anos, depois de uma coça que
lhe deram nos Arcos. Morreu em casa, em Mazarefes e deixou viúva a Maria Pinta,
de Anha (Maria Rodrigues do Rego).
Esta viúva foi madrinha do padre José Gonçalves Damião, seu bissobrinho,
neto materno de Rosa que casou para Darque com José Alves de Araújo e
filho de uma Ana. O José e a “Maria Pinta” tiveram 5 filhos: o António (1866)
que casou com Ana Ribeiro da Silva, da Casa dos Brasileiros e que ficou em
casa; o Alexandre (1855) que casou para a Conchada com Maria
Rodrigues da Torre, o José (1856), escrivão de direito, que
casou com Maria das Dores, em 1880, filha de João Francisco dos Reis,da casa
dos brasileiros que casou em Viana com Maria das Dores Araújo; o Manuel (1849)
que era lavrador e casou com Rosa Ribeiro, filha de José Pereira Pinto e Teresa
Ribeiro, em 8 de Dezembro de 1871, para a Casa da Castela de Cima ou Castela da
Estrada.
A Inês casou em 1851, com Manuel Maciel, de Forjães, filho de Manuel Maciel
e de Joana Rodrigues Lima. Foi mãe de dois filhos, tendo um deles sido padre
(deixou geração!).
ALEXANDRE
Era lavrador e teve 10 filhos, de sua mulher, Maria Rodrigues da Torre, a
Morgada, muito rica, (dos Piscos do Monte, primos dos da Regadia, daí o apelido
“Vaz”), a saber:
1 - JOSÉ (1886) - casou com a irmã do Zé da Vila, sua prima carnal, e
foi pai de 8 filhos:
Manuel - Padre com a dignidade de Monsenhor.
Madalena - casou com o primo, filho da Casa da Vila e deixou um filho
(Manuel).
Emília - casou com Casimiro Araújo e é mãe de duas filhas (Mª Clara e
Cecília).
Maria - casou com António Alves Pereira, mãe de uma filha Rosa,
conhecida pela “Rosinha”.
Deolinda - casou com o José Pitta e morreu nova sem filhos.
Rosa - casou com o José Pitta, viúvo, seu cunhado. É mãe de um filho
(José).
José - casado com Eulália, de Sta. Marta e pai de uma filha (Rosa).
A Rosa casou com Manuel Coutinho de Araújo e é mãe de de Bruno e Carina.
Alexandre – emigrou para o Brasil, onde estudou medicina. Morreu no Recife,
esmagado, quando, de moto, ultrapassou um carro.
O José foi Presidente da Junta e Presidente da Casa do Povo.
2 - MANUEL (1888) - emigrou para o Brasil onde casou com uma
alemã de nome Elisabeth. Não tiveram filhos.
3 - PRIMO (1891) - morreu em criança.
4 - DEOLINDA (1893) - casou com o primo carnal
José de Araújo Coutinho, tio do actual Francisco do Cordoeiro. Teve os
seguintes filhos:
Rosinda - casou com Manuel Sampaio de Anha e foi mãe de duas
filhas (Florinda e Fátima). A Florinda casou com José Faria e é mãe de Nádia,
José Miguel, Raquel e Cristina; a Fátima é casada com Armindo Silva e é mãe de
Rosa, Armindo e Ana Rita. É a Fatima que vive na casa que foi de
seus avós.
Rosa - casou com o Manuel Vaz Rodrigues de Araújo (Catrino)
da Regadia, e é mãe de 5 filhos (Artur Claudino, Abel, Maria da
Conceição, José, Manuel, e Maria Olívia). O Artur casou com Maria Helena
Rocha e é pai de Filipa: o Abel casou com Maria de Fátima Pinto e é pai de Abel
Filipe; a Mª da Conceição casou com Manuel Costa e é mãe de Paulo e de Diogo; o
José casou com Rosalina Maltez e é pai de Ricardo e Patrícia; o Manuel com Rosa
Coutinho e é pai de Bruno e Catarina; e a Maria Olívia faleceu em 10/04/1969.
José - casado no Brasil com Isaura Henriques e pai duma filha, de
nome Jussara.
Maria - casada com José Vaz e mãe de 2 filhos (Ana Maria e José)
António - casado com a Conceição de Anha e com
5 filhos
Abel - O Abel foi viver para a Casa da
Maria das Dores, casada em Vila Franca e sem filhos. Ele casou com Mª Olívia
Rocha, de Santa Marta, é pai de Alberto, solteiro; de Maria de Fátima,
casada com Filipe Pires e mãe de Pedro e Sara.
Manuel - casado com Conceição Araújo, da
Regadia. Não tem filhos
5 - ANTONIO (1896) - casou com a prima carnal Maria Ribeiro
da Silva, e foram para a Casa dos Brasileiros herdar os bens do tio Miguel
Francisco dos Reis, irmão da mãe da Maria. Foram pais de 2 filhos:
Manuel - casou com a Deolinda do Monte e foi pai
de 3 filhos: o Artur (padre), o Abel (engenheiro mecânico) e a Maria do
Céu (doméstica).
Maria de Jesus - casou com 18 anos com Abel de Sá
Portela, de Barroselas, para onde foi viver. Não tiveram filhos.
6 - ABEL (1898) - morreu jovem depois de ter lido a
Bíblia e com perturbações por não compreender alguns dos seus textos.
7 - MARIA (1902) - casou para Anha e morreu sem filhos
8 - ROSA (1904) - morreu solteira e sem
filhos.
9 - MARTA (1906) - casou com Joaquim Alves Coutinho, de Alvarães, tio do
Pe. Dr. Jorge Peixoto Coutinho. A casa onde viveu era do chefe e fundador da
Banda do Carvalho. Num ano, em 25 de Julho, quando regia a banda na festa de S.
Silvestre, em Cardielos, viu a sua casa de Mazarefes a arder, pelo que
desanimou, vendendo-a a alguém a quem o Alexandre (pai da Marta) a
comprou. A Marta foi mãe de 5 filhos:
Deolinda - casada com o Joaquim Araújo de Anha, pais de 2 filhas (Mª
Isabel e Mª Deolinda).
Manuel - casado com Rosa Rocha Alves, de Deão, a viver em Vila Franca
e com 8 filhos (Elsa, Maria da Conceição, Ana Margarida, Duarte, José Alberto,
Hernani Manuel, Maria Emília e Maria do Sameiro).
Maria - casada para Alvarães e mãe de 3 filhos (Mª Conceição, Mª
Manuela e Manuel)
Cândida - casada com Manuel Rodrigues, de Durrães e sem filhos
Augusta - casada com Joaquim
Lourenço e com 2 filhos.
10 - CONCEIÇÃO (1909) - casou para Vila Fria com Alfredo
Lima, dos Caroças e foi a última dos irmãos a falecer, em 1999. Foi mãe de 4
filhos:
Alexandre - Coronel de Cavalaria, casado com Isabel Ribeiro e com
2 filhos (Mª Alexandra e Gonçalo)
Augusta - Casou com António Rego e tem 2 filhos (Anabela e Carlos)
Cecília - casada com Eugénio Rocha, de
Vila Franca e com 1 filho (Rui)
Manuel - casou com Mª Júlia Arriscado, e Portela Suzã, e teve 4
filhos (Carlos, Vítor, Alfredo e Mª Isabel).
ANTONIO
O António era lavrador tendo casado com Ana Ribeiro da Silva, da Casa
dos Brasileiros. Ficou na casa paterna e teve também 10 filhos, a saber:
1 - ANTÓNIO (1890) – morreu criança
2 - ANTÓNIA (1890) – Morreu criança
3 - MARIA (1891) - casou com o primo carnal António e
foi para a casa do tio Miguel, da Casa dos Brasileiros.
4 – ANTONIO (1894) - morreu criança.
5 - ROSA (1896) - ficou em casa até à morte da mãe
tendo casado António Correia. Foi mãe de:
Elvira - casada com Floriano de Vila Franca e mãe de 3 filhos (Alfredo,
António e Sara). O Alfredo casou com Anabela Miranda e tem uma filha
chamada Carolina. O António casou com Ana Paula Talina e é pai de duas
meninas: Ana Francisca e Maria; a Sara casou com Manuel Joaquim Piedade e é mãe
de Sara Beatriz.
Maria - casada com Constantino Liquito e mãe de 3
filhos (Luís António, Cecilia Mª e Carlos - falecido de acidente, em
1985).
Idalina - casada com António Coutinho de Carvalho e mãe de
3 filhos (Mª Manuela, Anabela e José António) A Manuela casou com José Páris; a
Anabela casou com João Carlos Martins.
6 - JOSE (1898) - Ficou
inicialmente em casa, mas morreu muito novo, com uma pneumonia, talvez
provocada por excessos de zelo e trabalho com o moinho que foi do Santa
Marinha. Este moinho é hoje de Albina Carvalho, viúva de José da Silva de
Oliveira Reis, e conhecido pelo nome “Fonte dos Anjinhos”. Como acima se
refere, o José morreu cedo, mas ainda foi pai de 4 filhos:
António - casado com Olívia, de Vila Franca.
Não teve filhos mas herdou a Casa de seu avô António.
Manuel - casado e com 2 filhos: O José e a
Ana Maria. Faleceu em 2000, na África do Sul. O seu filho José tinha morrido
já fulminado por uma faísca. Laurinda - casada
com Bernardino Jácome, de Vila Franca, e mãe de 2 filhas: a Elvira e a
Albertina. A Elvira casou com o Agostinho Manso e tem 2 filhos: o Fábio e o
Adolfo. A Maria Albertina casou com Adolfo Azevedo e foi mãe de 2 filhas (a
Sílvia, jovem estudante que morreu de um acidente de carro e deixou um
testemunho religioso muito forte e a Ariana)
Elvira - casada com Bernardino Pequeno e com 4 filhos: . Augusto,
Manuel, Maria do Céu e Emídio.
7 - LAURA (1902) - casou para Anha, com António Silva, e teve
5 filhos
Rosa - casou com Manuel Faria,
sendo mãe de 3 filhos (Alzira, Judite e António Manuel)
Manuel - Emigrou para França, tendo casado
com Maria Pintado, de quem teve dois filhos (Filipe e Isabel). Mais tarde
enviuvou tendo casado segunda vez com Anie, de nacionalidade
Maria - ficou solteira
António - Tirou o curso do Magistério Primário mas acabou por emigrar
para França, onde casou. Além de um filho deste casamento, tem uma
filha em Portugal, que vive em Anha (Mª da Luz).
Lucinda - casada com José Marinho e mãe de 3 filhas
(Rosa Maria, Lúcia e Mª Helena).
8 - ANTONIA (1903) - morreu criança,
9 - ALBINA (1904) - morreu cedo.
10 - ALEXANDRE (1905) - morreu cedo.
11 - ANA (1907) - casou com Alfredo
Correia, irmão do cunhado António Correia. Teve uma filha, de nome Maria,
casada e com dois filhos. Vivem no Barreiro.
MANUEL
Casou com Rosa Ribeiro, em 1871. Teve 4 filhos.
1 - FRANCISCO - casou com Teresa Maciel de Matos, de Castelo de Neiva, filha de
Francisco António de Matos e de Antónia da Piedade de Passos Pereira Maciel e
madrinha da Antónia Rodrigues de Araújo (Catrina), vindo para a Casa da Castela
de Baixo.
2 - JOSE - foi Padre e Prior de Anha, imprimindo ao seu trabalho tal carácter
e dignidade que ainda hoje se fala com saudade do velho Prior d’Anha. Consta
deste prior que, na República, celebrava missa com a pistola sobre o altar!...
Em 1950 celebrou as Bodas de Ouro Sacerdotais, pois tinha sido ordenado em
25.03.1900.
3 - ROSA (1885) - casou em 1910 com um irmão do Abade Francisco António de
Matos e ficou na Casa da Castela da Estrada. O marido chamava-se António
Francisco de Matos e foram pais de 4 filhas: Maria, Cecília, Ermelinda e
Emília.
Maria - casada com António Cunha e mãe de 4 filhos: Marina,
José Maria, Cecília e Manuel. Os de Mazarefes conheço bem e o Zé Maria foi meu colega em Braga.
Cecília - casada com Cândido Carriço e sem filhos. Eram meus amigos. Éramos.
Emília - casada com o Avelino Pita indo residir em Vila Fria e
mãe de 4 filhos: A
QUE MELHOR CONHEÇO É A FILHA Cecília que foi directora do Núcleo de Escolas da
Abelheira.
Um
filho veio interceder por ela, mas não pude fazer o que seria preciso, ou o que
queria. A minha irmã conhece-os tods muito bem, pois eu sá de Mazarefes aos 12
anos para Braga. Ermelinda - casada com Torcato Sá Coutinho de Alvarães, em Anha foi mãe de uma filha que, por sua vez, mãe de
Maria de Jesus, mãe de duas filhas e um adelas com 3 filhos, sendo um deles
formado médico com a especialidade de psiquiatria euma irmã com duas filhas e com netas
Ermelinda - casada
com Torcato de Sá Coutinho, em Anha, teve uma filha, Maria de Jesus que, por
sua vez, foi mãe de 3 filhos, o mais velho faleceu com 2 meses de idade, o
filho do meio é médico Psiquiatra e a filha mais nova já tem por sua vez duas
filhas.
4 - DOMINGOS - O Domingos, conhecido por Domingos do Pinto (da Igreja), por
ser irmão do Prior d’Anha e era também “Pinto” por ser neto do José P.
Pinto. Casou com a Emília, que era irmã do Padre João Matos, de Vila Franca, e
do Dr. João de Matos (o homem do Estádio Vianense).
JOSÉ
O José foi Louvado, Juíz de Paz e escrivão de direito. Casado com Maria das
Dores Araújo (irmã do Manuel da Vila, pai do Zé da Vila e avô do Avelino da
Vila), de Viana, filha de João F. dos Reis e Maria das Dores Araújo. Do
casamento resultaram os seguintes filhos: a Maria (1881), a Rosa (1883), o João
e o José (1888), o João (1890), a Ana (1893), a Emília (1897), o Manuel (1901)
Maria - casou para Vila Franca e não teve filhos.
Rosa - casou com Manuel Rodrigues de Araújo (Catrino) e foi
viver para a casa junto do Cruzeiro. Foi mãe de 3 filhos (Maria, Manuel e
José). O Manuel que ficou solteiro; o José que casou na Argentina com Helena,
uma Portuguesa e teve dois filhos, um falecido e o Sérgio; a Maria, conhecida
pela Quinhas dos Catrinos que morreu cancerosa e relativamente nova, casada com
um primo, o Francisco Coutinho de Carvalho e mãe de Fernanda, Avelino,
António, Manuel, Sara e Elisabete que faleceu com 3 meses. A Fernanda
casou com João Manuel Gonçalves e é mãe de Bruno e Hugo; o Avelino com Olívia
de Barros e é pai de Raquel e Ana; o António Alberto é solteiro; a Sara casou
com Manuel Jorge e é mãe de Marta; o Manuel António gémeo casou com Rosa e sem
filhos.
João - morreu de doença.
José - casou com a prima Deolinda, filha do tio Alexandre da
Conchada e viveram na casa conhecida pela “Casa da Tia Deolinda”, por a
ter recebido do pai que a tinha comprado ao irmão Francisco, falecido na Maia.
João - casou com a Emília das Deiras, irmã de João Rodrigues
Carvalho, ou seja, com uma cunhada da irmã Emília. Tiveram 8 filhos (Francisco,
João, Dores, Emília, Ana, Gracinda, Maria e José).
O Francisco ficou em casa, casando com uma Alice Taborda Jácome de Vila
Franca e é pai de: João, Albertina, Maria das Dores, Maria de Lurdes e
Fernanda). O João casou com Fátima Afonso de Fafe e tem 3 filhos: João, Patric
e Filipe; a Albertina casou com Joaquim Barreto e é pai de David; a Maria das
Dores com Manuel Costa, de Barcelos e é mãe de Michel e Filipe; a Maria
de Lurdes com José Augusto Ribeiro e é mãe de Sofia e Paulina; e a Fernanda,
casada com Carlos Vieira de Valença, é mãe de Susana e Daniela.
a Dores casou com Manuel Rocha, mãe de Avelino e José Jorge);
o João casou para Vila Fria com a prima Lurdes de Deão é pai de
Nazaré, Maria, José João);
a Emília casou para Vila Franca,
a Ana casou com José Liquito e é mãe de Isabel e José;
a Gracinda casou com Graciano Forte e é mãe de Manuel e Maria Olívia.
a Maria morreu sem filhos depois de ter casado com Luís Viana de
Sabariz ( o Judas),
o José com Deolinda do Rego de Anha para onde foi viver e é pai de José,
António, Maria Luísa, Maria Olívia.
Ana - casou para Deão com João Alves Pedra. Deste casamento nasceram 7 filhos:
Manuel, Maria, Emília, Ana Francisco, João e Lurdes. A Maria – Casou
com Eugénio Silva, Major, e foi mãe de 5 filhos: Isídro, Eugénio, Odete,
Marília, e Elisabete. A Emília casou com Adriano Carvalho e é mãe de 5
filhos: Ana, João, Joel, Jandira e Zulima. A Ana casou com José Rocha e é mãe
de 5 filhos: Eugénio, Agostinho, Ana Maria, Agonia e Leonel que casou com
Isabel Fernandes e já tem uma filha – a Síntia. O Francisco casou com Maria do
Céu Ramos, de Vila Flor,e tem 2 filhos: A Marisa e a Denise. O João casou com
Rosa Carneiro e não tem filhos. A Lurdes casou com João Coutinho e é mãe de 3
filhos: Maria, Nazaré e José.
Emília - casou com o primo João Rodrigues de Carvalho, conhecido por
“João Deira”, e foi mãe de 4 filhos (Francisco, Luzia, António e João). O
Francisco vai para os Catrinos e tem filhos; o António para os Cordoeiros por
casamento com a Idalina, neta de Ana Ribeiro da Silva, da Casa dos Brasileiros
e tem 3 filhos: e a Luzia casa com Avelino Reis da
antiga Casa dos Brasileiros, conhecido pelo Avelino da Vila e é pai de 4
filhos. O João ficou na casa e casou com Maria Dias e é pai de 2 filhos: Paulo
e Carlos.
Manuel - Emigrou para França.
e o Francisco (1852) que fez teologia no seminário e
tendo abandonado os estudos casou com uma fidalga Alpoim, de Vila Fria. Foi
morar para o Porto, pois era chefe de finanças em Rio Tinto, onde faleceu, em
1906. (?)
FRANCISCO
Foi conhecido por “O estudante” porque estudou para Padre. Chegou a
Teologia. Não acabou os estudos e fez-se escrivão de direito. Casou com Rosa
Cândida Alpoim da Silva Menezes, fidalga de Vila Fria, em 23/11/1882. Faleceu
em Rio Tinto em 1906 com de um casal de filhos Vila de Barreiros da Maia. A
filha, segundo dizia Monsenhor Vaz Coutinho, teria casado em Inglaterra com um
na filho de D. Carlos. Na altura era Chefe da Repartição de Finanças, sendo tão
bem conceituado que todo o comércio da Vila fechou na hora do seu funeral. Qual
o nome da filha não descobri. Um filho de nome António foi baptizado em
Mazarefes no ano de 1884. Foi o Francisco que construiu a casa onde depois
habitaram os sobrinhos: Deolinda, filha do irmão Alexandre e o José, filho do
irmão José, que se haviam consorciado. A referida casa passou para eles depois
de ali ter funcionado uma Escola e de ter sido comprada pelo irmão Alexandre. Foi o irmão Alexandre
que comprou a casa para a dar à filha. Hoje habita nela a Fátima, neta da
Deolinda e filha da Rosinda, portanto bissobrinnha do Francisco.
Os Cordoeiros nunca tiveram entre os irmãos as melhores relações. O José,
Louvado, casou com uma irmã do Manuel da Vila, o António casou com uma irmã do
Tio Miguel Brasileiro, o Alexandre casou com a “Pisquinha”, Maria Rodrigues da
Torre, filha do Zé do Pisco do Monte, José Rodrigues Vaz, era a Morgada...para
não haver “colheres a partir” ficava tudo na casa.
Assim já tinha sido com os seus antepassados e assim continuava... e os
Cordoeiros recolhidos no seu orgulho de serem quem eram, ricos... o Alexandre,
por ter casado com a Morgada, a mais poderosa em teres e haveres, nunca “passou
cartão” aos outros irmãos. Tudo bem, mas...havia sempre um senão...que alguns
percebiam como “não passar cartão”, por isso nem os irmãos, nem os primos se
davam lá muito bem...
As coisas agravaram-se com o casamento do António, filho do Alexandre com a
Maria, filha do António Cordoeiro porque o pai da Maria e o irmão José
procuravam outro casamento para engordar riqueza reunida na casa dos
Brasileiros, mas o Alexandre, isolado e perspicaz, conseguiu que o filho
vencesse na conquista da amada, sua prima carnal, retirando-a ao primo João do
Cordoeiro, desfazendo os projectos dos Tios José e António.
O Bisavô António do Cordoeiro não gostou nada e nunca mais o tio-sogro e o
sobrinho-genro se deram bem… Aí as zangas foram mais manifestas e talvez o
equilíbrio estivesse na atitude do Louvado, o José do Cordoeiro, que não ligou
grande importância, ou pelo menos, não o manifestou.
Todos os Cordoeiros sempre foram homens de dinheiro e o Bisavô António
manteve também essa hegemonia. Nunca deixou a chave por mão alheia e, hoje, a
casa já não está na mão da família. É da viúva do “António da Capela” seu
filho, que não deixou geração. Esta casa é a nova porque para mim os Cordoeiros
velhos eram da casa mais acima, a casa onde hoje vive o Francisco do Cordoeiro,
a Casa do Alambique.
Publicada por Artur
Coutinho à(s) 15:33
Etiquetas: família
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