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sábado, 17 de março de 2012

Fernanada Matos, Casimiro Carvalho, Henrique Balenha, Maria das Dores Ferreira----Histórias de Vida

Histórias de Vida

Fernanda Matos - Assim conhecida a Aldina Fernanda Barbosa da Ponte, nascida em 1927, filha de um grande comerciante de Viana, de equipamentos para a energia eléctrica e para a sonorização, João Francisco da Ponte, estabelecido à Praça da República, na conhecida “Casa Ponte”, no rés-do-chão de 2 prédios, se a memória não me falha, natural de Requeixo, concelho de Anadia, e da sua esposa, Maria José Barbosa da Ponte, doméstica.

 

A Fernanda nasceu onde vivia, no Largo da Capela das Almas.

Irmã de mais 4 irmãos: Maria Vitória já falecida, deixando duas filhas; o João Hélios nonagenário que continuou a obra do pai nos negócios de tais equipamentos e com duas filhas; a Letea (do rio Lethes) mãe de duas gémeas, e a Fernanda com um casal de filhos.

No casamento com José Augusto Lima de Matos, ex-Cônsul Francês, irmão de Artur Augusto Matos, de Mazarefes e de João Augusto Matos, de Vila Franca… recebeu o apelido Matos. Sobrinho do Dr. João Matos, do Campo de Futebol do Vianense. Casou em Sta Luzia, em 11 de Junho de 1953.

Era neta materna de um casal da Bandeira José Soares Barbosa, alfaiate, e irmão do famoso alfaiate conhecido pelo facadinhas e de Ana da Costa.

A Fernanda, como o seu irmão Hélios, que os conheci desde pequenos são pessoas de bem e generosas…

Então, o seu irmão Hélios… era um hábil comerciante e sempre disponível para resolver situações inesperadas.

Casimiro de Sousa Carvalho - O Casimiro, a residir na Papanata, é filho de Casimiro Alves de Carvalho, natural de Mazarefes e de Ana da Conceição Dias de Sousa, de V. N. de Anha. Por sua vez era neto do regente da antiga Banda do Carvalho Luciano Carvalho e Antónia da Cunha, irmã do último regedor de Mazarefes, João Cunha.

A Banda do Carvalho foi fundada pelo seu bisavô, natural de Alvarães, mas casado em Mazarefes e morada na casa da Quinta antiga que depois foi casa da Marta “do Alexandre” que casou com o Joaquim Coutinho, natural de Alvarães, conhecido pelo fidalgo, familiar do Cónego Jorge Coutinho, professor jubilado da Universidade Católica.

Nessa casa que serviu de escola primária e ensaios para a Banda que Manuel Alves de Carvalho fundou e com os muitos filhos os pôs na maioria a tocar instrumentos musicais e com outros…

Consta que um dia o seu bisavô estava com a Banda em S. Silvestre – Cardielos -, e de lá viu a sua casa a arder, pelo que, desgostoso, abandonou-a e vendeu-a a meu bisavô Alexandre Rodrigues de Araújo Coutinho, vindo viver para Viana.

Mais tarde, o neto Casimiro levou-a para V. N. de Anha, a Banda Velha, retirando ao pai que era o Luciano a responsabilidade e o trabalho que esta lhe dava.

O Luciano teve vários  irmãos.

O pai Casimiro teve mais 7 irmãs: a Amélia, a Irene, a Eufémia, a Laura, a Madalena e a Flávia; e mais dois irmãos: o José e o Constantino, a viver em Mazarefes, casado com a Laura Barreto. Era cabo da GNR e músico. Nas matanças de porco tocava sempre a marcha fúnebre, era uma festa na família, muito temperamental e difícil de dar o braço a torcer, de uma personalidade invulgar, foi a maior recordação que deixou.

O Casimiro de quem escrevo aprendeu também a tocar saxofone e trompete, fez tropa em Lanceiros 2, Calçada da Ajuda, onde adoeceu e tirou o pulmão direito. Tinha feito a Escola Primária em Anha, o Curso Comercial em Viana e o Curso de Contabilidade no Instituto do Porto.

Foi escolhido, num concurso, em primeiro lugar para a fiscalização do trabalho, mas como era adverso à política da altura, foi atraiçoado e perdeu o lugar.

Não arranjou outro emprego, a não ser de guarda-livros para várias firmas, uma delas, a última, foi a do Alberto Rocha com mais de cento e cinquenta horas a trabalhar sob as suas ordens.

Acabou por se estabelecer por conta própria como agente de venda de materiais de construção até aos 65 anos, ano em que se reformou.

Casou em 1966 com Maria Adelina Fernandes de Sá, filha de João Urbano e de Ana Fernandes, da Bandeira, ambos já falecidos.

Do casamento teve apenas uma filha, a Estela, que é professora do 3º Ciclo e casada com Armando Sobreiro, economista. Já tem dois netos, o Afonso e o Vasco.

O casal fez 46 anos de casados com o neto mais novo, o Vasco, a fazer 12 anos.

Henrique Fernandes da Balinha,- da “Casa dos Jóias” da Abelheira, desde 1224 com mais irmãos e nonagenários: a Maria com 99 anos, o Manuel com 96 anos, o Cândido com 94 anos, ele o mais novo e o José único já falecido em Darque.

Fez a escola primária no antigo Convento do Carmo. Depois foi trabalhar para a drogaria do Vitorino Afonso junto à Capela das Almas e trabalhou sempre com o Daniel Afonso, primeiro como colega nessa drogaria que hoje é conhecida pela drogaria do Fraga. A drogaria do Mercado nasceu de uma sociedade entre ele e o Daniel. O Daniel bem mais dedicado ao balcão e ao escritório e o Henrique mais no provisionamento do material que mantinha sempre a drogaria recheada de novidades. Isto aconteceu depois de feita a tropa em Viana e de ter ido para Mangualde participar em manobras militares. Saiu como cabo. Trabalhou com o Daniel cerca de 50 anos e mantiveram a drogaria do Mercado até à reforma e ainda hoje são amigos.

Nunca houve nada entre eles.

Casou o Henrique com a Maria do Céu Baptista, filha de António Soares, cabo de cantoneiros e de Maria José Baptista. O pai de Maria do Céu morreu aos 69 anos e a mãe aos 94 anos. Eu a conheci como uma mulher muito alegre, de bom humor e muito gostava de passear. A Maria do Céu foi costureira de alfaiate, de Carlos Alberto de classe da cidade, como o Meireles e chegou a trabalhar com o mestre Licínio Barreto que já deve ter quase 90 anos e frequenta normalmente a missa das 9:30 ao Domingo.

O Henrique e a Céu geraram um casal de filhos: o Pedro e a Elisabete, ambos casados e com geração. Tem este casal 6 netos. A Maria do Carmo era de S. João d’Arga para se distinguir de S. João da Abelheira, onde hoje é a rua de S. João, perto do rio de S. João, rio de-seitas.

Aconteceu que em 12 de Julho quando foi o jantar dos 25 anos de sacerdócio nos ENVC o Henrique fazia anos, o Pe. Caetano do Carmo assim como o Licínio Barreto e foram lá festejados.



Maria das Dores Ferreira


,viúva e pertencente a Ordem Terceira do Carmelo e colaboradora desta Paróquia foi acometida de um pequeno avc e encontrou-se em restabelecimento que resultou em melhoras avantajadas. Desse modo, agora vive numa família de acolhimento, está bem acolhida e até já veio até ao Continente.


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