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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Ferro de PASSAR A FERRO

Ferro de PASSAR A FERRO
Esta arte de passar a ferro não é nova, mas já no séc. IV começou haver artefactos que faziam o lugar do ferro de passar roupa a minha infância.
Na aldeia engomar era passar a ferro e quando se queria que as peças ficassem mais incorporadas ou endurecias, então, era comprada goma na drogaria e passava-se com um pano molhado em água de goma e passava o “ferro de engomar”.
Desde chapa de ferro aquecido, ao ferro a carvão, o percursor do ferro a vapor, houve sempre evolução e contínua. O ferro era primeiramente uma chapa de ferro fundido com bastante espessura 2/3 cm de altura aquecido directamente no fogo para aquecer, poder exercer o seu ofício, com a pressão de passar sobre a roupa.
Na minha infância usava-se o ferro a carvão. Na casa dos meus avós maternos usava-se um modelo, e na casa dos meus avós paterno, outro modelo, mas, trabalhar com um ou com outro, era indiferente.
Andava na quarta classe e depois no seminário quem passava a minha roupa era eu.
Gostava das calças bem vincadas, dos colarinhos e dos punhos das camisas bem engomados assim como dos “lenços das mãos” dobradinhos, depois de passar a ferro ….Vincava as dobragens com o ferro.
O ferro que conheci melhor é aquele que mostro em fotografia.
Era uma caixa de ferro fundido ou alguma liga similar aquecida com carvão ou brasas lá dentro.
Então essa caixa vista por trás tinha uma figura quadrangular (trapezoidal) e tinha uma perfuração por onde podiam ser sopradas as brasas, ou melhor, por onde entrava o ar que faz incandescência das mesmas. Teria uns 15 por 15cm e a perfuração cerca de pouco mais de 3 cm de diâmetro com uma roldana do mesmo ferro que rodava sobre um eixo que lhe ficava pela parte superior e fazia de porta para entrar o ar ou para fechar e deixar apagar as brasas.
Esta caixa sempre em comprimento de cerca de 25cms e os lados laterais em forma arredondados terminando em bico, levantaria depois em forma de garganta e a tampa que tem a sua base onde roda sobre a traseira do aparelho que levantava e fechava a garganta do volume maior dando lugar ao pescoço e a uma boca que faz de chaminé. Esta tampa serve para manter as brasas e o carvão quente.
No interior, para andar com o ferro sempre quente é colocado sobre um estrado de grelha com a configuração do corpo do ferro de engomar para dar lugar às cinzas das respetivas brasas.
 Entre o pescoço do ferro e as brasas nas traseiras do ferro há uma pega, uma asa em madeira para o ferro poder ser manuseado sobre a roupa. Outra peça de madeira existe torno ou no eixo, como um freio, que prende a parte de baixo com a parte de cima, na boca (garganta e ou pescoço).

Para além disso é claro que um aparelho destes tinha de ter um lugar próprio para o pôr em descanso mesmo muito quente. Era uma grelha maior e semelhante à forma exterior do ferro de engomar e esta grelha também tinha na base traseira um pau torneado para que o engomador não se queimasse ou poder mudar de lugar o suporte ou o local de descanso do ferro.




















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