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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A Eira



A Eira


A eira era normalmente o terreno adjacente ou próximo da casa do lavrador (eirinha e eirado), espaço destinado às malhadas e às secagens dos cereais. Espaço livre entre o quinteiro e o resto do quintal, onde é montado o palheiro da palha do centeio, aveia, cevada e azevém e as medas da palha milha, assim como o espigueiro. Esta palavra vem do latim “area” = espaço livre, lugar para trilhar, pátio, como eirado (areatu).






Uma casa de lavrador sem eira e sem espigueiro era casa de cabaneiro.
Sempre a eira foi um local mais soalheiro não só local bom para as ditas malhadas e secagens de cereais, mas também para as crianças brincarem. Mesmo que não chova no Nabal haja sol na Eira, isto é, a eira tem de ser lugar exposto ao sol para os seus fins. A eira era também lugar de encontro para o trabalho, para o diálogo, funcionava muitas vezes como a sala de visitas da casa.
Daí haver ainda topónimos como a Quinta da Eira, a Casa da Eira, a Casa da Eira Longa. Havia também a eira de pedra, ou sobre penedos, assim como a eira Vedra. Aparece mais tarde a eira de cimento.
O espigueiro era o sequeiro, normalmente no alto sobre uma base ou colunas de modo a evitar a subida de ratos da terra para não irem aos cereais.
Normalmente era comprido, bem arejado por todos os lados e coberto para que não entrasse a chuva, mas apenas o vento.
Havia casas altas, com dois pisos que às vezes juntavam à casa o sequeiro.
Conheço um exemplar deste género, mas tenho uma vaga ideia de que já vi outros casos semelhantes, sobretudo na Galiza.


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