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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O Boné


O Boné

O boné é um dos chapéus mais famosos e modernos depois da boina (beha ou “beret”) e do gorro.
É geralmente de tecido em malha, o mais antigo. Em França num museu está exposto um com mais de 2550 anos. É de gomos próximo à modelagem actual. Começou a ser usado por açougueiro inglês por volta de 1800. No final do séc. XIX ele era o rei no mundo desportivo, tornando-se popular nos Estados Unidos e com o andar dos tempos ganhou maior utilidade e até a ser confeccionado em couro e nos meados do séc.XX havia-os como hoje em todos os cortes e feitios, de todos os materiais possíveis. Alguns até bordados foram e são. As cores diferentes servia e serve para distinguir grupos e ao mesmo tempo para publicitar marcas, fábricas, empresas, clubes, etc... São bonés promocionais que se usam e se vêem quase todos os dias, seja para guardar a cabeça da chuva, seja para a guardar do frio ou do sol.
Em Portugal as fábricas mais conhecidas de chapéus finos era a de Tomar mas a mais antiga seria a de Pombal, a Real Fábrica do Pombal e de Tomar, a de Lisboa e Portalegre. Também existiam várias fábricas das boinas. Mesmo aqui em Viana da iniciativa de espanhois que aqui casaram e na área desta Paróquia e da Meadela houve uma fábrica dessas, como por exemplo a Fábrica da CEDEMI, ou esta junto da Fáfrica das boinas.
No século XVIII João Pedro Salabert era o maior negociante de fábricas de chapéus finos, isto é, chapéus para a festa, para as honras dos nobres e das suas mulheres e filhas.
Também existiam os chapéus de palha de centeio e de artefactos de verga que vinha Camacha. Era o chapéu do lavrador e dos jornaleiros.
As boinas terão vindo antes do boné e depois dos gorros de tecido mais cumpridos a enfiar pela cabeça até às orelhas, ou com umas abas abertas a apertar por baixo dos queixos.
Nos finais do século XX, as boinas estavam a cair em desuso enquanto o mercado dos bonés estava a ficar fulgurante. A diferença entre uma boina e um boné é que o boné tinha ou tem uma pala que tira o sol da testa, dos olhos ou faz sombra sobre o rosto. Normalmente, a boina levava ao centro no exterior um carrapicho. No entanto, a boina como o boné eram antigamente forrados no interior e levavam um debrum, uma fita, em toda a volta.










Quanto ao modo de trazer na cabeça a boina ou o boné depende do efeito que se queira tirar do objecto ou da farda, da vestimenta que é utilizada, como, por exemplo, um escuteiro usa a Boina com o seu distintivo da flor de liz e quando não a quiser utilizar põe-na sobre o ombro do lado esquerdo, entre a camisa presa com uma platina à camisa. Se o escuteiro estiver com agasalho, como por exemplo uma camisola de lã, dobra a boina em duas partes e coloca-a por baixo do cinto do uniforme, entre a fivela e o bolso do lado esquerdo.
Há o chapéu à gaúcho, vago ou gaudério, que surgiu na Argentina produto da miscigenação indígena com luso-brasileiros e espanhóis, à cowboy, abas materiais dobrados para cima e afunilados para afrente chapéu tropeiro com aba larga e recta ou com a parte da frente virada para baixo ou com copa alta formando 4 gomos, como “à escuteiro” e o chapéu “missioneiro” de aba larga, com a parte da frente “quebrada” A copa é baixa, redonda e achatada e com vinco. O chapéu à Escuteiro, também conhecido por chapéu à bivaque, o chapéu Mexicano.
O que se diz aqui sobre este assunto quanto a cobrir a cabeça é de uma forma geral, não há muito mais que se pode dizer e outras que se possam descobrir.
A diferença dos homens para as mulheres era pouca ou nenhuma; os materiais eram os mesmos, apenas as formas e os adornos eram diferentes não só em relação à finalidade, como à feminilidade que se impõe ao seu uso que difere de região para região.
Quando era criança o rico usava sempre chapéu de feltro e o pobre  recorria a chapéus mais fracos, assim como as mulheres.
Na Igreja tudo era igual em relação aos homens, pois em sinal de respeito nunca se entrava de cabeça aberta em casa nenhuma e muito menos na Igreja. Ao passar em frente à Igreja o homem que vinha do trabalho ou que por vários motivos tivessem de ali passar tirava o chapéu, fosse chapéu diplomático. Fosse de serviço, com respeito ao Santíssimo o Sacramento, ou, se no caminho passasse por umas alminhas ou uma simples cruz fazia o mesmo, uma vénia e chapéu na mão.
A mulher, essa era o contrário, se ela tinha de ter o cabelo coberto era na Igreja, também com o mesmo propósito em sinal de respeito, pois os adornos femininos nos penteados usados nos cabelos eram sempre um sinal de vaidade, de ostentação, de sedução, etc… e tapar a cabeça cobria “essa vergonha toda” ou ostentação perante o sagrado.


Não faltam diversidades de bonés: um é usado pela GNR, outro pela PSP, outro carteiro do tempo do carteiro, outro para isto ou para aquilo…São muitos para não falar dos mais modernos usados com mais pala ou menos, para a publicidade duma coisa e de outra, tão vulgar é hoje o chapéu como no neolítico gelado usavam os gorros…

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