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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os Gandras-Rio de Janeiro, o Dr. Ives Gandra Martins, advogado do Estado do Rio?

Os Gandras em Mazarefes


 Em 1838 veio para Mazarefes Manuel Luís Gandra, com 28 anos de idade, da freguesia de S. Tiago de Aldreu, Barcelos, por casamento com Rosa Rodrigues, a Cordoeira,do Ermijo.

Do casamento resultou uma prole de 8 filhos, 5 varões e 3 mulheres.

Manuel Luís Gandra enviuvou em 1857. A mulher morreu de parto. O referido Gandra herdou a alcunha "Cordoeiro" do sogro. Casou pela segunda vez com Rosa Gonçalves e consta na tradição de família que esta mulher de quem teve mais duas filhas, não era nada meiga para com os enteados. Faleceu em 1881. O filho mais velho com 17 anos partiu para o Brasil, em 1857 e levou consigo o irmão José com 14 anos. Quatro anos mais tarde, levou o irmão Manuel com 12 anos e o António com 11 anos, o João, o mais novo que vivia na Meadela, aos 38 anos, também. Em 1861, foi para a terra das patacas, para poder pagar a casa que teria comprado na rua da Altamira, onde hoje vive a neta Raquel.

O António reemigrou em 1896 e em 1899, sinal de que andou lá e cá, assim como o José em 1890 e em 1892, conforme os passapotes...

Não sei nada do que terá acontecido às mulheres, a mais velha, a Maria Rosa faleceu em 1869, aí com 31 anos de idade, em Mazarefes, mas quanto à Maria Cândida nascida em 1848 e a Maria, em 1851, nada descobri. Dizem que terão ido para os lados da Serra da Estrela.

 O filho João, depois de Ter comprado a casa e ido ao Brasil, casou com 60 anos em 1914, com uma mulher de Refóios do Lima e ficou viúvo e sem filhos, tendo voltado a casar com uma sobrinha da mulher, que se chamava Maria de Jesus Gonçalves e de quem teve 2 filhos, o Manuel e a Rosa Guilhermina. O João para adquirir o passaporte apresentou a sua residência, aos 38 anos, na freguesia da Meadela e, de facto, constava que tinha primos na Meadela, os mata sete, e que por ocasião da revolução da Traulitânia que rebentou lá para os campos da Agonia, fugiu com duas crianças que estavam com ele para a Meadela e ao passar pela Capela de N.ª Sr.ª das Candeias, levou consigo também a criança António Costa, irmão do Severino Costa para a salvar de alguma situação desagradável pela revolução rebentada, isto teria acontecido depois de 1910, já depois de ter vindo do Brasil.

Do 2º casamento do velho Manuel Luís Gandra, o Cordoeiro de Mazarefes, nasceram mais duas meninas, a Ana, que foi tecedeira e casou em 1883 com Manuel Afonso Forte e morreu com 50 anos, em 1909.

Quanto às duas senhoras que foram para a região da Serra da Estrela ou Coimbra, trata-se de uma hipótese, pois, certo dia, entrando uns turistas dessa zona no Banco Pinto Sottomayor, logo um deles que era Gandra disse para o outro: "Olha ali está um Gandra" referindo-se a um empregado bancário que de facto até era Gandra. Travaram diálogo e chegou-se à conclusão que talvez fosse família, pois o Gandra de Coimbra dizia que a sua família foi do norte e o Gandra de Viana achava que antepassados houve que não sabia deles. O Gandra a trabalhar no Banco era muito parecido com um outro familiar de que passava por Viana. Esta coincidência levou a concluirem, talvez precipitadamente, que seriam família e que a Maria Cândida e a Maria, filhas do primeiro casamento do Manuel Luís Gandra teriam ido para a zona da Serra da Estrela. Teriam ou não, há que investigar para ver se corresponde ou não à verdade.
No Rio de Janeiro, o Dr. Ives Gandra Martins, advogado do Estado do Rio e mundialmente conhecido não só por si, mas também pelo seu pai, disse-me que sua mãe (ou avó) era galega, mas não sabia a terra.
   Ora  antigamente os de Braga e Barcelos tratavam os da ribeira Lima e Neiva por galegos pois estavam juntos aos da margem direita do Lima que eram tidos como galegos, só pela proximidade da Galiza.
E no aspeto religioso, de facto fizeram parte da Diocese de Tui e depois de Ceuta.


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