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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Maria Brito, surdo mudo,Maria José Valença, Maria Angélica Lomba,


*Maria Laura Ferreira de Brito, de 83 anos, viúva há 32 anos, natural de St.ª Maria Maior , Barcelos, casou com António Martins e é mãe do Fernando, António, Idalina, Manuel, todos casados e com filhos.


Encontra-se no Centro de Dia da Abelheira e habita na nossa Paróquia com o filho, fui e entrei lá no Café do filho, "o Brito", à Rua João Martins Branco, de cabelo arranjado e unhas pintadas, toda cheia de vida e contente, com chieira e com saudades da Terra. Encontra-se bem acompanhada e cuidada pela família e pelos amigos que a acolheram no Centro de Dia.




*Ouvi, outro dia, um homem sério que foi surdo-mudo, trabalhador e amigo de fazer bem. Não quis ser fotografado, por isso só vai a mão e ninguém o reconhece. Tem um nome e uma família muito honrada que foi muito pobre. Teve em criança uma meningite. Ficou surdo e mudo. Não agradece ao Estado, nem a ninguém, mas fala com facilidade tudo à sua custa, segundo ele diz. É que uma pessoa tem de trabalhar e fazer pelas coisas e tem de falar para se entender com todos. "eu fiz e faço esse esforço, ou não me está a entender?..."

"O Estado tem, sobretudo, de tratar do trabalho e da saúde, caso contrário não presta para nada. Para que pagamos impostos? Não me falta trabalho, mas um dia não sei…vou para a reforma. Agora casam homens com homens e mulheres com mulheres, já havia poucas crianças, cada vez serão menos. Oh! Não vale a pena falar." "Eu não quero nada com vigaristas, nem com mulheres que só servem para dar cabo do meu trabalho e do meu dinheiro. Não sou rico, mas vou vivendo" e a conversa continuava … eu é que não tive tempo para ouvir mais, nem escrevo tudo o que me manifestou e como ele, por si, aprendeu a falar. Só acrescento que gosta muito de ler…

Foi muito agradável ouvi-lo e vê-lo trabalhar, já o conheço há muitos anos e somos amigos. Não é por isso que dele falo. É só porque falamos de muita gente, esquecemo-nos destas pessoas de valor conquistado à sua custa. É cumpridor e respeitador,muito culto e com uma personalidade, mas há muitas coisas que me pareceu aceitar resignadamente, mas não com muita convicção, não só em relação à política, como à religião, pareceu-me fazer algumas reservas que não explorei.

* Maria José de Oliveira Valença é filha de João Manuel Oliveira Valença, Engenheiro e Professor em Coimbra na Escola de Regentes Agrícolas, era conhecido pelo Valença de Coimbra.

A Maria José nasceu em Coimbra a única das irmãs viva, pois faleceu a Maria Adília e a Luísa sem geração. A Maria José fez o 7º ano liceal, ainda tem um irmão, viúvo, em Lisboa, o João Manuel Oliveira Valença, Major de Aeronáutica, com 85 anos.



Todos oriundos da “Casa Grande” da Rua Cândido Reis ou das “Mordomas da Romaria da Senhora da Agonia”, de uma ínclita geração da família Valença da nossa cidade.



*Maria Angélica Martins Lopes de Castro Lomba é filha de Domingos Rodrigues Lopes e de Henriqueta Tinoco Lopes. A sua mãe era filha do pintor Ruben Martins e neta do famoso Julian Martinez, de origem espanhola que fixou residência na Abelheira, na famosa casa do Capitão que hoje é do empresário Vitorino, de Vila Fria.

O Ruben Martins era um homem de muito respeito na cidade; não só pintava como se dedicava à escultura e colaborava no jornal “Aurora do Lima”.

A Angélica, é irmã de Henriqueta e de Odete que se encontra viúva como ela, deixando 4 filhos.

Diz a Angélica, com 81 anos de idade, viúva de Miguel de Castro Lomba, despachante da Alfândega de Lourenço Marques que é mãe de 5 filhos: o José Manuel; o Rui, falecido muito novo; a Helena; a Paula; o Luís. Todos casaram e com geração. É avó de 7 netos.

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