AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A corresponsabidade tem de ser uma realidade

A Igreja Católica não é só a de Roma ou a do Vaticano. A Igreja Católica é universal e a Cabeça sem corpo e sem pernas não pode andar, nem pode viver.


O Vaticano II desenvolveu o tema de corresponsabilidade, isto é, o Papa, os Bispos, os Padres e os leigos formam a grande Igreja Católica.

No entanto, esta corresponsabilidade ainda não entrou totalmente na prática pastoral da Igreja.

Os fiéis baptizados, normalmente, não são ouvidos, nem achados. O Padre manda, tudo bem, ainda que mande mal. É Padre.

Ora este modo de estar na Igreja está ultrapassado. As Comunidades, as Paróquias, os Movimentos e Organizações não Governamentais com origem canónica ou de raiz cristã devem ter meios de fazer chegar a sua vez ao Pároco, ao Bispo, ao Papa, num espírito de comunhão e filial graça divina do dom da graça chegado a nós, através de Jesus Cristo.

A Igreja não é feita de prosélitos, nem pode consentir em elites, ainda que tenha uma ordem, princípios,regras de disciplina como uma sociedade e consignadas no Direito Canónico.

Sabemos que a Igreja não é democrática à moda do conceito que, normalmente, entendemos, mas é teocrática numa comunhão de Deus-Criador, com os Homens e dos Homens criados com Deus e que continuam o projecto de Deus, no Mundo.

É que, pela voz do mais simples fiel baptizado, ainda que muito pecador, pode chegar um sopro do Espírito de Deus para a metanoia que cada um precisa, de que a Igreja precisa.

Acabei de ler uma homilia feita por um padre casado, no dia de Natal, convidado, pelo pároco, num país católico e que me agradou imenso.Talvez, aqui, fosse uma maldição, cairiam as torres de Babel. Estou a exagerar, claro!

Em 31 de Agosto de 2009, ainda no início do Ano Sacerdotal, o Cardeal Tarcísio Bertoni, afirmava que este Ano Sacerdotal também se dirigia aos sacerdotes que abandonaram o ministério.

Aqui também, neste sentido, há muita confusão, muita ignorância nos fiéis baptizados. Os Padres que abandonaram, uns o fizeram pedindo a redução ao estado laical porque a sua ordenação foi nula; outros pediram apenas dispensa, suspensão não porque a ordenação não fosse válida, mas, porque no decorrer dos tempos, descobriram novos caminhos que também os consideraram importantes para a sua felicidade...

Não se pode atirar pedras para aqui ou para ali. A Igreja somos todos nós com Cristo. É o Corpo Místico de Cristo de que nos fala S. Paulo.

Acabo de ler que, em 8 de Maio do ano corrente, a irmã Cathy veria com bons olhos mais descentralização na Igreja, um papel maior para as mulheres e uma ênfase maior no serviço público. Diz o que a preocupa mais, é se Jesus voltasse e a todos dissesse “Oh, perceberam tudo mal.”

É fácil, nos dias de hoje, as pessoas terem uma má ideia de ser padre, pois, ele mesmo sendo do mundo e para o mundo não pode envolver-se em situações de facilitismo, de vulgaridade, de moleza, de golpada, de videirismo, de ignorância, de malandrice e de aldrabice, mas, antes tem de ser exemplo em exigência, em excelência, em alguma dureza, em relação social, em honra, em conhecimento, em trabalho, em honestidade, em entrega, espiritualidade, proximidade, em Amor, espelho imperfeito de Deus. A cultura que se tenta passar agora é aquilo que o padre não pode ser e muito menos o esconderijo ou encobrimento de crimes intoloráveis por esta mesma sociedade que vive à deriva sem valores espirituais. P.C.

Sem comentários: