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sábado, 11 de julho de 2009

A minha saúde desde a Infância

A minha saúde

A minha mãe sofreu durante toda a minha gestação e durante um mês após o parto. Foi acompanhada pelo Dr. Garção, de Barroselas, pois nessa altura tinha ardido a casa do Dr. Lages. O Dr. Garção chegou a ir lá a casa mais de uma vez por dia, mesmo sem o chamarem.
Na infância, até aos 4/7 anos sofri dos ouvidos e acabou por passar com remédio caseiro, ( leite de mulher...)
Muitas vezes, durante o ano, caía doente com amigdalite. Era assistido pelo Dr. Lages, médico da Casa do Povo, que nunca aconselhou a operação.
Também frequentemente tinha “levantamento de sangue”, assim ouvia chamar-lhe. Nada mais nada menos que furúnculos e vermelhões pelo corpo com uma grande comichão até fazer ferida. Numa das vezes, para atenuar essa comichão, a minha mãe à noite deu-me uma fricção de álcool nas costas e o meu irmão, que teria 4 anos, estava a alumiar com uma candeia, pois ainda não havia luz elétrica na Terra. O que só foi electrificada em 1958. Aconteceu que meu irmão inadvertidamente pegou fogo às minhas costas e fugi pela casa fora com as costas a arder, em vez de esperar que a minha mãe me abafasse o fogo com alguma peça de roupa. Foi uma noite terrível. A queimadura foi curada com um emplastro de gema de ovo, remédio receitado por uma vizinha,
O que é certo é que fiquei curado e nunca mais tive nada dessas coisas...a não ser alguns pequenos problemas de pele que depois de mostrar a um especialista, deu-lhe pouca importância, mas que às vezes me surpreende. Ainda em criança surgiam feridas no corpo, sobretudo nos membros inferiores e superiores e o tratamento natural era o suco amarelo de leitugas. Eu próprio resolvia a situação.



( A minha máquina fotográfica AOS 14 ANOS)


Na 4a classe, 11 anos, tive uma paralisia facial que se repetiu no 4° ano e no 7º ano do Seminário. Fui tratado da primeira vez com injecções B/12 precritas pelo Dr. Alvaro Lages. Pela segunda vez fui tratado pelo Dr. Rocha Peixoto, neurologista, de Braga. E, na terceira, fui tratado na Casa de Saúde de S. Lázaro, em Braga.
No Seminário das duas vezes fui tratado em neurologia. Nunca mais se repetiu.
No Seminário, pelos 15 anos, comecei a ter dores de intestinos e de estômago... Quando andava bem do estômago, os intestinos doíam sempre. Fiquei com a impressão que isso acontecia mais quando comia vegetais, como hortaliça. Desde o 5º ano até ao 12º ano no Seminário comia sempre numa mesa especial, a mesa destinada aos da dieta.
Aos 18 anos fiz uma operação para tirar as amígdalas,no Pavilhão Cirúrgico do Hospital da Misericórdia de Viana do Castelo. Estive oito dias internado, quando outros que fizeram a mesma operação no mesmo dia, saíram no dia seguinte. Acabaram-se os males de garganta.
Na minha juventude perante as minhas queixas de dor e de incompreensão dos meus colegas, comecei a pensar que a vida era para mim, mesmo que fosse uma vida de sofrimento...
Aos 22 anos fui operado à apendicite no Hospital de S. Marcos onde estive 15 dias internado quando os colegas, ao fim de 7/8 dias, tinham alta. Depois desta operação nunca mais tive dores de intestinos nem verifiquei que os vegetais me fizessem mal.
Em 1973, tive uma gripe que me reteve oito dias de cama com altas temperaturas. O Médico, o meu amigo Dr. Augusto, de Caminha, por duas vezes me foi ver. Por fim, fui à Casa de Saúde “Paula Santos”, onde se verificou que as temperaturas vinham de uma grande desidratação do organismo, tendo ficado bom, logo no dia seguinte.
As minhas análises acusavam sempre umas alterações na função hepática. Cheguei a tomar Legalon receitado pelo Dr. Cruchinho. O Dr. Álvaro Rodrigues insistia em dietas muito rigorosas e com o Roter.
Sempre continuaram pelo Outono e pela Primavera as crises de estômago. Sobretudo nessas alturas.
O Dr. José Maria quis operar-me ao estômago, dizendo-me que era a mesma doença de meu pai que tinha sido operado por ele em 1958. Acompanhado por um cirurgião, meu amigo, parisiense, Dr. Pièrre Nogrette, fiz uma biópsia, em Paris. O médico, Dr. Malvesin, disse que tomasse Tagamet e que dormisse uma média de 8 horas/dia, devido à minha actividade, e evitasse os salgados, reimosos, condimentos e ácidos...
Na minha juventude, perante as queixas de dor e incompreesão de colegas ou superiores, comecei a pensar que seria tudo normal e que a vida era para mim ainda quer fosse uma vida de sofrimento!...
Anos depois o Dr. Melo mandou-me trocar o Tagamet pelo Ulcermin. Descobre-se uma hérnia no hiato. Mais tarde perguntou-me se queria erradicar o helicobacter. Fiz um exame para confirmar o diagnóstico. Foi positivo. Aceitei. Fiz o tratamento. Nunca mais tive problemas de estômago.
Uma vez ou outra, últimamente, depois de me deitar tenho sinais de dor e azia que relaciono com comida menos indicada ou com digestões mal feitas. É raro surgirem estes sintomas depois de deitar aparece algum sinal de dor ou de azia, mas é raro porque evito comidas menos indicadas. Uso comida mais leve e em menor quantidade à noite.
Dores sempre tive noutras partes do corpo, mas foram aumentando cada vez mais.
Devido a resultados de análises o Dr. Melo mandou-me fazer uma ecografia abdominal que acusou esteatose hepática.
Por causa de dores lombares, de pernas, de braços fiz fisioterapia em várias épocas, na fisioterapia do Rodrigues. E deixei de fazer o Compasso Pascal.
Numa ocasião, aí pelo ano de 1980, devido a dores de coluna o Dr. José Francisco, meu ex-colega e que Deus haja, deu-me uma injecção de cortizona. Foi o modo como consegui erguer o corpo.
Algum tempo depois, comecei a dormir mal, durante alguns meses. Não sei qual a razão. Andei uns meses a dormir mal . Não era cansaço. Acordava muito cedo, às 3 ou 4 horas da manhã...não era depressão pelo que me parecia, ninguém me deu explicações. Só que uma ou outra vez doía-me a cabeça...sem razões aparentes. Esta situação passou sem saber como.
Passados uns anos o Dr. Melo mandou-me fazer um Doppler às pernas por acordar com dores de pernas e dos dedos dos pés.
Mandou-me para ortopedia por causa de dores no ombro esquerdo. Não resultou. Aqui fiz infiltrações, mas também não resultaram. Fiz fisioterapia durante mês e meio no Dr. Rio, a conselho do Dr. M. Afonso, mas copntinuava sem resultados.
Desisti.
Tive dores de costas várias vezes e procurei no SLAT a Dr.ª Luísa Pimenta de Castro. Os resultados radiológicos ali efectuados não revelaram qualquer tipo de doença polmunar.
Quando me doía o peito ia ao Dr. Roque e nada se concluia. Apenas se encontrou um pequeno aperto na aurícula esquerda.
Um dia acordei com dores de olhos.
Tive diplopia, sem se saber qual a razão, mesmo depois de consultar três especialistas e de fazer vários exames inconclusivos.
Tive hipertensâo (tensões mínimas elevadas) corrigido com Concor.
Também fiz umas análises para ver se tinha a “doença de “Crohn” uma vez que acordava com dores de intestinos, coisa que já não acontecia há muitos anos. Estas dores de agora só apareciam de noite,fazendo-me perturbar o sono.
O que é certo é que em 2001 as dores eram generalizadas, dispersas, por todo o corpo, dormia mal e andava mal, nem fiz passeio no Verão. Andei muito mal.
Acordava com um grito de dor, enrolado, quase em posição fetal e com os dentes cerrados.
Em Setembro, o Dr. Melo descobriu ferritina em análises... Eu fiquei iludido, “a pensar cá comigo e com os meus botões” que as dores seriam disso. Passei um ano 2002 mais ou menos, mas abusei de Nimed e mudei a alimentação, procurei produtos naturais e tomava chás. Passava melhor, mas não estava bem. Sempre a queixar-me de dores. Já desde 2001, de 7 de Janeiro que não ingiro álcool e só como peixe ao almoço. Carne, só ao domingo.
Quanto à ferritina fiz um exame bio-genético que deu negativo para verificar se havia hemacromatose. Nessa altura, a Dra. Graça Porto, hematologista , no Hospital de Sto. António disse que poderia não ser hemacromatose, e que uma biópsia ao fígado seria mais concludente. Conhecido este resultado o meu irmão, que é diabético, fez o mesmo exame, a conselho médico. Embora os níveis da ferritina do seu sangue fossem até superiores aos meus, verificou-se também que não tinham origem genética..
O Dr. Melo mandou-me a reumatologia.
Com dores de cabeça e problemas de memória fui também mandado a neurologia.
Consultei um psioquiatra amigo.
Desabafei com o meu irmão dizendo-lhe que tinha mais dias maus na minha vida do que bons.
Quinze dias depois telefona-me a minha cunhada, do Porto, a dizer-me que se sentia tantas dores... podia ir a uma Clínica de Dor no Porto, em frente no Hospital Militar. Ela tinha assistido a um programade televisão onde falaram sobre dores e achava que os meus sintomas se enquadravam nas minhasqueixas.
Fui.
Na primeira consulta relatei a minha vida em relação à saúde. O médico viu-me e ouviu-me. Fez os seus exames, auscultou-me dos pés à cabeça. Palpou com alguma pressão em certos pontos do corpo. Mandou-me sentar e disse-me que tinha sintomas de dores músculo-fasciais. Receitou-me medicação para três semanas, mas eu só lá voltei ao fim de um mês porque na data de ir, fui a Cabo Verde. A falta de Bialzepan, em Cabo Verde, fez-me andar de novo com dores. Parecia um milagre quando tomei pela primeira vez as doses recomendadas pelo Médico, Dr. Sanchez Silva, fazendo prova reapêutica. Comecei a dormir sem dores, a dormir melhor e a andar melhor em todos os aspectos.
Na segunda consulta foi-me diagnosticado ser portador de Fibromialgia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da máquina fotográfica. Tenho uma igual que me mandou o meu avô materno do Brasil, curiosamente quando tinha a mesma idade.

Artur Coutinho disse...

Ainda tira fotos, mas não uso. É peça do meu museu.

Anónimo disse...

Nunca lhe falaram em doença celíaca? Todos os seus sintomas se assemelham a isso... e tão mais fácil de tratar do que a fibromialgia.