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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Escolhi Deus- Trestemunho de uma jovem


Escolhi Deus



Até há bem pouco tempo, eu, como muitos jovens era indiferente à existência de Deus. Frequentei a catequese, porque a maior parte dos meus colegas o fazia, mas depois da Primeira Comunhão acabei por desistir: aquele Deus distante não me seduzia.
Muitas das minhas posições em relação às questões da sociedade eram as opostas às da Igreja, mas também nunca me dei ao trabalho de procurar compreender o “porquê” das opções que a Igreja tomava. Vivia comodamente assim. A maior parte das pessoas à minha volta partilhava as minhas ideias e eu tinha quase a certeza de que eram as certas.
Os meus pais sempre me ensinaram os valores da honestidade, entreajuda, solidariedade, respeito pelo próximo. Mas até conhecer os Jovens Para o Mundo Unido 8JPMU, ramo do Movimento dos Focalares), achava que não precisava de ter Deus para fazer bem as coisas e que só os “fracos” se apoiavam na espiritualidade para resolverem os seus problemas.
Na Faculdade conheci dois jovens que eram verdadeiros cristãos. O facto de serem de Igrejas diferentes (Católica e evangélica) foi enriquecedor. À medida que nos íamos conhecendo melhor, fui-me apercebendo da coerência com que viviam as suas vidas, como assumiam, sem medos e de uma forma radical, que eram cristãos e viviam de acordo com isso. Como estudamos juntos, conversávamos bastante sobre muitas coisas, incluindo religião e outros temas “polémicos”, e pela primeira vez convivi com pessoas com opiniões diferentes das minhas, mas que as fundamentavam de uma maneira muito segura. Sabia que podia confiar nestes dois amigos e, aos poucos, fui começando a questionar as minhas posições, a pensar que não estivesse sempre certa, a tentar perceber o que estava por detrás das posições que a Igreja tomava.
Foi através de um deles que conheci os JPMU, e logo percebi que os relacionamentos entre aqueles jovens eram verdadeiros, baseados na fraternidade e no amor recíproco. Via como tentavam sempre ajudar-se uns aos outros, mesmo que para se ajudarem tivessem que perder a sua preferência. Entre eles havia uma certa paz, alegria e eram sempre uma luz! Comecei também eu a tentar viver assim e, ao longo do tempo, fui tentando perceber o que estava por detrás daquele ambiente de família que eu sentia cada vez mais forte, sempre que estava com eles.
Um dia descobri que a vida de estes jovens era centrada em Deus: foi um choque! Afinal eu também queria viver assim, mas ter Deus como o centro da minha vida não me parecia possível….
Por outro lado aqueles jovens, que já eram um exemplo de vida para mim, não eram , nem de longe, os “fracos” que eu julgava que deveriam ser. Decidi deixar de ser indiferente à existência de Deus e, com os JPMU, fiz um percurso de descoberta de Deus e a fé começou a crescer em mim. Aos poucos apercebi-me de que já não fazia sentido viver de outra maneira.
No início, quando queria falar com Deus, apercebi-me de que nem sabia rezar! Foi um redescobrir e reaprender a oração e rezar em conjunto com os outros jovens.
A descoberta que fiz de Deus, que é Amor e está em todas as coisas, fez-me perceber que se JPMU é uma escolha somente minha, de seguir Jesus independentemente do que tivesse feito no passado. O importante era ser coerente com a minha escolha a partir daquele momento.

Patrícia Baptista
in Revista Cidade Nova, Outubro 2009

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