Conto D. Celibana 2
Era uma vez um rei, que tinha várias filhas entre as quais uma era solteira.
Numa noite de verão, a filha solteira, levantou-se da cama, pegou numa viola e foi tocar por um corredor fora.
O rei ouviu aquela algazarra e disse:
- Que queres tu?
- Queria casar. Só sendo com o conde Alberto que tem família.
O conde Alberto entrou no palácio de rei e disse:
- Que queres rei? Que queres rei?
- Quero que mates a tua mulher para casares com a princesa Celibana.
- Não, não mato.
- Mata conde! Mata conde! Se queres valer a tua vida.
O conde chegou a casa e contou à sua mulher.
A mulher disse:
- Trazei-me cá o filho mais velho, o do meio e o mais novo que lhe quero dar de mamar; mama, mama meu menino, que a tua mãe amanhã está na sepultura. Ai Jesus, Senhor! Tocam tanto os sinos das catedrais, quem morreria?
E o menino respondeu:
- Foi a princesa Celibana, pelos pecados que fazia: descansar os bem casados e casar os mal casados.
O conde, quando o soube fez uma festa e não matou a mulher.
Manuel Fernandes
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