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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Havia um Rei Cego

Conto


Havia um rei cego

LENDA do António e Leonor

O António levara para a guerra

Um pombinho branco, correio, encantador

Para mandar notícias para a terra

Para a sua noiva amada Leonor.



À hora da partida, num juramento,

Ela disse: ser dele até à morte

E, num adeus de dor e de tormento,

Ainda disse a chorar: "Deus te dê sorte".



Mais tardei, pelo pombo, entre promessas,

Ele mandou dizer, tristeza infinda:

"Sou teu, sou pela pátria, não me esqueças,

Sou vivo e, se morrer, sou teu ainda.



Um dia, estando ele muito absurdo,

Vendo o retrato dela em nostalgia,

Quando lhe caiu aos pés o pombo morto

Com um simples bilhete que dizia:



"Quebrei meu juramento, eu bem o sei,

E tu não voltes mais à nossa terra,

Esquece-te de mim, pois já casei,

Adeus e sejas feliz aí na guerra".



António gargalhou qual num demente,

Soltou gritos de raiva cheio de dor,

Expôs o peito fogo heroicamente,

Morreu ainda a falar em Leonor.

Celeste Ferreira Cachorreiro

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