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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vocações e a Paróquia

A Paróquia e as Vocações

São muitas as vezes que tenho falado do vazio que sinto por não ver nesta grande paróquia aparecerem vocações ao sacerdócio ministerial.
Neste espaço que tenho dedicado como reflexão simples sobre o que uma Paróquia deve ser numa diocese, em Sínodo, já tive a ocasião de dizer como nasceram as Paróquias e que as Paróquias são comunidades, células da grande comunidade que é a Diocese e a Igreja Universal.
Ora como comunidade de Deus, nós somos comunidade de chamados e somos convidados a chamar, a convocar, a provocar ... não basta rezar pelas vocações, pelo aumento de pastores para messe, temos de ir mais longe... há que provocar, interpelar sobretudo a todos, mas de um modo especial os jovens na idade do discernimento ou até mais tarde, aos adultos.
Nós gostamos muito que nos chamem pelo nome, sempre que alguém se nos dirige. Desse modo também devemos ter em conta que a provocação ou interpelação nesse aspecto aos jovens seja mesmo pelo nome e não em massa, em assembleia; não basta, é preciso que o outro sinta com os ouvidos, os olhos e com o coração esse chamamento no meio deste mundo tão confuso e cheio de ofertas fáceis de felicidade perecível.
É preciso criar o contexto, a ocasião, a oportunidade para lançar um desafio.
Só assim tomará consciência de algo lhe diz respeito pessoalmente.
Nós somos comunidade e quantas vezes celebramos juntos a eucaristia e não nos conhecemos uns aos outros, sobretudo, pelo nome. Às vezes a viver no mesmo prédio, ou na mesma rua, na mesma zona.
As nossas celebrações até nisto têm de mudar muito. Já tenho chamado a atenção para este pormenor. "Saudai-vos na Paz de Cristo" ... Temos de ter consciência que o nosso irmão do lado tem um nome e, normalmente, até celebram frequentemente a eucaristia juntos.
Não podemos estar à espera, há que conhecer bem com quem nos cruzamos, há que provocar, interpelar, chamar pelo nome alguém que possa trabalhar na messe do reino de Deus.
Não podemos, sobretudo no mundo de hoje estarmos à espera que se decidam e se apresentem à Igreja para o serviço da mesma. Provocar, e sentir que só Deus escolhe é portanto contar que nem todos poderão dizer "sim".
Acabou o tempo em que a Igreja esperava encher os seminários e até recusar a entrada de outros por falta de espaço. Hoje é o contrário, temos que tomar consciência que a nossa Paróquia tem de chamar, provocar, porque sendo Comunidade de Deus é sacramento de Cristo no mundo.
Daí que a vocação tem sempre uma dimensão eclesial e especialmente a presbiteral, ao serviço da Igreja, onde fizer falta. "A messe é grande e os operários são poucos".
A tendência de uma relação individualista com Deus tem de acabar, por isso, temos de acreditar na mediação comunitária para que a alegria duma resposta positiva e eclesial dum modo especial, se ela é presbiteral seja uma realidade.
Fomos baptizados sem que para isso, na maioria, nos fosse dado dizer se sim ou não. A educação que levamos foi-nos dando alguma experiência do que seria chamamento através dos pais ou da família, mas muitas vezes não nos atingiu a medula dos nossos ossos e esquecermos com facilidade a nossa condição de relação passando a ser anónimos "às convocações normais".
Termos de desenvolver a "cultura do chamamento" provocar- chamar ou designar e preocuparmo-nos com o futuro... quem nos sucederá. Chamar orando, chamar provocando, chamar chamando.

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