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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Reuniões do Clero

Reuniões do Clero

Todos os leitores sabem que a Diocese está dividida em 10 Arciprestados, correspondentes aos 10 concelhos do Distrito que corresponde à nossa Diocese. Cada Arciprestado faz uma reunião mensal do Clero. Todos os meses isso aconteceu e acontece. Para além disso, só há uns anos, começaram a reunir os párocos da cidade também todos os meses. Agora vem a propósito a última reunião do Arciprestado de Viana.
O Pe. Fernandes Moreno, Pároco de S. Romão do Neiva, Arcipreste do Concelho de Viana do Castelo, tem vindo já, desde o primeiro mandato, a imprimir uma nova dinâmica às reuniões de Arciprestado, fazendo-as mais atraentes e mais úteis.
Na última reunião, por lapso de memória, não cheguei ao princípio, mas quase à parte final e mereceu-me ainda para perceber e fazer justiça àquilo que ouvi do nosso Vigário Geral sobre o Estatuto Económico do Clero. Verifiquei que fez um rico trabalho, merecedor de ser aplaudido por todos, como foi, e suponho que já o apresentou noutras dioceses. É um trabalho jurídico fundamentado na doutrina conciliar e no novo código do Direito Canónico e, ainda, bem conciliado com a história jurídica da Igreja, da Arquidiocese de Braga e das nossas Paróquias, hoje, a fazer parte da Diocese de Viana.
A terminologia do “ Benefício Eclasiástico”, benefício anexo nas paróquias aos párocos constituídos por bens materiais como propriedades de que são os usufrutuários, prestações como “ côngruas” entregues pelas famílias e os direitos de estola e de pé de altar determinados pelas taxas diocesanas ou pelos costumes da terra...
Desde o Concílio Vaticano II até agora já se andou muito e pouco se fez, sobretudo, no que diz respeito à corresponsabilidade laical.
O Directório Pastoral dos Bispos( 1973- IE), aponta a necessidade dos clérigos se prepararem no seminário para mais tarde, à imagem da Igreja primitiva, mostrarem ser sua vocação a pobreza e a caridade mútua; deu-se mais um passo ao dizer: “ Sem deixar de observar a pobreza evangélica, na parte conveniente dos rendimentos dos benefícios e de todas as ofertas dos fiéis, deve ser destinada à côngrua sustentação dos ministros, bem como a sua previdência e assistência sanitária, de harmonia com as leis da Igreja e do Estado: quer exerçam ainda algum ministério, quer não, por motivo de doença, invalidez ou idade avançada “( IE,137).
Existe já projecto de Estatutos que me parece justo.
No entanto, gostaria apenas de voltar à corresponsabilidade laical. Isto mexe com as paróquias e os paroquianos. Tudo está a ser feito à revelia dos fiéis. Já foi discutido no Conselho Presbiteral de Pastoral e muito bem, mas impressiona-me que este assunto não seja debatido nas Paróquias através dos Conselhos Paroquiais de Pastoral e se a maioria não o têm deviam tê-lo, pois D. Armindo Lopes Coelho queria que em cada Paróquia houvesse um CPP. Antes de chegar ao C. Presbiteral parece-me que há toda uma mentalidade a mudar e até em muitos responsáveis das Paróquias.
As coisas nunca serão claras se as bases, ( porque os padres sem leigos não têm razão para existir), não entram na discussão para sugerir e depois o Conselho Diocesano Pastoral de Leigos, nascido dos Conselhos Paroquiais de Pastoral, ir até ao Conselho Presbiteral para que os Bispos decidam com clarividência e a contar que não vão fazer uma lei para o cesto dos papeis, mas uma lei justa e tão justa que padres e leigos a vão cumprir de coração.
O exemplo já devia vir de cima e não sei se todos os Conselhos Económicos Diocesanos também usam da mesma clareza para com os fiéis. É esta corresponsabilidade que falta?!... Há muito caminho para andar e mudar mentalidades não é de um dia para o outro. O Concílio já passou há muito tempo e só agora alguns estão a acordar porque os padres mais novos a isso exigem, pois “estudam por outra cartilha” , mais de acordo com o Papa e com o Concílio. Ao proclamar o próximo ano, o ano da Eucaristia, o Papa apela a que temos de voltar às origens do cristianismo. E como eram?...Leiam os Actos dos Apóstolos...
Isto não tem como finalidade uma crítica negativa, mas apenas uma reflexão que fiz, como queria lá chegar... quando, no final, apesar do pouco que ouvi, ter chamado a atenção para os Conselhos Paroquiais de Pastoral.

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