AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ferreiros da Abelheira

FERREIROS DA ABELHEIRA
Na Abelheira existiram grandes artistas, entre eles os ferreiros, que trabalhavam em ferro através da forja, que funcionavam com foles e mais tarde com as ventoinhas de manivela manual, de onde saíam com perfeição os trabalhos que lhes era encomendado, gradeamentos feitos em diversos feitios, varandas, grades para janelas, portões, etc., mas os que mais conheço, e deles vou escrever, são as ferragens.
Antes, porém, quero dar a conhecer o nome desses artistas que, infelizmente, já não se encontram no nosso meio: Domingos Rodrigues Cambão, João Correia Rodrigues Cambão (Bate Malho), Albino Pedro Viana, Luís Pedro Viana, Joaquim Rodrigues Cambão, João Rodrigues Cambão, António Rodrigues Cambão, Manuel Rodrigues Cambão (Arturinho) e Joaquim Lopes da Silva (Pego), entre outros.
Estes homens forneciam as lojas de ferragens da cidade e arredores, com ferragens feitas por si, nas suas pequenas oficinas.
Dobradiças de chumbadouro, que eram utilizadas na construção civil, nas portas de casas, lojas e cortes de gado, (fazia-se um furo na pedra onde entrava o espigão da dobradiça que era chumbada com chumbo derretido e nunca mais saía). Estas dobradiças ainda hoje se vêem em construções antigas como: Igrejas, Mosteiros, Conventos e casas de lavoura; nestas, principalmente, nas portas das lojas.Dobradiças de junta, de desenfiar ou de livro para aplicação nas portas onde já existia o aro em madeira.
Fecho de Bengala, fechos de segurança, depois de fechados e rodados para o lado, não era fácil a sua abertura, os fechos de correr, os descansos para as janelas de guilhotina, os fechos para segurar janelas exteriores com ranhuras que ficavam por fora de vidro para segurança.
As asas de caneca, que se aplicavam nas portas interiores, cujos espelhos enfeitavam e serviam de fecho com a respectiva tranqueta por dentro, que encaixava numa testa com gramilho, para segurança das pessoas que se encontravam por dentro, ainda hoje se encontram algumas em casas antigas.
As aldrabas, que eram utilizadas nos portões de entrada das quintas, lojas e cortes de gado, (eram umas argolas com espelho rodado para enfeitar e pela parte de dentro tinha uma tranqueta com ferrolho, com encaixe numa esfera com gramilho para fechar).
As argolas de alçapão usavam-se nas tampas que existiam nas casas e dava acesso ao andar de baixo, lojas ou cortes de gado. Havia ainda: os fechos para as malas dos militares, para colocação dos cadeados por causa da roubalheira.
Arganéis, para pôr no focinho dos porcos para não fossar.
As fechaduras para as arcas ou salgadeiras.
Os pregos para as dobradiças, fechos e aros das rodas de carros de bois e cavalos.
Caleiras e as escápulas para as colocar nos prédios.
Todos estes materiais, depois de prontos, eram aquecidos na forja e pintados com verniz preto, dando um bom aspecto às peças, que passavam a ser conhecidas por ferragens caldeadas.

Sem comentários: