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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Não Católico , mas cristão


José Pereira de Araújo, nasceu em S. Paio, Arcos de Valdevez, em 24 de Outubro de 1923. Fez a escola primária e como era gosto de sua mãe que ele fosse padre, foi para o Seminário e aí esteve até à Teologia.
Recorda muito bem professores que eu ainda conheci, o Pe. Job, o Pe. Trindade, que foi pároco de Barroselas, o Pe. Apolinário; o Pe. Ferreira, secretário de D. António Bento Martins Júnior, o Cónego Pires que foi reitor de Tamanca, Seminário de Nª Srª da Conceição na Rua de S. Domingos, locutor da rádio que tinha sido do Vaticano, o Pe. Torres, etc...
Ora ele entrou no Seminário sem exame de admissão, mas de qualquer modo não era o seu verdadeiro objectivo, por isso, já a frequentar o curso de Teologia decidiu dizer ao superior que queria ir embora. Veio depois de ter entrado em 5 de Outubro de 1938.

Mantém contactos com os colegas leigos e padres do seu curso. Desde 2007 que está sem se encontrar com eles como costumava fazê-lo anualmente.
Em 2007 sabe que havia 3 padres vivos, um deles, é o “Castro Gil”, Amadeu Rodrigues Torres, de Vila de Punhe, não recorda agora os outros e só 6 ou 7 leigos vivos, dos 250 que com ele entraram no Seminário, em 1938.
O José Araújo teve a dificuldade de não ser dada a equivalência dos estudos do Seminário. Fez o 7º ano do Liceu, hoje 12º Ano. Foi para a tropa e desembarçou-se dela, indo servir o Ministério da Marinha, onde trabalhou 48 anos, entre Lisboa, Porto e Viana nas capitanias dos portos.
Um dia quiseram-no transferir outra vez e, então, descontente e incompatibilizando-se abandonou e foi para o Canadá, para uma empresa superior ao Continente.
Entretanto, tinha casado com Maria Sucena Fontes Cerqueira, da Lousã, Coimbra. Foi esta senhora que lhe deu um casal de filhos : o João Carlos que era Engenheiro com cargo de chefia na P.T., casado e com um filho, também já engenheiro e a Ivone, mais velha que trabalha também na informática, na P.T..
Em 1952, veio viver para o “Bairro da Previdência”, a que já aqui chamamos o “bairro das rolas”, hoje Rua Rocha Páris, onde a partir desse ano sempre habitou.
A mãe do José Araújo ficou viúva muito nova. O marido faleceu da febre pneumónica. Foi mãe de dois rapazes e duas raparigas. Todos já faleceram e só uma é viva com 96 anos, no Lar do Mirante. Tendo casado segunda vez teve mais três filhos e uma filha.
Estão todos vivos, ele e mais 2 na Vila dos Arcos e a irmã Elvira que se encontra no Centro de Dia de Nª Sr.ª de Fátima.
Ainda estavam nos Arcos quando casaram. O casamento celebrou-se no Templo do Sagrado Coração de Jesus, em Stª Luzia, Viana do Castelo.
Hoje o José Araújo não se diz católico, mas é cristão com todas as suas forças e toda a sua mente. Diz não ter medo da morte porque sabe que, como Cristo ressuscitou, também ele viverá na vida do Além.
Aposentou-se em 1974, quando tendo vindo do Canadá, foi acometido de um ataque que o fragilizou para o trabalho. Foi a partir daí que deixou a Igreja Católica. Quanto à política era adepto da política de Norton de Matos. Não acredita que a crise seja fácil de passar. É má a democracia, pode ser mais corrupta quando os partidos só olham para eles. Todas têm caído por corrupção. Na China ninguém conseguiu entrar nas muralhas. Foi um erro a democracia, foi outro erro a descolonização como o foi a entrada na União Europeia, mas admite perfeitamente o contrário. Com a idade que tem não se coibe de dizer que toda a crise acabará quando deixar de haver corrupção, o que acontecerá quando o coração humano se fizer um homem novo, convertido e, sem isso, não haverá mais solidariedade, justiça, paz, equidade e faltará o autêntico amor. O mundo será menos humano.
-Esposa do Araújo
Quando foi eleito o Américo Tomás presidente da República, afirmou ele que perdemos um bom Ministro da Marinha e arranjamos um mau Presidente.
O José Araújo ainda passa o tempo a dar umas voltas e, sobretudo, a ler, às vezes, até à meia noite. Tem as obras latinas de Plínio, de Cícero, de César, Tito Líbio e Vergílio que lê e procura traduzir com muito gosto. Diz que Cícero e Vergílio eram “tolos” a escrever latim, são obras difíceis de ler e não é para todos.
Sempre gostou do latim e do grego, como gosta de outros autores clássicos.
P.

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